Vitalino Venanci - Programa de Engenharia Civil - COPPE/UFRJ
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RESISTÊNCIA DE VIGAS-COLUNAS FORMADAS POR PERFIS DE AÇO DE<br />
CHAPA DOBRADA, COM BASE NO MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA<br />
<strong>Vitalino</strong> <strong>Venanci</strong><br />
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS<br />
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE<br />
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS<br />
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM<br />
ENGENHARIA CIVIL.<br />
Aprovada por:<br />
_______________________________________________<br />
Prof. Eduardo <strong>de</strong> Miranda Batista, D.Sc.<br />
_______________________________________________<br />
Prof. Maximiliano Malite, D.Sc.<br />
_______________________________________________<br />
Prof. Alexandre Lan<strong>de</strong>smann, D.Sc.<br />
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL<br />
JANEIRO DE 2005
VENANCI, VITALINO<br />
Resistência <strong>de</strong> Vigas-Colunas Formadas<br />
por Perfis <strong>de</strong> Aço <strong>de</strong> Chapa Dobrada, com<br />
Base no Método da Resistência Direta [Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro] 2005.<br />
XIV, 174 p. 29,7 cm (<strong>COPPE</strong>/<strong>UFRJ</strong>, M.Sc.,<br />
<strong>Engenharia</strong> <strong>Civil</strong>, 2005)<br />
Tese - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, <strong>COPPE</strong><br />
1. Estrutura <strong>de</strong> Aço<br />
2. Perfis <strong>de</strong> Chapa Dobrada<br />
3. Perfis <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s Finas<br />
4. Vigas-Colunas<br />
5. Método da Resistência Direta<br />
I. <strong>COPPE</strong>/<strong>UFRJ</strong> II. Título (série)<br />
ii
Agra<strong>de</strong>cimentos:<br />
Ao meu pequeno filho Pedro que me inunda <strong>de</strong> amor e carinho.<br />
À minha mãe Luiza, ao meu pai Florindo e toda minha enorme família que,<br />
apesar da ausência física no dia a dia, nossos laços sempre se mantêm fortes.<br />
Aos amigos Luci e Walter Amorim, Luiz Balcewicz, Henrique Pizzolato e<br />
Andréa Haas, pelo apoio e motivação nos momentos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s da vida.<br />
Ao professor Eduardo M. Batista, por aceitar em ser meu orientador, ajudandome<br />
com seus ensinamentos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho, compreen<strong>de</strong>ndo minhas<br />
dificulda<strong>de</strong>s e indicando-me o caminho para superá-las.<br />
A todas as pessoas do curso <strong>de</strong> estruturas, especialmente ao George O. A. Júnior,<br />
Jonylson C. Amarante, Danilo <strong>de</strong> H. Fernan<strong>de</strong>s, Tiago Oliveira, Emersão Figueiredo,<br />
Walber Correa, Hisashi Inoue e Luis R. Alvariño pelo coleguismo e amiza<strong>de</strong>.<br />
Aos colegas <strong>de</strong> trabalho do Banco do Brasil, pelos 22 anos <strong>de</strong> convívio que <strong>de</strong><br />
alguma forma contribuíram para que pu<strong>de</strong>sse me realizar profissionalmente e freqüentar<br />
esta e outra universida<strong>de</strong>.<br />
Às pessoas que confiaram no meu trabalho como engenheiro para que parte <strong>de</strong><br />
seus sonhos fossem por mim realizado.<br />
iii
Resumo da Tese apresentada a <strong>COPPE</strong>/<strong>UFRJ</strong> como parte dos requisitos<br />
necessários para a obtenção do grau <strong>de</strong> Mestre em Ciências (M.Sc.)<br />
RESISTÊNCIA DE VIGAS-COLUNAS FORMADAS POR PERFIS DE AÇO DE<br />
CHAPA DOBRADA, COM BASE NO MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA<br />
<strong>Vitalino</strong> <strong>Venanci</strong><br />
Janeiro/2005<br />
Orientador: Eduardo <strong>de</strong> Miranda Batista<br />
<strong>Programa</strong>: <strong>Engenharia</strong> <strong>Civil</strong><br />
Neste trabalho são apresentados resultados <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong>senvolvidos com base<br />
nos conceitos do Método da Resistência Direta (MRD), no cálculo da resistência <strong>de</strong><br />
vigas-colunas formadas por perfis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa dobrada a frio e seção aberta,<br />
consi<strong>de</strong>rando-se casos <strong>de</strong> barras sob compressão excêntrica, cujas resistências últimas<br />
experimentais já são conhecidas.<br />
Os estudos foram <strong>de</strong>senvolvidos para perfis com seção U simples, U enrijecido e<br />
rack, monossimétricos, com distintas condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s e com comprimentos e<br />
índices <strong>de</strong> esbeltez variados.<br />
A análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> foi realizada sob as seguintes condições <strong>de</strong><br />
carregamento: (i) compressão centrada; (ii) flexão em relação ao eixo <strong>de</strong> maior inércia;<br />
(iii) flexão em relação ao eixo <strong>de</strong> menor inércia e (iv) compressão excêntrica. A mesma<br />
seqüência foi empregada para o cálculo das parcelas resistentes, empregando-se as<br />
formulações do MRD e da norma brasileira para perfis formados a frio, NBR 14762.<br />
Finalmente, a resistência última teórica da viga-coluna foi calculada através <strong>de</strong> três<br />
arranjos da expressão <strong>de</strong> interação para a flexo-compressão, variando-se para cada um<br />
<strong>de</strong>les as <strong>de</strong>finições das parcelas resistentes que a compõem, com o objetivo <strong>de</strong><br />
investigar o arranjo mais apropriado com relação à comparação dos resultados teóricos<br />
com os experimentais.<br />
Adicionalmente, com base nos conceitos do MRD, foi testada solução direta <strong>de</strong><br />
cálculo da resistência <strong>de</strong> vigas-colunas sem a utilização da expressão <strong>de</strong> interação.<br />
iv
Abstract of Thesis presented to <strong>COPPE</strong>/<strong>UFRJ</strong> as a partial fulfillment of the<br />
requirements for the <strong>de</strong>gree of Master of Science (M.Sc.)<br />
STEEL COLD-FORMED BEAM-COLUMNS STRENGTH ON THE BASIS OF THE<br />
DIRECT STRENGTH METHOD CONCEPT<br />
<strong>Vitalino</strong> <strong>Venanci</strong><br />
January/2005<br />
Advisor: Eduardo <strong>de</strong> Miranda Batista<br />
Department: <strong>Civil</strong> Engineering<br />
The present work is aimed to present the results obtained on the basis of the<br />
Direct Strength Method (DSM) concept, for the computation of the ultimate strength of<br />
open cross-section cold-formed beam-columns. Experimental results of excentrically<br />
compressed members, from other authors, were applied.<br />
The investigation was addressed to stiffened and unstiffened channels, and to<br />
rack cold-formed sections, with a wi<strong>de</strong> variation of the end conditions, excentricities<br />
and slen<strong>de</strong>rness ratio.<br />
The elastic stability analysis was performed for the following loading<br />
conditions: (i) concentric compression; (ii) major inertia bending; (iii) minor inertia<br />
bending and (iv) excentric compression. The same sequence was applied to the<br />
calculation of the members, consi<strong>de</strong>ring the formulations issued from both the DSM and<br />
the Brazilian standard for structural cold-formed members, NBR 14762. Finally, the<br />
theoretical ultimate strength of the beam-column was computed by means of three<br />
different arrangements of the interaction equation for flexural-compression and<br />
compared with experimental results.<br />
Aditionally a direct solution, without the application of the interaction equation,<br />
was tested on the basis of the DSM concept.<br />
v
ÍNDICE<br />
CAPÍTULO 1<br />
INTRODUÇÃO 1<br />
1.1 – Estado da Arte 1<br />
1.2 - Revisão Bibliográfica 3<br />
1.3 – Objetivo do Trabalho 12<br />
1.4 – Organização do Trabalho 12<br />
CAPÍTULO 2<br />
ANÁLISE DE ESTABILIDADE 14<br />
2.1 - Introdução 14<br />
2.2 – Flambagem Global <strong>de</strong> Barras 15<br />
2.2.1 – Flambagem por Flexão <strong>de</strong> Barras Comprimidas 15<br />
2.2.2 – Flambagem por Flexo-Torção <strong>de</strong> Barras Comprimidas 16<br />
2.2.3 – Flambagem Lateral <strong>de</strong> Vigas 22<br />
2.3 – Flambagem Local 24<br />
2.4 – Flambagem Distorcional 27<br />
CAPÍTULO 3<br />
MODELOS PARA ANÁLISE COMPUTACIONAL DE ESTABILIDADE 29<br />
vi
CAPÍTULO 4<br />
MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA 35<br />
4.1 – Introdução 35<br />
4.2 – Formulação do MRD para o Cálculo da Resistência <strong>de</strong> Colunas 37<br />
4.2.1 – Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando o Modo <strong>de</strong><br />
Flambagem Global 38<br />
4.2.2 – Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando a Interação entre<br />
os Modos <strong>de</strong> Flambagem Local e Global 39<br />
4.2.3 – Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando o Modo <strong>de</strong><br />
Flambagem Distorcional 39<br />
4.2.4 - Representação Gráfica da Resistência <strong>de</strong> Colunas em Regime<br />
Plástico (sem flambagem) e Elástico (pós-flambagem) no Modo<br />
<strong>de</strong> Flambagem Local e Distorcional 40<br />
4.3 – Formulação do MRD para o Cálculo da Resistência <strong>de</strong> Vigas 41<br />
4.3.1 – Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples<br />
Consi<strong>de</strong>rando o Modo <strong>de</strong> Flambagem Global 42<br />
4.3.2 - Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples Consi<strong>de</strong>rando<br />
a Interação entre os Modos <strong>de</strong> Flambagem Local e Global 43<br />
4.3.3 – Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples<br />
Consi<strong>de</strong>rando o Modo <strong>de</strong> Flambagem Distorcional 44<br />
4.3.4 - Representação Gráfica da Resistência na Flexão Simples em<br />
Regime Plástico (sem flambagem) e Elástico (pós-flambagem)<br />
no Modo <strong>de</strong> Flambagem Local e Distorcional 45<br />
4.4 – Aplicação do MRD 46<br />
CAPÍTULO 5<br />
RESISTÊNCIA DE VIGAS-COLUNAS DE PERFIS DE AÇO<br />
FORMADOS A FRIO 47<br />
vii
5.1 – Objetivo 47<br />
5.2 – Vigas-Colunas Estudadas 47<br />
5.2.1 - Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples 48<br />
5.2.2 - Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida 49<br />
5.2.3 – Perfis <strong>de</strong> Seção Rack 57<br />
5.3 – Análise <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> dos Perfis Estudados 59<br />
5.3.1 - Forças Críticas <strong>de</strong> Flambagem Local e Distorcional, via programa<br />
CUFSM 61<br />
5.3.2 - Forças Críticas <strong>de</strong> Flambagem Globais, via Formulações Analíticas 63<br />
5.3.3 - Forças Críticas e Modos <strong>de</strong> Flambagem, via programa SAP2000 64<br />
5.4 – Cálculo das Resistências à Compressão e à Flexão 69<br />
5.4.1 – Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção<br />
U Simples 73<br />
5.4.2 - Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção<br />
U Enrijecida 74<br />
5.4.2.1 – 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 74<br />
5.4.2.2 – 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 76<br />
5.4.2.3 – 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 77<br />
5.4.2.4 – 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida 79<br />
5.4.2.5 – 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida 81<br />
5.4.3 - Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção Rack 82<br />
5.5 – Hipóteses Adotadas na Previsão da Resistência das Vigas-Colunas 84<br />
5.5.1 - Hipóteses Via a Utilização da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong><br />
Flexo-Compressão 84<br />
5.5.1.1 – Arranjos da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong> Flexo-Compressão 85<br />
5.5.2 - Hipótese Sem a Utilização da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong><br />
Flexo-Compressão 87<br />
5.6 – Apresentação e Avaliação da Resistência Teórica das Vigas-Colunas<br />
viii
Obtida Através da Expressão <strong>de</strong> Interação 87<br />
5.6.1 – Resistências das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples 88<br />
5.6.2 – Resistências das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida 93<br />
5.6.2.1 – 1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 93<br />
5.6.2.2 – 2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 97<br />
5.6.2.3 – 3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida 101<br />
5.6.2.4 – 4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Esbelta Enrijecida 104<br />
5.6.2.5 – 5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida 108<br />
5.6.2.6 – Avaliação Conjunta dos 5 Grupos <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong><br />
Seção U Enrijecida 113<br />
5.6.2.7 – Avaliação Conjunta das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
e U Enrijecida 117<br />
5.6.3 – Resistências <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack 119<br />
5.7 – Hipótese Adicional para o Cálculo Direto da Resistência das Vigas-<br />
Colunas <strong>de</strong> Seção Rack Sujeitas ao Modo <strong>de</strong> Flambagem Distorcional 122<br />
CAPÍTULO 6<br />
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 128<br />
6.1 Resultados Alcançados através da Expressão <strong>de</strong> Interação 128<br />
6.2 Resultados Alcançados sem o emprego da Expressão <strong>de</strong> Interação 132<br />
6.3 <strong>Programa</strong>s Utilizados para a Análise <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> 133<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 136<br />
ANEXO A 145<br />
ANEXO B 168<br />
ix
LISTA DE SÍMBOLOS<br />
Letras Romanas Minúsculas:<br />
a – comprimento da placa ou comprimento <strong>de</strong> semi-onda<br />
a, b, c, d – coeficientes da equação do 3º grau<br />
b – largura da placa ou da faixa finita<br />
be – largura efetiva<br />
b1 – largura da alma<br />
b2 – largura da mesa<br />
b3 – largura do enrijecedor<br />
b4 – largura do enrijecedor adicional<br />
e r<br />
–índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s da carga em relação aos raios <strong>de</strong> giração<br />
e x – excentricida<strong>de</strong> da força em relação ao eixo Y (ao longo do eixo X)<br />
e y – excentricida<strong>de</strong> da força em relação ao eixo X (ao longo do eixo Y)<br />
f y<br />
k<br />
r o<br />
r x<br />
r y<br />
t<br />
u<br />
v<br />
w<br />
– tensão <strong>de</strong> escoamento do material<br />
– coeficiente <strong>de</strong> flambagem local placa<br />
– raio <strong>de</strong> giração polar da seção bruta em relação ao centro <strong>de</strong> torção<br />
– raio <strong>de</strong> giração da seção transversal em relação ao eixo principal X<br />
– raio <strong>de</strong> giração da seção transversal em relação ao eixo principal Y<br />
– espessura<br />
– <strong>de</strong>slocamento na direção X<br />
– <strong>de</strong>slocamento na direção Y<br />
– <strong>de</strong>slocamento na direção Z<br />
x o e y o – abscissa e or<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> cisalhamento<br />
z – variação do comprimento da barra<br />
Letras Romanas Maiúsculas:<br />
A<br />
– área bruta da seção transversal<br />
x
A 1 , A 2 , A 3 – amplitu<strong>de</strong>s das funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento<br />
CG - centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />
CC - centro <strong>de</strong> cisalhamento (centro <strong>de</strong> torção)<br />
C mx , C my – coeficientes <strong>de</strong> equivalência <strong>de</strong> momentos na flexão composta em relação<br />
aos eixos principais <strong>de</strong> inércia X e Y, respectivamente<br />
C w<br />
E<br />
G<br />
I<br />
I o<br />
I t<br />
I x<br />
I y<br />
K<br />
– constante <strong>de</strong> empenamento da seção<br />
– módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> longitudinal <strong>de</strong> Young do material<br />
– módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> transversal do material<br />
– momento <strong>de</strong> inércia<br />
– momento polar <strong>de</strong> inércia em relação ao centro <strong>de</strong> cisalhamento da seção<br />
– momento <strong>de</strong> inércia à torção uniforme<br />
– momento <strong>de</strong> inércia da seção em relação ao eixo principal X<br />
– momento <strong>de</strong> inércia da seção em relação ao eixo principal Y<br />
– coeficiente que traduz a influência das condições <strong>de</strong> apoio, i.e., dos níveis <strong>de</strong><br />
(i) restrição às rotações e <strong>de</strong> (ii) impedimento ao empenamento<br />
K x L x – comprimento efetivo <strong>de</strong> flambagem da barra por flexão em relação ao eixo X<br />
K y L y – comprimento efetivo <strong>de</strong> flambagem da barra por flexão em relação ao eixo Y<br />
K t L t – comprimentos efetivos <strong>de</strong> flambagem da barra por torção em relação ao eixo Z<br />
L – comprimento da barra<br />
M cr<br />
M cre<br />
M crd<br />
M crl<br />
– momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem<br />
– momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem lateral com torção<br />
– momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem distorcional<br />
– momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem local<br />
M y<br />
M x,y<br />
M y,y<br />
– momento fletor <strong>de</strong> plastificação em relação à fibra mais comprimida<br />
– momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida em relação ao eixo X<br />
– momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida em relação ao eixo Y<br />
M x , cre – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem lateral com torção em relação ao eixo X<br />
M y,cre – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem lateral com torção em relação ao eixo Y<br />
M x,crd – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem distorcional em relação ao eixo X<br />
xi
M y,crd – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem distorcional em relação ao eixo Y<br />
M x,crl – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem local em relação ao eixo X<br />
M y,crl – momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem local em relação ao eixo Y<br />
M x,R<br />
–momento fletor nominal resistente em relação ao eixo X<br />
M x,Rd –momento fletor resistente <strong>de</strong> cálculo em relação ao eixo X<br />
M y,R –momento fletor nominal resistente em relação ao eixo Y<br />
M y,Rd –momento fletor resistente <strong>de</strong> cálculo em relação ao eixo Y<br />
M n<br />
M ne<br />
M nd<br />
M nl<br />
–momento fletor nominal resistente na flexão simples<br />
– momento fletor nominal resistente na flexão simples consi<strong>de</strong>rando<br />
a flambagem lateral com torção<br />
– momento fletor nominal resistente na flexão simples consi<strong>de</strong>rando<br />
a flambagem distorcional<br />
– momento fletor nominal resistente na flexão simples consi<strong>de</strong>rando<br />
a interação entre flambagem local e global<br />
M x , ne – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo X<br />
consi<strong>de</strong>rando a flambagem lateral com torção<br />
M x , nd – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo X<br />
consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional<br />
M x , nl – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo X<br />
consi<strong>de</strong>rando a interação entre flambagem local e global<br />
M y , ne – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo Y<br />
consi<strong>de</strong>rando a flambagem lateral com torção<br />
M y , nd – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo Y<br />
consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional<br />
M y , nl – momento fletor nominal resistente em relação ao eixo Y<br />
consi<strong>de</strong>rando a interação entre flambagem local e global<br />
xii
M x , S – momento fletor solicitante em relação ao eixo X<br />
M x , Sd – momento fletor solicitante <strong>de</strong> cálculo em relação ao eixo X<br />
M y , S – momento fletor solicitante em relação ao eixo Y<br />
M y , Sd – momento fletor solicitante <strong>de</strong> cálculo em relação ao eixo Y<br />
N<br />
– força <strong>de</strong> compressão Aplicada<br />
N cr<br />
N cre<br />
N crd<br />
N crl<br />
– força crítica elástica <strong>de</strong> flambagem<br />
– força crítica <strong>de</strong> flambagem global elástica na compressão centrada<br />
– força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica na compressão centrada<br />
– força crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica na compressão centrada<br />
N y – força plástica (resistência plástica) (=A.f y )<br />
N c,R<br />
– força normal resistente na compressão centrada<br />
N c,Rd – força normal resistente <strong>de</strong> cálculo na compressão centrada<br />
N n<br />
N ne<br />
N nd<br />
N nl<br />
– resistência nominal na compressão centrada<br />
– resistência nominal na compressão centrada consi<strong>de</strong>rando a<br />
flambagem global por flexão, torção ou flexo-torção<br />
– resistência nominal na compressão centrada consi<strong>de</strong>rando a<br />
flambagem distorcional<br />
– resistência nominal na compressão centrada consi<strong>de</strong>rando a<br />
interação entre flambagem local e global<br />
N exc,cre – força crítica <strong>de</strong> flambagem global elástica na compressão excêntrica<br />
N exc,crd – força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica na compressão excêntrica<br />
N exc,crl – força crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica na compressão excêntrica<br />
N exc,y =N y – força plástica (resistência plástica) excêntrica ou centrada (A.f y )<br />
N exc,R – força normal resistente na compressão excêntrica<br />
N exc,ne – resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a<br />
flambagem global por flexão, torção ou flexo-torção<br />
N exc,nd – resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a<br />
flambagem distorcional<br />
xiii
N exc,nl – resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a<br />
interação entre flambagem local e global<br />
N et<br />
N ex<br />
N ext<br />
N ey<br />
Nø<br />
– força normal <strong>de</strong> flambagem elástica por torção.<br />
– força normal <strong>de</strong> flambagem elástica por flexão em relação ao eixo X<br />
– força normal <strong>de</strong> flambagem elástica por flexo-torção<br />
– força normal <strong>de</strong> flambagem elástica por flexão em relação ao eixo Y<br />
– força normal <strong>de</strong> flambagem elástica por torção pura em perfis monossimétricos<br />
com carregamento aplicado no CC<br />
N c,S<br />
N c,Sd<br />
N u,exp<br />
– força normal resistente teórica da viga-coluna<br />
– força normal solicitante <strong>de</strong> cálculo na compressão<br />
– força última experimental<br />
W c<br />
– módulo resistente da seção bruta<br />
Letras Gregas Minúsculas:<br />
δ o<br />
δ (z)<br />
γ<br />
λ<br />
λ c<br />
λ l<br />
– amplitu<strong>de</strong> da <strong>de</strong>formada<br />
– modo <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação na flambagem por flexão<br />
– coeficiente <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração das ações ou das resistências, em geral<br />
– índice <strong>de</strong> esbeltez<br />
– índice <strong>de</strong> esbeltez global na compressão centrada<br />
– índice <strong>de</strong> esbeltez local<br />
λ d<br />
– índice <strong>de</strong> esbeltez distorcional<br />
λ exc,dist – índice <strong>de</strong> esbeltez distorcional na compressão excêntrica<br />
ν – coeficiente <strong>de</strong> Poisson<br />
ø – rotação <strong>de</strong> torção ao longo da barra<br />
σ cr<br />
σ crl<br />
– tensão crítica <strong>de</strong> flambagem<br />
– tensão crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica<br />
xiv
CAPÍTULO 1<br />
INTRODUÇÃO<br />
1.1 Estado da Arte<br />
Os perfis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa dobrada a frio <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas e seção aberta são cada<br />
vez mais usados, com gran<strong>de</strong> aplicação na construção <strong>de</strong> sistemas estruturais <strong>de</strong><br />
cobertura <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s vãos, seja em regiões urbanas ou regiões remotas produtoras e<br />
armazenadoras <strong>de</strong> alimentos e centros agroindustriais.<br />
Muitos são os motivos da expansão do uso <strong>de</strong>sses perfis, a começar por<br />
<strong>de</strong>mandas em vencer vãos cada vez maiores, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção dos perfis, rapi<strong>de</strong>z<br />
na montagem final <strong>de</strong> estruturas, fácil manuseio e transporte <strong>de</strong> matéria prima, produtos<br />
pré-fabricados e manufaturados, tais como: bobinas <strong>de</strong> aço, chapas planas, perfis<br />
dobrados, peças treliçadas planas e espaciais e etc. Essas estruturas são mais leves se<br />
comparadas com alternativas estruturais com outros materiais, como: perfis <strong>de</strong> aço<br />
laminados ou soldados e concreto armado, apresentando relação resistência/peso<br />
elevada e vantajosa com relação ao custo. A escassez da ma<strong>de</strong>ira é outro fator<br />
responsável pelo aumento da <strong>de</strong>manda na utilização <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> aço. Nota-se que,<br />
pequenas e médias estruturas também utilizam sistemas estruturais baseados em perfis<br />
<strong>de</strong> chapa dobrada, po<strong>de</strong>ndo-se citar como exemplos: projetos <strong>de</strong> habitações <strong>de</strong> baixo<br />
custo pré-fabricadas ou semi industrializados, on<strong>de</strong> parte dos materiais componentes são<br />
constituídos por perfis <strong>de</strong> chapa dobrada e, no Sul do Brasil, milhares instalações agropastoris,<br />
que até pouco tempo eram construídos com ma<strong>de</strong>ira, atualmente são<br />
construídos com perfis <strong>de</strong> aço, predominantemente <strong>de</strong> chapa dobrada.<br />
Um exemplo simples do potencial das chapas finas como material <strong>de</strong> construção<br />
é mostrado na figura 1.1, extraída <strong>de</strong> LOH e PEKÖZ (1985). A chapa bi-apoiada da<br />
figura 1.1a, entraria em colapso com uma pequena força transversal <strong>de</strong>vido ao excesso<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>flexão. Para fazê-la suportar mais força e evitar o colapso, po<strong>de</strong>r-se-ia engrossá-la,<br />
consumindo mais material ou, mudando-se a forma, através <strong>de</strong> dobras como mostrado<br />
na figura 1.1b, ou seja, aumentando-se a rigi<strong>de</strong>z e conseqüentemente a resistência. As<br />
principais vantagens em optar pela mudança <strong>de</strong> forma são: baixo custo, facilida<strong>de</strong> no<br />
1
dobramento, ilimitados tipos <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> acordo com a criativida<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> e<br />
conhecimento do projetista (WINTER, 1975, YU, 1973).<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 1.1: Placa fina <strong>de</strong> aço como material <strong>de</strong> construção. (a) Chapa plana; (b) chapa<br />
dobrada<br />
Perfis <strong>de</strong> aço formados por chapa dobrada a frio e seção aberta possuem<br />
geometria da seção transversal muito variadas, em geral com pare<strong>de</strong>s muito finas e<br />
relação entre largura-espessura elevada, tornando susceptíveis aos fenômenos <strong>de</strong><br />
instabilida<strong>de</strong> estrutural, como: flambagem local, distorcional e global, além da interação<br />
entre os modos <strong>de</strong> flambagem. A flambagem local refere-se à flambagem <strong>de</strong> placas<br />
associadas; a flambagem global refere-se aos modos <strong>de</strong> barra, como os modos <strong>de</strong><br />
flambagem por flexão, torção ou flexo-torção, por exemplo. A flambagem distorcional<br />
refere-se à distorção da seção transversal. A figura 1.2 mostra um perfil <strong>de</strong> seção U<br />
enrijecida sob compressão centrada ou flexão simples, com os principais modos <strong>de</strong><br />
flambagem: em (a) e (c) modo local <strong>de</strong> placa, MLP, (b) e (d) modo distorcional, MD,<br />
(e) e (f) modo global <strong>de</strong> flexão-torção, MGFT, e <strong>de</strong> flexão, MGFL, respectivamente.<br />
Vê-se que o tipo <strong>de</strong> carregamento também influencia no comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
dos perfis.<br />
Compressão Centrada. Flexão Simples Compressão Centrada<br />
(a) MLP (b) MD (c) MLP (d) MD (e) MGFT (f) MGFL<br />
Figura 1.2 – Modos <strong>de</strong> flambagem em perfis <strong>de</strong> seção U enrijecidos.<br />
2
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> métodos numéricos dos elementos finitos, MEF, das<br />
faixas finitas, MFF, e da teoria generalizada <strong>de</strong> vigas, GBT, entre outros, bem como ao<br />
acesso à micro computadores, proporcionaram a criação <strong>de</strong> ferramentas numéricas <strong>de</strong><br />
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> computacional, fazendo com que o comportamento <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> seja entendido melhor e <strong>de</strong> fácil obtenção. Porém, o dimensionamento <strong>de</strong><br />
perfis metálicos e a verificação da resistência última ainda é uma tarefa trabalhosa e<br />
complicada.<br />
O Método da Resistência Direta, MRD, (SCHAFER e PEKÖZ, 1998) leva em<br />
conta os recursos computacionais citados no parágrafo anterior e, aliado às pesquisas<br />
experimentais e teóricas, aponta na direção da precisão e racionalização do cálculo da<br />
resistência dos perfis. O MRD já faz parte <strong>de</strong> algumas normas, porém continua em<br />
constante evolução.<br />
O MRD é um método alternativo ao Método das Larguras Efetivas, do qual é<br />
<strong>de</strong>rivado, com a vantagem <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar o fenômeno da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma precisa,<br />
inclusive com formulação específica para a interação entre flambagem local-global e<br />
para a flambagem distorcional.<br />
1.2 Revisão Bibliográfica<br />
As primeiras pesquisas sobre o comportamento das colunas <strong>de</strong> chapa dobrada a<br />
frio datam da década <strong>de</strong> 40 do século passado. Estes perfis apresentam três tipos <strong>de</strong><br />
modos <strong>de</strong> flambagem: local, distorcional e global; este último po<strong>de</strong>ndo ser por flexão,<br />
torção ou flexo-torção. Os modos <strong>de</strong> flambagem local e global têm sido muito estudados<br />
analítica e experimentalmente e várias normas <strong>de</strong> projeto estrutural contêm formulações<br />
para o cálculo <strong>de</strong> barras submetidas a esses modos <strong>de</strong> flambagem.<br />
A flambagem local aparece particularmente nas seções <strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> aço dobradas<br />
a frio com pare<strong>de</strong>s finas e é caracterizada por um pequeno comprimento <strong>de</strong> onda do<br />
elemento <strong>de</strong> placa, por <strong>de</strong>finição menor que a pare<strong>de</strong> mais larga do perfil. A tensão<br />
crítica elástica <strong>de</strong> flambagem local foi extensivamente investigada e resumida por<br />
TIMOSHENKO e GERE (1936) e por BLEICH (1952).<br />
A flambagem global envolve a flambagem por flexão <strong>de</strong> Euler, a flambagem por<br />
