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Capítulo XI<br />

Enfrentando o machismo<br />

Minha peça Jorginho, o Machão trata dos conflitos<br />

profissionais e amorosos de um jovem moderno<br />

que não sabe se quer ser arquiteto ou pintor,<br />

e se deseja a seu lado a mulher conservadora ou<br />

a liberal. Foi montada em 1971, com sucesso,<br />

mesmo que nessa época as palavras machão e<br />

machista não fossem usadas, eram consideradas<br />

quase que palavrões. O jornal O Estado de<br />

S. Paulo proibiu o uso da palavra machão, substituía<br />

pelo termo sistema patriarcal. Jorginho<br />

era um homem frustrado, quase um bebê que<br />

não sabia o que queria – por incrível que pareça,<br />

um homem de hoje, tanto que acredito que não<br />

mexeria em nada do texto. A peça foi feita pelo<br />

Pedro Paulo Rangel na montagem paulista, com a<br />

Nonóca Bruno, o Cláudio Corrêa e Castro, a Maria<br />

Isabel de Lizandra como a namorada moderninha<br />

que encarna a liberação sexual e a Suely Franco<br />

como a namorada do interior. No Rio de Janeiro,<br />

com o Gracindo Jr., a Maria Gládys e a Marieta<br />

Severo fazendo a namorada antiquada. Jorginho<br />

era a semente do homem de hoje.<br />

69<br />

Naquela época, ele já lidava com os conflitos<br />

da mulher moderna e independente, que se

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