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1<br />

UNIVERSIDADE FEEVALE<br />

LUCIANO PAIM MILITÃO<br />

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA AUTOMAÇÃO DE<br />

PONTOS DE PARADA DE TRANSPORTE PÚBLICO VISANDO A<br />

INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL<br />

Novo Hamburgo, julho <strong>de</strong> 2011.


2<br />

LUCIANO PAIM MILITÃO<br />

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA AUTOMAÇÃO DE<br />

PONTOS DE PARADA DE TRANSPORTE PÚBLICO VISANDO A<br />

INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL<br />

UNIVERSIDADE FEEVALE<br />

Instituto <strong>de</strong> Ciências Exatas e Tecnológicas<br />

Bacharelado em Engenharia Eletrônica<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

Professor Orientador: Cesar David Pare<strong>de</strong>s Crovato<br />

Novo Hamburgo, julho <strong>de</strong> 2011.


4<br />

“Enquanto houver <strong>um</strong> louco, <strong>um</strong> poeta e <strong>um</strong> amante haverá<br />

sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e<br />

fantasia, haverá esperança.” (Shakespeare, William).


5<br />

AGRADECIMENTO<br />

Agra<strong>de</strong>ço especialmente aos meus pais Lauro Lauri Militão e Erotil<strong>de</strong>s Maria Paim<br />

Militão, minha esposa Maria Cristiane Seger por sempre estar ao meu lado, minha irmã e amiga<br />

Lisandra Paim Militão. Agra<strong>de</strong>ço também ao meu sogro e sogra que mesmo longe <strong>de</strong> nossa<br />

moradia torcem muito por mim, e as várias pessoas que, nesta etapa <strong>de</strong> minha vida, passaram e<br />

contribuíram para este momento.<br />

Obrigado a todas as pessoas por torcerem, rezarem, lutarem, ou simplesmente dizerem<br />

palavras <strong>de</strong> força e otimismo, pois as vitórias e lutas são vencidas, primeiramente, <strong>de</strong>ntro da nossa<br />

mente, pois se acreditares que po<strong>de</strong>s almejar gran<strong>de</strong>s horizontes lute e não <strong>de</strong>sista nunca por mais<br />

árduo que seja a caminhada se acreditares vencerás.<br />

Obrigado a todos e ao gran<strong>de</strong> pai.


6<br />

RESUMO<br />

A cada ano ocorrem mudanças, no transporte público, para facilitar a vida <strong>de</strong> muitas<br />

pessoas com <strong>de</strong>ficiências a terem acesso ao ônibus, porém não existe nenh<strong>um</strong> sistema, nas<br />

paradas, para facilitar o <strong>de</strong>ficiente visual <strong>de</strong> saber qual transporte público está circulando pela<br />

via no momento. Com isso, alguns per<strong>de</strong>m os seus transportes e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muitas vezes da<br />

boa vonta<strong>de</strong> dos outros para seguirem o percurso correto. O presente Trabalho <strong>de</strong> Conclusão<br />

consiste na elaboração do protótipo <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema para a i<strong>de</strong>ntificação da linha <strong>de</strong> ônibus,<br />

com a sua utilização em paradas, a fim <strong>de</strong> facilitar o motorista e o futuro passageiro. O<br />

Trabalho é dividido em <strong>um</strong>a etapa <strong>de</strong> controle do teclado n<strong>um</strong>érico, painel <strong>de</strong> LED e <strong>um</strong><br />

sistema <strong>de</strong> voz utilizando o circuito integrado ISD 2590, implementado em <strong>um</strong><br />

microcontrolador PIC16F877 da Microchip® . Serão apresentados os circuitos <strong>de</strong> controle, a<br />

sistemática <strong>de</strong> funcionamento e o sincronismo do sistema. Em seguida, será exposto o<br />

<strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> da linguagem C do sistema <strong>de</strong> áudio. No final, será validado o protótipo e<br />

realizado <strong>um</strong>a análise sobre futuras inovações e o seu <strong>de</strong>vido aproveitamento nos dias <strong>de</strong> hoje.<br />

Palavras Chave: Microcontrolador, ISD2590, Painel <strong>de</strong> LED, Teclado n<strong>um</strong>érico.


7<br />

ABSTRACT<br />

Each year there are changes in public transport, to make life easier for many people<br />

with disabilities to have access to the bus, but there is no system, the charts, to facilitate the<br />

visually impaired to know what public transportation is circulating through the time .Thus,<br />

some lose their transport and often <strong>de</strong>pend on the goodwill of others to follow the correct<br />

route. Conclusion The present work is the <strong>de</strong>velopment and elaboration of a prototype system<br />

for i<strong>de</strong>ntifying the bus route, with its use in para<strong>de</strong>s, to facilitate future passenger and the<br />

driver. Work is divi<strong>de</strong>d into a control step on the n<strong>um</strong>eric keypad and an LED panel system<br />

using the voice chip ISD2590, implemented in a PIC16F877 microcontroller from Microchip<br />

®. Will present the control circuits, the systematic functioning and timing system. You will<br />

then be exposed to C language <strong>de</strong>velopment of the audio system. In the end, the prototype<br />

will be validated and performed an analysis of future innovations and because of its use today.<br />

Keywords: Microcontroller, ISD2590, LED Panel, Keypad.


8<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1.1 – Representação <strong>de</strong> <strong>um</strong> fotograma ..........................................................................18<br />

Figura 1.2 – Exemplo <strong>de</strong> Painel <strong>de</strong> Mensagem variável ..........................................................19<br />

Figura 1.3 – Exemplo <strong>de</strong> Painel <strong>de</strong> Mensagem Programável...................................................20<br />

Figura 1.4 – Diagrama em blocos – AOP.................................................................................22<br />

Figura 1.5 – Experiência com Campo Magnético ....................................................................23<br />

Figura 1.6 – Onda Eletromagnética..........................................................................................25<br />

Figura 1.7 – Sistema <strong>de</strong> antenas ...............................................................................................26<br />

Figura 1.8 – Teoria das Imagens. .............................................................................................27<br />

Figura 2.9 – Configuração dos pinos PIC16F877 ....................................................................30<br />

Figura 2.10 – Diagrama em blocos do ISD25XX ....................................................................35<br />

Figura 2.11 – Configuração dos pinos ISD25XX ....................................................................36<br />

Figura 2.12 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> LED..................................................................................................42<br />

Figura 2.13 – Pinagem do 74HC595 ........................................................................................43<br />

Figura 2.14 – Diagrama lógico do 74HC595 ...........................................................................44<br />

Figura 2.15 – Diagrama geral do codificador...........................................................................46<br />

Figura 2.16 – Diagrama geral do <strong>de</strong>codificador.......................................................................46<br />

Figura 2.17 – Circuito <strong>de</strong> Teste ................................................................................................48<br />

Figura 2.18 – Pinagem do 74HC138 ........................................................................................50<br />

Figura 3.19 – Ambiente <strong>de</strong> Programação PCW .......................................................................52<br />

Figura 3.20 – Gravador Picburner ............................................................................................53<br />

Figura 3.21 – Software Picburner.............................................................................................54<br />

Figura 4.22 – Diagrama em blocos...........................................................................................57<br />

Figura 4.23 – Circuito <strong>de</strong> Processamento e Clock....................................................................58<br />

Figura 4.24 – Circuito <strong>de</strong> áudio................................................................................................62<br />

Figura 4.25 – Gravador.............................................................................................................64<br />

Figura 4.26 – Pinagem do LM386............................................................................................65<br />

Figura 4.27 – Amplificador ......................................................................................................66<br />

Figura 4.28 – Teclado...............................................................................................................69<br />

Figura 4.29 – Matriz <strong>de</strong> LED....................................................................................................70<br />

Figura 4.30 – Sistemas <strong>de</strong> Colunas...........................................................................................71<br />

Figura 4.31 – Habilitação dos Decodificadores........................................................................72<br />

Figura 4.32 – Sistema <strong>de</strong> Linhas ..............................................................................................74<br />

Figura 4.33 – Circuito <strong>de</strong> Drive................................................................................................76


Figura 4.34 – Divisão do Painel em Blocos .............................................................................78<br />

Figura 4.35 – Bloco <strong>de</strong> Imagens...............................................................................................79<br />

Figura 4.36 – Transmissor RT4 pinagem .................................................................................83<br />

Figura 4.37 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aplicação RT4 ..................................................................................83<br />

Figura 4.38 – Receptor RR3 Pinagem......................................................................................84<br />

Figura 4.39 – Pinagem RR3 .....................................................................................................85<br />

Figura 4.40 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Aplicação RR3.................................................................................85<br />

Figura 4.41 – Circuito <strong>de</strong> Teste Sincronismo...........................................................................86<br />

Figura 4.42 – Circuito <strong>de</strong> Transmissão e Recepção .................................................................87<br />

Figura 4.43 – Circuito <strong>de</strong> Fonte................................................................................................89<br />

Figura 4.44 – Sistema Final Protoboard ...................................................................................90<br />

Figura 4.45 – Circuito <strong>de</strong> Transmissão.....................................................................................90<br />

Figura 4.46 – Citcuito <strong>de</strong> Recepção .........................................................................................91<br />

Figura 4.47 – Painel <strong>de</strong> LED ....................................................................................................91<br />

Figura 5.48 – Layout Projeto....................................................................................................92<br />

Figura 5.49 – Estrutura das Funções ........................................................................................95<br />

Figura 5.50 – Fluxograma Teclado, Áudio e Painel.................................................................96<br />

Figura 5.51 – Fluxograma Sistema Sem fio e Áudio ...............................................................97<br />

Figura 6.52 – Sistema <strong>de</strong> Varredura .......................................................................................101<br />

Figura 6.53 – Sinais <strong>de</strong> Áudio ................................................................................................102<br />

Figura 6.54 – Sinal <strong>de</strong> Áudio ISD2590 ..................................................................................102<br />

Figura 6.55 – Sinal <strong>de</strong> Áudio LM386.....................................................................................103<br />

Figura 6.56 – En<strong>de</strong>reçamento do ISD ....................................................................................104<br />

9


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1 – Descrição dos pinos do Microcontrolador..............................................................31<br />

Tabela 2 – Descrição dos pinos do Microcontrolador..............................................................31<br />

Tabela 3 – Descrição dos pinos do Microcontrolador..............................................................32<br />

Tabela 4 – Descrição dos pinos do Microcontrolador..............................................................32<br />

Tabela 5 – Descrição dos pinos do Chip voice.........................................................................37<br />

Tabela 6 – Descrição dos pinos do Chip voice.........................................................................38<br />

Tabela 7 – Descrição dos pinos do Chip voice.........................................................................39<br />

Tabela 8 – Modos <strong>de</strong> Operações ..............................................................................................40<br />

Tabela 9 – Especificação da Pinagem do 74HC595.................................................................44<br />

Tabela 10 – Valores típicos <strong>de</strong> projetos ...................................................................................49<br />

Tabela 11 – Descrição dos pinos do 74HC138 ........................................................................50<br />

Tabela 12 – Mapa <strong>de</strong> memória do ISD25XX...........................................................................60<br />

Tabela 13 – Mapa <strong>de</strong> memória do projeto – ISD2590 .............................................................61<br />

Tabela 14 – Mapa <strong>de</strong> memória do projeto – ISD2590 .............................................................61<br />

Tabela 15 – Grafia Braille. .......................................................................................................68<br />

Tabela 16 – Habilitação das Colunas. ......................................................................................73<br />

Tabela 17 – Arquivos Fonte. ....................................................................................................95


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

AOP - Amplificador Operacional<br />

CC - Corrente Contínua<br />

CA - Corrente Alternada<br />

LED - Light Emitting Dio<strong>de</strong><br />

SEACIS - Secretaria Especial <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong> e Inclusão Social<br />

CRV - Centro <strong>de</strong> Referência Virtual<br />

LCD – Liquid Cristal Display<br />

JPEG - Joint Photographic Experts Group<br />

RAM – Random-Access Memory (Memória <strong>de</strong> Acesso Aleatório)<br />

EEPROM - Electrically-Erasable Programmable Read Only Memory<br />

RFID - Radio-Frequency-I<strong>de</strong>ntification<br />

SMD – Surface Mount Tecnology<br />

ABNT - Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas<br />

PIC – Programmable Intelligent Computer


12<br />

SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................14<br />

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................16<br />

1.1 Imagem Dinâmica.....................................................................................................16<br />

1.1.1 Persistência <strong>de</strong> Visão........................................................................................17<br />

1.2 Tipos <strong>de</strong> Painéis........................................................................................................18<br />

1.3 Áudio ........................................................................................................................21<br />

1.3.1 Amplificadores <strong>de</strong> Áudio..................................................................................21<br />

1.4 Sistema Sem fio........................................................................................................23<br />

1.4.1 Ondas Eletromagnéticas ...................................................................................23<br />

1.4.2 Antenas .............................................................................................................25<br />

2 TEORIA SOBRE COMPONENTES E SISTEMAS UTILIZADOS ........................28<br />

2.1 Microcontrolador PIC 16F877A...............................................................................28<br />

2.1.1 Breve Histórico.................................................................................................28<br />

2.2 PIC 16F877A............................................................................................................29<br />

2.2.1 Características gerais ........................................................................................29<br />

2.2.2 Funções dos pinos do Microcontrolador ..........................................................30<br />

2.3 ISD 25XX.................................................................................................................33<br />

2.3.1 Características gerais ........................................................................................33<br />

2.3.2 Descrição dos pinos do Chip Voice..................................................................34<br />

2.3.3 Modo <strong>de</strong> operação . ..........................................................................................39<br />

2.4 Diodo Emissor <strong>de</strong> Luz ..............................................................................................41<br />

2.5 Shift Register ............................................................................................................42<br />

2.5.1 Especificações do 74HC595.............................................................................43<br />

2.5.2 Descrição do funcionamento ............................................................................43<br />

2.6 Enco<strong>de</strong>r e Deco<strong>de</strong>r....................................................................................................45<br />

2.6.1 Especificações do MC145026 e MC1405027 ..................................................47<br />

2.6.2 Descrição do funcionamento ............................................................................47<br />

2.6.3 Descrição do funcionamento do 74HC138.......................................................49


13<br />

3 AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO ...................................................................51<br />

3.1 Software PCW ..........................................................................................................51<br />

3.1.1 Processo Gravação do PIC ...............................................................................53<br />

3.2 Proteus 7.6 ................................................................................................................54<br />

4 DESENVOLVIMENTO – HARDWARE ....................................................................56<br />

4.1 Hardware <strong>de</strong>senvolvido ............................................................................................56<br />

4.2 Processamento com o PIC16F877A.........................................................................58<br />

4.3 Sistema <strong>de</strong> Áudio......................................................................................................59<br />

4.3.1 Circuito com o Chip Voice ISD2590 ...............................................................60<br />

4.3.2 Circuito <strong>de</strong> Gravação do Chip Voice ISD2590 ................................................63<br />

4.3.3 Circuito amplificador com o LM386................................................................65<br />

4.4 Teclado .....................................................................................................................67<br />

4.5 Painel <strong>de</strong> LED...........................................................................................................69<br />

4.5.1 Circuito <strong>de</strong> habilitação das Colunas .................................................................71<br />

4.5.2 Circuito <strong>de</strong> habilitação das Linhas....................................................................73<br />

4.5.3 Circuito <strong>de</strong> drive <strong>de</strong> Corrente ...........................................................................75<br />

4.5.4 Constituição das Mensagens.............................................................................78<br />

4.6 Sistema Sem fio........................................................................................................79<br />

4.7 Circuito <strong>de</strong> Fonte ......................................................................................................88<br />

4.8 Protótipo concluído e res<strong>um</strong>o do funcionamento.....................................................89<br />

5 DESENVOLVIMENTO – PROGRAMAÇÃO............................................................94<br />

5.1 Principio da Programação <strong>de</strong>senvolvida ..................................................................94<br />

5.2 Fluxograma do Sistema <strong>de</strong> áudio, Teclado e Painel <strong>de</strong> LEDs .................................96<br />

5.3 Fluxograma Sistema Sem Fio e Áudio.....................................................................97<br />

5.4 Função Main – Rotina principal ...............................................................................97<br />

5 VALIDAÇÃO ...............................................................................................................100<br />

6.1 Verificação do tempo <strong>de</strong> varredura das linhas........................................................100<br />

6.2 Verificação do sinal <strong>de</strong> áudio do ISD2590 e LM386 .............................................101<br />

5.3 Verificação do en<strong>de</strong>reçamento <strong>de</strong> dados entre ISD2590 e o PIC...........................103<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................105<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................106<br />

ANEXO A..............................................................................................................................109<br />

ANEXO B ..............................................................................................................................110


14<br />

INTRODUÇÃO<br />

Todos têm direito à utilização dos espaços da cida<strong>de</strong>, ao transporte, às edificações e à<br />

comunicação, livres <strong>de</strong> qualquer obstáculo que limitem o acesso e circulação com segurança e<br />

autonomia. Este direito adquirido chama-se acessibilida<strong>de</strong>, e este assunto vem sendo tratado a<br />

cada dia com mais responsabilida<strong>de</strong> no Brasil. Como exemplo, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, o<br />

qual a sua Prefeitura distribui <strong>um</strong>a cartilha para orientar e possibilitar à comunida<strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

melhor conhecimento <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, suas implicações e aplicabilida<strong>de</strong>s. A busca com<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela acessibilida<strong>de</strong> universal garantirá conscientemente a inclusão social das<br />

pessoas.<br />

Esta cartilha é <strong>de</strong>senvolvida pela SEACIS 1 mostra <strong>um</strong>a cida<strong>de</strong> acessível que vai além<br />

do querer e da consciência dos agentes do po<strong>de</strong>r público, também <strong>de</strong>ve fazer parte inseparável<br />

do cotidiano e da consciência <strong>de</strong> toda a população. Através <strong>de</strong> <strong>um</strong> pensamento <strong>de</strong> inclusão<br />

social, este projeto tomou como base <strong>um</strong> estudo para o <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> dispositivo<br />

capaz <strong>de</strong> auxiliar as pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual a terem acesso ao sistema <strong>de</strong> transporte<br />

público nos pontos <strong>de</strong> paradas.<br />

1 SEACIS, Secretaria Especial <strong>de</strong> Acessibilida<strong>de</strong> e Inclusão Social, sendo criada no dia 6 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2005 como<br />

pioneira no Brasil.