torção, a flambagem por flexo-torção em colunas e vigas-coluna, e a flambagem lateral<br />
3
com torção <strong>de</strong> vigas. Para esses modos <strong>de</strong> flambagem foram formuladas por<br />
TIMOSHENKO e GERE (1936) e por VLASOV (1961) soluções para o sistema <strong>de</strong><br />
equações diferenciais, que se tornaram clássicas no estudo da estabilida<strong>de</strong> das vigas,<br />
colunas e vigas-coluna.<br />
A flambagem distorcional tem sido o tema <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> vários pesquisadores<br />
nos últimos anos, chegando a ser adotada em formulações <strong>de</strong> projeto para as barras <strong>de</strong><br />
aço submetidas a este modo <strong>de</strong> flambagem pelas normas mais mo<strong>de</strong>rnas, como a norma<br />
australiana AS/NZS 4600 (1996), a norma americana AISI (2004) através dos recentes<br />
Anexos A e B e, da norma brasileira NBR 14762 (2001). Através <strong>de</strong> todos esses anos<br />
<strong>de</strong> investigação, a flambagem distorcional apareceu com diferentes nomes tais como:<br />
flambagem do enrijecedor e flambagem local torcional.<br />
As investigações em colunas <strong>de</strong> aço formadas por perfis <strong>de</strong> chapa dobrada<br />
começaram com ensaios realizados por WINTER (1940 e 1943) na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Cornell. Anos mais tar<strong>de</strong>, na Inglaterra, CHILVER (1951 e 1953) e HARVEY (1953)<br />
resumiram as investigações teóricas e experimentais <strong>de</strong> colunas <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas, e<br />
ainda hoje essas pesquisas servem como referências para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
soluções <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> elástica e <strong>de</strong> resistência para perfis formados por chapa<br />
dobrada.<br />
A solução da flambagem elástica da placa foi baseada em LUNDQUIST e<br />
STOWELL (1943), que esten<strong>de</strong>ram o trabalho <strong>de</strong> TIMOSHENKO e GERE (1936)<br />
provendo métodos práticos para calcular a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> placas associadas.<br />
A solução do problema pós-crítico <strong>de</strong>u origem ao método das larguras efetivas,<br />
com base em VON KARMAN et al. (1932); com as correções posteriores <strong>de</strong>vido às<br />
imperfeições segundo WINTER (1947). Na mesma época, CHILVER (1951, 1953) e<br />
HARVEY (1953) incluíram a interação entre elementos <strong>de</strong> placa, <strong>de</strong>terminando a força<br />
<strong>de</strong> flambagem local. Também, CHILVER (1953) concluiu que, para seção U enrijecida,<br />
o enrijecedor <strong>de</strong>veria ser suficientemente rígido para assegurar a flambagem local e,<br />
assim, evitar a flambagem distorcional, mas não forneceu nenhum critério para<br />
dimensionamento.<br />
Durante os anos 60 as investigações <strong>de</strong> colunas e vigas-colunas <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa<br />
dobrada a frio ignoraram a flambagem distorcional. Nessa época as investigações<br />
estiveram enfocadas no estudo das proprieda<strong>de</strong>s dos materiais (KARREN e WINTER,<br />
1967) e no comportamento <strong>de</strong> colunas longas (CHAJES et al., 1966, PEKÖZ, 1969).<br />
No entanto, colunas <strong>de</strong> alumínio <strong>de</strong> seção U enrijecida são estudadas experimental e<br />
4
analiticamente por DWIGHT (1963) e SHARP (1966), respectivamente. Para estas<br />
seções SHARP (1966) apresentou um tratamento teórico para estimar a tensão <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, mediante simplificações com relação à restrição rotacional na<br />
junção alma-mesa. Na verificação <strong>de</strong>stas expressões foram utilizados resultados<br />
experimentais <strong>de</strong> DWIGHT (1963).<br />
Um método para prever a flambagem lateral com torção e distorcional em vigas<br />
<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas formadas por perfis <strong>de</strong> chapa dobrada que incluem distorção da seção<br />
foi <strong>de</strong>senvolvido na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Purdue (GOLDBERG et al., 1964). O método<br />
<strong>de</strong>tecta flambagem distorcional <strong>de</strong> seções abertas sob compressão axial ou flexão. Ao<br />
mesmo tempo, um método exato <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z foi <strong>de</strong>senvolvido no Reino Unido por<br />
WITTRICK (1968a, 1968b), para estudar a flambagem <strong>de</strong> painéis enrijecidos em<br />
compressão. Embora apenas painéis enrijecidos e não barras <strong>de</strong> seção aberta tenham<br />
sido investigados, foi i<strong>de</strong>ntificado nesta ocasião o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional<br />
(chamado <strong>de</strong> modo torcional).<br />
Em várias partes do mundo nos anos 70, as pesquisas das colunas foram<br />
direcionadas ao estudo da interação entre a flambagem local e a flambagem global<br />
(flexão, torção, ou flexo-torção). Como exemplo, temos os trabalhos <strong>de</strong> DEWOLF et al.<br />
(1974), RHODES e HARVEY (1977), PEKÖZ (1977) e LOUGHLAN (1979). Durante<br />
estes anos foram realizadas muitas pesquisa em colunas <strong>de</strong> seção transversal tipo U<br />
simples e U enrijecida, ensaiados com as extremida<strong>de</strong>s com condições <strong>de</strong> apoio livres e<br />
engastadas, observando-se o fenômeno <strong>de</strong> interação entre a flambagem local e global.<br />
Especialmente para as colunas com as extremida<strong>de</strong>s livres, RHODES e HARVEY<br />
(1977) explicaram que esse fenômeno <strong>de</strong>via-se a um <strong>de</strong>svio na linha <strong>de</strong> ação das forças<br />
externas e internas, provocada por uma redistribuição assimétrica das tensões<br />
longitudinais quando se produz a flambagem local (mudanças na posição do centrói<strong>de</strong><br />
da seção efetiva), levando a uma excentricida<strong>de</strong> na aplicação das forças nos extremos<br />
articulados da coluna. Esta excentricida<strong>de</strong> da força <strong>de</strong> compressão em relação à nova<br />
posição do centrói<strong>de</strong>, produzindo compressão excêntrica ou flexo-compressão, induz a<br />
flambagem global.<br />
Na universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cornell, continuam os trabalhos em barras com enrijecedores<br />
intermediários e enrijecedores <strong>de</strong> borda. DESMOND (1977) formula as bases para as<br />
especificações mo<strong>de</strong>rnas da norma americana, AISI (1996), para elementos com<br />
enrijecedores <strong>de</strong> borda. Nos trabalhos <strong>de</strong> DESMOND (1977), a flambagem distorcional<br />
é chamada <strong>de</strong> flambagem do enrijecedor, reconhecendo que a tensão crítica do<br />
5
enrijecedor (a tensão crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional) é maior que a tensão crítica <strong>de</strong><br />
flambagem local. Utilizando resultados experimentais, esse autor formula expressões<br />
empíricas para o cálculo a<strong>de</strong>quado do enrijecedor <strong>de</strong> borda. Como o enrijecedor<br />
a<strong>de</strong>quado nem sempre correspon<strong>de</strong> à solução mais econômica, DESMOND et al.<br />
(1978b, 1981a) propõem uma solução empírica simples para o coeficiente <strong>de</strong><br />
flambagem local nos elementos com enrijecedor <strong>de</strong> borda, on<strong>de</strong> os casos <strong>de</strong> seções com<br />
enrijecedor <strong>de</strong> borda ineficientes são levados em conta. Isso conduz à redução do<br />
coeficiente <strong>de</strong> flambagem local do elemento <strong>de</strong> placa suportado pelo enrijecedor <strong>de</strong><br />
borda, para um valor inferior ao valor básico igual a 4,0. Como resultado, a flambagem<br />
distorcional foi incorporada nas especificações da norma americana AISI (1986) como<br />
um modo adicional <strong>de</strong> flambagem local, não sendo tratada explicitamente como um<br />
modo distinto do modo <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> placa, mas sim fornecendo recursos para<br />
evitá-lo.<br />
Na Suécia, THOMASSON (1978) realiza experimentos em perfis <strong>de</strong> seção U<br />
enrijecida com alma esbelta. Para elevar a tensão <strong>de</strong> flambagem local da alma enrijeceu<br />
a mesma com pequenas dobras intermediárias. O problema da flambagem local foi<br />
resolvido, porém foi criado um outro, chamado por MULLIGAN (1983), <strong>de</strong> problema<br />
local torcional isto é, a otimização da seção para remover o modo local criou um<br />
problema distorcional. THOMASSON (1978) consi<strong>de</strong>rou esse modo local-torcional<br />
in<strong>de</strong>sejável e assim colocou suportes espaçados unindo os enrijecedores, assegurando<br />
assim que a flambagem distorcional não ocorra e garantindo o modo local como<br />
dominante.<br />
BATISTA (1988) analisou o fenômeno da interação entre flambagem local e<br />
global por flexão ou flexo-torção, para perfis <strong>de</strong> seção U simples e enrijecida.<br />
Entre 1980 e 1987, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Strathcly<strong>de</strong>, continuam as investigações<br />
sobre a interação entre a flambagem local e a flambagem global (RHODES e<br />
LOUGHLAN, 1980, ZARAS e RHODES, 1987) assim como os estudos do<br />
comportamento <strong>de</strong> placas isoladas com enrijecedor <strong>de</strong> borda ( LIM e RHODES, 1986).<br />
Em 1980, alguns investigadores começaram a dar mais atenção à flambagem<br />
distorcional, sendo essa tendência mais evi<strong>de</strong>nte na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sydney, na<br />
Austrália. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investigar o comportamento <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa<br />
dobrada a frio, utilizados como colunas em estruturas leves para estocagem <strong>de</strong> produtos,<br />
levou as investigações para a flambagem distorcional, conduzindo aos trabalhos<br />
<strong>de</strong>senvolvidos por HANCOCK (1985) e LAU (1988). A forma da seção transversal dos<br />
6
perfis <strong>de</strong> seção tipo rack utilizados como colunas, conduziu ao modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional como dominante na maioria dos casos.<br />
Anteriormente, PLANK e WITTRICK (1974) <strong>de</strong>senvolveram uma versão<br />
específica do método das faixas finitas (MFF) para abordar os problemas da flambagem<br />
por flexão <strong>de</strong> placas em barras com pare<strong>de</strong>s finas. Hancock esten<strong>de</strong>u a análise por faixas<br />
finitas a partir dos mo<strong>de</strong>los propostos por CHEUNG (1976), como uma ferramenta para<br />
compreen<strong>de</strong>r os modos <strong>de</strong> flambagem em barras com pare<strong>de</strong>s finas. LAU e HANCOCK<br />
(1986) esten<strong>de</strong>m o emprego do MFF com funções spline <strong>de</strong> CHEUNG e FAN (1983), o<br />
que permitiu analisar diferentes tipos <strong>de</strong> carregamentos e condições <strong>de</strong> apoio, assim<br />
como estudar os modos <strong>de</strong> flambagem na etapa pós-flambagem e a interação entre os<br />
modos. LAU (1988) também realizou experimentos nos quais a flambagem distorcional<br />
era o mecanismo <strong>de</strong> colapso. Em 1987, como resultado dos estudos anteriores, LAU e<br />
HANCOCK (1987) apresentam uma metodologia que permite estimar, por meio <strong>de</strong><br />
cálculo manual, a tensão elástica mínima <strong>de</strong> flambagem distorcional. Esta metodologia<br />
adota técnicas clássicas, similares às utilizadas por SHARP (1966), mas inclui a rigi<strong>de</strong>z<br />
da alma da seção no mo<strong>de</strong>lo, a qual não foi consi<strong>de</strong>rada nos trabalhos <strong>de</strong> SHARP (1966)<br />
Na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cornell, em 1985, LOH e PEKÖZ (1985), divulgam<br />
resultados <strong>de</strong> pesquisas experimentais e teóricas realizadas em vigas-colunas <strong>de</strong> seções<br />
compactas e esbeltas submetidas a carregamento axial com simples e dupla<br />
excentricida<strong>de</strong>. As vigas-colunas constituídas por perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e cartola<br />
com o enrijecedor dimensionado conforme formulação <strong>de</strong> DESMOND et al. (1978b),<br />
para evitar a flambagem distorcional. Utiliza a expressão <strong>de</strong> interação para prever a<br />
resistência última da viga-coluna com as resistências (P u , M ux e M uy , respectivamente<br />
resistência à compressão simples e à flexão segundo os eixos principais) apuradas pelo<br />
método <strong>de</strong> larguras efetivas. Sobre o mesmo tema, apresenta resultados teóricos da força<br />
última, também obtidos com a expressão <strong>de</strong> interação, e comparados com os resultados<br />
experimentais <strong>de</strong> outros pesquisadores, tais como: MULLIGAN (1983), LOUGHLAN<br />
(1979), THOMASSON (1978).<br />
Nos Estados Unidos, SRIDHARAN (1982) <strong>de</strong>senvolveu o MFF para estudar o<br />
comportamento pós-flambagem no modo distorcional <strong>de</strong> flambagem, e <strong>de</strong>monstrou o<br />
rápido incremento das tensões <strong>de</strong> membrana na extremida<strong>de</strong> do enrijecedor <strong>de</strong> borda,<br />
após a flambagem distorcional, indicando que a reserva pós-flambagem no modo<br />
distorcional po<strong>de</strong> não ser tão gran<strong>de</strong> quanto no modo local, pois o escoamento inicia-se<br />
rapidamente na etapa pós-flambagem.<br />
7
Em 1996, a norma européia, EC 3 (1996), propõe um método para estimar a<br />
flambagem distorcional em colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida, consi<strong>de</strong>rando a restrição<br />
produzida pela alma e a mesa na flambagem do enrijecedor. O método consi<strong>de</strong>rou as<br />
<strong>de</strong>formações <strong>de</strong> distorção da alma e da mesa, mas utiliza uma curva <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong><br />
coluna para o colapso do enrijecedor, não levando em conta a reserva <strong>de</strong> resistência<br />
após a flambagem no modo distorcional.<br />
Na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sydney, KWON (1992) realizou experimentos com colunas<br />
<strong>de</strong> seção do tipo U com e sem enrijecedores intermediários na alma. Os ensaios<br />
mostraram que a interação entre a flambagem distorcional com outros modos é muito<br />
pequena. Foi também observado experimentalmente que o modo distorcional tem menor<br />
capacida<strong>de</strong> pós-flambagem do que o modo local <strong>de</strong> placa, e que as imperfeições globais<br />
tem pouca influência no modo <strong>de</strong> flambagem <strong>de</strong> colunas com comprimento médio. O<br />
resultado <strong>de</strong>stas investigações foi resumido numa curva <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> colunas para o<br />
colapso, segundo o modo distorcional, sugerida por HANCOCK et al. (1994). As<br />
investigações continuaram com o estudo da interação entre a flambagem local e a<br />
flambagem global. RASMUSSEN e HANCOCK (1991) mostraram a importância da<br />
influência das condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s restritas, as quais evitam que a flambagem<br />
local induza flambagem global no comportamento pós-flambagem, pois neste caso se<br />
produz um balanceamento entre as linhas <strong>de</strong> ação das forças internas e externas. Em<br />
YOUNG (1997) <strong>de</strong>monstrou experimentalmente que as colunas <strong>de</strong> comprimentos curtos<br />
e médios, com apoios totalmente restringidos nas extremida<strong>de</strong>s, não sofrem o problema<br />
<strong>de</strong> interação entre os modos local e global típico nas colunas com extremida<strong>de</strong>s<br />
simplesmente apoiadas YOUNG (1997). YOUNG (1997) também observou que a<br />
interação da flambagem distorcional com outros modos <strong>de</strong> flambagem é muito discreta.<br />
Nos anos 90, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Strathcly<strong>de</strong>, as investigações são diretamente<br />
direcionadas ao estudo da flambagem distorcional. Baseado em estudo <strong>de</strong> seções do tipo<br />
cartola e seções U enrijecidas (SEAH, 1989, SEAH et al., 1991, SEAH e RHODES,<br />
1993) foi <strong>de</strong>senvolvido um método que possibilita estimar a tensão <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional <strong>de</strong> maneira manual, similar aos propostos por LAU e HANCOCK (1987) e<br />
SHARP (1966). Para força última, SEAH e RHODES (1993) trataram o modo<br />
distorcional <strong>de</strong> maneira similar à flambagem local e propõe o método aproximado <strong>de</strong><br />
larguras efetivas, em lugar da curva aproximada <strong>de</strong> coluna, proposta anteriormente<br />
pelos pesquisadores <strong>de</strong> Sydney.<br />
8
Ainda nos anos 90 a Teoria Generalizada <strong>de</strong> Vigas, GBT, originalmente<br />
<strong>de</strong>senvolvida por SCHARDT (1989), se converte em uma ferramenta muito usada no<br />
estudo do comportamento pré e pós-flambagem <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas (SILVESTRE<br />
e CAMOTIM, 2002), assim como para análise <strong>de</strong> influência das imperfeições<br />
geométricas e condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> nos modos <strong>de</strong> flambagem, e na <strong>de</strong>terminação<br />
da capacida<strong>de</strong> última das barras. A principal vantagem <strong>de</strong>ste método numérico consiste<br />
na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar e ortogonalizar os <strong>de</strong>slocamentos e modos <strong>de</strong> flambagem, os<br />
quais po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados separadamente ou em interação, segundo a seleção<br />
<strong>de</strong>sejada. Utilizando a GBT, DAVIES e JIANG (1996) comprovam que a flambagem<br />
distorcional tem pouca interação com outros modos e, para a estimativa <strong>de</strong> resistência<br />
última, como as barras nessa etapa não têm comportamento linear, utilizam a curva <strong>de</strong><br />
resistência <strong>de</strong> colunas proposta por HANCOCK et al. (1994).<br />
Utilizando o MFF e o MEF, SCHAFER (1997) <strong>de</strong>monstrou que o modo<br />
distorcional tem muito mais sensibilida<strong>de</strong> às imperfeições do que o modo local.<br />
Também observou que o colapso no modo distorcional tem menor resistência pósflambagem<br />
do que o modo local.<br />
Em SCHAFER e PEKÖZ (1998), é reconhecida a complexida<strong>de</strong> e limitações<br />
dos mo<strong>de</strong>los utilizados para o dimensionamento das barras submetidas a flambagem<br />
local e distorcional. Reconhecem igualmente que, <strong>de</strong>vido aos avanços tecnológicos, a<br />
tendência atual é <strong>de</strong> produzir a cada dia seções transversais com formas mais<br />
complexas, o que aumenta a complexida<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los matemáticos requeridos.<br />
Aten<strong>de</strong>ndo a essa dificulda<strong>de</strong>, e com o objetivo <strong>de</strong> facilitar o trabalho com os<br />
procedimentos <strong>de</strong> dimensionamento das barras submetidas aos fenômenos <strong>de</strong><br />
flambagem, propuseram e calibraram um novo método, <strong>de</strong>nominado Método da<br />
Resistência Direta, o qual utiliza a força <strong>de</strong> flambagem elástica da seção transversal<br />
completa, calculada via MFF ou outro método, nas equações do método manual clássico<br />
proposto por Sharp em 1966. Reconhecem ainda que, para realizar um<br />
dimensionamento econômico, é preciso levar em conta a vantagem da resistência pósflambagem,<br />
pelo que utilizam as equações das larguras efetivas convencionais e as<br />
aplicam à seção transversal completa. SCHAFER e PEKÖZ (1998) <strong>de</strong>monstraram que<br />
as prescrições contidas no AISI (1986, 1996) para elementos com enrijecedores <strong>de</strong><br />
borda segundo DESMOND et al. (1981a), superestimam a tensão <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, principalmente quando a relação altura da alma-largura da mesa é elevada.<br />
9
A norma Australiana/Nova Zelândia AS/NZS 4600 (1996), para estruturas <strong>de</strong><br />
aço com chapas dobradas a frio, foi <strong>de</strong>senvolvida contendo regras <strong>de</strong> projeto explícitas<br />
para a flambagem distorcional em compressão<br />
Recentemente, SILVESTRE e CAMOTIM (2002) e outros autores têm<br />
publicado vários trabalhos com resultados <strong>de</strong> estudos teóricos e experimentais<br />
relacionados com a flambagem das barras <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa dobrada a frio com pare<strong>de</strong>s<br />
finas. São abordados problemas tais como a análise da formulação para o cálculo da<br />
tensão <strong>de</strong> flambagem distorcional em perfis rack, utilizados como vigas e como colunas;<br />
a interação entre o modo <strong>de</strong> flambagem local e o modo <strong>de</strong> flambagem global; a<br />
influência das condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s e das imperfeições geométricas iniciais na<br />
flambagem. Nesses estudos, têm sido empregados métodos <strong>de</strong> análise numérica (MEF,<br />
MFF e GBT) e análises experimentais, especialmente para seções do tipo U enrijecido e<br />
rack.<br />
BATISTA et al. (1998a) apresentam resultados <strong>de</strong> estudos analíticos e<br />
experimentais do comportamento <strong>de</strong> colunas simplesmente apoiadas com seção do tipo<br />
rack, axialmente comprimidas. É igualmente apresentada uma avaliação das<br />
proprieda<strong>de</strong>s geométricas da seção transversal na transição do modo <strong>de</strong> flambagem<br />
local para o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional. Nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000, foram<br />
realizados estudos dos modos locais <strong>de</strong> placa e distorcional em perfis <strong>de</strong> chapa dobrada,<br />
tendo sido publicados vários artigos on<strong>de</strong>, entre outros temas, são tratados: a flambagem<br />
local <strong>de</strong> colunas <strong>de</strong> aço conformadas a frio com seção do tipo rack BATISTA et al.<br />
(1999); o comportamento pós-crítico da flambagem local BATISTA et al. (1998b) e a<br />
influência das condições das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> na flambagem distorcional<br />
BATISTA et al. (2000b).<br />
No ano <strong>de</strong> 2000, foram apresentados resultados teóricos e experimentais sobre<br />
os modos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> local, distorcional e global BATISTA et al. (2000a). Neste<br />
trabalho, são expostos resultados numéricos do programa INSLOD (MFF) tendo o<br />
resultado <strong>de</strong>sta pesquisa contribuído para a formulação do Anexo D – Flambagem por<br />
distorção da seção transversal – da Norma Brasileira, NBR 14762 (2001).<br />
Muitos dos trabalhos mencionados anteriormente são resultados das pesquisas<br />
<strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>ntro do projeto <strong>de</strong> Cooperação Internacional entre a <strong>COPPE</strong>/<strong>UFRJ</strong> e o<br />
Instituto Superior Técnico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, apoiado pela CAPES e o<br />
GRICES/Portugal. Dentro <strong>de</strong>ste projeto <strong>de</strong> Cooperação Internacional, também se<br />
10
encontram os trabalhos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvidos por VAZQUEZ (1998, 2002) e por<br />
NAGAHAMA (2003).<br />
Em NAGAHAMA (2003), além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o programa computacional<br />
INSLOD baseado no MFF, aborda em seus trabalhos alguns problemas <strong>de</strong> flambagem<br />
em perfis com pare<strong>de</strong>s finas via método dos elementos finitos (programa ABAQUS):<br />
flambagem distorcional; interação entre flambagem local e global; influência das<br />
condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> da barra na estabilida<strong>de</strong> e na reserva pós-flambagem na<br />
flambagem distorcional para seções do tipo rack sob compressão centrada; influência<br />
das imperfeições geométricas iniciais no comportamento não linear pós-flambagem.<br />
PÉREZ (2003) apresenta os resultados <strong>de</strong> estudos experimentais e teóricos sobre<br />
a flambagem distorcional em perfis <strong>de</strong> chapa dobrada a frio <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas e seção<br />
aberta tipo rack, sob compressão excêntrica. A pesquisa experimental comprovou o<br />
modo <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> distorcional como modo crítico, confirmando as previsões<br />
teóricas e numéricas, e <strong>de</strong>monstrou a existência <strong>de</strong> resistência pós-flambagem e a<br />
influência das imperfeições no comportamento das vigas-coluna. À medida que a<br />
excentricida<strong>de</strong> da força aumenta, distanciando-se do centro <strong>de</strong> cisalhamento, acentua-se<br />
a tendência <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> elástica na região dos enrijecedores adicionais da seção rack<br />
com bordas livres, reduzindo assim a contribuição da plasticida<strong>de</strong> na formação do<br />
mecanismo <strong>de</strong> colapso, levando ao fechamento brusco da seção transversal e<br />
configurando colapso do tipo catastrófico.<br />
A norma americana AISI (1996) recebeu os anexos A e B (janeiro <strong>de</strong> 2004),<br />
tratando do Método da Resistência Direta, (SHAFER e PEKÖZ, 1998, SCHAFER,<br />
2002b). O MRD possui formulações específicas para o cálculo da resistência última, na<br />
interação entre flambagem local e global e na flambagem distorcional, respectivamente,<br />
para vigas e colunas. Esses anexos não substituem os procedimentos tradicionais da<br />
norma, mas agregam um novo método opcional para o cálculo da resistência <strong>de</strong> perfis<br />
<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas. O MRD foi calibrado com dados experimentais executados em vigas e<br />
colunas nas últimas quatro décadas.<br />
Em 2004, BATISTA et al. (2004), aplicaram a curva <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> colunas<br />
da NBR 14762 (2001) para vigas-colunas formadas por perfis rack, submetidos à<br />
compressão com pequena excentricida<strong>de</strong> e sob o modo distorcional <strong>de</strong> flambagem.<br />
Nesse caso, aplicaram os resultados da análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> em estado real <strong>de</strong><br />
carregamento (compressão excêntrica). As previsões <strong>de</strong> resistência teórica das vigas-<br />
11
colunas apresentaram boa precisão quando comparadas com os resultados<br />
experimentais.<br />
1.3 Objetivo do Trabalho<br />
O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é calcular a resistência teórica <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong><br />
seção U simples, <strong>de</strong> seção U enrijecida e <strong>de</strong> seção rack, com base na formulação do<br />
Método da Resistência Direta. Como o MRD (SCHAFER e PEKÖZ, 1998, SCHAFER,<br />
2002b) foi formulado e calibrado, até o momento, somente para colunas e vigas,<br />
verificar-se-á a viabilida<strong>de</strong> do emprego <strong>de</strong>sta formulação para a previsão <strong>de</strong> resistência<br />
em vigas-colunas através da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexo-compressão ou <strong>de</strong> forma<br />
direta e sem a utilização da expressão <strong>de</strong> interação porém, utilizando-se diretamente a<br />
curva <strong>de</strong> resistência do MRD para o caso quando o modo crítico <strong>de</strong> flambagem é o<br />
distorcional.<br />
1.4 Organização do Trabalho<br />
No capítulo 2 serão apresentados os fenômenos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> a que os perfis<br />
<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas estão sujeitos, ou seja, forças críticas e modos <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong><br />
placa e distorcional, bem como a solução geral para a análise <strong>de</strong> flambagem global.<br />
No capítulo 3 serão tratados, <strong>de</strong> forma sucinta, os mo<strong>de</strong>los para análise<br />
computacional <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1ª or<strong>de</strong>m, como o MEF e o MFF para resolver o<br />
problema <strong>de</strong> autovalor e obter os modos e forças críticas <strong>de</strong> flambagem através <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>los numéricos.<br />
No capítulo 4 será apresentado o método da resistência direta: fundamentos,<br />
proposição original, formulação e aplicação tal como proposto por SCHAFER e<br />
PEKÖZ (1998) e SCHAFER (2002b).<br />
No capítulo 5 será apresentado o resumo do trabalho <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvido,<br />
que consiste na previsão da resistência <strong>de</strong> vigas-colunas carregadas somente por força<br />
<strong>de</strong> compressão excêntrica. Para tanto, serão i<strong>de</strong>ntificados os perfis estudados, realizadas<br />
as análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> segundo os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento necessários para o<br />
12
cálculo das parcelas resistentes com base no MRD (AISI, 2004) e segundo a NBR<br />
14762 (2001).<br />
Serão <strong>de</strong>talhadas as hipóteses para o cálculo das previsões <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong><br />
perfis sob compressão excêntrica com a utilização da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexocompressão,<br />
bem como <strong>de</strong> metodologia alternativa sem a utilização da expressão <strong>de</strong><br />
interação mas, diretamente através da curva <strong>de</strong> resistência calibrada para colunas<br />
sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional proposta pelo MRD, porém, testada, neste<br />
trabalho, para vigas-colunas sujeitas a esse modo crítico <strong>de</strong> flambagem.<br />
Para as hipóteses que utilizam a expressão <strong>de</strong> interação para levar em conta os<br />
efeitos <strong>de</strong> compressão e <strong>de</strong> flexão, serão montados três arranjos em torno da expressão<br />
<strong>de</strong> interação da flexo-compressão, variando-se para cada um <strong>de</strong>les as <strong>de</strong>finições das<br />
parcelas <strong>de</strong> resistência (N c,R ; M x,R ; M y,R ) que representam, respectivamente, as<br />
resistências na compressão e nas flexões. Em um <strong>de</strong>sses arranjos, as análises <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> levarão em conta o estado real <strong>de</strong> carregamento, em outro serão<br />
consi<strong>de</strong>radas as análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> separadamente, como coluna e como viga e,<br />
paralelamente, será montado um arranjo com as parcelas resistentes calculadas segundo<br />
as prescrições da NBR 14762 (2001).<br />
Com relação à hipótese da metodologia alternativa que utiliza a curva <strong>de</strong><br />