15<br />

Em síntese, o sistema consiste em <strong>um</strong> painel formado por <strong>um</strong> teclado n<strong>um</strong>érico,<br />

padrão telefônico, contudo por se tratar <strong>de</strong> <strong>um</strong> protótipo não possuirá a indicação em Braille<br />

dos números e caracteres, ficando para <strong>um</strong> complemento futuro do projeto. Através do<br />

teclado, o cidadão selecionará a linha do transporte público <strong>de</strong>sejado, e ao mesmo tempo<br />

ouvirá <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> voz repetindo cada tecla selecionada pelo mesmo.<br />

Ao término da seleção da linha, o nome do transporte público é mostrado n<strong>um</strong>a<br />

matriz bidimensional, ou seja, com altura e largura, composta <strong>de</strong> Diodos Emissores <strong>de</strong> Luz<br />

(LED), em inglês, Light Emitting Dio<strong>de</strong>, capaz <strong>de</strong> mostrar a mensagem no painel através <strong>de</strong><br />

dispositivos controlados pelo microcontrolador da família PIC®.<br />

O trabalho em questão é dividido em seis capítulos nos quais se realizam diferentes<br />

etapas. O capítulo 1 <strong>de</strong>dica-se ao <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> da parte teórica relevantes ao projeto,<br />

tendo como base o estudo da imagem com foco importante no fenômeno da persistência <strong>de</strong><br />

visão, tipos <strong>de</strong> painéis, <strong>um</strong> estudo sobre áudio e sistema sem fio. No Capítulo 2, apresenta a<br />

utilização, os sistemas e os componentes principais <strong>de</strong>ste projeto com suas características,<br />

para <strong>um</strong> entendimento técnico dos mesmos. No Capítulo 3, apresentam-se o conhecimento<br />

referente aos softwares e ambientes utilizados na programação do microcontrolador.<br />

Os capítulos 4 e 5 apresentam o projeto <strong>de</strong>talhado do hardware e a lógica <strong>de</strong><br />

programação utilizada, <strong>de</strong>talhando a sistemática para o funcionamento do hardware<br />

respectivamente. No Capítulo 6, a validação dos principais dispositivos é efetuada o<br />

funcionamento do sistema, incluindo teste e medições. Ao término, têm-se as consi<strong>de</strong>rações<br />

sobre o trabalho, levando em conta os aspectos positivos, negativos e <strong>um</strong>a análise sobre a sua<br />

utilização nos dias <strong>de</strong> hoje.


16<br />

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA<br />

A construção <strong>de</strong> <strong>um</strong>a verda<strong>de</strong>ira socieda<strong>de</strong> inclusiva passa também pelo cuidado com<br />

a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou<br />

a discriminação em relação às pessoas com <strong>de</strong>ficiências (SASSAKI, 2003). Pelos motivos <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a maior inclusão social e acessibilida<strong>de</strong> a todos, busca-se através da pesquisa acadêmica<br />

<strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e agregar novos conhecimentos, buscando i<strong>de</strong>ias inovadoras para o<br />

beneficio do próximo.<br />

Deste modo, este trabalho foca em <strong>um</strong> estudo na área <strong>de</strong> Automação e Sistemas<br />

Embarcados, com intuito <strong>de</strong> auxiliar os <strong>de</strong>ficientes visuais a terem <strong>um</strong> melhor acesso aos<br />

transportes públicos das cida<strong>de</strong>s.<br />

1.1 Imagem Dinâmica<br />

Frequentemente discute-se a percepção do movimento consi<strong>de</strong>rando que algo se<br />

move em relação a <strong>um</strong> contexto estático. Ao olho h<strong>um</strong>ano este contexto é válido, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

nascimento referenciamos a dinâmica das coisas a <strong>um</strong> mundo estático (MILLER, 1990,<br />

p.189). São as faculda<strong>de</strong>s oculares <strong>de</strong> estabilização da retina e <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> movimento que


17<br />

permite reconhecer <strong>um</strong> objeto que se move, mesmo sem nenh<strong>um</strong>a informação sobre o mesmo,<br />

como foi provado pelo psicólogo Gunnar Johansson que dispôs pontos <strong>de</strong> luz nas principais<br />

junções <strong>de</strong> <strong>um</strong> corpo h<strong>um</strong>ano, ocultando-o, <strong>de</strong>ixando aparente somente as regiões l<strong>um</strong>inosas,<br />

as quais foram imediatamente reconhecidas como <strong>um</strong>a forma h<strong>um</strong>ana somente no instante em<br />

que a pessoa se moveu.<br />

1.1.1 Persistência da Visão<br />

A persistência da imagem, também conhecida como persistência da retina, ou ainda<br />

retenção retinal, é <strong>um</strong>a proprieda<strong>de</strong> do olho h<strong>um</strong>ano <strong>de</strong> “reter” na retina a imagem captada<br />

durante <strong>um</strong> pequeno intervalo <strong>de</strong> tempo.<br />

A imagem fica na retina alguns centésimos <strong>de</strong> segundo, aproximadamente 1/24 <strong>de</strong><br />

segundo, ou seja, 0,04 segundos, após o objeto ter saído do campo <strong>de</strong> visão segundo a CRV 2 .<br />

Você po<strong>de</strong> verificar isso balançando seu <strong>de</strong>do cada vez mais <strong>de</strong>pressa. À medida que a<br />

velocida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>do a<strong>um</strong>enta você não consegue mais ver seu <strong>de</strong>do nitidamente. Você vê <strong>um</strong><br />

borrão, pois é como se o <strong>de</strong>do estivesse em várias posições ao mesmo tempo. Isso acontece<br />

porque várias imagens do <strong>de</strong>do, em diversas posições, se superpõem na retina. Esse fenômeno<br />

é idêntico ao que ocorre, por exemplo, quando <strong>um</strong> ventilador é ligado. No começo você vê o<br />

movimento das pás nitidamente, mas, à medida que a velocida<strong>de</strong> a<strong>um</strong>enta as pás<br />

"<strong>de</strong>saparecem" e você vê somente <strong>um</strong> borrão.<br />

2 CRV, Centro <strong>de</strong> Referência Virtual do Professor é <strong>um</strong> portal da Secretária <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Minas<br />

Gerais. Apresenta materiais contextualizados sobre conteúdo e método <strong>de</strong> ensino.


18<br />

A invenção do cinema foi baseada nessa proprieda<strong>de</strong> do olho h<strong>um</strong>ano. Uma<br />

sequência <strong>de</strong> fotos apresentadas com certa velocida<strong>de</strong> dá a ilusão <strong>de</strong> movimento. Para dar essa<br />

ilusão, é necessário que 24 fotos sejam apresentadas em aproximadamente <strong>um</strong> segundo. Uma<br />

filmadora é <strong>um</strong>a máquina fotográfica que é capaz <strong>de</strong> tirar cerca <strong>de</strong> 24 fotos (fotograma) por<br />

segundo <strong>de</strong> <strong>um</strong> objeto em movimento. Quando essas fotos são projetadas à razão também <strong>de</strong><br />

24 fotos por segundo, observa-se o objeto em movimento. Quando os fotogramas <strong>de</strong> <strong>um</strong> filme<br />

são projetados na tela <strong>de</strong> cinema, o olho mistura os fotogramas anteriores com os seguintes,<br />

provocando a ilusão <strong>de</strong> movimento. A televisão usa o mesmo princípio do cinema, on<strong>de</strong> são<br />

apresentadas imagens estáticas que dão a ilusão <strong>de</strong> movimento.<br />

Na Figura 1.1, po<strong>de</strong>mos observar <strong>um</strong> trecho <strong>de</strong> <strong>um</strong>a película <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

cavaleiro saltando os obstáculos, através <strong>de</strong> fotogramas com intervalos <strong>de</strong> 1/24 s.<br />

Figura 1.1 – Representação <strong>de</strong> <strong>um</strong> fotograma.<br />

Fonte – CRV, 2009.<br />

1.2 Tipos <strong>de</strong> Painéis<br />

O mercado atual proporciona <strong>um</strong>a gama <strong>de</strong> painéis eletrônicos para as mais diversas<br />

funções. Destacam-se os seguintes mo<strong>de</strong>los: Painel <strong>de</strong> LED com mensagem variável e Painel


19<br />

<strong>de</strong> LED com mensagem programável. Visando os sistemas <strong>de</strong> transporte, po<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong>stacar<br />

os equipamentos da Telegra 3 , utilizando <strong>um</strong> painel <strong>de</strong> LED com mensagem variável. Abaixo,<br />

têm-se alg<strong>um</strong>as características fundamentais do produto.<br />

• Ajuste, controle e registro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para cada LED;<br />

• Apresentação sequencial <strong>de</strong> símbolos a <strong>um</strong>a taxa <strong>de</strong> 10 símbolos/segundo;<br />

• Detecção <strong>de</strong> erros e relatório <strong>de</strong> eventos para cada pixel, tanto no estado<br />

"ligado" como "<strong>de</strong>sligado";<br />

• Ativação dos LEDs com ou sem multiplexação;<br />

Na Figura 1.2, é exposto <strong>um</strong> exemplo <strong>de</strong> painel <strong>de</strong> LED <strong>de</strong> mensagem variável.<br />

Figura 1.2 – Exemplo <strong>de</strong> Painel <strong>de</strong> Mensagem variável.<br />

Fonte: www.telegra-inc.com.<br />

Os painéis <strong>de</strong> mensagem programável são utilizados, no tráfego, e projetados para<br />

proporcionar o máximo <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>m ser controlados e programados <strong>de</strong> qualquer<br />

3 Telegra, Empresa especializada na fabricação, instalação para gestão <strong>de</strong> tráfego e sistema <strong>de</strong> telecomunicações.<br />

Produz, entre os vários produtos, painéis <strong>de</strong> LED para utilização em vias públicas.


20<br />

ponto on<strong>de</strong> você estiver, seja usando <strong>um</strong> dispositivo móvel, manual, sem-fio, ou junto ao<br />

próprio painel.<br />

Os principais componentes <strong>de</strong>ste equipamento são:<br />

• Módulo processador padrão, com LCD e teclado;<br />

• Comunicação via arquitetura cliente/servidor NTCIP padrão;<br />

• Conexão entre servidor e vários módulos cliente através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s TCP/IP;<br />

• Disponíveis interfaces para Bluetooth e programas para operação com PDA;<br />

• Compatibilida<strong>de</strong> com formatos gráficos padrão (JPEG, BMP);<br />

• Módulos inteligentes para controle e acionamento;<br />

• Os LEDs vêm montados em cartões <strong>de</strong> circuito impresso;<br />

• Módulos <strong>de</strong> supervisão da temperatura, bem como circuitos e equipamentos<br />

para controle climático (termostato, hidróstato, sistema <strong>de</strong> ventilação)<br />

(Telegra-inc).<br />

Na Figura 1.3, há exemplos <strong>de</strong> paineis <strong>de</strong> LED <strong>de</strong> mensagem programável.<br />

Figura 1.3 – Exemplos <strong>de</strong> Painéis <strong>de</strong> Mensagem Programável.<br />

Fonte: www.telegra-inc.com.


21<br />

1.3 Áudio<br />

1.3.1 Amplificadores <strong>de</strong> áudio<br />

Amplificadores <strong>de</strong> áudio são caracterizados por amplificarem sinais na faixa <strong>de</strong> áudio<br />

(20Hz - 20KHz). As características mais importantes para <strong>um</strong> amplificador é possuir <strong>um</strong>a<br />

baixa distorção, excelente relação sinal/ruído e alta eficiência (JUNIOR, 1996).<br />

Normalmente, as várias formas <strong>de</strong> distorções geradas pelo amplificador, tais como a<br />

distorção harmônica (múltiplos da frequência do sinal <strong>de</strong>sejado), distorção <strong>de</strong> intermodulação<br />

(espúrias, somas ou diferenças <strong>de</strong> frequências criadas quando os tons são aplicados ao<br />

amplificador em simultâneo, como no caso da música ou amplificação <strong>de</strong> fala). Geralmente,<br />

os níveis <strong>de</strong> distorção <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 1% ou 0,5% são consi<strong>de</strong>rados baixos o suficiente para<br />

aplicações <strong>de</strong> alta fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> (JUNIOR, 1996).<br />

Entre os diversos componentes usuais para utilização <strong>de</strong> estudos e projetos <strong>de</strong><br />

amplificadores <strong>de</strong> áudio, os operacionais são os circuitos integrados mais importantes em<br />

termos da gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas aplicações. O AOP 4 é <strong>um</strong> amplificador<br />

CC 5 , com vários estágios, com entrada diferencial, cujas características se aproximam das <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> amplificador i<strong>de</strong>al. As características i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> <strong>um</strong> amplificador operacional são as<br />

seguintes:<br />

• Resistência <strong>de</strong> entrada infinita;<br />

• Resistência <strong>de</strong> saída nula;<br />

4 AOP, Nomenclatura didática utilizada nos livros para abreviar Amplificador Operacional.<br />

5 CC Nomenclatura usada para a representação <strong>de</strong> corrente contínua.


22<br />

• Ganho <strong>de</strong> tensão infinito;<br />

• Resposta <strong>de</strong> frequência infinita (JUNIOR, 1996);<br />

Na Figura 1.4, observa-se <strong>um</strong> diagrama em blocos do amplificador operacional.<br />

Figura 1.4 – Diagrama em blocos – AOP.<br />

Fonte: JUNIOR, 1996.<br />

Na Figura 1.4, observa-se o primeiro como o bloco do amplificador diferencial, o<br />

qual sua função básica é fornecer <strong>um</strong>a tensão CC diferencial amplificada. Matematicamente, a<br />

tensão diferencial <strong>de</strong> saída é igual à tensão CC diferencial <strong>de</strong> entrada, multiplicada por <strong>um</strong><br />

fator <strong>de</strong> ganho. A tensão CC diferencial amplificada <strong>de</strong> saída passa para o bloco chamado <strong>de</strong><br />

estágio <strong>de</strong>slocador e amplificador intermediário, cuja função é proporcionar maior ganho <strong>de</strong><br />

sinal, bem como ajustar em <strong>um</strong> referencial “zero’’ (terra) o nível <strong>de</strong> tensão CC proveniente do<br />

estágio anterior. Este ajuste é importante para não alterar o referencial <strong>de</strong> saída do AOP,<br />

principalmente quando em operação com sinais em CA 6 .<br />

O último bloco <strong>de</strong>nominado acionador <strong>de</strong> saída, tem o objetivo <strong>de</strong> proporcionar <strong>um</strong>a<br />

baixa impedância <strong>de</strong> saída e suficiente corrente para alimentar a carga típica especificada para<br />

o operacional. Evi<strong>de</strong>ntemente, a impedância <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong>ste estágio precisa ser alta para não<br />

carregar o estágio anterior (JUNIOR, 1996).<br />

6 CA, Representação didática para corrente alternada.


23<br />

1.4 Sistema sem fio<br />

1.4.1 Ondas Eletromagnéticas<br />

É importante ter-se consciência <strong>de</strong> como estamos imersos em ondas<br />

eletromagnéticas. Iniciando pelo Sol, a maior e mais importante fonte para os seres terrestres,<br />

cuja vida <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do calor e da luz recebidos através <strong>de</strong> ondas eletromagnéticas.<br />

A primeira previsão da existência <strong>de</strong> ondas eletromagnéticas foi feita, em 1864, pelo<br />

físico escocês, James Clerk Maxwell 7 . Ele conseguiu provar, teoricamente, que <strong>um</strong>a<br />

perturbação eletromagnética <strong>de</strong>via se propagar no vácuo com <strong>um</strong>a velocida<strong>de</strong> igual à da luz.<br />

Maxwell verificou que <strong>um</strong> campo elétrico variável podia gerar <strong>um</strong> campo magnético. Imagine<br />

duas placas paralelas sendo carregadas progressivamente conforme a Figura 1.5.<br />

Figura 1.5 – Experiência com campo magnético.<br />

Fonte: www.fisica.net.<br />

7 James Clerk Maxwell, Físico e Matemático britânico que se tornou conhecido por ter dado a forma final a<br />

teoria mo<strong>de</strong>rna do eletromagnetismo na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cambridge, em 1864.


24<br />

Ao crescerem as cargas das placas o campo elétrico a<strong>um</strong>enta, produzindo <strong>um</strong> campo<br />

magnético (<strong>de</strong>vido à variação do campo elétrico). Embora Maxwell tenha estabelecido quatro<br />

equações para <strong>de</strong>screver os fenômenos eletromagnéticos analisados, tendo <strong>um</strong>a noção <strong>de</strong> sua<br />

teoria baseados em duas conclusões:<br />

• Um campo elétrico variável no tempo produz <strong>um</strong> campo magnético;<br />

• Um campo magnético variável no tempo produz <strong>um</strong> campo elétrico.<br />

(TIPLER, 1999);<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a onda eletromagnética <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do meio em que<br />

ela se propaga. O campo elétrico é resultante da existência <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ou mais cargas elétricas no<br />

espaço. Quando estas cargas se movem, como em <strong>um</strong> fio, as mesmas geram campo<br />

magnético. Uma carga elétrica móvel, em <strong>de</strong>slocamento linear através <strong>de</strong> <strong>um</strong> campo<br />

magnético variável, altera seu movimento. O campo eletromagnético, por sua vez, trata-se da<br />

combinação dos campos elétrico e magnético. Cada <strong>um</strong> dos campos, elétrico e magnético,<br />

sustenta a continuida<strong>de</strong> do outro na propagação do campo eletromagnético. As equações <strong>de</strong><br />

Maxwell, explica a existência <strong>de</strong> ondas eletromagnéticas até mesmo no vácuo, sem a<br />

existência <strong>de</strong> carga alg<strong>um</strong>a (TIPLER, 1999).<br />

Na Figura 1.6, tem-se a representação gráfica <strong>de</strong> <strong>um</strong>a onda eletromagnética.


25<br />

Figura 1.6 – Onda eletromagnética.<br />

Fonte: Leão, 2009.<br />

A velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> <strong>um</strong>a onda eletromagnética é dada pela a velocida<strong>de</strong> da luz<br />

<strong>de</strong> 300.000 Km/s, no vácuo. A Figura 1.6 representa <strong>um</strong> campo elétrico (E) e <strong>um</strong> campo<br />

magnético (H) variáveis no tempo e perpendiculares entre si, capaz <strong>de</strong> se propagar no espaço.<br />

O comprimento <strong>de</strong> onda representa a distância percorrida pela onda durante <strong>um</strong> ciclo. É<br />

<strong>de</strong>finido pela velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagação dividida pela frequência (Leão, 2009).<br />

1.4.2 Antenas<br />

As antenas são dispositivos <strong>de</strong>stinados a transmitir ou receber ondas <strong>de</strong> rádio.<br />

Quando ligadas a <strong>um</strong> transmissor (<strong>de</strong> rádio, TV, radar e outros) convertem os sinais elétricos<br />

em ondas eletromagnéticas. Quando ligadas a <strong>um</strong> receptor, captam essas ondas e as<br />

convertem em sinais elétricos que são amplificados e <strong>de</strong>codificados pelo aparelho receptor (<strong>de</strong><br />

rádio, televisão, radar e outros). Na Figura 1.7, tem-se a <strong>de</strong>monstração básica <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema<br />

<strong>de</strong> antenas transmissor e receptor.


26<br />

Figura 1.7 – Sistema <strong>de</strong> antenas.<br />

Fonte: www.fisica.net.<br />

Observando a Figura 1.7, verifica-se que o transmissor produz <strong>um</strong> sinal na forma <strong>de</strong><br />

corrente alternada, ou seja, com rápida oscilação, indo e vindo ao longo <strong>de</strong> seu condutor. A<br />

frequência da oscilação po<strong>de</strong> ir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> vezes por segundo até milhões <strong>de</strong> vezes por<br />

segundo, e é medida em kilohertz ou megahertz. Ao oscilar na antena <strong>de</strong> transmissão, a<br />

corrente produz <strong>um</strong>a onda eletromagnética em sua volta, que se irradia pelo ar. Quando atinge<br />

<strong>um</strong>a antena receptora, a onda eletromagnética induz nela <strong>um</strong>a pequena corrente elétrica que se<br />

alterna para frente e para trás ao longo da antena, acompanhando as oscilações da onda. Essa<br />

corrente é muito mais fraca do que o presente na antena transmissora, mas po<strong>de</strong> ser<br />

amplificada pelo aparelho receptor (KRAUS, 1983).<br />

Entre os diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> antenas existentes, tem-se como <strong>de</strong>finição para o<br />

projeto a antena ominidirecional. Nestas antenas, as ondas eletromagnéticas se propagam em<br />

todas as direções, ou seja, sua utilização é facilitada por não precisar <strong>de</strong> direcionamento,<br />

tornando prática a sua instalação. As antenas verticais <strong>de</strong> ¼ são conhecidas como monopolos<br />

aterrados, pois são polarizadas verticalmente com o plano <strong>de</strong> terra própria, sendo <strong>um</strong> pólo a<br />

antena e o outro o plano refletor (Leão, 2009). O plano refletor tem seu estudo baseado na<br />

teoria das imagens. Na Figura 1.8, tem-se <strong>um</strong>a representação gráfica da teoria.


27<br />

Figura 1.8 – Teoria das Imagens.<br />

Fonte: Leão, 2009.<br />

Se <strong>um</strong> dipolo estiver a certa distância <strong>de</strong> <strong>um</strong>a superfície plana condutora, parte dos<br />

campos radiados por ele é refletido nesta superfície. Portanto, o campo resultante em frente ao<br />

refletor é combinação linear dos campos radiados diretamente do dipolo e dos campos<br />

refletidos na superfície condutora. Estes campos po<strong>de</strong>m ser obtidos aplicando-se a teoria das<br />

imagens, on<strong>de</strong> <strong>um</strong> dipolo, a <strong>um</strong>a distância h em frente a <strong>um</strong> plano condutor, é equivalente a<br />

dois dipolos afastados a <strong>um</strong>a distância 2h (Leão, 2009).


28<br />

2 TEORIA SOBRE COMPONENTES E SISTEMAS UTILIZADOS<br />

A estrutura do projeto é formada por vários componentes, todavia será dado enfoque<br />

neste capítulo aos componentes <strong>de</strong> mais relevância no trabalho. O objetivo é possibilitar o<br />

esclarecimento <strong>de</strong>stes componentes, relatando alg<strong>um</strong>as características e funcionalida<strong>de</strong>s.<br />

2.1 Microcontrolador PIC 16F877A<br />

2.1.1 Breve Histórico<br />

A construção e <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> da arquitetura Harvard (utilizada na família PIC e<br />

DSPIC), iniciaram como <strong>um</strong>a curiosida<strong>de</strong> científica. A sua invenção foi feita pela<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Harvard, em <strong>um</strong>a competição científica criada pelo <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Defesa,<br />

que colocou Princeton contra Harvard (WIKIPEDIA, 2010).<br />

Princeton ganhou a competição porque o tempo médio entre as falhas da sua<br />

arquitetura era maior, além <strong>de</strong>sta mesma arquitetura ser mais simples e mais confiável na<br />

época, embora mais lenta que a proposta <strong>de</strong> Harvard. Com o <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong>


29<br />

dos transistores e dos circuitos integrados, a arquitetura Harvard finalmente foi reconhecida<br />

(WIKIPEDIA, 2010).<br />

Foi criado então pela Microchip o microcontrolador PIC1650, <strong>de</strong>scrito como <strong>um</strong><br />

Computador Inteligente Programável (PIC do Inglês Programmable Intelligent Computer).<br />

Deve-se a isto seu nome, mas este primeiro PIC foi criado inicialmente para ser <strong>um</strong> periférico<br />

do microprocessador CP1600, por isto é que existe a confusão na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> PIC com<br />

Peripheral Interface Controller. Os PICs são <strong>um</strong>a linha <strong>de</strong> microcontroladores <strong>de</strong> arquitetura<br />

Harvard que opera com instruções reduzidas (RISC 8<br />

do Inglês Reduced Instruction Set<br />

Computer), possuindo, o mesmo, gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> periféricos internos (WIKIPEDIA,<br />

2010).<br />

2.2 PIC 16F877A<br />

O Microcontrolador PIC 16F877A da Microchip, foi escolhido para o projeto por<br />

apresentar os recursos disponíveis para a realização do mesmo.<br />

2.2.1 Características gerais<br />

Para facilitar o entendimento sobre o microcontrolador, primeiramente, será<br />

mostrado às principais características do PIC16F877A, conforme a indicação abaixo:<br />

• Via <strong>de</strong> programação com 14 bits e 35 instruções;<br />

8 RISC é <strong>um</strong>a arquitetura que faz uso <strong>de</strong> <strong>um</strong> conjunto simples e pequeno <strong>de</strong> instruções que levam<br />

aproximadamente a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo para serem executadas.


30<br />

• 33 portas configuráveis como entrada e saída;<br />

• 15 interrupções disponíveis;<br />

• Memória <strong>de</strong> programação E2PROM FLASH, que permite a gravação rápida<br />

do programa diversas vezes no mesmo chip;<br />

• Memória E2PROM (não-volátil) interna com 256bytes;<br />

• Memória RAM com 368 bytes;<br />

• Três timers (dois <strong>de</strong> oito bits e <strong>um</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis bits);<br />

• Comunicações seriais: SPI e USART;<br />

• Conversor AD <strong>de</strong> 10 bits (SOUZA, 2002).<br />

2.2.2 Funções dos pinos do Microcontrolador<br />

Para <strong>um</strong> melhor esclarecimento sobre o microcontrolador em questão, segue abaixo a<br />

Figura 2.9 com a sua respectiva pinagem.<br />

Figura 2.9 – Configuração dos pinos PIC16F877.<br />

Fonte: Souza, 2002.


31<br />

Na Tabela 1, apresenta-se a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cada pino indicado na Figura 2.10.<br />

Tabela 1 – Descrição dos pinos do Microcontrolador.<br />

Fonte: Souza, 2002.<br />

Tabela 2 – Descrição dos pinos do Microcontrolador.<br />

Fonte: Souza, 2002.


32<br />

Tabela 3 – Descrição dos pinos do Microcontrolador.<br />

Fonte: Souza, 2002.<br />

Tabela 4 – Descrição dos pinos do Microcontrolador.<br />

Fonte: Souza, 2002.


33<br />

2.3 ISD 25XX<br />

Para a utilização do sistema <strong>de</strong> áudio, foi utilizado <strong>um</strong> chip voice da empresa<br />

Winbond Eletronics Corporation América 9 .<br />

Entre outros componentes para tratamentos <strong>de</strong> voz, escolheu-se o chip da família ISD<br />

25XX, por possuir <strong>um</strong>a melhor integração com os microcontroladores em geral. A ISD25XX<br />

on<strong>de</strong> XX representa o tempo <strong>de</strong> gravação total do CI em segundos, sendo para este mo<strong>de</strong>lo os<br />

valores <strong>de</strong> 60/75/90/120 segundos. Para o projeto, utilizou-se o ISD2590.<br />

2.3.1 Características gerais<br />

Este componente <strong>de</strong> armazenamento da série ISD 25XX, oferece <strong>um</strong>a alta qualida<strong>de</strong><br />

em <strong>um</strong> único chip com a utilização <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> 60 a 120 segundos conforme o mo<strong>de</strong>lo<br />

escolhido.<br />

Abaixo, segue alg<strong>um</strong>as informações importantes obtidas pelo Datasheet do<br />

componente em questão.<br />

• Alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reprodução da voz natural ou outro áudio em questão;<br />

• Para a reprodução ou gravação da mensagem, po<strong>de</strong>-se utilizar dip switch 10 ou<br />

controle lógico através <strong>de</strong> microcontroladores;<br />

• Não necessita <strong>de</strong> <strong>um</strong>a fonte externa para manter o armazenamento do áudio;<br />

9<br />

Winbond Eletronics Corporation América localizada nos Estados Unidos representa à produção <strong>de</strong><br />

componentes <strong>de</strong> voz, memórias flash e outros produtos em geral.<br />

10 Dip switch, chaves para selecionar opção ON/OFF. Como comparação aos sistemas digitais, po<strong>de</strong>-se dizer que<br />

seria nível lógico 0 para OFF e nível lógico 1 para ON. Comercialmente estes dips possuem várias chaves juntas<br />

no mesmo encapsulamento.


34<br />

• Possui <strong>um</strong> modo <strong>de</strong> baixo cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> potência com <strong>um</strong>a corrente <strong>de</strong> standby<br />

<strong>de</strong> 1µa;<br />

• Totalmente en<strong>de</strong>reçáveis para lidar com múltiplas mensagens;<br />

• Retenção <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> 100 anos tipicamente;<br />

• Possui <strong>um</strong> pré-amplificador <strong>de</strong> microfone;<br />

• Controle <strong>de</strong> ganho automático (AGC);<br />

• Filtro Anti-aliasing 11 ;<br />

• Fonte <strong>de</strong> clock no chip;<br />

• Possui células sucessivas <strong>de</strong> armazenamento em <strong>um</strong>a memória não volátil,<br />

dividida em 600 linhas en<strong>de</strong>reçáveis com <strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> 0,15s cada;<br />

• Componente po<strong>de</strong> ser regravado normalmente mais <strong>de</strong> 100.000 vezes;<br />

• Po<strong>de</strong>-se cascatear a fim <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar o tempo <strong>de</strong> reprodução e gravação;<br />

2.3.2 Descrição dos pinos do chip voice<br />

Na Figura 2.10, tem-se o diagrama em blocos fornecido pelo fabricante do chip<br />

voice.<br />

11 Anti-aliasing é <strong>um</strong> filtro passa-baixa que tem por objetivo filtrar as componentes <strong>de</strong> alta frequência e como<br />

maior objetivo corrigir o surgimento <strong>de</strong> freqüências espúrias (diferentes da original) quando o sinal não está<br />

corretamente amostrado ou a frequência <strong>de</strong> amostragem é muito pequena em relação à frequência mais alta do<br />

sinal.


35<br />

Figura 2.10 – Diagrama em blocos do ISD25XX.<br />

Fonte: Datasheet do ISD25XX, 2007.<br />

Na Figura 2.10, observa-se o bloco Power Conditioning responsável pelas tensões <strong>de</strong><br />

alimentação do ISD25XX. Os blocos <strong>de</strong> áudio representados por amplificadores, préamplificadores,<br />

filtros <strong>de</strong> passa-baixa e controle <strong>de</strong> ganho automático (AGC) tem a função <strong>de</strong><br />

qualificação <strong>de</strong> <strong>um</strong> sinal proveniente <strong>de</strong> <strong>um</strong> microfone. A parte <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> clock,<br />

amostragem e constante <strong>de</strong> tempo estão conectadas ao pino <strong>de</strong> clock externo com o objetivo<br />

<strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> todo o sinal injetado no chip voice. O bloco principal formado por <strong>um</strong>a<br />

memória não volátil <strong>de</strong> 480k, semelhante a <strong>um</strong>a memória flash, com <strong>um</strong> <strong>de</strong>codificador para os<br />

en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> entrada e <strong>um</strong> transceptor analógico para o sistema <strong>de</strong> clock. O Device Control<br />

tem a função <strong>de</strong> controle dos dispositivos internos, e o bloco nomeado Mux seleciona o áudio<br />

<strong>de</strong> saída para o alto-falante (SP+ SP-).<br />

Na Figura 2.11, tem-se a pinagem completa do ISD25XX e as suas <strong>de</strong>vidas funções<br />

relatadas nas tabelas posteriores.


36<br />

Figura 2.11– Configuração dos pinos ISD25XX.<br />

Fonte: Datasheet ISD2590, 2007.<br />

O chip voice possui muitas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização através dos seus modos <strong>de</strong><br />

operação, porém serão citadas as funções principais do componente. Como forma <strong>de</strong> facilitar<br />

o entendimento, cria-se três tabelas explicativas, indicando a funcionalida<strong>de</strong> do ISD25XX.<br />

Nas Tabelas 5, 6 e 7, indica-se a funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada pino do chip voice.


37<br />

Tabela 5 – Descrição dos pinos do Chip voice.<br />

NOME DO<br />

PINO<br />

VCCA,<br />

VCCD<br />

Nº DO<br />

PINO<br />

16,28<br />

FUNÇÃO<br />

Para minimizar o ruído da parte analógica e digital, as<br />

alimentações foram separadas e trazidas em pinos<br />

diferentes. Como indicação do fabricante <strong>de</strong>ve-se juntar os<br />

mesmos e usar <strong>um</strong> capacitor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacoplamento.<br />

(VSSA,<br />

VSSD)<br />

OVERFLOW<br />

OUTPUT<br />

(OVF)<br />

POWER<br />

DOWN<br />

INPUT (PD)<br />

CHIP<br />

ENABLE<br />

INPUT (CE)<br />

12,13 Estes pinos foram separados internamente para isolar as<br />

alimentações digitais, porém este <strong>de</strong>ve ser ligado ao ground<br />

do circuito.<br />

22<br />

24<br />

23<br />

Este sinal em nível baixo no final da memória indica que a<br />

mensagem transbordou e, em seguida, <strong>de</strong>ve-se colocar <strong>um</strong><br />

pulso na borda <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida em PD para dar <strong>um</strong> reset no<br />

dispositivo.<br />

Quando não estiver em processo <strong>de</strong> gravação, este pino<br />

<strong>de</strong>ve ser colocado em nível alto a fim <strong>de</strong> o circuito operar<br />

em baixo cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> energia. Se o pino OVF for a nível<br />

baixo, o PD <strong>de</strong>ve ser colocado a nível lógico alto para repor<br />

o ponteiro <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço para o início da reprodução ou<br />

gravação.<br />

A reprodução e gravação só são ativadas, quando o chip<br />

enable input é colocado a nível baixo.<br />

END-OF<br />

MESSAGE<br />

(EOM)<br />

25<br />

Este pino indica o fim da mensagem, já que este pino não<br />

po<strong>de</strong> ser alterado, servindo apenas para leitura ou análise <strong>de</strong><br />

alg<strong>um</strong> dispositivo. EOM insere, ao final <strong>de</strong> cada mensagem<br />

<strong>um</strong> marcador.<br />

Fonte: Datasheet ISD2590, 2007.


38<br />

Tabela 6 – Descrição dos pinos do Chip voice.<br />

NOME DO PINO<br />

PLAYBACK/RECORD<br />

INPUT (P/R)<br />

MICROPHONE<br />

INPUT (MIC)<br />

Nº DO<br />

PINO<br />

27<br />

17<br />

FUNÇÃO<br />

Um nível lógico alto seleciona o playback e <strong>um</strong> nível lógico<br />

baixo o RECORD. O P/R tem funcionalida<strong>de</strong> na borda <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scida do CHIP ENABLE (CE). Para o funcionamento do<br />

RECORD, coloca-se <strong>um</strong> en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> entrada e a gravação<br />

será finalizada colocando-se PD ou CE em nível alto, ou até<br />

o transbordamento, indicando que a memória está completa.<br />

No término <strong>de</strong> cada ciclo <strong>de</strong> gravação, <strong>um</strong> indicador <strong>de</strong><br />

término é acrescido através do END-OF-MESSAGE<br />

(MOE) na memória. Para a reprodução da mensagem, é<br />

colocado <strong>um</strong> en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> partida e a mensagem é<br />

reproduzida até <strong>um</strong> marcador MOE.<br />

Entrada <strong>de</strong> <strong>um</strong> microfone externo com controle <strong>de</strong> ganho<br />

automático (AGC). Este ganho vai da faixa <strong>de</strong> -15 a 24 dB.<br />

MICROPHONE<br />

REFERENCE INPUT<br />

(MIC REF)<br />

AUTOMATIC GAIN<br />

CONTROL INPUT<br />

(AGC)<br />

ANALOG OUTPUT<br />

(ANA OUT)<br />

ANALOG INPUT<br />

(ANA IN)<br />

18<br />

19<br />

21<br />

20<br />

Entrada inversora do pré-amplificador interno ao chip voice<br />

para tratamento do sinal vindo do microfone.<br />

O controle automático <strong>de</strong> ganho (AGC) ajusta o ganho dos<br />

níveis <strong>de</strong> entrada do microfone. O AGC permite vários<br />

tipos <strong>de</strong> sons <strong>de</strong> entrada eliminando o máximo <strong>de</strong> distorções<br />

possíveis. Internamente, <strong>um</strong> controle <strong>de</strong> tempo é dado por<br />

<strong>um</strong> resistor <strong>de</strong> 5KΩ e <strong>um</strong> capacitor externo acoplado ao<br />

pino 19 para a constante <strong>de</strong> tempo RC.<br />

Esse pino fornece o amplificador <strong>de</strong> saída para o usuário. O<br />

ganho <strong>de</strong> tensão do pré-amplificador é <strong>de</strong>terminado pelo<br />

nível <strong>de</strong> tensão no pino AGC.<br />

Entrada <strong>de</strong> sinal analógico para gravação. Com a utilização<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> microfone, <strong>de</strong>ve-se acrescentar a este pino <strong>um</strong><br />

resistor e <strong>um</strong> capacitor, conforme o Datasheet, para dar <strong>um</strong><br />

corte adicional na baixa frequência na voz no passband.<br />

Fonte: Datasheet ISD2590, 2007.