resistência calibrada para colunas sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional do MRD,<br />
as análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> das vigas-colunas serão realizadas através do programa <strong>de</strong><br />
elementos finitos SAP2000 em estado real <strong>de</strong> carregamento e consi<strong>de</strong>rando as reais<br />
condições <strong>de</strong> vinculação.<br />
Finalmente, serão feitas as comparações dos resultados teóricos com os<br />
experimentais e serão avaliadas as vantagens do emprego <strong>de</strong> um ou outro procedimento.<br />
No capítulo 6 serão apresentadas as conclusões finais da pesquisa, indicando-se<br />
os arranjos mais a<strong>de</strong>quados para o cálculo da resistência última <strong>de</strong> vigas-colunas<br />
formadas por perfis <strong>de</strong> aço formados a frio.<br />
13
CAPÍTULO 2<br />
ANÁLISE DE ESTABILIDADE<br />
2.1 Introdução<br />
A análise linear <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> tem como objetivo investigar os modos e as<br />
forças <strong>de</strong> flambagem <strong>de</strong> elementos estruturais suscetíveis a este fenômeno.<br />
O projeto estrutural <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aço formadas a frio é altamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, especialmente para o caso <strong>de</strong> barras classificadas como <strong>de</strong><br />
pare<strong>de</strong>s finas, cujo comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser obtido com precisão para se<br />
obter resultados seguros nos procedimentos <strong>de</strong> dimensionamento. Vários são os modos<br />
<strong>de</strong> flambagem que po<strong>de</strong>m afetar essas barras: modo local <strong>de</strong> placa, modo distorcional e<br />
os modos globais. Estes últimos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> flexão, <strong>de</strong> torção ou <strong>de</strong> flexo-torção, para<br />
o caso <strong>de</strong> colunas e vigas-colunas, e lateral com torção para vigas. Deve-se, ainda,<br />
consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> da interação entre modos <strong>de</strong> flambagem, tal como a interação<br />
entre os modos local e global, por exemplo.<br />
Os métodos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser divididos em métodos<br />
analíticos e numéricos, todos esses <strong>de</strong>stinados à solução <strong>de</strong> problemas da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
primeira or<strong>de</strong>m, ou seja, obter a força crítica e seu modo correspon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> flambagem.<br />
As formulações analíticas diretas, previamente obtidas da teoria <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> elástica,<br />
são satisfatórias para análise da flambagem global <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> um tramo; já os métodos<br />
numéricos computacionais apresentam a vantagem <strong>de</strong> permitir a análise geral <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturas discretizadas. Ambos os casos envolvem a solução <strong>de</strong> um<br />
problema fundamental <strong>de</strong> autovalores relacionado ao comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
com bifurcação do caminho <strong>de</strong> equilíbrio.<br />
14
2.2 Flambagem Global <strong>de</strong> Barras<br />
A flambagem global se <strong>de</strong>senvolve em meio-comprimento <strong>de</strong> onda longo e<br />
caracteriza-se pela translação e/ou rotação da seção completa, como mostrado em (e) e<br />
(f) da Figura 1.2, sem distorção da seção transversal<br />
Nesta seção apresentam-se as expressões analíticas para o cálculo da força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem global<br />
Ainda que a força crítica <strong>de</strong> flambagem global possa ser obtida da solução da<br />
expressão analítica clássica, nem sempre o modo <strong>de</strong> flambagem global dominante é<br />
fácil <strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificado para vigas-colunas.<br />
2.2.1 Flambagem por Flexão <strong>de</strong> Barras Comprimidas<br />
O caso mais conhecido <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> barras refere-se à flambagem clássica<br />
por flexão <strong>de</strong> colunas, mais conhecida como flambagem <strong>de</strong> Euler. TIMOSHENKO e<br />
GERE (1936) apresentam a <strong>de</strong>scrição clássica do fenômeno, indicando o valor da força<br />
crítica e o modo <strong>de</strong> flambagem associado.<br />
Ponto <strong>de</strong><br />
bifurcação<br />
δ(z)<br />
z<br />
δ o<br />
Imperfeições<br />
geométricas crescentes<br />
Figura 2.1: Flambagem por bifurcação da coluna clássica <strong>de</strong> Euler. Flambagem por<br />
flexão <strong>de</strong> coluna bi-rotulada, BATISTA et al. (2001).<br />
15
O fenômeno da instabilida<strong>de</strong> por bifurcação da coluna é facilmente i<strong>de</strong>ntificável<br />
na Figura 2.1. A bifurcação do estado <strong>de</strong> equilíbrio só ocorrerá para o caso da coluna<br />
perfeita, ou seja, sem imperfeições geométricas iniciais, com seu eixo perfeitamente<br />
alinhado com a força axial <strong>de</strong> compressão. Esse po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como um caso<br />
fictício, impossível <strong>de</strong> ocorrer, mesmo quando cuidadosamente controlados em ensaios<br />
<strong>de</strong> laboratório. No entanto, a instabilida<strong>de</strong> por bifurcação representa a configuração<br />
básica do comportamento da coluna, sendo o comportamento das colunas imperfeitas<br />
<strong>de</strong>rivado do fenômeno da bifurcação. Desse modo, permanece <strong>de</strong> fundamental<br />
importância a i<strong>de</strong>ntificação da força crítica e do modo <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> por bifurcação.<br />
Para uma coluna bi-rotulada com carregamento centrado no eixo longitudinal,<br />
tem-se a seguinte força crítica, N cre , e modo <strong>de</strong> flambagem por flexão, δ,<br />
respectivamente:<br />
N cre = π 2 EI/L 2 (2.1)<br />
δ(z) = δ o sen(πz/L) (2.2)<br />
On<strong>de</strong> δ o é a amplitu<strong>de</strong> máxima da <strong>de</strong>formada, EI é a rigi<strong>de</strong>z à flexão e L é o<br />
comprimento da barra.<br />
A equação (2.1) po<strong>de</strong> ser escrita <strong>de</strong> modo alternativo, baseado no conceito <strong>de</strong><br />
comprimento <strong>de</strong> flambagem, KL, que é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das vinculações externas da coluna:<br />
N cre = π 2 EI/(KL) 2 (2.3)<br />
On<strong>de</strong> K é o coeficiente que traduz a influência das condições <strong>de</strong> vinculações externas.<br />
2.2.2 Flambagem por Flexo-Torção <strong>de</strong> Barras Comprimidas<br />
No estudo da estabilida<strong>de</strong> global <strong>de</strong> colunas e vigas-colunas formadas por perfis<br />
<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s esbeltas e seção aberta, <strong>de</strong>vem-se consi<strong>de</strong>rar três modos fundamentais <strong>de</strong><br />
flambagem: flexão em torno dos dois eixos principais <strong>de</strong> inércia da seção e a torção;<br />
nesta última são consi<strong>de</strong>radas a torção <strong>de</strong> Saint Venant e a torção não uniforme com<br />
empenamento. Para seções monossimétricas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da gran<strong>de</strong>za da<br />
16
elação entre os momentos principais <strong>de</strong> inércia, o modo <strong>de</strong> flambagem por flexo-torção<br />
resulta da interação <strong>de</strong> dois modos <strong>de</strong> flambagem, ou seja, do acoplamento entre o modo<br />
<strong>de</strong> flexão segundo o eixo <strong>de</strong> simetria e o modo <strong>de</strong> torção, Figura 1.2(e). O<br />
<strong>de</strong>sacoplamento dos modos <strong>de</strong> flambagem globais ocorre quando o carregamento está<br />
aplicado no centro <strong>de</strong> cisalhamento.<br />
O estudo da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma viga-coluna solicitada por carregamento axial<br />
com excentricida<strong>de</strong> qualquer, Figura 2.2, <strong>de</strong>ve ser feito a partir da solução do sistema <strong>de</strong><br />
equações diferenciais <strong>de</strong> equilíbrio, que <strong>de</strong>screve o problema. Esta solução é obtida<br />
através da resolução <strong>de</strong> um problema <strong>de</strong> autovalores, típica para qualquer problema <strong>de</strong><br />
instabilida<strong>de</strong> por bifurcação. O sistema <strong>de</strong> equações está apresentado a seguir<br />
(PIGNATARO, M. et al., 1991):<br />
N<br />
Y,<br />
ex<br />
Y,<br />
N<br />
ey<br />
CC<br />
xo<br />
X,<br />
xo<br />
ex<br />
ey<br />
yo<br />
CG<br />
CC<br />
CG X,<br />
ø<br />
ø<br />
Z,<br />
Z,<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 2.2: Coluna com carregamento axial excêntrico: (a) seção assimétrica, (b) seção<br />
com um eixo <strong>de</strong> simetria, X.<br />
4 2 2<br />
du du dφ<br />
EIy + N −N(y 4 2 0<br />
− e<br />
y) = 0<br />
(2.4.a)<br />
2<br />
dz dz dz<br />
4 2 2<br />
dv dv dφ<br />
EIx + N −N(x 4 2 0<br />
− e<br />
x) = 0<br />
(2.4.b)<br />
2<br />
dz dz dz<br />
17
4 2<br />
d φ<br />
I0<br />
d φ<br />
EC<br />
w<br />
−(GI 4 t<br />
−N⋅exβy −N⋅eyβx<br />
−N ) +<br />
2<br />
dz<br />
A dz<br />
2 2<br />
dv<br />
du<br />
+ N(x0 −e x) −N(y 2 0<br />
− e<br />
y) = 0<br />
2<br />
dz<br />
dz<br />
(2.4.c)<br />
As gran<strong>de</strong>zas β x e β y , estão associadas à torção da coluna, e são <strong>de</strong>terminadas a partir<br />
das expressões seguintes:<br />
1 ( y<br />
3 dA x<br />
2 ydA) 2y<br />
∫ ∫ 0 (2.5.a)<br />
β<br />
x<br />
= + −<br />
I<br />
x A A<br />
1 ( x<br />
3 dA y<br />
2 xdA) 2x<br />
∫ ∫ 0 (2.5.b)<br />
β<br />
y<br />
= + −<br />
I<br />
y A A<br />
No sistema <strong>de</strong> equações diferenciais (eq. 2.4), as duas primeiras estão associadas<br />
à flexão em relação aos eixos Y e X, respectivamente, e a terceira equação está<br />
associada à torção em relação ao eixo Z.<br />
VLASOV (1961) e TIMOSHENKO e GERE (1936) apresentaram soluções para<br />
o sistema <strong>de</strong> equações (2.4), que se tornaram clássicas no estudo da estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vigas-colunas. No entanto, este sistema <strong>de</strong> equações não possui soluções explícitas para<br />
todos os casos <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s. Assim, para o caso <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s com<br />
rotações <strong>de</strong> flexão permitidas nos planos XZ e YZ, rotação <strong>de</strong> torção impedida e<br />
empenamento permitido, Figura 2.2, encontra-se uma solução imediata e explícita. Se,<br />
por outro lado, as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> indicadas anteriormente forem mantidas,<br />
mas com empenamento impedido, obtêm-se uma solução analítica com duas variáveis<br />
acopladas, impossibilitando uma solução analítica direta.<br />
O sistema <strong>de</strong> equações (2.4) po<strong>de</strong> ser resolvido, para empenamento permitido,<br />
adotando-se expressões trigonométricas (senoidal) para os <strong>de</strong>slocamentos, u, v e ø, <strong>de</strong><br />
maneira a satisfazer as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> (2.6):<br />
u = v = ø = 0, para z= 0 e z = L (2.6.a)<br />
d 2 u/dz 2 = d 2 v/dz 2 = d 2 ø/dz 2 = 0, para z = 0 e z = L (2.6.b)<br />
Adotando-se então funções senoidais para representar as <strong>de</strong>formadas da viga-coluna:<br />
u=A 1 .sen(πz/L)<br />
(2.7.a)<br />
18
v=A 2 .sen(πz/L)<br />
ø=A 3 .sen(πz/L)<br />
(2.7.b)<br />
(2.7.c)<br />
No caso geral, a solução do problema da instabilida<strong>de</strong> global por bifurcação <strong>de</strong><br />
barras comprimidas, com seção sem nenhuma simetria e carregamento duplamente<br />
excêntrico, Figura 2.2(a), e idêntico nas duas extremida<strong>de</strong>s (ação e reação), resulta na<br />
equação do terceiro grau, em N, seguinte:<br />
⎡Io<br />
⎤<br />
(Nex −N)(Ney −N) ⎢ (Net −N) −N(exβ y<br />
+ e<br />
yβx<br />
) −<br />
⎣A<br />
⎥<br />
⎦ (2.8)<br />
−(N −N)(y −e ) N −−(N −N)(x − e ) N = 0<br />
2 2 2 2<br />
ex o y ey o x<br />
No caso particular, utilizado nesta pesquisa, em que a seção tem um eixo <strong>de</strong><br />
simetria, o eixo X, Figura 2.2(b), tem-se, então, que: y o é nulo, bem como a expressão<br />
<strong>de</strong> β x se anula, e a equação anterior se transforma em:<br />
⎡ Io<br />
⎤<br />
(Nex −N)(Ney −N) ⎢ (Net −N) −N⋅exβy<br />
−<br />
A<br />
⎥<br />
⎣<br />
⎦<br />
−(N −N)e N −(N −N)(x − e ) N = 0<br />
2 2 2 2<br />
ex y ey o x<br />
(2.9)<br />
Desenvolvendo a equação (2.9), para seções com um eixo <strong>de</strong> simetria, obtêm-se:<br />
3 2 2 2<br />
N . ⎡<br />
⎣<br />
−ro − e<br />
x. β<br />
y<br />
+ e<br />
y<br />
+ (xo − e<br />
x)<br />
⎤<br />
⎦<br />
+<br />
2 2 2 2<br />
+ N . ⎡<br />
⎣<br />
+ r<br />
o<br />
.(Nex + Ney + N<br />
et) + e<br />
x. β<br />
y.(N ex<br />
+ N<br />
ey) − N<br />
ex.ey − N<br />
ey.(xo − e<br />
x)<br />
⎤<br />
⎦<br />
+<br />
2<br />
+ N. ⎡<br />
⎣<br />
− r<br />
o<br />
.(N<br />
ex.N ey<br />
+ N<br />
ex.N et<br />
+ N<br />
ey.N et) − N<br />
ex.N ey.e x.<br />
β ⎤<br />
y⎦<br />
+<br />
2<br />
+ ⎡<br />
⎣<br />
r.N<br />
o ex.N ey.N ⎤<br />
et⎦<br />
= 0<br />
Isolando os coeficientes, têm-se:<br />
a<br />
= ⎡<br />
⎣−ro − e<br />
x. β<br />
y<br />
+ e<br />
y<br />
+ (xo − e<br />
x)<br />
2 2 2<br />
b = ⎡⎣+ r .(N + N + N ) + e . β .(N + N ) − N .e − N .(x − e )<br />
o ex ey et x y ex ey ex y ey o x<br />
2<br />
c = ⎡⎣− r .(N .N + N .N + N .N ) − N .N .e . β<br />
⎤<br />
⎦<br />
2 2 2<br />
o ex ey ex et ey et ex ey x y<br />
2<br />
d = ⎡ ⎣ r .N .N .N ⎤<br />
o ex ey et ⎦<br />
19<br />
⎤⎦<br />
⎤⎦
e a equação do 3º grau po<strong>de</strong> ser reescrita como:<br />
a. N 3 + b.N 2 + c.N + d = 0 (2.10)<br />
As expressões N ex e N ey representam as forças críticas <strong>de</strong> flambagem globais por<br />
flexão <strong>de</strong> colunas bi-rotuladas sob compressão centrada (forças <strong>de</strong> Euler) em relação aos<br />
eixos principais <strong>de</strong> inércia X e Y e, N et é a expressão da força crítica <strong>de</strong> flambagem<br />
global por torção pura, calculada na hipótese do centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> (CG) e do centro<br />
<strong>de</strong> cisalhamento (CC) da seção serem coinci<strong>de</strong>ntes (dupla simetria ou ponto <strong>de</strong> simetria)<br />
e o empenamento permitido nos apoios (PIGNATARO, M. et al., 1991), então:<br />
N<br />
N<br />
N<br />
2<br />
π ⋅E⋅Ix<br />
ex<br />
= (2.11.a)<br />
2<br />
L<br />
2<br />
π ⋅E⋅Iy<br />
= (2.11.b)<br />
L<br />
ey 2<br />
⎡<br />
2<br />
1 π ⋅E⋅Cw<br />
et<br />
=<br />
2 ⎢ +<br />
2<br />
ro<br />
L<br />
⎣<br />
⎤<br />
G⋅It<br />
⎥ (2.11.c)<br />
⎦<br />
Como foi citado anteriormente, a solução do sistema <strong>de</strong> equações diferencias<br />
(eq. 2.4) só é explicita para as condições <strong>de</strong> contorno (2.6). No entanto, a utilização <strong>de</strong><br />
resultados obtidos via método dos elementos finitos, mostrou que a equação (2.9),<br />
obtida para o empenamento permitido permanece válida quando o empenamento está<br />
impedido nos extremos, como ocorre geralmente nos sistemas estruturais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a<br />
expressão <strong>de</strong> N et leve em conta tal vinculação (BATISTA, 1988).<br />
Tal como ocorre com relação ao empenamento impedido para a equação (2.9),<br />
também são válidas as soluções para quaisquer condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> para as<br />