39<br />

Tabela 7 – Descrição dos pinos do Chip voice<br />

NOME DO PINO<br />

EXTERNAL<br />

CLOCK INPUT<br />

(XCLK)<br />

SPEAKER<br />

OUTPUTS<br />

(SP+ / SP -)<br />

AUXILIARY<br />

INPUT (AUX IN)<br />

ADDRESS /<br />

MODE INPUTS<br />

(AX / MX)<br />

Nº DO<br />

PINO<br />

26<br />

14,15<br />

11<br />

1 a 10<br />

FUNÇÃO<br />

Entrada <strong>de</strong> clock externo usada para <strong>um</strong>a sincronização<br />

externa, seguindo <strong>um</strong>a Tabela <strong>de</strong> clock e amostragem<br />

necessária, conforme o Datasheet, para injetar <strong>um</strong> sinal no<br />

XCLK. O chip possui dispositivos internos em pull-down,<br />

trabalhando com <strong>um</strong>a tolerância <strong>de</strong> +/- 1% da amostragem<br />

interna da frequência <strong>de</strong> clock. O ISD2590 requer <strong>um</strong><br />

Sample Rate <strong>de</strong> 5,3kHz e <strong>um</strong> clock <strong>de</strong> 682,7kHz. Se não<br />

utilizar XCLK conectar ao terra.<br />

A saída SP+ / SP - tem <strong>um</strong> drive para alto-falante com <strong>um</strong>a<br />

potência <strong>de</strong> 50mw com <strong>um</strong>a resistência <strong>de</strong> 16Ω.<br />

Sinal auxiliar para ser injetado e multiplexado internamente<br />

com a saída do amplificador para o alto falante.<br />

Estes pinos têm duas funções diferentes, conforme os dois<br />

en<strong>de</strong>reços mais significativos (A8 e A9). Se <strong>um</strong> dos dois<br />

en<strong>de</strong>reços estiver em nível lógico baixo, os pinos se<br />

comportarão como en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> entrada (AX), mas não<br />

como en<strong>de</strong>reços internos. Se os pinos (A8 e A9) estiverem<br />

em nível lógico alto às entradas se comportarão como<br />

modos <strong>de</strong> operação, citados posteriormente no subtítulo<br />

2.3.3.<br />

Fonte: Datasheet ISD2590, 2007<br />

2.3.3 Modo <strong>de</strong> operação<br />

Conforme explicado na Tabela 7, no item ADDRESS / MODE, se os en<strong>de</strong>reços mais<br />

significativos (A8 e A9) estiverem em nível lógico alto tem-se o funcionamento como modo<br />

<strong>de</strong> operação. Estes modos operacionais proporcionam o máximo <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong> e o<br />

mínimo <strong>de</strong> componentes adicionais. Na Tabela 8, têm-se os modos <strong>de</strong> operações disponíveis.


40<br />

Tabela 8 – Modos <strong>de</strong> Operações.<br />

Fonte: Datasheet ISD2590, 2007.<br />

O asterisco (*) indica os modos operacionais adicionais que po<strong>de</strong>m ser usados<br />

simultaneamente com o modo <strong>de</strong>terminado. Abaixo, tem-se <strong>um</strong> esclarecimento sobre os modos<br />

<strong>de</strong> operação.<br />

No modo <strong>de</strong> operação M0, o usuário vai passando por cada mensagem sem saber o<br />

en<strong>de</strong>reço físico real das mensagens. Com <strong>um</strong> pulso, em nível lógico baixo, no chip enable<br />

(CE) faz com que <strong>um</strong> ponteiro <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços internos salte para a mensagem seguinte. Está<br />

operação é usada apenas para a reprodução. O modo M1 posibilita que as mensagens<br />

gravadas, sequencialmente, sejam combinadas e reproduzidas como <strong>um</strong>a mensagem contínua<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong> único marcador <strong>de</strong> final <strong>de</strong> mensagens (MOE).<br />

O modo M2 não é utilizado, logo se <strong>de</strong>ve colcoca em nível lógico baixo. O modo <strong>de</strong><br />

operação M3, faz <strong>um</strong>a reprodução automática contínua do início ao fim da memória do ISD.<br />

No modo <strong>de</strong> operação M4, o ponteiro <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço é <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rado, fazendo com que a<br />

última mensagem gravada reproduza consecutivamente. O modo M5 permite que a mensagem<br />

seja pauseada ao colocar o PD em nível lógico alto.


41<br />

O modo M6 <strong>de</strong> operação é utilizado em aplicações on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>seja muito baixo custo<br />

e o mínimo <strong>de</strong> componentes no circuito externo. Para o seu funcionamento, coloca-se os<br />

en<strong>de</strong>reços A6, A8 e A9 em nível lógico alto. Para maiores características sobre os modos <strong>de</strong><br />

operação, verificar o datasheet do chip voice (ISD2590).<br />

2.4 Diodo emissor <strong>de</strong> luz<br />

O LED 12<br />

é <strong>um</strong> componente eletrônico semicondutor, que tem a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transformar energia elétrica em luz. Tal transformação é diferente da encontrada nas lâmpadas<br />

convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> gases,<br />

<strong>de</strong>ntre outras. No LED, a transformação <strong>de</strong> energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo,<br />

por isso, chamada <strong>de</strong> Estado sólido (Marques, 1996).<br />

As principais características <strong>de</strong> <strong>um</strong> LED são as seguintes:<br />

• Corrente direta (If) [A DC];<br />

• Tensão máxima <strong>de</strong> polarização direta (VF) [V DC];<br />

• Tensão máxima <strong>de</strong> polarização inversa (Vr) [V DC];<br />

• Intensida<strong>de</strong> l<strong>um</strong>inosa [cd 13 ];<br />

• Ângulo <strong>de</strong> visualização [graus];<br />

12<br />

LED é a sigla em inglês <strong>de</strong> Light Emitter Dio<strong>de</strong>, ou seja, diodo emissor <strong>de</strong> luz.<br />

13 cd é a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida para indicar quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> can<strong>de</strong>las. É o valor dado para indicar a intensida<strong>de</strong><br />

l<strong>um</strong>inosa, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>finida como o po<strong>de</strong>r que irradia <strong>um</strong>a fonte <strong>de</strong> luz em <strong>um</strong>a direção específica.


42<br />

Na Figura 2.12, tem-se a visualização <strong>de</strong> <strong>um</strong> LED e seus terminais.<br />

Figura 2.12– Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> LED.<br />

Fonte: Marques, 1996.<br />

2.5 Shift Register<br />

O registrador <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento (shift register) é <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> FFs 14 interligados <strong>de</strong> tal<br />

forma que os números binários armazenados nos FFs são <strong>de</strong>slocados <strong>de</strong> <strong>um</strong> FF para o<br />

próximo, a cada pulso <strong>de</strong> clock (Tocci, 2000).<br />

Depen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> como a informação entra ou sai do registrador, tem-se formas <strong>de</strong><br />

circuitos diferentes. Po<strong>de</strong>m-se ter registradores dos seguintes tipos:<br />

• Registrador SISO (serial - in / serial - out);<br />

• Registrador PISO (parallel - in / serial - out);<br />

14 FFs é a abreviatura para representar flip-flops. O flip-flop é o elemento <strong>de</strong> memória mais importante, que é<br />

feito <strong>de</strong> <strong>um</strong>a configuração <strong>de</strong> portas lógicas.


43<br />

• Registrador PIPO (parallel - in / parallel – out);<br />

• Registrador SIPO (serial – in / parallel – out) (Braga, 2002);<br />

2.5.1 Especificações do 74HC595<br />

Para a realização do projeto, foi utilizado o circuito integrado 74HC595 da Philips<br />

Semiconductors. Este é <strong>um</strong> registrador <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento com oito bits <strong>de</strong> saída paralela e com<br />

possibilida<strong>de</strong> para interligá-los através do pino <strong>de</strong> saída serial (DS). Outras características<br />

sobre este chip po<strong>de</strong> ser verificado no seu Datasheet.<br />

2.5.2 Descrição do funcionamento<br />

A Figura 2.13 representa a pinagem do registrador <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento.<br />

Figura 2.13– Pinagem do 74HC595.<br />

Fonte: Datasheet da PHLIPS, 1998.<br />

2.13<br />

Com o uso da Tabela 9 tem-se o esclarecimento da função <strong>de</strong> cada pino da Figura


44<br />

Tabela 9 – Especificação da Pinagem do 74HC595.<br />

Fonte: Datasheet da PHILIPS, 1998.<br />

O diagrama em blocos da Figura 2.14 representa o processo <strong>de</strong> registrador<br />

<strong>de</strong>slocamento e as suas <strong>de</strong>vidas etapas.<br />

Figura 2.14– Diagrama lógico do 74HC595.<br />

Fonte: Datasheet da PHLIPS, 1998.<br />

O bloco lógico da Figura 2.14 representa o processo <strong>de</strong> funcionamento interno do<br />

circuito integrado. Ele possui oito estágios que possibilita <strong>um</strong>a saída em paralelo <strong>de</strong> oito bits.


45<br />

Para esclarecer o funcionamento, toma-se como base o estágio zero, já que os outros seguem<br />

o mesmo raciocínio lógico. O flip-flop (FF0) é responsável pelo <strong>de</strong>slocamento dos bits da<br />

entrada serial (DS) e o LATCH tem como função o armazenamento dos registros.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o máster reset (MR) em nível lógico alto e o output enable (OE) em nível<br />

lógico baixo têm-se os registradores e saídas em operação.<br />

Se a entrada DS (FF0) estiver em nível lógico alto e <strong>um</strong> clock (SHCP) for dado n<strong>um</strong>a<br />

borda <strong>de</strong> subida (transição low-to-high), o próximo estágio receberá a entrada DS e o seu<br />

valor é armazenado no LATCH. A cada clock na borda <strong>de</strong> subida às entradas vão sendo<br />

transferidas para o estágio seguinte e armazenados nos LATCHs, on<strong>de</strong> no último estágio o<br />

valor é <strong>de</strong>slocado para a saída serial (/Q7). Para transferir o valor para a saída paralela, o<br />

clock do storage register (STCP) <strong>de</strong>ve ser colocado na borda <strong>de</strong> subida, e assim a saída<br />

paralela recebe o valor armazenado no LATCH.<br />

2.6 Enco<strong>de</strong>r e Deco<strong>de</strong>r<br />

Um Enco<strong>de</strong>r (codificador) tem certo número <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> entrada, on<strong>de</strong> somente <strong>um</strong>a<br />

<strong>de</strong>las é ativada por vez, e produz <strong>um</strong> código <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> N bits, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> qual entrada<br />

está ativada (Tocci, 2000). Na Figura 2.15, tem-se <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo geral <strong>de</strong> codificador.


46<br />

Figura 2.15– Diagrama geral do codificador.<br />

Fonte: Tocci, 2000.<br />

A Figura 2.15 tem-se <strong>um</strong> codificador com M entradas e N saídas, on<strong>de</strong> neste caso as<br />

entradas são ativadas em nível lógico alto, o que significa que estão normalmente em nível<br />

lógico baixo. Um Deco<strong>de</strong>r (<strong>de</strong>codificador) é <strong>um</strong> circuito lógico que aceita <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong><br />

entradas, que representa <strong>um</strong> número binário, ativando somente a saída que correspon<strong>de</strong> ao<br />

número da entrada. Em outras palavras, <strong>um</strong> circuito <strong>de</strong>codificador analisa as suas entradas,<br />

<strong>de</strong>termina qual número binário está presente e ativa a saída correspon<strong>de</strong>nte a esse número;<br />

todas as outras saídas permanecerão <strong>de</strong>sativadas (TOCCI, 2000). Na Figura 2.16, tem-se o<br />

diagrama geral do <strong>de</strong>codificador.<br />

Figura 2.16– Diagrama geral do <strong>de</strong>codificador.<br />

Fonte: Tocci, 2000.<br />

Na Figura 2.16, o diagrama para <strong>um</strong> <strong>de</strong>codificador com N entradas e M saídas e cada<br />

<strong>um</strong>a das entradas po<strong>de</strong> ser 0 ou 1, existem 2 N combinações ou códigos <strong>de</strong> entrada possíveis.


47<br />

Para cada <strong>um</strong>a <strong>de</strong>stas combinações <strong>de</strong> entrada, apenas <strong>um</strong>a das saídas estará ativa (nível<br />

lógico alto) e todas as outras estarão em nível lógico baixo (Tocci, 2000).<br />

2.6.1 Especificações do MC145026 e MC145027<br />

O Enco<strong>de</strong>r MC145026 e o Deco<strong>de</strong>r MC145027 são circuitos integrados fabricados<br />

pela Freescale Semiconductor. O MC145026 po<strong>de</strong> combinar até 19.683 (3 9 =19.683)<br />

en<strong>de</strong>reços no modo trinário (0, 1 e aberto), usando os pinos (A1, A2, A3, A4, A5, D6, D7, D8<br />

e D9), e 512 (2 9 =512) en<strong>de</strong>reços no modo binário (0 e 1). Se forem usados somente os pinos<br />

A1, A2, A3, A4 e A5, é possível combinar até 243 (3 5 =243) en<strong>de</strong>reços no modo trinário e, 32<br />

(2 5 =32) en<strong>de</strong>reços no modo binário. Dessa forma, os pinos D6, D7, D8 e D9 são utilizados<br />

para transmissão <strong>de</strong> dados, sendo possível combinar 16 valores diferentes e enviá-los para o<br />

Deco<strong>de</strong>r MC145027 (Datasheet Freescale, 2005).<br />

2.6.2 Descrição do funcionamento<br />

Para compreen<strong>de</strong>r o funcionamento do sistema codificador e <strong>de</strong>codificador, tem-se<br />

na Figura 2.17 <strong>um</strong> circuito básico fornecido pelo fabricante.


48<br />

Figura 2.17– Circuito <strong>de</strong> Teste.<br />

Fonte: Datasheet do MC140526 e MC140527, 2005.<br />

Para o funcionamento do circuito acima, primeiramente, <strong>de</strong>ve-se calcular a<br />

frequência <strong>de</strong> trabalho do codificador e <strong>de</strong>codificador, afim <strong>de</strong> que estes possam sincronizar.<br />

Outro fator importante é os en<strong>de</strong>reços A1-A5, pois <strong>de</strong>vem estar configurados da mesma<br />

forma. Com a freqüência e en<strong>de</strong>reços ajustados, os dados inseridos no codificador vão estar<br />

presentes no pino 15 e (D out ) a cada acionamento do TE (Transmit Enable) para o nível lógico<br />

baixo, serão introduzidos no pino 9 (D in ) do <strong>de</strong>codificador. Desta forma, os dados D6 á D9 do<br />

<strong>de</strong>codificador terão o mesmo valor dos dados do codificador, e através <strong>de</strong> <strong>um</strong> nível lógico alto<br />

na saída do pino VT (Valid Transmission Output) se obtêm a validação da transmissão. Por<br />

questões <strong>de</strong> segurança na transmissão a codificação é enviada duas vezes (Repeat Of Above).<br />

Para facilitar o projeto, o fabricante fornece as frequências e componentes<br />

disponíveis para o correto funcionamento, po<strong>de</strong>ndo ser observado na Tabela 10.


49<br />

Tabela 10 – Valores típicos <strong>de</strong> projetos.<br />

Fonte: Datasheet do MC140526 e MC140527, 2005.<br />

A frequência <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ve respeitar o seguinte critério:<br />

Utilizando a fórmula <strong>de</strong> f osc encontra-se a frequência <strong>de</strong> trabalho responsável pelo<br />

sincronisno do enco<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>co<strong>de</strong>r. Para facilitar os cálculos, os valores <strong>de</strong> resistores e<br />

capacitores <strong>de</strong>vem seguir as condições indicadas acima.<br />

2.6.3 Descrição do funcionamento do 74HC138<br />

O <strong>de</strong>codificador 74HC138 da PHILIPS Semiconductors possui três entradas <strong>de</strong><br />

en<strong>de</strong>reços (A0, A1 e A2) e oito saídas (Y0 a Y7). Com os pinos <strong>de</strong> enable (E0, E1 e E2) para<br />

habilitar o chip e com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar o número <strong>de</strong> linhas utilizando portas<br />

inversoras externas acopladas ao circuito.


50<br />

Na Figura 2.18, tem-se a pinagem do 74HC138 e a Tabela 11 indicando a <strong>de</strong>scrição<br />

dos pinos do <strong>de</strong>codificador.<br />

Figura 2.18– Pinagem do 74HC138.<br />

Fonte: Datasheet do 74HC138, 1993.<br />

Tabela 11 – Descrição dos pinos do 74HC138.<br />

Fonte: Datasheet do 74HC138, 1993.<br />

As saídas são ativadas em nível lógico baixo, on<strong>de</strong> com <strong>um</strong> en<strong>de</strong>reço entrada em<br />

binário seleciona-se a saída correspon<strong>de</strong>nte. Se tivesse <strong>um</strong> en<strong>de</strong>reço zero em binário (A0=0,<br />

A1=0, e A2=0), a saída correspon<strong>de</strong>nte seria Y0=0 e as <strong>de</strong>mais saídas permaneceriam em<br />

nível lógico alto.


51<br />

3 AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO<br />

Para a programação do microcontrolador PIC16F877A, utilizou-se a linguagem C <strong>de</strong><br />

programação. Nesta linguagem, existe a possibilida<strong>de</strong> da utilização integrada com a<br />

linguagem Assembly, e que permite acesso direto ao hardware, conferindo velocida<strong>de</strong> em<br />

aplicações <strong>de</strong> maior necessida<strong>de</strong>.<br />

No <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> e compilação do programa gerado, se utiliza o Ambiente<br />

Integrado <strong>de</strong> Desenvolvimento (IDE, do inglês, Integrated Development Enviroment) para a<br />

execução do programa.<br />

3.1 Software PCW<br />

O software PCW é o programa IDE que se utiliza neste projeto, sendo que este é<br />

<strong>de</strong>senvolvido pela CCS 15 . Através <strong>de</strong>ste software, <strong>de</strong>senvolve-se a programação na linguagem<br />

C e este trabalha diretamente com os componentes da família PIC.<br />

15 CCS, Inc. é <strong>um</strong>a empresa especializada em software embarcado e hardware.


52<br />

As etapas para o <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do trabalho são:<br />

• Criar novo projeto<br />

• Selecionar o PIC<br />

• Desenvolvimento do software utilizando as <strong>de</strong>vidas bibliotecas (*h).<br />

Compila-se a rotina <strong>de</strong>senvolvida, finalizando a sua compilação para a linguagem <strong>de</strong><br />

máquina (Assembly) (GRANDI, 2009).<br />

O ambiente <strong>de</strong> trabalho do PCW po<strong>de</strong> ser observado na Figura 3.19, com o<br />

<strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do programa <strong>de</strong> controle do shift register.<br />

Figura 3.19– Ambiente <strong>de</strong> Programação PCW.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 3.19, tem-se o ambiente <strong>de</strong> trabalho com o arquivo <strong>de</strong> biblioteca o ícone<br />

<strong>de</strong> compilação, indicado na seta, e outras funções do compilador.


53<br />

3.1.1 Processo Gravação do PIC<br />

O processo <strong>de</strong> gravação do PIC16F877A é realizado pela placa <strong>de</strong> gravação<br />

Picburner USB. O Picburner é <strong>um</strong> hardware, o qual se conecta a <strong>um</strong>a porta USB do<br />

computador, e através <strong>de</strong> <strong>um</strong> software <strong>de</strong> comunicação realiza a gravação e testes no PIC<br />

utilizado. O gravador é ilustrado na Figura 3.20. Para realizar a comunicação, <strong>de</strong>ve-se instalar<br />

o driver 16<br />

fornecido junto ao hardware para utilização do software. Com a instalação<br />

realizada, tem-se a ilustração do software na Figura 3.21.<br />

Figura 3.20– Gravador Picburner.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

O gravador Picburner possibilita diversas funções adicionais, como: leitura das<br />

informações gravadas nos PIC’s; leitura da memória EEPROM; gravação da memória<br />

EEPROM; apagamento da memória EEPROM; apagamento da memória <strong>de</strong> programa;<br />

verificação se o conteúdo existente no microcontrolador equivale ao programa compilado.<br />

16<br />

Driver é <strong>um</strong> software que permite que o computador se comunique com o hardware ou com os dispositivos.


54<br />

Figura 3.21– Software Picburner.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

O software <strong>de</strong> gravação do Picburner através da tecla DETECT PROGRAMMER<br />

reconhece qual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> PIC está conectado ao seu hardware, tendo apenas que selecionar<br />

<strong>de</strong> quantos pinos é o microcontrolador usado. Após o reconhecimento, abrirá <strong>um</strong>a tela para<br />

gravação (write), erase, comparação e outros itens sugeridos. Para a gravação, <strong>de</strong>ve-se<br />

selecionar o item write, buscar o arquivo (* .hex) gerado na compilação do PCW e, após isso,<br />

o software indicará se a gravação foi finalizada com sucesso.<br />

3.2 Proteus 7.6<br />

O software Proteus 7.6 da empresa Labcenter Electronics é dividido em duas partes;<br />

ISIS 17 e ARES 18 . Para o trabalho, foi utilizado o programa ISIS <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> circuitos, que<br />

17 ISIS é usado para a simulação <strong>de</strong> circuitos, capturas e <strong>de</strong>senhos.<br />

18 ARES é usado para <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> circuito impresso e as suas ligações, incluindo todas as<br />

características <strong>de</strong> confecção da placa.


55<br />

este possui e banco <strong>de</strong> dados com a simbologia <strong>de</strong> vários componentes eletrônicos, <strong>de</strong> várias<br />

famílias diferentes, incluindo o PIC16F877A <strong>de</strong> muita importância para o projeto.<br />

Com o Proteus ISIS se pega o arquivo em hexa<strong>de</strong>cimal, gerado pelo PCW, e simular<br />

o PIC em funcionamento no Proteus. Uma ferramenta importante, antes <strong>de</strong> realizar a<br />

montagem em hardware do projeto.


56<br />

4 DESENVOLVIMENTO – HARDWARE<br />

O projeto <strong>de</strong>senvolve-se com o uso <strong>de</strong> vários componentes, placas e circuitos<br />

isolados. Tanto o projeto <strong>de</strong> hardware e software foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início até a<br />

finalização do protótipo.<br />

Para <strong>um</strong> melhor esclarecimento do <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do trabalho, é apresentado,<br />

neste capítulo, o <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do hardware, <strong>de</strong>screvendo observações e problemas<br />

encontrados, sem se preocupar com o software, visto que o software a se embarcar no PIC é<br />

explicado no capítulo seguinte.<br />

4.1 Hardware <strong>de</strong>senvolvido<br />

O projeto do hardware é composto por três placas e <strong>um</strong>a protoboard 19 com funções<br />

distintas e sincronizadas através <strong>de</strong> <strong>um</strong> microcontrolador PIC16F877A. Duas placas têm a<br />

19 Protoboard é <strong>um</strong>a placa com furos e conexões condutoras para montagem experimentais. A gran<strong>de</strong> vantagem<br />

do protoboard ,na montagem <strong>de</strong> circuitos eletrônicos, é a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> componentes, <strong>um</strong>a vez que<br />

não necessita soldagem.


57<br />

função <strong>de</strong> transmissão e recepção do sinal <strong>de</strong> RF, e a terceira placa representa o sistema <strong>de</strong><br />

matriz <strong>de</strong> LED com os seus <strong>de</strong>vidos dispositivos <strong>de</strong> controle.<br />

O circuito principal do projeto encontra-se na protoboard, que tem a função principal<br />

<strong>de</strong> realizar o processamento <strong>de</strong> todos os dispositivos através do microcontrolador<br />

PIC16F877A. Para o <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do hardware, criou-se <strong>um</strong> diagrama em blocos para<br />

representar cada circuito e suas <strong>de</strong>vidas funções no projeto. A Figura 4.22 ilustra o diagrama<br />

do projeto.<br />

Figura 4.22– Diagrama em blocos.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Nas seções seguintes, serão <strong>de</strong>scritos os blocos individualmente.


58<br />

4.2 Processamento com PIC16F877A<br />

Através da Figura 4.23, verifica-se o bloco principal do projeto com suas <strong>de</strong>vidas<br />

<strong>de</strong>rivações. No processamento, tem-se o microcontrolador PIC16F877A gerenciando todo o<br />

sistema com a sua rotina <strong>de</strong> programa produzido pelo projetista. Como comentado,<br />

anteriormente, a escolha <strong>de</strong>ste microcontrolador se <strong>de</strong>u pela varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos disponíveis<br />

e por sua compatibilida<strong>de</strong> com o hardware <strong>de</strong> gravação. A Figura 4.23 ilustra o bloco <strong>de</strong><br />

processamento e clock.<br />

Figura 4.23– Circuito <strong>de</strong> Processamento e Clock.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 4.23, tem-se a configuração dos pinos utilizados nos blocos seguintes,<br />

diferenciados por <strong>um</strong>a legenda, e o circuito <strong>de</strong> clock composto por dois capacitores <strong>de</strong> 33pF e<br />

<strong>um</strong> cristal <strong>de</strong> 4MHZ. O valor do capacitor é baseado no Datasheet do microcontrolador, o<br />

cristal <strong>de</strong> 4MHZ é utilizado por ser <strong>um</strong> oscilador <strong>de</strong> maior precisão.


59<br />

Utilizando <strong>um</strong> clock externo <strong>de</strong> 4MHZ, o PIC apresentará <strong>um</strong> clock interno igual à<br />

frequência do cristal divido por quatro, logo o PIC16F877A estará trabalhando, internamente,<br />

com <strong>um</strong>a frequência <strong>de</strong> 1MHZ e <strong>um</strong> ciclo <strong>de</strong> máquina <strong>de</strong> 1µs (Souza, 2002).<br />

4.3 Sistema <strong>de</strong> Áudio<br />

Para o sistema <strong>de</strong> áudio, realizou-se <strong>um</strong> estudo sobre a forma a qual seria aplicado o<br />

sistema, já que o mesmo <strong>de</strong>veria possuir qualida<strong>de</strong>, baixo cons<strong>um</strong>o e <strong>um</strong> tamanho reduzido. O<br />

áudio tem como objetivo auxiliar as pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual <strong>de</strong> reconhecerem os<br />

números digitados, no painel, e saberem o momento o qual seu transporte estará próximo ao<br />

terminal <strong>de</strong> ônibus.<br />

O estudo iniciou com os cartões <strong>de</strong> memória, essencialmente, baseados na tecnologia<br />

Flash, <strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> memória EEPROM, do inglês, Electrically-Erasable Programmable Read<br />

Only Memory. O objetivo era gravar as mensagens <strong>de</strong> voz, no cartão <strong>de</strong> memória, e fazer o<br />

tratamento <strong>de</strong> todo o sistema pelo microcontrolador e, após isso, o sinal tratado seria colocado<br />

n<strong>um</strong> DAC (conversor digital para analógico), visto que nos microcontroladores Dspic<br />

pesquisados não possuem a conversão digital para analógica. Após convertido para analógico,<br />

seria necessário amplificar o sinal, para <strong>um</strong>a qualida<strong>de</strong> aceitável, e filtrar as frequências altas<br />

que vierem a existir com <strong>um</strong> filtro anti-aliasing.<br />

Com o término <strong>de</strong>ste estudo, busca-se <strong>um</strong>a forma que pu<strong>de</strong>sse compactar o máximo<br />

<strong>de</strong> recursos em <strong>um</strong> único dispositivo. Após várias pesquisas, verificou-se que os componentes<br />

da família ISD2590, ISD1760 e outros chips <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> áudio po<strong>de</strong>riam ser utilizados.<br />

O componente escolhido para o projeto foi o ISD2590, pois este possuía características <strong>de</strong>


60<br />

armazenamento <strong>de</strong> áudio, en<strong>de</strong>reçamentos individuais, baixo cons<strong>um</strong>o, <strong>de</strong>codificação e<br />

filtros. Por ter todos estes recursos em <strong>um</strong> único componente, adquiriu-se o mesmo e realizouse<br />

<strong>um</strong> teste prático confirmando a sua qualida<strong>de</strong>.<br />

4.3.1 Circuito com o Chip Voice ISD 2590<br />

O modo <strong>de</strong> operação utilizado foi o módulo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento individual que<br />

permite gravação e reprodução <strong>de</strong> muitos sinais <strong>de</strong> áudio in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes no máximo <strong>de</strong><br />

duração total e banda <strong>de</strong> frequência. Para o chip voice ISD2590 com <strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> 90s total, e<br />

600 linhas en<strong>de</strong>reçáveis com 0,15s cada e <strong>um</strong>a banda <strong>de</strong> frequência <strong>de</strong> 2,3KHz. O número<br />

atual <strong>de</strong> mensagens e as suas durações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da seleção <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço nos espaços <strong>de</strong><br />

memória. O en<strong>de</strong>reçamento do ISD2590 é feito com <strong>um</strong>a codificação binária <strong>de</strong> 10 en<strong>de</strong>reços<br />

<strong>de</strong> entrada A0 – A9. Na Tabela 12, tem-se o mapa <strong>de</strong> memória da família ISD25XX.<br />

Tabela 12 – Mapa <strong>de</strong> memória do ISD25XX.<br />

Fonte: Datasheet ISD25XX, 2007.


61<br />

No projeto, os en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> memória foram repartidos em 24 posições com durações<br />

curtas para os números e mais longas para frases. Na Tabela 13 e 14, tem-se a ilustração do<br />

mapa <strong>de</strong> memória do projeto.<br />

Tabela 13 – Mapa <strong>de</strong> memória do projeto – ISD2590.<br />

POSIÇÃO A9 A8 A7 A6 A5 A4 A3 A2 A1 A0 ÁUDIO LINHA<br />

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CANCELA // 1,5<br />

1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 // 1<br />

2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 // 1<br />

3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 // 1<br />

4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 // 1<br />

5 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 4 // 1<br />

6 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 5 // 1<br />

7 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 6 // 1<br />

8 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 7 // 1<br />

9 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 8 // 1<br />

10 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 9 // 1<br />

11 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 GLÓRIA 274 1,5<br />

12 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 INTENDENTE 256 1,5<br />

13 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 INTENDENTE NAZARETH 2561 1,5<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

TIME<br />

(s)<br />

Tabela 14 – Mapa <strong>de</strong> memória do projeto – ISD2590.<br />

POSIÇÃO A9 A8 A7 A6 A5 A4 A3 A2 A1 A0 ÁUDIO LINHA<br />

14 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 CALDRE FIÃO 255 1,5<br />

15 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 PAULINO AZURENHA 257 1,8<br />

16 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 AGRONOMIA 375 1,5<br />

17 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 CARLOS GOMES 671 1,8<br />

18 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 CONFIRMA // 1,5<br />

19 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 LINHA CONFIRMADA // 1,8<br />

20 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 AGUARDE SEU ÔNIBUS, OBRIGADO // 2,5<br />

21 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 ÔNIBUS NO TERMINAL // 2,2<br />

22 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 LINHA CANCELADA 1,5<br />

23 0 0 0 0 0 1 0 1 1 1 LINHA 274 GLÓRIA NO TERMINAL 2,3<br />

24 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

TIME<br />

(s)<br />

O tempo total das mensagens foi <strong>de</strong>, aproximadamente, 34,4s, tendo tempo suficiente<br />

para a gravação <strong>de</strong> outras mensagens. Realizaram-se gravações <strong>de</strong> números, nomes dos


62<br />

transportes (ônibus), mensagens <strong>de</strong> confirmação e outras mensagens utilizadas para o auxílio<br />

das pessoas no terminal <strong>de</strong> ônibus. A Figura 4.24, ilustra o circuito responsável por reproduzir<br />

as mensagens através do chip voice ISD2590.<br />

Figura 4.24– Circuito <strong>de</strong> áudio.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

O circuito <strong>de</strong> áudio foi projetado baseado no Datasheet do fabricante. Os en<strong>de</strong>reços<br />

<strong>de</strong> A0 – A4 tem o objetivo <strong>de</strong> selecionar a mensagem gravada, na memória, conforme<br />

mostrado anteriormente na Tabela 13 e 14. O en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> mensagem é enviado pelo<br />

microcontrolador, que ao reconhecer a existência <strong>de</strong> <strong>um</strong>a discagem, no painel, libera o<br />

en<strong>de</strong>reço da linha selecionada pelo usuário, colocando o pino CE (chip enable) e PD (Power<br />

Down) em nível lógico baixo. Deste modo, o áudio é liberado pelo pino 14 e 15 (SAÍDA<br />

LM386), sendo injetado n<strong>um</strong> amplificador operacional para <strong>um</strong>a reprodução em maior<br />

potência. A potência do ISD25XX é em torno <strong>de</strong> 50mW, com <strong>um</strong> ganho típico <strong>de</strong> 0,98V/V<br />

(23db). O pino P/R <strong>de</strong>ve ficar em nível lógico alto, visto que será realizada apenas reprodução<br />

<strong>de</strong> mensagens no ISD2590.


63<br />

O resistor R3 e o capacitor C2 são utilizados para o sistema <strong>de</strong> gravação com <strong>um</strong><br />

eletreto, embora não seja preciso usá-los no projeto <strong>de</strong>ixa o mesmo com intuito <strong>de</strong> <strong>um</strong>a futura<br />

modificação nas mensagens do chip, tendo apenas que acoplar <strong>um</strong> eletreto e <strong>um</strong> capacitor<br />

para gravação. O resistor R2 e o capacitor C1 são usados também para o sistema <strong>de</strong> RX<br />

(eletreto) para o controle <strong>de</strong> ganho automático (AGC). Estes componentes também são usados<br />

para a gravação, mas também se montou visando futuras alterações <strong>de</strong> projeto.<br />

4.3.2 Circuito <strong>de</strong> Gravação do Chip Voice ISD2590<br />

O circuito <strong>de</strong> gravação é o mesmo circuito da Figura 4.24 utilizado no projeto, tendo<br />

como diferença o acréscimo do circuito <strong>de</strong> transmissão. O circuito <strong>de</strong> transmissão é utilizado<br />

para realizar a gravação através <strong>de</strong> <strong>um</strong> microfone <strong>de</strong> eletreto acoplado com capacitores e<br />

resistores nos pinos 17 e 18. Os capacitores C7 e C8 têm a função <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o corte na<br />

baixa frequência (passband) conforme indicado pelo fabricante. O circuito ilustrativo é<br />

apresentado na Figura 4.25.<br />

Para realizar o en<strong>de</strong>reçamento da gravação, utiliza-se <strong>um</strong> dip switch para selecionar o<br />

nível lógico alto quando ligado (ON) o dip switch e quando <strong>de</strong>sligado (OFF) as portas <strong>de</strong><br />

en<strong>de</strong>reços do chip estarão em nível lógico baixo, <strong>de</strong>vido aos resistores <strong>de</strong> pull-down 20 . Foi<br />

acrescentada <strong>um</strong>a chave, no pino P/R, com intuito <strong>de</strong> selecionar o modo <strong>de</strong> trabalho do<br />

gravador. Se a chave está fechada, conforme ilustrada a Figura 4.25, indica o modo <strong>de</strong><br />

reprodução e aberta seleciona o modo <strong>de</strong> gravação.<br />

20<br />

Pull-down são resistores usados para armazenar a entrada em valor zero(baixo) quando nenh<strong>um</strong> outro<br />

componente estiver conduzindo a entrada


64<br />

Figura 4.25– Gravador.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

A gravação consiste em selecionar <strong>um</strong> en<strong>de</strong>reço, no dip switch, e colocar os pinos<br />

PD (Power Down) e P/R’ em nível lógico baixo. Ao colocar P/R em nível lógico baixo,<br />

indica-se para o chip voice que o mesmo <strong>de</strong>ve entrar em modo <strong>de</strong> gravação. Após estes<br />

procedimentos anteriores, coloca-se o CE (chip enable) em nível lógico baixo durante o<br />

tempo estipulado para a mensagem selecionada no en<strong>de</strong>reço atual. Tendo chegado o tempo<br />

estipulado para a mensagem, retira-se o CE (chip enable) e a gravação estará armazenada no<br />

chip.


65<br />

4.3.3 Circuito amplificador com LM386<br />

Para se ter <strong>um</strong>a saída, no alto falante, com <strong>um</strong>a potência maior, optou-se pela<br />

utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> amplificador na saída do ISD2590 nos pinos 14 e 15 (SP+ e SP-), já que a<br />

saída do chip fornece <strong>um</strong>a potência típica <strong>de</strong> 12,2mW. Para adquirir <strong>um</strong>a maior potência <strong>de</strong><br />

saída, buscou-se <strong>um</strong> amplificador com <strong>um</strong> ganho <strong>de</strong> potência aceitável e com <strong>um</strong> baixo<br />

cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> potência.<br />

Através <strong>de</strong> pesquisas, encontra-se o LM386 da National Semiconductor o qual<br />

permite a construção <strong>de</strong> pequenos amplificadores <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> áudio, com potência na faixa <strong>de</strong><br />

0,25 a 0,5 W, para os mais diversos fins. Sua tensão <strong>de</strong> alimentação po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 6V à 12V<br />

e drena apenas 24 miliwatts quando opera com alimentação <strong>de</strong> 6VDC. Este amplificador tem<br />

<strong>um</strong>a saída com boa qualida<strong>de</strong> quando utilizado <strong>um</strong> alto falante <strong>de</strong> 8Ω. A Figura 4.26<br />

representa a pinagem do amplificador.<br />

Figura 4.26– Pinagem do LM386.<br />

Fonte: Datasheet do LM386, National Semiconductor, 2000.<br />

O pino 1 e 8 do amplificador representa o controle <strong>de</strong> ganhos, tendo, internamente,<br />

<strong>um</strong> resistor <strong>de</strong> 1,35KΩ que garante <strong>um</strong> ganho <strong>de</strong> 20 (26 dB) vezes a entrada, caso estes pinos<br />

fiquem em aberto. Este ganho po<strong>de</strong> ser variado, caso seja colocado entre os pinos <strong>de</strong> ganho


66<br />

<strong>um</strong> resistor e <strong>um</strong> capacitor em série com o objetivo <strong>de</strong> trabalhar n<strong>um</strong>a faixa <strong>de</strong> ganho <strong>de</strong> 20 a<br />

200 (46 dB).<br />

O pino 2 e 3 são entradas inversora e não inversoras, com <strong>um</strong> resistor <strong>de</strong> 50KΩ<br />

ligados em cada pino condicionados a terra. O pino <strong>de</strong> alimentação é o pino 6 (VS), a saída do<br />

sinal é através do pino 5 (Vout) e o pino 7 é para utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> capacitor <strong>de</strong> bypass.<br />

De acordo com o circuito indicado pelo Datasheet do fabricante, tem-se o mesmo<br />

ilustrado na Figura 4.27. O circuito ilustrado, abaixo, trabalha com <strong>um</strong>a faixa <strong>de</strong> ganho entre<br />

20 e 200 vezes a tensão <strong>de</strong> entrada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da variação do potenciômetro RV1 colocado<br />

na entrada não inversora do amplificador. O controle <strong>de</strong> ganho no amplificador é obtido pelo<br />

resistor R14 e o capacitor C12, colocados em série os pinos 1 e 8.<br />

Figura 4.27– Amplificador.<br />

Fonte: Autor, 2011.