equações (2.8) e (2.9), bastando introduzir nos comprimentos a influência das restrições<br />
<strong>de</strong> rotações, N ex e N ey , e <strong>de</strong> empenamento, N et (REIS e CAMOTIM, 2000), ou seja:<br />
N<br />
ex<br />
2<br />
π EI<br />
= (2.12.a)<br />
(K L<br />
x<br />
x<br />
2<br />
x )<br />
20
N<br />
ey<br />
2<br />
π EI<br />
= (2.12.b)<br />
(K L<br />
y<br />
y<br />
2<br />
y )<br />
⎡<br />
2<br />
1 π EC ⎤<br />
w<br />
N et = ⎢ + GI<br />
2 t ⎥<br />
(2.12.c)<br />
2<br />
ro<br />
⎣(K<br />
tL<br />
t )<br />
⎦<br />
Resolvendo a equação (2.10) em N, obtêm-se as 3 raízes correspon<strong>de</strong>ntes às<br />
forças críticas <strong>de</strong> flambagem globais elásticas e os modos <strong>de</strong> flambagem associados da<br />
viga-coluna, autovalores e autovetores, respectivamente. A menor das raízes indica a<br />
força crítica e o modo <strong>de</strong> flambagem global da viga-coluna. Esta força crítica e o modo<br />
<strong>de</strong> flambagem associado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m: das proprieda<strong>de</strong>s geométricas da seção, das<br />
excentricida<strong>de</strong>s do carregamento, do comprimento da barra e das condições <strong>de</strong><br />
extremida<strong>de</strong> da viga-coluna. Assim, para vigas-colunas <strong>de</strong> seção monossimétricas sob<br />
compressão excêntrica, Figura 2.2(b), o modo <strong>de</strong> flambagem global po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>duzido<br />
da seguinte forma:<br />
Para e y ≠ 0 – Modo <strong>de</strong> flambagem global acoplado: Flexo-Torção.<br />
Para e x ≠ x o e e y = 0 (inclusive para colunas com e x = 0 e e y = 0)<br />
(i) in<strong>de</strong>pendência do modo <strong>de</strong> flambagem segundo a força <strong>de</strong> flambagem por flexão<br />
mínima (N ex , N ey ):<br />
Se N ey = mínimo(N ex ;N ey , N ext ) Flexão em relação ao eixo Y, (vigas-colunas longas),<br />
Se N ex = mínimo(N ex ;N ey , N ext ) Flexão em relação ao eixo X, (vigas-colunas longas).<br />
(ii) acoplamento entre o modo <strong>de</strong> flambagem por flexão segundo o eixo <strong>de</strong> simetria<br />
com o modo <strong>de</strong> torção:<br />
Se N ext = mínimo(N ex ;N ey , N ext ) Flexo-torção, (vigas-colunas curtas).<br />
Para e x = x o e e y = 0 - Modos <strong>de</strong> flambagem globais <strong>de</strong>sacoplados (caso particular):<br />
Se N ø = mínimo (N ø ; N ey ; N ex ) Torção pura;<br />
Se N ey = mínimo (N ø ; N ey ; N ex ) Flexão em torno <strong>de</strong> Y;<br />
Se N ex = mínimo (N ø ; N ey ; N ex ) Flexão em torno <strong>de</strong> X.<br />
N<br />
φ<br />
=<br />
r<br />
⋅ N<br />
2<br />
o et<br />
(2.13)<br />
2<br />
ro<br />
+ xo<br />
⋅β y<br />
21
0,5<br />
⎧<br />
2<br />
4 N<br />
ex et<br />
ex<br />
Net 1 (x<br />
o<br />
/r<br />
o<br />
)<br />
⎫<br />
N ⋅ N ⎪<br />
⎡ ⋅ ⋅ ⋅⎡<br />
− ⎤⎤<br />
⎪<br />
Next = 1 1<br />
⎣ ⎦<br />
2<br />
⎨ −⎢<br />
−<br />
⎥<br />
2 ⎬<br />
(2.14)<br />
21 ⎣<br />
⎡ − (x (N<br />
o<br />
/r)<br />
o ⎦<br />
⎤⎪<br />
⎢ ex<br />
+ N<br />
et<br />
)<br />
⎣ ⎦<br />
⎥ ⎪<br />
⎩<br />
⎭<br />
On<strong>de</strong>:<br />
N ø – Força crítica <strong>de</strong> flambagem global por torção pura, quando o carregamento está<br />
aplicado no centro <strong>de</strong> cisalhamento <strong>de</strong> seções monossimétricas (Caso particular). Pois,<br />
N et nunca será crítico na compressão centrada em seções monossimétricas, porém seu<br />
valor participa do cálculo <strong>de</strong> N ext em qualquer perfil e configuração <strong>de</strong> carregamento.<br />
N ext - Força crítica <strong>de</strong> flambagem global por flexo-torção.<br />
2.2.3 Flambagem Lateral <strong>de</strong> Vigas<br />
Do mesmo modo que a flambagem por flexo-torção <strong>de</strong> barras comprimidas, a<br />
flambagem lateral com torção <strong>de</strong> barras fletidas é um fenômeno <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> por<br />
bifurcação, sendo <strong>de</strong> fundamental importância o cálculo rigoroso da força crítica<br />
correspon<strong>de</strong>nte, pois condiciona a verificação em estado limite último.<br />
A flambagem lateral com torção em vigas representa um fenômeno <strong>de</strong> interação<br />
entre dois modos <strong>de</strong> flambagem: o modo <strong>de</strong> flambagem por flexão na direção ortogonal<br />
ao plano <strong>de</strong> flexão e o modo <strong>de</strong> flambagem por torção da barra. Conseqüentemente, a<br />
resistência a esse modo combinado <strong>de</strong> flambagem está diretamente associada às<br />
gran<strong>de</strong>zas que participam <strong>de</strong>sses modos, ou seja: (i) a rigi<strong>de</strong>z a flexão em relação ao<br />
eixo <strong>de</strong> inércia paralelo a reta formada pela intersecção do plano <strong>de</strong> flexão da viga com<br />
o plano da seção transversal e (ii) a rigi<strong>de</strong>z à torção da seção transversal. A parcela <strong>de</strong><br />
torção <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não apenas do termo correspon<strong>de</strong>nte à chamada torção <strong>de</strong> Saint Venant,<br />
GI t , mas igualmente da rigi<strong>de</strong>z ao empenamento da seção, EC w .<br />
Para ilustrar esse fenômeno, apresenta-se a viga da Figura 2.3, sujeita à<br />
flambagem lateral. Ao contrário das vigas em concreto armado, que possuem uma<br />
rigi<strong>de</strong>z consi<strong>de</strong>rável à torção, as vigas formadas por perfis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas e<br />
seção aberta precisam ser verificadas à flambagem lateral, quando não são providas <strong>de</strong><br />
elementos <strong>de</strong> contenção lateral.<br />
Mesmo não sendo o objetivo direto o estudo <strong>de</strong> vigas submetidas à flexão pura, é<br />
necessário tratar do assunto da flambagem lateral com torção <strong>de</strong> vigas, visto que, no<br />
capítulo 5, tratar-se-á do cálculo da resistência teórica <strong>de</strong> vigas-colunas formadas por<br />
22
perfis <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> chapa dobrada a frio com pare<strong>de</strong>s finas e seção aberta submetidos a<br />
carregamento axial com excentricida<strong>de</strong>. A viga-coluna será analisada quanto à<br />
estabilida<strong>de</strong>, como viga-coluna, mas também, separadamente, como coluna e como<br />
viga, mantendo-se as vinculações reais.<br />
Mx<br />
Y<br />
Y'<br />
X<br />
Ø<br />
Z'<br />
X'<br />
Mx<br />
Z<br />
v<br />
Y'<br />
+<br />
u<br />
CC<br />
+ CC<br />
Ø<br />
Y<br />
Mx<br />
X<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 2.3: Perfil U simples sob flambagem lateral com torção <strong>de</strong>vido, ao momento<br />
fletor uniforme agindo em relação ao eixo <strong>de</strong> maior inércia: (a) vista em 3D; (b) vista<br />
em corte.<br />
As expressões do momento fletor crítico para seções monossimétricas, sendo X<br />
o eixo <strong>de</strong> simetria orientado tal que o centro <strong>de</strong> cisalhamento tenha abscissa negativa,<br />
são as seguintes (PIGNATARO et.al., 1991, AISI, 1996):<br />
Para I x > I y<br />
M x , cre = r o. (N ey .N et ) 0,5 e (2.15.a)<br />
M y , cre não existe.<br />
Para I x < I y<br />
M x , cre não existe e<br />
M y , cre = C S . N ex .β y /2 + [(N ex .β y /2) 2 + r o 2 .N ex .N et ] 0,5<br />
(2.15.b)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
C S = +1 para momento causando compressão no centro <strong>de</strong> cisalhamento.<br />
C S = -1 para momento causando tração no centro <strong>de</strong> cisalhamento.<br />
23
2.3 Flambagem Local<br />
O conhecimento do comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> da placa isolada é<br />
importante, pois serve como base para o estudo <strong>de</strong> barras que são formadas por uma<br />
série <strong>de</strong> placas associadas entre si, cada uma servindo como vinculação às placas<br />
vizinhas, através das arestas <strong>de</strong> dobramento. Tal como para as barras, a flambagem <strong>de</strong><br />
placa <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada para placas perfeitas e imperfeitas; as primeiras se prestam<br />
como referência para a análise das placas imperfeitas.<br />
Uma placa quadrada e esbelta, apoiada nas quatro bordas, flamba ao ser<br />
comprimida, formando uma semi-onda. Porém, não colapsa, necessariamente, ao<br />
flambar por ter capacida<strong>de</strong> resistente pós-crítica consi<strong>de</strong>rável; ao contrário das barras, as<br />
quais apresentam capacida<strong>de</strong> resistente pós-crítica <strong>de</strong>sprezível nos modos <strong>de</strong> flambagem<br />
globais. O comportamento pós-crítico da placa é justificado pela presença <strong>de</strong> tensões <strong>de</strong><br />
tração <strong>de</strong> membrana, que se opõem à flexão fora do plano da placa, agindo como<br />
estabilizadores e aumentando gradualmente a rigi<strong>de</strong>z da placa, conforme mostrado na<br />
Figura 2.4, extraída <strong>de</strong> BATISTA et al. (2001).<br />
N<br />
Placa <strong>de</strong> material<br />
elástico i<strong>de</strong>al, sem<br />
excentricida<strong>de</strong> inicial.<br />
Instável<br />
Estável<br />
Zona <strong>de</strong><br />
Comportamento<br />
Pós-crítico.<br />
N<br />
N Cr<br />
Comportamento Pré-Crítico <br />
Placa <strong>de</strong><br />
material elástico, com<br />
excentricida<strong>de</strong> inicial.<br />
a<br />
w<br />
N<br />
b<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 2.4 - Placa <strong>de</strong> material elástico: (a) comportamento Força x Flecha; (b)<br />
<strong>de</strong>slocamento, w, fora do plano da placa.<br />
24
Como nas placas quadradas, as placas alongadas esbeltas e apoiadas nas quatro<br />
bordas, Figura 2.5, são levadas à flambagem ao serem carregadas à compressão,<br />
formando ao longo do comprimento ‘a’ ‘n’ semi-ondas <strong>de</strong> comprimento<br />
aproximadamente igual à largura ‘b’, e mantendo, aproximadamente, a mesma tensão<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem local para quaisquer comprimentos <strong>de</strong> ‘a’, para a>4b<br />
(TIMOSHENKO e GERE, 1936).<br />
a<br />
N<br />
N<br />
b<br />
Figura 2.5: Flambagem local <strong>de</strong> placa. Placa retangular, a = 6b, apoiada nas quatro<br />
bordas sob compressão uniforme. Análise realizada pelo autor a partir do programa<br />
SAP2000.<br />
O comportamento das pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um perfil, com relação à flambagem local, é<br />
análogo ao comportamento <strong>de</strong> placa isolada em que os apoios são as junções das<br />
pare<strong>de</strong>s do perfil. A mesma analogia po<strong>de</strong> ser feita entre placa isolada com pare<strong>de</strong><br />
análoga <strong>de</strong> perfis com outras condições <strong>de</strong> borda e gradiente <strong>de</strong> carregamento<br />
O modo <strong>de</strong> flambagem local, em perfis <strong>de</strong> chapa dobrada, caracteriza-se pela<br />
mudança da geometria da seção transversal porém, se limitando à rotações das placas<br />
em torno dos cantos dobrados, os quais se mantêm retos e sem translações, ao contrário<br />
da flambagem distorcional.<br />
A partir <strong>de</strong>sse ponto, trata-se a flambagem local <strong>de</strong> placas pela sua força crítica<br />
N crl ou pela sua “tensão crítica”. Essa última é assim <strong>de</strong>nominada pelo fato <strong>de</strong><br />
representar a força crítica parametrizada em relação à área <strong>de</strong> seção transversal, A<br />
(σ crl = N crl /A), não tendo, portanto, o conceito <strong>de</strong> “tensão” stritu sensu.<br />
Conforme foi mostrado na Figura 2.4, existe um comportamento pós-crítico com<br />
relação a flambagem local nas placas “Este tipo <strong>de</strong> comportamento pós-crítico é<br />
representado por um sistema <strong>de</strong> equações diferencias <strong>de</strong> equilíbrio cuja solução<br />
numérica leva a um problema não-linear. Devido à complexida<strong>de</strong> da solução do<br />
problema, foram <strong>de</strong>senvolvidos métodos simplificados e aproximados que permitiram o<br />
25
tratamento das placas em regime pós-crítico. O método que teve maior aceitação e é<br />
amplamente empregado pela maioria das normas <strong>de</strong> projeto, é o Método <strong>de</strong> Larguras<br />
Efetivas. Este método foi inicialmente proposto por VON KARMAN et al. (1932)”<br />
(PÉREZ, 2003).<br />
O Método <strong>de</strong> Larguras Efetivas, ilustrado na Figura 2.6, extraída <strong>de</strong> REIS e<br />
CAMOTIM (2001), “mostra que a distribuição <strong>de</strong> tensões σ x apresenta ao longo da<br />
largura b, um andamento claramente não-linear, caracterizado por valores baixos na<br />
parte central e pela ocorrência <strong>de</strong> tensões máximas, <strong>de</strong> valor σ e , junto dos bordas<br />
longitudinais. Este fato sugeriu a VON KARMAN et.al.(1932) a introdução do conceito<br />
<strong>de</strong> “largura efetiva b e ” (REIS e CAMOTIM, 2001) igual a largura <strong>de</strong> uma placa fictícia<br />
sujeita a uma distribuição uniforme <strong>de</strong> tensões, <strong>de</strong> valor σ e e estaticamente equivalente<br />
à distribuição efetivamente instalada na placa real” REIS e CAMOTIM (2001),<br />
representada pela equação (2.16), também equivalente à área entre b e a curva σ x .<br />
x<br />
y<br />
Figura 2.6 Conceito <strong>de</strong> largura efetiva b e<br />
b / 2<br />
∫<br />
σ<br />
−b / 2<br />
x<br />
dy ≅ σ<br />
m<br />
b ≅ σ<br />
e<br />
b<br />
e<br />
(2.16)<br />
on<strong>de</strong> σ x é a distribuição <strong>de</strong> tensões na largura da placa; σ m representa a tensão média <strong>de</strong><br />
compressão e σ e é a tensão máxima junto às bordas longitudinais.<br />
A análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> métodos numéricos simplificou e<br />
racionalizou <strong>de</strong> forma substancial o cálculo da força crítica <strong>de</strong> flambagem local e<br />
26
distorcional <strong>de</strong> barras formadas por perfis <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas. Desse modo, a análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> é feita para a seção completa, levando em conta a interação entre os<br />
elementos <strong>de</strong> placa que formam a seção transversal. Ao par <strong>de</strong>sse avanço, métodos<br />
alternativos ao Método <strong>de</strong> Largura Efetiva estão sendo <strong>de</strong>senvolvidos para calcular a<br />
resistência <strong>de</strong> perfis, em que levam em conta as características geométricas da seção<br />
completa, tal como o Método da Resistência Direta, <strong>de</strong>senvolvido por SCHAFER e<br />
PEKÖZ (1998).<br />
2.4 Flambagem Distorcional<br />
Além da flambagem local <strong>de</strong> placa e da flambagem global <strong>de</strong> barras, existe o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, MD. O MD ocorre para comprimentos intermediários,<br />
na transição entre o MLP e o MG, para seções sensíveis aquele modo <strong>de</strong> flambagem.<br />
A flambagem distorcional é pouco conhecida, porém com importância crescente<br />
<strong>de</strong>vido à utilização <strong>de</strong> seções cada vez mais esbeltas e à utilização <strong>de</strong> aços <strong>de</strong> alta<br />
resistência. No modo <strong>de</strong> flambagem distorcional ocorre alteração da geometria da seção<br />
transversal pela rotação <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> placa com maior rigi<strong>de</strong>z em<br />
torno <strong>de</strong> outra. Por exemplo: a mesa, associada ao enrijecedor <strong>de</strong> borda <strong>de</strong> um perfil <strong>de</strong><br />