67<br />

Ao acrescentar <strong>um</strong> resistor e <strong>um</strong> capacitor nos pinos 1 e 8, o fabricante indica a<br />

utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> capacitor C9 <strong>de</strong> 10µF ,no pino 7 (Bypass), para não ocorrer instabilida<strong>de</strong>s na<br />

saída do amplificador. Na saída (V out ), foi utilizado <strong>um</strong> alto falante <strong>de</strong> 8Ω.<br />

4.4 Teclado<br />

No bloco responsável pelo teclado, será utilizado o sistema Braille para se tornar<br />

acessível às pessoas cegas, mas como nem todas possuem conhecimento sobre este sistema, o<br />

teclado seguirá o padrão <strong>de</strong> telefone. Com o sistema em Braille 21 , padrão <strong>de</strong> telefone e teclas,<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente, gran<strong>de</strong>s ten<strong>de</strong> a facilitar a vida <strong>de</strong> todos. Para fins <strong>de</strong> estudo, o protótipo não<br />

terá o sistema Braille, constituído, apenas, do teclado padrão telefônico.<br />

Como base <strong>de</strong> conhecimento segue a seguinte grafia Braille para a língua portuguesa dos<br />

números e caracteres <strong>de</strong> acordo com a Tabela 15.<br />

21<br />

Braille foi o sistema criado por Louis Braille. Com a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong>a punção Louis estudou diferentes<br />

maneiras <strong>de</strong> fazer os furos e traços sobre o papel. Finalmente, conseguiu <strong>um</strong> sistema simples, no qual usava seis<br />

furos em diferentes posições <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste espaço. Ele podia fazer 63 combinações diferentes. Cada combinação<br />

indicava <strong>um</strong>a letra do alfabeto ou <strong>um</strong>a pequena palavra. “Breve, Louis escreveu <strong>um</strong> livro usando o Sistema<br />

Braille” Deste modo, formou-se o sistema em Braille (Phil Shapiro, 1995).


68<br />

Tabela 15 – Grafia Braille.<br />

Fonte: http://portal.mec.gov.br<br />

A Tabela 15 representa a grafia Braille da língua portuguesa chamado <strong>de</strong> Braille<br />

Integral, representado <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento normalizado e <strong>de</strong> consulta <strong>de</strong>stinado especialmente a<br />

professores, transcritores, revisores e outros profissionais, bem como a usuários do sistema.<br />

Para o funcionamento do teclado, será utilizado <strong>um</strong> sistema em <strong>um</strong>a matriz <strong>de</strong> 3<br />

colunas e 4 linhas proporcionando a inclusão das doze teclas. O funcionamento é básico e as<br />

teclas se comportam como interruptores, quando <strong>um</strong>a é pressionada <strong>um</strong> contato é fechado. A<br />

cada intervalo <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> 15ms o PIC seleciona a primeira coluna e lê as 4 linhas,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sabilita a coluna ativa e seleciona a segunda coluna, e mais <strong>um</strong>a vez lê as 4 linhas.<br />

Esse mesmo procedimento é feito para a terceira coluna, e novamente após a leitura<br />

das 4 linhas o processo se repete, e começa tudo novamente. É <strong>de</strong>ssa forma que o firmware<br />

gravado no PIC fará varredura do teclado. Na Figura 4.28, tem-se a ilustração do teclado e sua<br />

pinagem correspon<strong>de</strong>nte.


69<br />

Figura 4.28 – Teclado.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

4.5 Painel <strong>de</strong> LED<br />

Para se <strong>de</strong>terminar o painel a ser utilizado no protótipo, estudaram-se alguns mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> painéis conforme indicados, no capítulo 1, subtítulo 1.2. Após as pesquisas realizadas,<br />

optou-se para o protótipo a criação <strong>de</strong> <strong>um</strong> painel <strong>de</strong> LED para indicação da linha selecionada<br />

pelo usuário. O LED escolhido emite <strong>um</strong>a cor vermelha, difuso 5 mm e lente incolor<br />

(waterclear). O display foi formado por <strong>um</strong>a matriz com 42 x 16, totalizando 672 pontos.


70<br />

Utilizando a lógica <strong>de</strong> funcionamento como matriz percebe-se que o cruzamento das<br />

linhas e colunas gera pontos <strong>de</strong> cruzamentos, po<strong>de</strong>ndo ser selecionados individualmente.<br />

Deste modo, quando se <strong>de</strong>seja selecionar <strong>um</strong> único LED, coloca-se nível lógico alto em <strong>um</strong>a<br />

<strong>de</strong>terminada coluna e nível lógico baixo em <strong>um</strong>a <strong>de</strong>terminada linha, já que as colunas estão<br />

ligadas ao anodo do LED e as linhas ao catodo. A Figura 4.29 ilustra o funcionamento da<br />

matriz <strong>de</strong> LED.<br />

Figura 4.29 – Matriz <strong>de</strong> LED.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

A matriz <strong>de</strong> LED acima representa o sistema <strong>de</strong> conexão entre as colunas indicadas<br />

pela cor vermelha e as linhas indicadas na cor azul, on<strong>de</strong> com <strong>um</strong> nível lógico alto em C0 e<br />

<strong>um</strong> nível lógico baixo em L0, tem-se o ponto formado pelo diodo D12 em condução. Desta<br />

maneira, ter controle <strong>de</strong> qualquer ponto selecionando a coluna e linha correspon<strong>de</strong>nte.


71<br />

4.5.1 Circuito <strong>de</strong> habilitação das Colunas<br />

Para controle das colunas do painel, foram utilizados <strong>de</strong>codificadores, conforme a<br />

Figura 4.30, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir os pinos do PIC. Como as colunas são ativadas em<br />

or<strong>de</strong>m <strong>um</strong>a por vez, po<strong>de</strong>-se com quatro bits selecionar a saída correspon<strong>de</strong>nte do<br />

<strong>de</strong>codificador e através do pino 23 (INHIBIT) tem-se a habilitação da <strong>de</strong>codificação. Para o<br />

projeto <strong>de</strong>ste circuito, utilizou-se o <strong>de</strong>codificador CD4514BC da empresa Fairchild<br />

Semiconductor.<br />

Figura 4.30 – Sistemas <strong>de</strong> Colunas.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Conforme a Figura 4.30, po<strong>de</strong>-se verificar que o controle das saídas é realizado pelo<br />

microcontrolador com a combinação <strong>de</strong> quatro bits através dos pinos A, B, C e D conforme<br />

indicado na legenda. Todos os três <strong>de</strong>codificadores recebem a combinação dos bits do PIC,


72<br />

porém as saídas só serão liberadas se as habilitações indicadas por INH1, INH2 e INH3<br />

estiverem em nível lógico baixo. A Figura 4.31 ilustra o circuito responsável pelo controle <strong>de</strong><br />

habilitação.<br />

Figura 4.31 – Habilitação dos Decodificadores.<br />

Fonte: Autor, 2011<br />

O <strong>de</strong>codificador 74HC138 seleciona qual o circuito integrado CD4514 será ativado<br />

quando o PIC enviar os dois bits <strong>de</strong> controle para os pinos A e B indicados pela legenda na<br />

Figura 4.31. A Tabela 16 <strong>de</strong>monstra como são selecionados os <strong>de</strong>codificadores <strong>de</strong> coluna.


73<br />

Tabela 16 – Habilitação das Colunas.<br />

C B A INH1 INH2 INH3<br />

0 0 0 0 1 1<br />

0 0 1 1 0 1<br />

0 1 0 1 1 0<br />

0 1 1 1 1 1<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Verificando a Tabela 16, po<strong>de</strong>-se averiguar que com a combinação binária 0, na<br />

entrada, seleciona-se o INH1, com a combinação binária 1 e 2 seleciona-se o INH2 e INH3<br />

respectivamente. Conforme a Figura 4.30, ao colocar nível lógico baixo em INH1, tem-se a<br />

<strong>de</strong>codificação habilitada do CI1, e para as <strong>de</strong>mais INH2 e INH3 tem-se a mesma lógica para<br />

os outros <strong>de</strong>codificadores. A saída das colunas C0 a C42 são conectadas a <strong>um</strong> drive <strong>de</strong> coluna.<br />

Conforme a Figura 4.30, o acionamento da matriz se dá por linhas e colunas, sendo<br />

que na coluna, somente <strong>um</strong> LED é acionado por vez, enquanto que, na linha todos os LEDs da<br />

combinação atual são energizados simultaneamente. Logo, a corrente na coluna será <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

único LED, porém na linha, tem-se a soma das correntes <strong>de</strong> todos os LEDs ligados na ocasião.<br />

4.5.2 Circuito <strong>de</strong> habilitação das Linhas<br />

No controle das linhas do painel, foi utilizado <strong>um</strong> registrador <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para<br />

selecionar as linhas. Este circuito tem <strong>um</strong>a das funções principal no painel, pois nele são<br />

inseridos os bits, na sua entrada serial, para a formação da mensagem. A Figura 4.32 ilustra o<br />

circuito com o chip 74HC595.


74<br />

Figura 4.32 – Sistema <strong>de</strong> Linhas.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Verifica-se, na Figura 4.32, a ligação do 74HC595 em cascata com o objetivo <strong>de</strong><br />

expandir, já que o circuito possui 16 linhas e o shift register trabalha apenas com oito bits. As<br />

linhas estão indicadas em azul, conforme a legenda, sendo estas conectadas ao circuito drive<br />

<strong>de</strong> linha. O controle do shift register é realizado pelo PIC com os pinos <strong>de</strong> CLOCK (SH_CP),<br />

LATCH (ST_CP), DADOS (DS) e a habilitação (/OE). O pino DS recebe os bits enviados<br />

pelo microcontrolador, serialmente, e os mesmos vão sendo transferidos quando o clock é<br />

colocado do nível lógico baixo para o alto (borda <strong>de</strong> subida), mas só serão transferidos para as<br />

linhas, no momento em que o LATCH é colocado <strong>de</strong> nível lógico baixo para alto (borda <strong>de</strong><br />

subida). Enquanto o LATCH não ocorre, os bits vão sendo <strong>de</strong>slocados, internamente, até<br />

chegarem ao flip-flop responsável pelo pino 7 (Q7), pois a partir <strong>de</strong>le os valores serão<br />

enviados para o próximo 74HC595 em cascata, através do pino 9 (Q7’) conectado ao pino 14<br />

(DS) como indicado na figura.


75<br />

A vantagem do sistema em cascata com os dois registradores <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento é o<br />

fato <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rem controlar várias linhas com apenas a utilização <strong>de</strong> três portas do<br />

microcontrolador. Além <strong>de</strong> tudo, caso seja necessário acionar apenas as linhas L8 a L15 sem<br />

ativar as outras, utiliza-se o <strong>de</strong>slocamento sem a habilitação da transferência (LATCH).<br />

Ficando <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> controle com muita flexibilida<strong>de</strong>. A Habilitação (Hab.595) é<br />

utilizada como garantia <strong>de</strong> controle das mensagens, no painel, pois este pino terá o objetivo <strong>de</strong><br />

ativar ou <strong>de</strong>sativar o registrador a cada mudança <strong>de</strong> mensagem no painel. Como relatado,<br />

anteriormente, a linha terá <strong>um</strong> cons<strong>um</strong>o do pior dos casos <strong>de</strong> 42 LED vezes a corrente. No<br />

próximo subtítulo, será esclarecido sobre os drives <strong>de</strong> coluna e linha e as <strong>de</strong>vidas análises <strong>de</strong><br />

corrente e tensão nos circuitos.<br />

4.5.3 Circuito <strong>de</strong> Drive <strong>de</strong> Corrente<br />

Para o controle <strong>de</strong> corrente, no painel, com objetivo <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> segurança para<br />

não danificar os componentes do painel e manter a l<strong>um</strong>inosida<strong>de</strong> dos LEDs com <strong>um</strong>a<br />

intensida<strong>de</strong> aceitável. Primeiramente, o Drive <strong>de</strong> coluna é controlado pelos 42 pinos do<br />

CD4514 que acionam os 42 drives <strong>de</strong> corrente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para cada coluna do painel.<br />

Cada drive é composto por <strong>um</strong> transistor <strong>de</strong> média potência BD 135 do tipo NPN da empresa<br />

Fairchild Semiconductor com resistores limitadores <strong>de</strong> corrente.<br />

O Drive <strong>de</strong> linha é controlado pelos 16 pinos do 74HC595, e este circuito tem por<br />

finalida<strong>de</strong> possibilitar o fluxo <strong>de</strong> corrente dos LEDs, tendo como diferencial a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corrente maior, tendo em vista <strong>de</strong> que, no pior dos casos, ocorrerá a soma<br />

das correntes <strong>de</strong> 42 LEDs. Para garantir o fluxo <strong>de</strong> corrente, nas linhas, foi utilizado <strong>um</strong><br />

transistor <strong>de</strong> média potência BD140 do tipo PNP da empresa Fairchild Semiconductor.


76<br />

Para entendimento do circuito <strong>de</strong> Drive, consi<strong>de</strong>ra-se o Drive <strong>de</strong> coluna e o <strong>de</strong> linha.<br />

Na Figura 4.33, tem-se a ilustração circuito.<br />

Figura 4.33 – Circuito <strong>de</strong> Drive.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 4.33, os transistores operam como chave. O transistor Q1 é o drive da<br />

coluna, Q2 o drive da linha, mas sabe-se que mais <strong>de</strong> <strong>um</strong> LED é conectado a cada drive,<br />

porém para efeito <strong>de</strong> cálculos consi<strong>de</strong>ra-se <strong>um</strong> LED conectado aos drives. Abaixo, têm-se os<br />

<strong>um</strong>a memória <strong>de</strong> cálculos para <strong>de</strong>scobrir o valor da corrente do LED, sabendo-se que o diodo<br />

usado é do mo<strong>de</strong>lo WCN-501CB3-30 da empresa WCN, do inglês World Components<br />

Network Service Ltd., e <strong>de</strong> acordo com o seu Datasheet a corrente máxima direta suportada<br />

pelo componente é <strong>de</strong> 20 mA, tensão <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 3,2v e outros <strong>de</strong>talhes sobre as<br />

características elétricas po<strong>de</strong>m ser encontradas no Datasheet do fabricante.


77<br />

Abaixo, tem-se a memória <strong>de</strong> cálculo dos drives <strong>de</strong> corrente, segundo o Livro<br />

Microeletrônica, (Sedra, 2000).<br />

Os valores em vermelho representam o circuito <strong>de</strong> Q1 (BD135) e em ver<strong>de</strong><br />

representam o circuito <strong>de</strong> Q2 (BD140), sendo estes valores retirados dos Datasheets<br />

componentes utilizados no processo. Após a realização dos cálculos acima, chegou-se a <strong>um</strong>a<br />

corrente, no LED, <strong>de</strong> aproximadamente 20 mA.<br />

No BD140, tem-se a mesma corrente do emissor do BD 135, no coletor, porém com<br />

a polarida<strong>de</strong> oposta, e no coletor e no emissor existirá <strong>um</strong>a corrente <strong>de</strong> 10mA em cada <strong>um</strong><br />

Este circuito <strong>de</strong> drive garante o fluxo <strong>de</strong> corrente para o caso <strong>de</strong> todos os LEDs da linha<br />

estiverem energizados, tendo, neste caso, <strong>um</strong>a corrente igual a 840 mA, referente aos 42<br />

LEDs multiplicados pela corrente <strong>de</strong> 20mA do emissor <strong>de</strong> Q1. O circuito <strong>de</strong> drive garante<br />

<strong>um</strong>a corrente <strong>de</strong> 20 mA com <strong>um</strong>a tensão 2,749 v, no diodo, tendo em vista que o diodo<br />

especificado suporta <strong>um</strong>a tensão <strong>de</strong> até 3,2 v, e os transistores suportam <strong>um</strong>a corrente <strong>de</strong> até<br />

1,5 A, conforme o Datasheet do fabricante.


78<br />

4.5.4 Constituição das Mensagens<br />

A formação das mensagens para a realização do protótipo foi realizada diretamente<br />

na memória do PIC, visto que o objetivo é mostrar o funcionamento do sistema, embora como<br />

pesquisado, inicialmente, para a criação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s mensagens e imagens seria necessário o<br />

acréscimo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a memória externa. Para o objetivo proposto, a memória do microcontrolador<br />

é suficiente para a gravação dos arquivos em hexa<strong>de</strong>cimal que correspon<strong>de</strong>rão à formação da<br />

imagem.<br />

Para a formação da imagem, dividiu-se o painel em blocos <strong>de</strong> oito. Como o painel<br />

possui 42 colunas e 16 linhas, montaram-se cinco blocos <strong>de</strong> oito colunas e 16 linhas, sobrando<br />

2 colunas que foram utilizadas para espaçamento entre as mensagens. A figura 4.34<br />

<strong>de</strong>monstra como foram separados os <strong>de</strong>vidos blocos.<br />

Figura 4.34 – Divisão do painel em blocos.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Nota-se pela Figura 4.34, que em cada bloco separou-se as 16 linhas, na meta<strong>de</strong>, pois<br />

<strong>de</strong>ste modo trabalha-se com oito bits na formação da imagem, conseguindo <strong>um</strong>a melhor<br />

visualização, além <strong>de</strong> facilitar a montagem das mensagens. Porém, nada impe<strong>de</strong> a utilização<br />

dos 16 bits na formação da imagem. As duas últimas colunas pintadas <strong>de</strong> cinza referem-se ao<br />

espaçamento citados anteriormente.