seção U enrijecida, giram quase como um corpo rígido, em torno da aresta mesa/alma,<br />
fazendo com que haja translação da aresta mesa/enrijecedor, acompanhada da flexão<br />
fora do plano da alma do perfil, conforme comportamento apresentado na Figura 2.7.<br />
Nota-se que há uma curvatura na aresta mesa/enrijecedor, ao longo do comprimento da<br />
barra, correspon<strong>de</strong>ndo ao comprimento <strong>de</strong> semi-onda no MD. Os resultados<br />
apresentados na Figura 2.7 foram obtidos pelo autor com auxílio do programa<br />
computacional CUFSM.<br />
Dentre os pesquisadores que mais se <strong>de</strong>dicam à pesquisa <strong>de</strong>ste assunto, citam-se<br />
Lau e Hancock, os quais formularam uma metodologia para o cálculo manual da tensão<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional, LAU e HANCOCK (1987). A norma brasileira NBR<br />
14762 (2001) incluiu esta metodologia no seu Anexo D. SCHAFER (1997) também<br />
apresentou uma metodologia para cálculo manual e, mais recentemente <strong>de</strong>senvolveu um<br />
programa <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, CUFSM, baseado no MFF (SCHAFER, 2001)<br />
consi<strong>de</strong>rando a seção completa do perfil. HANCOCK et al. (1994) apresentaram uma<br />
27
curva <strong>de</strong> resistência para o colapso <strong>de</strong> colunas sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional baseado em pesquisas experimentais realizadas na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sidney.<br />
<br />
<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 2.7- Flambagem distorcional para o perfil U 1 . Deformada obtida com o programa<br />
CUFSM, vista em corte e em 3D: (a) compressão centrada; (b) Flexão simples em<br />
ralação ao eixo X.<br />
1 Perfil <strong>de</strong> seção U enrijecida e esbelta: LC4-LU-1, buscado em LOH e PEKÖZ (1985). Dados originais<br />
no Sistema Inglês <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s: 8,881 x 3,379 x 1,023 x 0,061 in; E = 29500 ksi; f y =62,1 ksi. Ver dados<br />
no Sistema Internacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>, SI, na Figura 5.2(e) e Tabela 5.2(e).<br />
28
CAPÍTULO 3<br />
MODELOS PARA ANÁLISE COMPUTACIONAL DE ESTABILIDADE<br />
O uso do Método da Resistência Direta para a <strong>de</strong>terminação da resistência <strong>de</strong> um<br />
elemento estrutural requer a <strong>de</strong>terminação preliminar precisa do comportamento <strong>de</strong><br />
flambagem elástica, seja através <strong>de</strong> soluções manuais tradicionais ou numéricas. As<br />
soluções manuais são satisfatórias para a análise da flambagem global. No entanto, as<br />
soluções numéricas para análise do comportamento local e distorcional são<br />
importantíssimas, tendo em vista que as barras <strong>de</strong> aço <strong>de</strong> seção aberta e formadas a frio<br />
têm como características seções <strong>de</strong> geometrias variadas e pare<strong>de</strong>s finas, portanto,<br />
sensíveis aos fenômenos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> e cuja análise manual é complexa, trabalhosa e<br />
com resultados, em geral, conservadores.<br />
Na Figura 3.1, extraída <strong>de</strong> BATISTA (1988 e 2004), é mostrada a diferença<br />
obtida na tensão crítica <strong>de</strong> flambagem local, em função do coeficiente <strong>de</strong> flambagem<br />
local <strong>de</strong> placa, k, quando é computada com base na formulação manual, sem consi<strong>de</strong>rar<br />
o efeito da interação entre os elementos <strong>de</strong> placa, ou com base em análise da<br />
estabilida<strong>de</strong> da seção tomada completa. Para o caso sem interação, para uma relação<br />
entre b2/b1 < 0,33 o modo crítico <strong>de</strong> flambagem <strong>de</strong>corre da perda da estabilida<strong>de</strong> da<br />
alma e, quando a relação é maior, <strong>de</strong>correm da perda da estabilida<strong>de</strong> das mesas. No<br />
primeiro caso, sem interação, os resultados são aplicados no método das larguras<br />
efetivas, tradicionalmente adotado nas normas <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> perfis formados a frio com<br />
pare<strong>de</strong>s finas. O segundo caso, com interação, conduz a metodologias mais racionais,<br />
tal como proposto pelo Método das Áreas Efetivas (BATISTA, 1988 e 2004) e pelo<br />
Método da Resistência Direta (SCHAFER e PEKÖZ, 1998, SCHAFER, 2002b). Os<br />
resultados indicados na Figura 3.1 “Com Interação” se originam da análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> pelo MFF, segundo BATISTA (1988 e 2004).<br />
A equação 3.1 apresenta a expressão para cálculo da tensão crítica <strong>de</strong> flambagem<br />
local <strong>de</strong> placa, sendo o coeficiente k indicado na Figura 3.1 para os casos <strong>de</strong> seção U<br />
simples e Z simples.<br />
29
σ<br />
2<br />
2<br />
N<br />
crl<br />
π E ⎛ t ⎞<br />
crl = = k ⎜ ⎟<br />
(3.1)<br />
A<br />
2<br />
( − ν )<br />
12 1<br />
⎝ b ⎠<br />
Coeficiente <strong>de</strong> Flambagem - K<br />
Coeficiente <strong>de</strong> flambagem- k<br />
Buckling coefficient k<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
b2<br />
Interaction Com Interação<br />
b1<br />
Sem No interaction<br />
b1<br />
Interação<br />
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />
b2<br />
b2/b1<br />
Figura 3.1: Coeficiente <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> placa, k, na compressão centrada <strong>de</strong><br />
perfis formados a frio. Seção U e Z simples, sem e com interação entre os elementos <strong>de</strong><br />
placa. On<strong>de</strong>: b1 e b2 correspon<strong>de</strong>m às larguras da alma e da mesa da seção do perfil.<br />
A solução geral do problema <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> elástica <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas<br />
po<strong>de</strong> ser obtida, com a ajuda <strong>de</strong> programas baseados em métodos numéricos, tais como<br />
método dos elementos finitos, MEF, método das faixas finitas, MFF, teoria generalizada<br />
<strong>de</strong> vigas, GBT, resolvendo um problema fundamental <strong>de</strong> autovalores relacionado ao<br />
comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> do tipo bifurcação. Esses métodos permitem a<br />
visualização geral do problema <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>: variação do valor da força crítica e do<br />
modo <strong>de</strong> flambagem dominante, relacionado com a variação do comprimento L da<br />
barra.<br />
O método mais geral é o método dos elementos finitos. Este método requer<br />
elevado número <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> casca para a discretização do perfil, Figura 3.2(a), que,<br />
se por um lado o torna pesado, por outro o torna geral e po<strong>de</strong>roso. Através do MEF,<br />
perfis com características geométricas variáveis ao longo do comprimento, po<strong>de</strong>m ser<br />
analisados sob quaisquer condições <strong>de</strong> vinculação e carregamento, tendo-se, no entanto,<br />
que discretizá-los a<strong>de</strong>quadamente. O programa computacional SAP2000 é<br />
<strong>de</strong>senvolvido a partir do MEF e será utilizado para algumas análises no capitulo 5.<br />
30
(a)<br />
Figura 3.2 – Perfil <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> fina <strong>de</strong> chapa dobrada discretizado: (a) MEF; (b) MFF.<br />
(b)<br />
<strong>Programa</strong>s computacionais <strong>de</strong>senvolvidos a partir do MFF, tais como, INSLOD<br />
(NAGHAMA, 2000) e CUFSM (SCHAFER, 2001), permitem obter a força crítica <strong>de</strong><br />
flambagem e o modo <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> placa (MLP), distorcional (MD) e global<br />
<strong>de</strong> flexão-torção (MGFT) ou <strong>de</strong> flexão (MGFL) <strong>de</strong> seções complexas com um mínimo<br />
<strong>de</strong> esforço computacional e tempo <strong>de</strong> processamento, tendo em vista que a discretização<br />
é feita apenas para a seção transversal, isto é, cada elemento (faixa) discretizado possui<br />
o comprimento do perfil, Figura 3.2(b). Conseqüentemente, a matriz <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z resulta<br />
menor e com poucos graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. No entanto, o MFF, possui limitações, <strong>de</strong>ntre<br />
as mais importantes citam-se: (a) as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s do perfil são<br />
simplesmente apoiadas e com empenamento permitido, (b) a seção transversal é<br />
constante ao longo do comprimento, (c) o carregamento é aplicado apenas nas<br />
extremida<strong>de</strong>s da barra, (d) é aplicável a um único tramo, e (e) o modo <strong>de</strong> flambagem é<br />
pré-<strong>de</strong>finido como uma dada função <strong>de</strong> interpolação.<br />
Na figura 3.3 é apresentado o comportamento geral <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um perfil<br />
U <strong>de</strong> seção enrijecida e esbelta, submetido à compressão centrada e com condições <strong>de</strong><br />
extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empenamento e rotações globais permitidas.<br />
No exemplo da Figura 3.3, para uma força <strong>de</strong> compressão aplicada <strong>de</strong> N = 1,0<br />
kN, resulta um fator <strong>de</strong> carga N cr /N = 33,73 para a flambagem local em L=175 mm, e<br />
um fator <strong>de</strong> carga N cr /N = 100,22 para a flambagem distorcional em L= 1080 mm. A<br />
força crítica <strong>de</strong> flambagem local é obtida pela multiplicação da força N pelo fator <strong>de</strong><br />
carga correspon<strong>de</strong>nte. Por exemplo, o valor mínimo da força crítica no modo local é:<br />
N crl = 1,0 kN x 33,73 = 33,7 kN. Para o modo distorcional a força crítica mínima é: N crd<br />
= 1,0 kN x 100,22 = 100,22 kN.<br />
31
Comprimento L (mm)<br />
Figura 3.3: Evolução dos modos <strong>de</strong> flambagem dominantes em função do comprimento<br />
da barra, obtida a partir da análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> efetuada pelo autor com auxílio do<br />
programa CUFSM para o perfil U 2 <strong>de</strong> seção enrijecida e esbelta. N cr /N=Fator <strong>de</strong> carga;<br />
N cr =Força crítica <strong>de</strong> flambagem elástica; N=Força <strong>de</strong> referência qualquer aplicada.<br />
Na Figura 3.4 estão apresentados os resultados das análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> para<br />
o perfil U <strong>de</strong> seção compacta e enrijecida, submetido à compressão excêntrica sobre o<br />
eixo <strong>de</strong> simetria, eixo X. As análises foram realizadas por três programas diferentes:<br />
SAP2000 (MEF), CUFSM e INSLOD (MFF). Os resultados das análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
realizadas pelos dois programas baseados no MFF, bem como aquela via programa<br />
SAP2000 consi<strong>de</strong>rando o empenamento permitido, apresentaram praticamente as<br />
mesmas forças críticas. Já a análise com o programa SAP2000 consi<strong>de</strong>rando o<br />
empenamento e a rotação em relação ao eixo X impedidos, conduziu a forças críticas<br />
superiores.<br />
A análise acusa que o perfil é sensível aos 3 modos <strong>de</strong> flambagem: MLP, MD<br />
MG. Os resultados da análise pelo SAP2000, curva (a), em que o empenamento e a<br />
rotação em relação ao eixo X estão impedidos, indicam que o MLP se esten<strong>de</strong> até o<br />
comprimento <strong>de</strong> 460 mm, formando-se, para esse comprimento, 6 semi-ondas com força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem local , N crl , <strong>de</strong> 214,3 kN. A seguir, o MD é crítico até o<br />
2 ibi<strong>de</strong>m 1.<br />
32
comprimento <strong>de</strong> 1505 mm, quando se apresenta com 2 semi-ondas e força distorcional<br />
<strong>de</strong> 101,9 kN e, a partir <strong>de</strong>sse comprimento o MD interage com o modo global <strong>de</strong><br />
flambagem até um comprimento não <strong>de</strong>terminado neste trabalho. Os resultados das<br />
análises com os programas CUFSM, INSLOD e SAP2000, respectivamente curvas (b),<br />
(c) e (d), todos com empenamento e rotações permitidas, apresentam valores das forças<br />
críticas semelhantes entre si. Nesse caso, o MLP se esten<strong>de</strong> somente até o comprimento<br />
<strong>de</strong> 235 mm, formando-se, para esse comprimento 3 semi-ondas com força crítica local,<br />
N crl , <strong>de</strong> 212,8 kN. Em seguida, se apresenta o MD com 1 semi-onda, com força crítica<br />
distorcional mínima, N crd , <strong>de</strong> 83,6 kN para o comprimento <strong>de</strong> 590mm; entretanto o MD<br />
esten<strong>de</strong>-se até o comprimento <strong>de</strong> 825 mm, para o qual a força distorcional é <strong>de</strong> 100,0 kN<br />
e a partir <strong>de</strong>sse comprimento o MD interage com o modo global <strong>de</strong> flambagem até um<br />
comprimento não <strong>de</strong>terminado neste trabalho.<br />
Força <strong>de</strong> Flambagem - Ncr (kN)<br />
500<br />
450<br />
400<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
(d)<br />
MLP<br />
(a)<br />
CUFSM - MFF: (b)<br />
SAP-MEF: (a)<br />
INSLOD-MFF: (c)<br />
SAP-MEF: (d)<br />
(c)<br />
MLP<br />
(b)<br />
235 mm<br />
10 100 1.000 10.000<br />
Comprimento L (mm)<br />
460 mm<br />
MD<br />
U = 74,2x74,2x18,1x1,98 mm<br />
E = 203.395 MPa<br />
825 mm<br />
MD<br />
1505 mm<br />
Y<br />
N<br />
ex<br />
ex=38,1mm<br />
Figura 3.4: Comportamento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> na compressão excêntrica do perfil U 3 seção<br />
enrijecida e compacta, nas análises executadas pelo autor segundo os seguintes<br />
programas e condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s: (a) SAP2000 (MEF), com empenamento e a<br />
rotação em relação ao eixo X impedidos; (b) CUFSM (MFF), (c) INSLOD (MFF) e (d)<br />
SAP2000 (MEF), esses últimos (b), (c) e (d), com empenamento e rotações permitidas.<br />
X<br />
3 Perfil <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta: LC1-LS-1 a 3, buscado em LOH e PEKÖZ (1985). Dados<br />
originais no Sistema Inglês <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s: 2,922 x 2,922 x 0,711 x 0,078 in; E = 29500 ksi; f y =45,5 ksi.<br />
Ver dados no Sistema Internacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>, SI, na Figura 5.2(b) e Tabela 5.2(b).<br />
33
Com relação aos programas MFF (CUFSM e INSLOD), nota-se que o CUFSM<br />
exibe somente o 1º harmônico (função trigonométrica (sen(πz/a))) <strong>de</strong> cada modo crítico,<br />
enquanto o INSLOD exibe todos os harmônicos <strong>de</strong> cada modo crítico. Por isso, na curva<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem apresentada pelo CUFSM, ao longo do comprimento, verifica-se<br />
apenas 1 semi-onda tanto para o MLP quanto para o MD, enquanto que no INSLOD,<br />
verificam-se todas as semi-ondas, tanto para o MLP quanto para o MD (no exemplo<br />
anterior são 1 (uma) e 3 (três) semi-ondas, respectivamente). Porém, o valor mínimo das<br />
forças críticas nos modos MLP e MD, que é o que interessa, é o mesmo calculado pelos<br />
dois programas.<br />
A vantagem do programa CUFSM sobre o programa INSLOD é que se po<strong>de</strong><br />
analisar um perfil a compressão excêntrica com excentricida<strong>de</strong> dupla e em quaisquer<br />
direções, ao passo que com o INSLOD só é possível analisar a compressão excêntrica se<br />
a excentricida<strong>de</strong> for simples e positiva sobre o eixo <strong>de</strong> simetria. A <strong>de</strong>svantagem do<br />
CUSFM, por outro lado, é que só fornece o valor mínimo da força crítica para o<br />