79<br />

Para <strong>de</strong>monstração da formação da imagem, será consi<strong>de</strong>rado <strong>um</strong> pequeno bloco <strong>de</strong> 8<br />

x 8, conforme a Figura 4.35.<br />

Figura 4.35 – Bloco <strong>de</strong> Imagens.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 4.35, formou-se a letra A no bloco 8 x 8, e a cor vermelha indica os LEDs<br />

que estão ligados e os espaços em branco os LEDs <strong>de</strong>sligados no momento. Contando quatro<br />

colunas, tem-se a meta<strong>de</strong> da letra A, logo esta meta<strong>de</strong> proporcionará quatro valores em<br />

hexa<strong>de</strong>cimal, levando em conta os LEDs apagados. Assim, a outra meta<strong>de</strong> terá os mesmo<br />

valores em hexa<strong>de</strong>cimal, tendo apenas que replicar. Como citado, anteriormente, estes oito<br />

valores formados irão para a entrada serial do 74HC595, pino DS conforme a Figura 4.32.<br />

4.6 Sistema sem fio<br />

Embora o painel indique ao motorista que <strong>um</strong> usuário do transporte público <strong>de</strong>seja<br />

embarcar, tem-se o problema <strong>de</strong> que o usuário com <strong>de</strong>ficiência visual não saberá se o ônibus<br />

selecionado por ele está no terminal <strong>de</strong> ônibus. Pensando em mais <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> ajudar estes<br />

usuários, pesquisaram-se maneiras diferentes, tais como:


80<br />

• RFID<br />

• Projeto <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema RFID<br />

• Sem Fio<br />

O RFID, do inglês Radio-Frequency-IDentification, que na língua portuguesa,<br />

traduz-se como I<strong>de</strong>ntificação por Rádiofrequência, trata-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> método <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />

automática através <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através<br />

<strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong>nominados etiquetas RFID. Uma etiqueta ou tag RFID é <strong>um</strong> transpon<strong>de</strong>dor,<br />

pequeno objeto que po<strong>de</strong> ser colocado em <strong>um</strong>a pessoa, animal, equipamento, embalagem ou<br />

produto, <strong>de</strong>ntre outros. Contém chips <strong>de</strong> silício e antenas que lhe permite respon<strong>de</strong>r aos sinais<br />

<strong>de</strong> rádio enviados por <strong>um</strong>a base transmissora .<br />

A ídéia do sistema com RFID consistie em instalar <strong>um</strong>a tag em cada ônibus, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o carro, ao passar em baixo do painel, visto que <strong>de</strong>ntro do painel teria<br />

<strong>um</strong>a base transmissora com <strong>um</strong>a antena e <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> dados para reconhecer<br />

cada transporte diferente. Buscando informações para aquisição <strong>de</strong> <strong>um</strong> kit RFID, <strong>de</strong>parou-se<br />

com o custo elevado para a realização do projeto.<br />

Buscando <strong>um</strong>a alternativa similar ao sistema RFID, pensa-se em projetar <strong>um</strong> sistema<br />

prático que consistiria em criar <strong>um</strong>a bobina com muitas espiras, capacitor e <strong>um</strong>a fonte que<br />

gere <strong>um</strong>a alta corrente. Mas a idéia não evoluiu, pois ao gerar <strong>um</strong>a corrente alta seria<br />

necessária <strong>um</strong>a fonte com muita potência, inviabilisando a idéia do baixo cons<strong>um</strong>o aplicado<br />

ao projeto.


81<br />

Por fim, pesquisou-se <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> utilizar <strong>um</strong> sistema sem fio para tornar ainda<br />

mais acessível o embarque dos usuários no transporte. Contudo, este sistemas não po<strong>de</strong>ria<br />

utilizar-se <strong>de</strong> mais <strong>um</strong> microcontrolador para a sua implementação, tendo em vista que todo o<br />

processamento <strong>de</strong>ve ficar no PIC, tendo como base <strong>um</strong>a condição <strong>de</strong> projeto visando custos e<br />

compactação do sistema.<br />

Após pesquisas realizadas, <strong>de</strong>parou-se com <strong>um</strong> chip transceptor <strong>de</strong> rádio para<br />

trabalhar na banda ISM 22 , em inglês, Industrial, Scientific and Medical, <strong>de</strong> 2.4 a 2.482GHz<br />

da empresa ξLAN mo<strong>de</strong>lo TR24A. O transceptor consiste <strong>de</strong> <strong>um</strong> sintetizador <strong>de</strong> frequência<br />

integrado completo, <strong>um</strong> amplificador <strong>de</strong> potência e <strong>um</strong> modulador. A potência <strong>de</strong> saída e os<br />

canais <strong>de</strong> frequência são facilmente programáveis pelo uso <strong>de</strong> três vias <strong>de</strong> <strong>um</strong>a interface<br />

serial, ou quatro fios para SPI, em inglês, Serial Peripheral Interface. A corrente <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o<br />

é em torno <strong>de</strong> 26 mA, com <strong>um</strong>a saída <strong>de</strong> potência <strong>de</strong> 2dBm e <strong>um</strong> ganho <strong>de</strong> antena <strong>de</strong> 0.5dBi<br />

(Datasheet ξLAN, 2007).<br />

O transceptor TR24A po<strong>de</strong>ria ser utilizado, no projeto, porém seria necessário dispor<br />

<strong>de</strong> dois transceptores, <strong>um</strong> para o ônibus e outro para o terminal <strong>de</strong> ônibus. O transceptor que<br />

ficaria, no terminal, junto ao painel <strong>de</strong> led, po<strong>de</strong>ria comunicar-se com o PIC utilizando o<br />

protocolo SPI, mas o outro transceptor não teria como se comunicar, visto que não existirá <strong>um</strong><br />

microcontrolador ou outro dispositivo no ônibus. Estudando <strong>um</strong> recurso para a aplicação,<br />

22 ISM são bandas reservadas internacionalmente para uso comercial nas áreas industriais, científicas e médicas.<br />

O uso <strong>de</strong>stas bandas está aberto a todo mundo sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> licença, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja o limite <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><br />

potência siga as normas da ITU no artigo 5 das Regulamentações <strong>de</strong> Rádio.


82<br />

<strong>de</strong>parou-se com os mo<strong>de</strong>los híbridos <strong>de</strong> transmissor e receptor da empresa Italiana<br />

TELECONTROLLI 23 .<br />

Os componentes, <strong>de</strong>ste fabricante, são usados em sistemas <strong>de</strong> alarme, portões<br />

automáticos, sistemas <strong>de</strong> automação e outros equipamentos. Analisando <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong><br />

utlização <strong>de</strong>stes componentes, chegou-se a <strong>um</strong>a idéia interessante sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> protocolo, tendo além <strong>de</strong> tudo qualida<strong>de</strong> e baixo cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> potência. Este<br />

sistema sem fio <strong>de</strong> módulos híbridos são circuitos completos <strong>de</strong> transmissores e receptores já<br />

montados em componentes SMD n<strong>um</strong>a placa muito pequena, que po<strong>de</strong> ser soldada ou<br />

acoplados em <strong>um</strong>a placa principal.<br />

O par transmissor e receptor po<strong>de</strong> ser obtido nas frequências <strong>de</strong> 315, 418 e 433 MHz.<br />

Verificando os produtos da TELECONTROLLI, analisou-se o transmissor RT4 433MHZ e o<br />

receptor RR3 433MHZ e percebeu-se que os mesmos po<strong>de</strong>m chegar a <strong>um</strong> alcance <strong>de</strong> 20 a 30<br />

metros em visada livre, sendo <strong>um</strong>a distância perfeita para o reconhecimento do ônibus, visto<br />

que o receptor ficaria no painel <strong>de</strong> led e o transmissor no carro. Estima-se <strong>um</strong>a distância entre<br />

o painel <strong>de</strong> led e o carro <strong>de</strong> no máximo 7 metros com <strong>um</strong>a ótima margem. Por possuírem os<br />

requisitos necessários, os módulos <strong>de</strong> transmissão e recepção <strong>de</strong> 433MHZ foram adquiridos<br />

para implantação.<br />

O módulo <strong>de</strong> transmissão RT4 trabalha com tensões entre 2 e 14 V, com <strong>um</strong><br />

fornecimento <strong>de</strong> corrente típica <strong>de</strong> 7 mA, taxa <strong>de</strong> dados máxima <strong>de</strong> 9,6 Kbit/s, largura <strong>de</strong><br />

23<br />

TELECONTROLLI é <strong>um</strong>a empresa Italiana consolidada no <strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> <strong>de</strong> circuitos híbridos<br />

personalizados para várias áreas da eletrônica, mas produz também transmissores, receptores , módulos e outros.


83<br />

banda máxima <strong>de</strong> 4kHz, potência em torno <strong>de</strong> 13 mW para <strong>um</strong>a tensão <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> 12Vdc. A<br />

figura 4.34 ilustra o transmissor.<br />

Figura 4.36 – Transmissor RT4 pinagem.<br />

Fonte: Datasheet, TeleControlli, 2007.<br />

Na Figura 4.36, o pino 1 representa a tensão <strong>de</strong> alimentação, o pino 2 GND, o pino 3<br />

entrada <strong>de</strong> modulação e o pino 4 a antena externa. Antena externa é <strong>um</strong>a antena simples <strong>de</strong><br />

¼ <strong>de</strong> onda. Um circuito típico <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>ste equipamento é apresentado na Figura 4.37.<br />

Este circuito é muito utilizado em sistemas <strong>de</strong> controle remoto.<br />

Figura 4.37 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aplicação RT4.<br />

Fonte: Datasheet, TELECONTROLLI, 2007.


84<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aplicação sugerido pelo fabricante é composto pelo Enco<strong>de</strong>r<br />

MC145026, RT4 e outros componentes que completam o circuito. A lógica <strong>de</strong> funcionamento<br />

do Enco<strong>de</strong>r foi citada em capítulos anteriores, logo não será dado muito esclarecimento sobre<br />

este componente. Res<strong>um</strong>idamente, os bits entrantes nos pinos 1 a 7 estarão saindo serialmente<br />

pelo pino 15, e entrando no pino 3 <strong>de</strong> modulação para o seu <strong>de</strong>vido tratamento e envio.<br />

O módulo <strong>de</strong> recepção RR3 trabalha com tensões entre 4,5 a 5,5 V, com <strong>um</strong><br />

fornecimento <strong>de</strong> corrente típica <strong>de</strong> 2,5 mA, taxa <strong>de</strong> dados máxima <strong>de</strong> 4,8 Kbit/s, largura <strong>de</strong><br />

banda máxima <strong>de</strong> 2kHz. Na figura 4.38, tem-se a ilustração do receptor e a sua pinagem<br />

<strong>de</strong>vidamente n<strong>um</strong>erada.<br />

Figura 4.38 – Receptor RR3 pinagem.<br />

Fonte: Datasheet, TELECONTROLLI, 2007.<br />

Abaixo, segue a pinagem do receptor conforme indicado na Figura 4.39.


85<br />

1 +Vcc 8 NC 15 +Vcc<br />

2 GND 9 NC<br />

3 ANTENA 10 +Vcc<br />

4 NC 11 GND<br />

5 NC 12 +Vcc<br />

6 NC 13 Ponto Teste<br />

7 GND 14 OUT<br />

Figura 4.39 – Pinagem RR3.<br />

Fonte: Datasheet, TELECONTROLLI, 2007.<br />

Figura 4.40.<br />

Uma aplicação típica para os receptores, semelhante ao transmissor é apresentada na<br />

Figura 4.40 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> aplicação RR3.<br />

Fonte: Datasheet, TELECONTROLLI, 2007.<br />

Na Figura 4.40, as informações saem do receptor serialmente e são <strong>de</strong>codificadas<br />

apresentando os valores, na saída, em paralelo.<br />

Após o estudo do sistema sem fio, optou-se por <strong>um</strong> sistema similar aos circuitos das<br />

Figuras 4.37 e 4.40. Para a montagem do transmissor e receptor, necessitou-se, inicialmente,<br />

projetar o Enco<strong>de</strong>r e Deco<strong>de</strong>r para <strong>um</strong>a frequência compatível com os dispositivos sem fio.<br />

Sabe-se que a largura <strong>de</strong> banda (para a transferência dos dados) do módulo RT4 é <strong>de</strong> 4kHZ, a<br />

do módulo RR3 é <strong>de</strong> 2kHZ. Portanto, para que o módulo receptor RR3 consiga receber os<br />

dados corretamente, o transmissor RT4 <strong>de</strong>verá se limitar a transmitir os dados n<strong>um</strong>a taxa<br />

inferior ou igual a 2kHZ.


86<br />

Conforme a Tabela 10 tem-se as frequências <strong>de</strong> trabalho e os <strong>de</strong>vidos valores <strong>de</strong><br />

componentes calculados para a comunicação entre o Enco<strong>de</strong>r e o Deco<strong>de</strong>r. Analisando a<br />

Tabela 10, verificou-se que a frequência apropriada para o sistema é a <strong>de</strong> 1,71 KHZ, pois esta<br />

é inferior à largura <strong>de</strong> banda do receptor RR3. Com a escolha da frequência, têm-se os valores<br />

dos componentes para o MC145026, MC145027 e o circuito<br />

utilizado para testar o<br />

sincronismo do Enco<strong>de</strong>r e Deco<strong>de</strong>r. Não será mencionado o funcionamento <strong>de</strong>ste circuito,<br />

visto que a sua teoria foi relatada em capítulos anteriores. Abaixo, na Figura 4.41, tem-se os<br />

valores e o circuito ilustrado.<br />

Figura 4.41 – Circuito <strong>de</strong> teste e sincronismo.<br />

Fonte: Datasheet do MC140526 e MC140527, 2005.<br />

Com o sincronismo funcionando corretamente na Figura 4.41, busca-se conectar o<br />

sistema sem fio para a criação do circuito <strong>de</strong> comunicação entre o transmissor e o receptor. A<br />

Figura 4.42 ilustra o processo <strong>de</strong> ligação do transmissor e receptor.


87<br />

Figura 4.42 – Circuito <strong>de</strong> transmissão e recepção.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 4.42, verifica-se o processo <strong>de</strong> comunicação sem fio acoplado com <strong>um</strong><br />

Enco<strong>de</strong>r e Deco<strong>de</strong>r. A idéia consiste <strong>de</strong> que todos os ônibus tenham <strong>um</strong> transmissor com <strong>um</strong>a<br />

configuração binária na entrada <strong>de</strong> dados do MC145026. Logo, cada veículo possuirá <strong>um</strong><br />

número <strong>de</strong> 9 bits indicando qual o carro está se aproximando do terminal <strong>de</strong> ônibus. Cinco<br />

<strong>de</strong>stes bits representaram o en<strong>de</strong>reço e são iguais em todos os carros, os outros 4 bits restantes<br />

mudaram <strong>de</strong> carro para carro conforme a configuração gravada na memória do<br />

Microcontrolador.<br />

Quando o veículo estiver próximo ao terminal e for selecionado pelo usuário, o<br />

ônibus transmitirá a sequência dos nove bits que serão comparadas pelo MC145027. O<br />

<strong>de</strong>codificador verifica se os en<strong>de</strong>reços enviados pela transmissão são idênticos aos seus<br />

en<strong>de</strong>reços, caso a informação seja verda<strong>de</strong>ira, os bits <strong>de</strong> dados enviados pela transmissão<br />

serão <strong>de</strong>codificados e aparecerão na saída <strong>de</strong> dados do <strong>de</strong>codificador MC145027. A partir<br />

<strong>de</strong>stes dados, o PIC analisa a sequência dos quatro bits e compara com as informações<br />

armazenadas, na sua memória, acionando o sistema <strong>de</strong> áudio com a mensagem indicativa da<br />

presença do veículo no terminal <strong>de</strong> ônibus.


88<br />

O comprimento da antena é muito importante para que se possa obter <strong>um</strong> bom<br />

alcance, entre o módulo transmissor e o receptor. Para <strong>um</strong> módulo que trabalha na frequência<br />

<strong>de</strong> 433 MHz. Po<strong>de</strong>-se usar <strong>um</strong> fio rígido <strong>de</strong> cobre (26AWG) como antena, <strong>de</strong> comprimento<br />

igual a 17,3 cm. Comprimento da antena em centímetros, consi<strong>de</strong>rando <strong>um</strong>a antena <strong>de</strong> ¼ <strong>de</strong><br />

onda:<br />

Comprimento = 7500 / Freqüência em MHz.<br />

Comprimento = 7500 / 433<br />

Comprimento = 17,3 cm.<br />

O SISTEMA DE FREIO indicado, na Figura 4.42, é <strong>um</strong> recurso para diminuir o<br />

cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> potência do transmissor, embora ele seja ativado quando selecionado pelo usuário<br />

no terminal <strong>de</strong> ônibus, ocorreria que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> selecionado o veículo enviaria a informação<br />

mesmo estando afastado do terminal, visto que o alcance da comunicação do sistema po<strong>de</strong><br />

chegar a 30 metros <strong>de</strong> distância. O usuário não teria noção se o ônibus está parado ou muito<br />

próximo do ponto <strong>de</strong> embarque. O SISTEMA DE FREIO acionará a transmissão toda vez que<br />

o motorista frear e parar em <strong>de</strong>finitivo o veículo para embarque. O sistema estará conectado<br />

ao pino <strong>de</strong> habilitação <strong>de</strong> transmissão (TE) do Enco<strong>de</strong>r, e só será acionada a transmissão<br />

quando tem <strong>um</strong> nível lógico baixo em TE. No projeto, não foi realizado este SISTEMA DE<br />

FREIO, apenas está sendo citado como mais <strong>um</strong> recurso <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> para o usuário com<br />

<strong>de</strong>ficiência visual.<br />

4.7 Circuito <strong>de</strong> Fonte<br />

No projeto, o bloco fonte utilizado fornece alimentação para todo o sistema, exceto<br />

para o bloco <strong>de</strong> transmissão, pois este utiliza <strong>um</strong>a fonte externa que ficará acoplada junto ao<br />

ônibus. Na Figura 4.43, tem-se a ilustração da fonte.


89<br />

Figura 4.43 – Circuito <strong>de</strong> Fonte.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

A figura 4.43, apresenta <strong>um</strong> conector DC o qual será conectado <strong>um</strong>a alimentação<br />

externa <strong>de</strong> 12VDC / 1.5A. A tensão Vcc será utilizada apenas no circuito do amplificador.<br />

A tensão Vcc passa pelo D1, tendo <strong>um</strong>a pequena queda <strong>de</strong> tensão causada pelo<br />

diodo, e entra no pino 1 do regulador LM7805, on<strong>de</strong> através do pino 3 tem-se <strong>um</strong>a tensão fixa<br />

em 5V para ser utilizada pelo restante do circuito. Os capacitores C1 e C2 têm a função <strong>de</strong><br />

filtros caso ainda haja alg<strong>um</strong> ruído. O resistor R1 tem o papel principal <strong>de</strong> limitar à corrente<br />

que circulará pelo led LD1 indicando circulação <strong>de</strong> corrente pelo circuito.<br />

Não será necessário <strong>de</strong>monstrar o circuito <strong>de</strong> fonte externa, visto que o mesmo<br />

possui a configuração idêntica ao utilizado na Figura 4.43.<br />

4.8 Protótipo concluído e res<strong>um</strong>o do funcionamento<br />

Após as <strong>de</strong>vidas pesquisas e análises, chega-se a <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo final do protótipo<br />

conforme indicado pela Figura 4.44.


90<br />

Figura 4.44 – Sistema final protoboard.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Na Figura 4.44 e 4.45, têm-se as placas finais do sistema sem fio.<br />

Figura 4.45 – Circuito <strong>de</strong> Transmissão.<br />

Fonte: Autor, 2011.


91<br />

Figura 4.46 – Circuito <strong>de</strong> Recepção.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Figura 4.47 – Painel <strong>de</strong> LED.<br />

Fonte: Autor, 2011.


92<br />

Para finalizar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> utilização do projeto, tem-se <strong>um</strong>a explicação res<strong>um</strong>ida do<br />

processo <strong>de</strong> funcionamento do trabalho. Através da Figura 4.48, tem-se a ilustração do<br />

posicionamento dos dispositivos.<br />

Figura 4.48– Layout projeto.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

O boneco acima representa <strong>um</strong>a pessoa com <strong>de</strong>ficiência visual passando sobre <strong>um</strong><br />

piso amarelo que segundo a norma NBR9050 da ABNT, <strong>de</strong>nomina-se Piso Tátil (ABNT,<br />

2004). Este é caracterizado pela diferenciação <strong>de</strong> textura em relação ao piso adjacente,<br />

<strong>de</strong>stinado a constituir alerta ou linha guia perceptível por pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual.<br />

Supomos que a pessoa acima gostaria <strong>de</strong> embarcar no veículo indicado na imagem,<br />

tendo em vista que o mesmo se encontra <strong>um</strong>a distância relativamente gran<strong>de</strong> do painel <strong>de</strong><br />

LED. Ela se aproxima seguindo o piso Tátil, estando em sua frente <strong>um</strong> mural com as linhas <strong>de</strong><br />

ônibus em Braille, <strong>um</strong> teclado com indicação em Braille, padrão telefone e <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong><br />

voz.


93<br />

Ao chegar ao teclado, ela digita o número correspon<strong>de</strong>nte ao ônibus e a cada tecla<br />

pressionada será retornado <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> voz com o número da tecla que foi pressionada.<br />

Logo, ao digitar os três dígitos são indicados no final, através <strong>de</strong> <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> voz a<br />

confirmação ou cancelamento da solicitação. A confirmação e o cancelamento serão feitos por<br />

duas teclas correspon<strong>de</strong>ntes: confirma e cancela. Se o usuário confirmar, a mensagem<br />

aparecerá, no painel, com o nome do ônibus selecionado, e ao mesmo tempo o sistema <strong>de</strong><br />

recepção aguardará o envio da informação do transmissor com o objetivo <strong>de</strong> indicar através<br />

<strong>de</strong> áudio o nome do transporte que estará no terminal <strong>de</strong> embarque.


94<br />

5 DESENVOLVIMENTO – PROGRAMAÇÃO<br />

A fim <strong>de</strong> evitar mistura <strong>de</strong> informações, se apresenta neste capítulo apenas a parte do<br />

software utilizado no Microcontrolador. O software tem o objetivo <strong>de</strong> direcionar a lógica <strong>de</strong><br />

funcionamento do programa, controlando entradas, saídas, <strong>de</strong>codificadores e outros<br />

dispositivos do hardware. Durante este capítulo, será dada <strong>um</strong>a breve análise para o<br />

<strong><strong>de</strong>senvolvimento</strong> do trabalho, tendo em vista a implantação e aprimoramento do projeto no<br />

futuro.<br />

5.1 Princípio da Programação <strong>de</strong>senvolvida<br />

O programa <strong>de</strong>senvolvido tem a função <strong>de</strong> controlar o sistema <strong>de</strong> interface entre o<br />

usuário e o equipamento. O software possui rotinas que proporcionam direcionamentos <strong>de</strong><br />

informações entre o PIC e os seus dispositivos. O programa foi <strong>de</strong>senvolvido em linguagem C<br />

com rotinas em assembly. Para o esclarecimento <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>as rotinas, segue a Figura 5.49<br />

indicando alguns arquivos fontes do programa.


95<br />

Figura 5.49 - Estrutura das funções.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Estes arquivos fontes citados na Figura 5.49, são à base <strong>de</strong> funcionamento do<br />

programa embarcado no PIC. Será dada <strong>um</strong>a breve citação sobre os arquivos fontes usado no<br />

programa. A tabela 17 esclarece a função das rotinas da Figura 5.49.<br />

Tabela 17 – Arquivos fontes<br />

ARQUIVO<br />

main<br />

Descrição<br />

Rotina principal do programa on<strong>de</strong> ocorre o remapeamento dos vetores.<br />

595.h Cabeçalho para a utilização do shift register<br />

imagem.c Rotina com a criação <strong>de</strong> imagens para o painel<br />

imagem.h Cabeçalho para a criação <strong>de</strong> imagens do painel<br />

cd4514.c Rotina para o controle das colunas do painel<br />

cd4514.h Cabeçalho para o controle das colunas do painel<br />

<strong>de</strong>lay.h<br />

rr3.h<br />

rr3.c<br />

Rotina para gerar atraso <strong>de</strong> tempo no sistema<br />

Cabeçalho utilizado para o rr3.h<br />

Rotina <strong>de</strong> controle dos dados recebidos pelo receptor<br />

Fonte: Autor, 2011.


96<br />

5.2 Fluxograma do Sistema <strong>de</strong> áudio, Teclado e Painel <strong>de</strong> LEDs<br />

Para entendimento da lógica <strong>de</strong> estabelecida para a programação, separa-se o<br />

fluxograma em duas partes: áudio e teclado <strong>de</strong> forma a proporcionar melhor objetivida<strong>de</strong> ao<br />

entendimento do sistema.<br />

Análise dos<br />

Dígitos do<br />

teclado<br />

Sistema <strong>de</strong> áudio<br />

ISD2590<br />

Amplificador<br />

LM386<br />

Teclado<br />

PIC16F877A<br />

Painel <strong>de</strong> LEDs<br />

Varredura do<br />

Teclado<br />

Figura 5.50 – Fluxograma Teclado, Áudio e Painel.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Analisando a lógica do programa para a Figura 5.50, verifica-se que o PIC faz <strong>um</strong>a<br />

varredura, no teclado, habilitando e <strong>de</strong>sabilitando cada linha e controlando através da Análise<br />

dos Dígitos do Teclado, se alg<strong>um</strong>a tecla foi pressionada pelo usuário, pois caso ocorra da tecla<br />

ser pressionada o Microcontrolador aciona o Sistema <strong>de</strong> áudio do ISD2590. Quando<br />

confirmado a linha <strong>de</strong> ônibus escolhida, o PIC libera o sistema <strong>de</strong> controle e configurações do<br />

Painel <strong>de</strong> LEDs para apresentar a mensagem no painel. Em paralelo, após o acionamento do<br />

áudio, a saída SP+ e SP- do ISD2590 libera o áudio para o alto falante para o mesmo ser<br />

injetado no amplificador.


97<br />

5.3 Fluxograma do Sistema sem fio e Áudio<br />

Para o sistema sem fio e <strong>de</strong> áudio, cria-se <strong>um</strong> fluxograma para esclarecer o processo<br />

lógico da programação criada para o Microcontrolador.<br />

Enco<strong>de</strong>r<br />

Transmissor<br />

Sistema <strong>de</strong> áudio<br />

ISD2590<br />

Receptor<br />

Amplificador<br />

LM386<br />

Ônibus<br />

Deco<strong>de</strong>r<br />

PIC16F877A<br />

Figura 5.51 – Fluxograma Sistema sem fio e Áudio.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

O transmissor envia os bits configurados no Enco<strong>de</strong>r, chegando ao receptor on<strong>de</strong><br />

serão <strong>de</strong>codificados e analisados pelo PIC, pois este possui em sua memória <strong>um</strong>a tabela com<br />

vetores i<strong>de</strong>ntificando cada veículo com <strong>um</strong>a combinação <strong>de</strong> quatro bits.<br />

5.4 Função Main – Rotina Principal<br />

Existe <strong>um</strong>a função que é executada inicialmente ao se ligar o PIC, e seu nome é<br />

<strong>de</strong>finido pela Linguagem C como Main(). Esta função executa alg<strong>um</strong>as funções <strong>de</strong><br />

inicialização, e <strong>de</strong>pois entra em <strong>um</strong>a função constante <strong>de</strong> espera, que possui condição <strong>de</strong>


98<br />

trabalho sempre verda<strong>de</strong>ira, ou seja, o PIC permanece executando esta função continuamente,<br />

esta condição é <strong>de</strong>finida por <strong>um</strong> comando while.<br />

Para execução <strong>de</strong> qualquer outra ativida<strong>de</strong>, se faz uso <strong>de</strong> interrupções. Quando <strong>um</strong>a<br />

interrupção é chamada, o processador aten<strong>de</strong> a interrupção e volta ao comando while, na<br />

função principal, até outra interrupção requisitar atendimento. No trecho <strong>de</strong> código que segue<br />

po<strong>de</strong>-se observar a função Main().<br />

void main()<br />

{<br />

while(true)<br />

{<br />

Stop();<br />

if(teste==0)<br />

array[0]=tabela_caracteres1[aux][cont];<br />

else<br />

array[0]=tabela_caracteres2[aux][cont];<br />

}<br />

}<br />

cont++;<br />

if(cont>4)<br />

cont=0;<br />

Observa-se a função Stop responsável por gerar <strong>um</strong> <strong>de</strong>lay no sistema, e as estruturas<br />

if e else para gerar condições. Inicialmente, é dado <strong>um</strong> atraso pela função Stop( ), e após isso<br />

é analisado a condição da variável teste, se a condição for verda<strong>de</strong>ira, ou seja, teste ser igual a<br />

é chamado o vetor <strong>de</strong>nominado array, para selecionar os elementos <strong>de</strong> <strong>um</strong>a matriz nomeada<br />

<strong>de</strong> tabela_caracteres1. Enquanto a condição teste for verda<strong>de</strong>ira, a estrutura if vai sendo<br />

executada, porém se a variável teste for diferente <strong>de</strong> zero a estrutura else é acionada e executa<br />

a mesma função mencionada no if, porém em <strong>um</strong>a matriz diferente.<br />

Após as condições anteriores, o sistema vai incrementando <strong>um</strong>a variável cont, até a<br />

mesma respeitar a condição exigida pela estrutura if, pois se a variável tiver o seu valor maior


99<br />

que 4, a mesma passará a condição <strong>de</strong> cont=0 continuando sempre o laço while. Abaixo, temse<br />

o fluxograma indicando o funcionamento do laço While.<br />

While<br />

Stop ( )<br />

if (teste == 0)


100<br />

6 VALIDAÇÃO<br />

Este projeto <strong>de</strong>senvolveu-se em várias partes e a cada circuito adquirem-se novos<br />

conhecimentos para a resolução dos problemas e i<strong>de</strong>ais vão surgindo no <strong>de</strong>senvolver do<br />

trabalho. Foram realizados testes <strong>de</strong> validações nos sistema para verificar o funcionamento<br />

dos principais circuitos <strong>de</strong> comunicação com o usuário.<br />

6.1 Verificação do tempo <strong>de</strong> varredura da coluna<br />

Sendo <strong>um</strong> dos blocos <strong>de</strong> maior importância, pois sem o funcionamento da varredura<br />

do teclado todo o sistema não será completado, pois esta é a etapa inicial do processo.


101<br />

Figura 6.52 – Sistema <strong>de</strong> Varredura.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

A Figura 6.52 representa a varredura <strong>de</strong> linha realizada pelo PIC, a fim <strong>de</strong> verificar<br />

quando <strong>um</strong>a tecla é pressionada pelo usuário. Todos os canais são varridos na mesma<br />

frequência <strong>de</strong> 77.1Hz com <strong>um</strong> período <strong>de</strong> 12,98 ms. O tempo <strong>de</strong> varredura está correto e<br />

funcional com a prática, pois proporcionou <strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> reconhecimento da tecla em <strong>um</strong>a boa<br />

condição. Até com <strong>um</strong> tempo <strong>de</strong> 20ms, o PIC reconhece corretamente os dígitos selecionados<br />

pelos usuários, pois a partir disso ocorrem erros <strong>de</strong> reconhecimentos do dígito selecionado.<br />

6.2 Verificação do áudio ISD2590 e LM386<br />

A Figura 6.53 representa o sistema <strong>de</strong> áudio do projeto, pois ele indicará as teclas<br />

digitadas no painel e as mensagens <strong>de</strong> auxílio ao usuário. O canal1 representa o sinal <strong>de</strong> áudio<br />

<strong>de</strong> saída do ISD2590 com <strong>um</strong>a frequência <strong>de</strong> 571HZ, tendo em vista a digitação <strong>de</strong> vários<br />

números no teclado, a fim <strong>de</strong> verificar a qualida<strong>de</strong> da saída do sistema <strong>de</strong> voz antes <strong>de</strong> ser<br />

injetado o sinal no amplificador.


102<br />

Figura 6.53 – Sinais <strong>de</strong> Áudio.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Embora o sinal, na saída, do ISD apresente boa qualida<strong>de</strong> em relação a ruído e<br />

distorções, visto que o sistema é gravado com <strong>um</strong> microfone <strong>de</strong> eletreto, e, <strong>de</strong>ste modo o<br />

efeito local interfere na gravação. O sinal, na saída, do amplificador manteve qualida<strong>de</strong> com<br />

<strong>um</strong>a frequência <strong>de</strong> 581Hz. Na figura 6.53 e 6.54, têm-se as amplitu<strong>de</strong>s dos sinais do ISD2590<br />

e LM386.<br />

Figura 6.54 - Sinal <strong>de</strong> Áudio ISD 2590.<br />

Fonte: Autor, 2011.


103<br />

Figura 6.55 - Sinal <strong>de</strong> Áudio LM386.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

Analisando as Figuras 6.54 e 6.55, têm-se o estudo das amplitu<strong>de</strong>s dos sinais <strong>de</strong><br />

entrada e saída do amplificador, com o objetivo <strong>de</strong> verificar se o sinal <strong>de</strong> saída obteve <strong>um</strong><br />

ganho satisfatório. O sinal <strong>de</strong> saída do ISD2590 possui <strong>um</strong>a amplitu<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 210mV e o<br />

amplificador <strong>um</strong>a amplitu<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 5,7v. Logo, tem-se <strong>um</strong> ganho <strong>de</strong> aproximadamente<br />

28 db, estando correto com as informações do Datasheet.<br />

6.3 Verificação do en<strong>de</strong>reçamento <strong>de</strong> dados entre o ISD2590 e o PIC<br />

Para a realização do en<strong>de</strong>reçamento <strong>de</strong> dados entre o ISD2590 e o PIC, foi utilizado<br />

o sistema <strong>de</strong> voz com a mensagem <strong>de</strong> ônibus teste e verificado o tempo da mensagem e o<br />

en<strong>de</strong>reçamento. O en<strong>de</strong>reçamento utilizado foi o 0x08, no ISD290, e a Figura 6.56 ilustra o<br />

teste referido.


104<br />

Figura 6.56 – En<strong>de</strong>reçamento do ISD.<br />

Fonte: Autor, 2011.<br />

A Figura 6.56, ilustra o en<strong>de</strong>reçamento feito pelo PIC, on<strong>de</strong> o bit mais significativo é<br />

on<strong>de</strong> está indicado o sinal (D3). O tempo em que a mensagem ficou ativada está 2,675s com<br />

<strong>um</strong>a frequência <strong>de</strong> 378mHz. Este valor comparado com a prática está bem próximo, pois o<br />

tempo cronometrado estava em torno <strong>de</strong> 2,3 s, indicando <strong>um</strong>a margem consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong><br />

medição.


105<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

O presente trabalho objetiva <strong>de</strong>senvolver <strong>um</strong> sistema protótipo para auxiliar as<br />

pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual, utilizando diversos dispositivos para complementar o projeto.<br />

O projeto possui <strong>um</strong>a visão futura <strong>de</strong> implementação e aprimoramento, visto que o mesmo é<br />

<strong>um</strong> estudo e ainda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementos para <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo final.<br />

O trabalho busca sempre <strong>um</strong>a metodologia <strong>de</strong> inclusão social e acessibilida<strong>de</strong>, pois<br />

todo o projeto, no meu ponto <strong>de</strong> vista, <strong>de</strong>ve ter <strong>um</strong> pensamento <strong>de</strong> auxílio ao próximo, sendo<br />

com <strong>um</strong> sistema simples ou complexo. Pois, <strong>de</strong>sta forma abrirá <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> crescimento e<br />

aprendizado <strong>de</strong>ntro da gama <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s que a Engenharia oferece. O trabalho mostra<br />

<strong>um</strong> estudo <strong>de</strong> <strong>um</strong> painel <strong>de</strong> LEDs, sistema sem fio, teclado, shift register e outros dispositivos<br />

agregados no projeto.<br />

Como todo o projeto que visa à inclusão social, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da consciência <strong>de</strong> todos<br />

para o uso correto do equipamento, pois o principal motivo <strong>de</strong> não haver mais projetos sociais<br />

é o <strong>de</strong>scaso, <strong>de</strong>scuido e ações <strong>de</strong> vândalos.


106<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

Acessibilida<strong>de</strong>, Disponível < http://www2.portoalegre.rs.gov.br> Acesso em: 15 fev.2010.<br />

SASSAKI, Romeu Kaz<strong>um</strong>i. Terminologia sobre <strong>de</strong>ficiência na era da inclusão, Brasília:<br />

Fundação Banco do Brasil, 2003, p. 160-165.<br />

MILLER, Jonathan. Moving Pictures. Images and Un<strong>de</strong>rstanding, Cambridge University<br />

Press, p. 189. 1990.<br />

Painéis. Disponível < www.telegra-inc.com> Acesso em: 8 mar.2010<br />

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1996. p.359<br />

LEÃO, Leandro, Disciplina <strong>de</strong> Antenas - antenas: Novo Hamburgo – RS: FEEVALE, 2009.<br />

p.52.


107<br />

LEÃO, Leandro, Disciplina <strong>de</strong> Antenas- Monopolos aterrados: Novo Hamburgo – RS:<br />

FEEVALE, 2009. p.10.<br />

TIPLER, Paul A.. Física vol<strong>um</strong>e 3: Eletricida<strong>de</strong> e magnetismo, ótica. 4.ed. New York,<br />

EUA: LTC, 1999. p.476<br />

Braille. Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2010.<br />

TOCCI, Ronald J. Sistemas Digitais Princípios e Aplicações. São Paulo, 2000. 476p.<br />

KRAUS, Daniel John. Antenas. Rio <strong>de</strong> Janeiro – Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1983 p.561<br />

Souza, David José, Conectando o Pic: Recursos avançados, São Paulo, 2002, p.467<br />

MARQUES, Ângelo Eduardo Dispositivos Semicondutores-Diodos E Transistores São<br />

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GRANDI, Leonardo Silveira. DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO DE<br />

ALTÍMETRO UTILIZANDO O SISTEMA GPS DE NAVEGAÇÃO. Brasil: 2009. 264p.<br />

Graduação em Engenharia Elétrica - Ciências Exatas e Tecnológicas, Universida<strong>de</strong> Feevale,<br />

2009.<br />

TeleControlli, MC145026 e MC145027. Datasheet, Itália, 2011.


108<br />

Sedra, A<strong>de</strong>l S., Microeletrônica, São Paulo, 2000, p.1270.<br />

PRODANOV, Cleber Cristiano. Manual <strong>de</strong> Metodologia Científica. 1.ed. Novo Hamburgo:<br />

FEEVALE, 1997. 66p.


ANEXO A<br />

109


ANEXO B<br />

110

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