primeiro comprimento <strong>de</strong> semi-onda nos MLP e MD, enquanto o INSLOD capta as<br />
variações das forças críticas para os harmônicos com quaisquer números <strong>de</strong> semiondas,<br />
conforme aumenta o comprimento da barra. Adicionalmente, o programa<br />
INSLOD i<strong>de</strong>ntifica graficamente a passagem <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong> flambagem para outro <strong>de</strong><br />
forma clara.<br />
No capítulo 5, as análises necessárias para a flambagem local e distorcional a<br />
serem executadas em vigas-colunas com dupla excentricida<strong>de</strong>, sob estado real <strong>de</strong><br />
carregamento, ou seja, análise do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> viga-coluna executada com o carregamento<br />
posicionado excêntrico, tal como ocorre propriamente na viga-coluna, só será possível<br />
através do programa CUFSM ou um programa <strong>de</strong> elementos finitos.<br />
A exemplo dos resultados mostrados na Figura 3.4, outras configurações <strong>de</strong><br />
excentricida<strong>de</strong>s foram testadas, em que tanto o programa CUFSM como o SAP2000<br />
exibiram resultados idênticos, para as mesmas condições <strong>de</strong> vinculação. Esses<br />
resultados garantem que o programa CUFSM po<strong>de</strong> ser utilizado para a análise linear <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perfis sob compressão com dupla excentricida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o<br />
empenamento seja consi<strong>de</strong>rado permitido bem como as rotações em torno dos eixos<br />
principais <strong>de</strong> inércia.<br />
34
CAPITULO 4<br />
MÉTODO DA RESISTÊNCIA DIRETA<br />
4.1 Introdução<br />
O Método da Resistência Direta, MRD, é um procedimento alternativo para<br />
<strong>de</strong>terminar a resistência teórica <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> aço formadas a frio, melhorando as normas<br />
<strong>de</strong> projeto pela substituição do tradicional procedimento baseado no método das<br />
larguras efetivas, além <strong>de</strong> adicionar formulação específica para a flambagem<br />
distorcional, e incorporando os três modos relevantes <strong>de</strong> flambagem (quando existirem)<br />
<strong>de</strong>ntro do procedimento <strong>de</strong> projeto.<br />
O método normalmente encontrado em normas para o dimensionamento <strong>de</strong><br />
estruturas <strong>de</strong> aço formadas a frio, sujeitas à interação entre modos <strong>de</strong> flambagem local e<br />
global, é a formulação não interativa das larguras efetivas. A solução <strong>de</strong>ste problema<br />
pós-crítico (não linear) tem origem em trabalhos <strong>de</strong> VON KARMAN et al. (1932) e na<br />
correção experimental <strong>de</strong> WINTER (1947).<br />
O MRD usa as proprieda<strong>de</strong>s da seção completa e curvas <strong>de</strong> resistência<br />
apropriadas para obter a resistência direta da barra. Para tanto, a análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ve ser feita para a seção completa, ao invés da análise elemento por elemento,<br />
conforme indicado no método das larguras efetivas.<br />
O MRD foi aplicado inicialmente por HANCOCK et al. (1994), para a análise<br />
<strong>de</strong> flambagem distorcional <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas sob flexão simples e compressão<br />
centrada. Posteriormente, usando a seção completa, SCHAFER e PEKÖZ (1998)<br />
esten<strong>de</strong>ram a técnica para a flexão <strong>de</strong> vigas contidas lateralmente sob flambagem local<br />
ou distorcional. Mais recentemente, o MRD foi aplicado a colunas bi-rotuladas, sujeitas<br />
a flambagem local, distorcional ou global (SCHAFER, 2002b). O MRD elimina a<br />
necessida<strong>de</strong> do cálculo das proprieda<strong>de</strong>s efetivas da seção, além <strong>de</strong> levar em conta a<br />
interação entre elementos da seção transversal, não consi<strong>de</strong>rada no método das larguras<br />
efetivas.<br />
O Método da Resistência Direta está baseado nas mesmas suposições empíricas<br />
do método das larguras efetivas, ou seja, a resistência última é função da flambagem<br />
35
elástica da barra e da tensão <strong>de</strong> escoamento do material e, para obter resultados <strong>de</strong><br />
projeto seguros e precisos, está fundamentado em dois princípios básicos:<br />
(i) utilização <strong>de</strong> métodos racionais <strong>de</strong> análise na <strong>de</strong>terminação do comportamento<br />
<strong>de</strong> flambagem elástica; conseqüentemente, consi<strong>de</strong>rando a interação entre elementos <strong>de</strong><br />
pare<strong>de</strong>s finas que formam a seção transversal da barra e assegurando que a<br />
compatibilida<strong>de</strong> e o equilíbrio sejam mantidos nas junções entre elementos, ao invés <strong>de</strong><br />
elemento por elemento isolado;<br />
(ii) curvas <strong>de</strong> resistências calibradas por resultados experimentais;<br />
conseqüentemente, trazendo inclusos os efeitos <strong>de</strong> imperfeições geométricas, tensões<br />
residuais oriundas do dobramento a frio, forma da seção transversal, etc.<br />
O Método da Resistência Direta foi calibrado por uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dados experimentais para vigas (SCHAFER e PEKÖZ, 1998) e colunas (SCHAFER,<br />
2000 e 2002), porém, para uma limitada faixa <strong>de</strong> seções pré-qualificadas, e sugere a<br />
utilização do programa computacional numérico <strong>de</strong> faixas finitas para análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong>, CUFSM, <strong>de</strong> acesso livre no site www.ce.jhu.edu/bschafer/cufsm. No<br />
entanto, outros métodos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> elástica po<strong>de</strong>m ser empregados<br />
baseados no MEF ou GBT, bem como o MRD po<strong>de</strong> ser aplicado fora dos limites <strong>de</strong><br />
seções pré-qualificadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se majore os coeficientes <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração das ações ou<br />
se minore os coeficientes <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração das resistências, ou, ainda, se façam os <strong>de</strong>vidos<br />
estudos seguindo as orientações <strong>de</strong>scritas no capítulo F do AISI (1996), para justificar<br />
coeficientes <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> ações ou <strong>de</strong> e resistências menos conservadores.<br />
O método, no estado atual, prevê soluções para vigas e colunas apenas. No<br />
entanto, essas soluções po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem interagir para consi<strong>de</strong>rar outros esforços,<br />
quando for o caso, tais como: interação entre esforço cortante e momento fletor, e<br />
compressão e flexão (viga-coluna), por exemplo. O MRD foi incorporado recentemente<br />
às Especificações Americanas através dos Anexos A e B (AISI, 2004).<br />
Na presente apresentação do MRD, para nomear as forças <strong>de</strong> compressão,<br />
proce<strong>de</strong>-se à substituição da letra P, da formulação original, pela letra N, <strong>de</strong> modo a<br />
uniformizar com a simbologia adotada na norma brasileira NBR 14762 (2001).<br />
36
4.2 Formulação do MRD para o Cálculo da Resistência <strong>de</strong> Colunas<br />
As curvas <strong>de</strong> resistências convencionais para colunas compactas, isto é, não<br />
sujeitas à flambagem local e distorcional, adotadas pelo AISC (2001) no<br />
dimensionamento <strong>de</strong> perfis laminados a quente e perfis soldados, fornecem previsões <strong>de</strong><br />
resistência com boa correlação com resultados experimentais, (GALAMBOS, 1998 e<br />
AISC, 2001). O MRD adota as mesmas curvas do AISC (2001), porém, convertidas <strong>de</strong><br />
tensão para força pela multiplicação da tensão pela área total da seção transversal, e<br />
utilizada para o cálculo da resistência nominal da coluna, consi<strong>de</strong>rando somente a<br />
flambagem global, N ne , sem nenhuma redução <strong>de</strong>vido à flambagem local. A redução <strong>de</strong><br />
resistência <strong>de</strong>vido à interação entre flambagem local e global é levada em conta em um<br />
segundo passo, conforme proposto pelo MRD e apresentado na seção 4.2.2.<br />
No entanto, o MRD utiliza curvas <strong>de</strong> resistências específicas para o cálculo da<br />
resistência consi<strong>de</strong>rando a interação entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e global, N nl , e<br />
a resistência <strong>de</strong>vido ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, N nd , <strong>de</strong> colunas, <strong>de</strong>vidamente<br />
calibradas e ajustadas para estes modos <strong>de</strong> flambagem e estão também apresentadas<br />
como uma função da esbeltez, que neste caso se refere à esbeltez nestes modos <strong>de</strong><br />
flambagem, λ l =(N ne /N crl ) 0,5 e λ d =(N y /N crd ) 0,5 , respectivamente, ao invés da esbeltez<br />
global, λ c =(N y /N cre ) 0,5 .<br />
A resistência teórica última para a coluna, N n , é, portanto, a menor resistência<br />
verificada consi<strong>de</strong>rando apenas a flambagem global, N ne , (seção 4.2.1), ou aquela<br />
<strong>de</strong>vida à interação entre flambagem local e global, N nl , (seção 4.2.2), ou aquela<br />
verificada consi<strong>de</strong>rando somente o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, N nd , (seção 4.2.3).<br />
Ou seja, N n = mínimo (N ne ; N nl ; N nd ).<br />
Diferentemente do AISI (1996), que utiliza o método <strong>de</strong> larguras efetivas e as<br />
mesmas curvas do AISC (2001) para o cálculo da resistência <strong>de</strong> colunas, P n , já levando<br />
em conta a interação entre a flambagem local e global. No AISI (1996) as curvas <strong>de</strong><br />
resistência estão representadas em termos <strong>de</strong> tensão, F n , e esta é função da esbeltez<br />
global da barra (λ c =(F y /F e ) 0,5 ). A resistência teórica, P n , (P n = F n A e ) é obtida pela<br />
multiplicação da tensão, F n , pela área efetiva da barra, A e , que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da tensão F n<br />
para sua <strong>de</strong>terminação. O MRD passa ao largo <strong>de</strong>ssa complicação.<br />
37
A nomenclatura adotada no parágrafo anterior, originária da seção C4 da norma AISI<br />
(1996) é a seguinte:<br />
P n = resistência nominal consi<strong>de</strong>rando a interação entre flambagem local e global;<br />
F n = curvas <strong>de</strong> resistência (tensão nominal) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da esbeltez global;<br />
A e = área efetiva da seção para a tensão F n ;<br />
F y = tensão <strong>de</strong> escoamento do material;<br />
F e = menor tensão <strong>de</strong> flambagem elástica por flexão, torção ou flexo-torção da coluna;<br />
λ c = esbeltez global coluna.<br />
4.2.1 Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando o Modo <strong>de</strong> Flambagem<br />
Global<br />
O cálculo da resistência nominal, N ne , consi<strong>de</strong>rando somente a flambagem<br />
global por flexão, torção ou flexo-torção, conforme proposto por SCHAFER (2002b) e<br />
prescrito pelo Anexo A do AISI (2004) se faz da seguinte forma:<br />
Para λ c ≤ 1,5<br />
N<br />
ne<br />
λ<br />
( 0,658 ) 2 c<br />
N y<br />
= (4.2.1.a)<br />
Para λ c > 1,5<br />
N<br />
ne<br />
⎛ 0,877 ⎞<br />
= ⎜ ⎟<br />
N<br />
2<br />
y<br />
(4.2.1.b)<br />
⎝ λ c ⎠<br />
λ c = (N y /N cre ) 0,5<br />
(4.2.1.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ c = Índice <strong>de</strong> esbeltez global na compressão centrada;<br />
N y = A.f y – Força plástica (resistência plástica);<br />
A = Área da seção bruta;<br />
f y = Tensão <strong>de</strong> escoamento do material;<br />
N cre = Força crítica <strong>de</strong> flambagem global elástica da coluna.<br />
38
4.2.2 Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando a Interação entre os Modos<br />
<strong>de</strong> Flambagem Local e Global<br />
O cálculo da resistência nominal, N nl , consi<strong>de</strong>rando a interação entre os modos<br />
<strong>de</strong> flambagem local e global, conforme proposto por SCHAFER (2002b) e prescrito<br />
pelo Anexo A do AISI (2004), <strong>de</strong>ve seguir a seguinte formulação:<br />
Para λ l ≤ 0,776<br />
N nl = N ne<br />
(4.2.2.a)<br />
Para λ l > 0,776<br />
N<br />
⎡<br />
⎤<br />
0,4<br />
0,4<br />
⎛ Ncrl<br />
⎞ ⎛ N crl<br />
⎞<br />
nl = ⎢1<br />
− 0,15 ⎥ N ne<br />
N<br />
⎜<br />
ne N<br />
⎟<br />
⎢<br />
⎜<br />
⎟<br />
(4.2.2.b)<br />
⎥ ne<br />
⎣<br />
⎝<br />
⎠<br />
⎦⎝<br />
⎠<br />
λ l = (N ne / N crl ) 0,5<br />
(4.2.2.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ l = Índice <strong>de</strong> esbeltez local na compressão centrada;<br />
N crl = Força crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica na compressão centrada;<br />
4.2.3 Resistência Nominal <strong>de</strong> Colunas Consi<strong>de</strong>rando o modo <strong>de</strong> Flambagem<br />
Distorcional<br />
O cálculo da resistência nominal, N nd , consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional,<br />
conforme prescrito pelo Anexo A do AISI (2004) e proposto por SCHAFER (2002b),<br />
está baseado em dados experimentais obtidos por pesquisadores da universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Sidney e no sucesso da norma da Austrália e Nova Zelândia (HANCOCK et al., 1994,<br />
AS/NZS 4600, 1996). Neste caso, foi constatado que a resistência à distorção é limitada<br />
à resistência plástica, N y , ao invés <strong>de</strong> N ne , presumindo que o modo <strong>de</strong> colapso por<br />
distorção é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do modo <strong>de</strong> colapso por flambagem global.<br />
39
Para λ d ≤ 0,561<br />
N nd = N y<br />
(4.2.3.a)<br />
Para λ d > 0,561<br />
N<br />
nd<br />
⎡<br />
0,6<br />
0,6<br />
⎛ N ⎞ ⎤⎛<br />
crd N ⎞<br />
crd<br />
= ⎢1<br />
− 0,25⎜<br />
⎟ ⎥⎜<br />
⎟ N y<br />
(4.2.3.b)<br />
⎢<br />
N<br />
y<br />
⎥ N<br />
⎝ y<br />
⎣ ⎝ ⎠ ⎦ ⎠<br />
λ d = (N y / N crd ) 0,5<br />
(4.2.3.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ d = Índice <strong>de</strong> esbeltez distorcional na compressão centrada;<br />
N crd = Força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica na compressão centrada.<br />
4.2.4 Representação Gráfica da Resistência <strong>de</strong> Colunas em Regime Plástico (sem<br />
flambagem) e Elástico (pós-flambagem) nos Modos <strong>de</strong> Flambagem Local e<br />
Distorcional<br />
As curvas <strong>de</strong> resistência para a flambagem local e distorcional <strong>de</strong> colunas não<br />
sujeitas a flambagem global, N ne =N y (po<strong>de</strong>-se citar como exemplo a compressão<br />
centrada <strong>de</strong> colunas muito curtas), são apresentadas na Figura 4.1, extraída do Anexo B<br />
do AISI (2004). As curvas estão apresentadas como uma função da esbeltez, que neste<br />
caso se refere à esbeltez nos modos local ou distorcional e comparadas à curva crítica <strong>de</strong><br />
flambagem elástica (1/λ 2 ): colunas não esbeltas ou completamente efetivas, com seção<br />
transversal compacta, on<strong>de</strong> N cr >>N y , a resistência da coluna é igual à resistência<br />
plástica, N n =N y ; colunas com seção ligeiramente mais esbeltas se comportam <strong>de</strong> forma<br />
inelástica, com N n
esbeltez local e distorcional, o modo distorcional possui menor capacida<strong>de</strong> resistente<br />
pós-flambagem comparada com o modo local.<br />
Regime Plástico<br />
Regime Elástico (Pós-Flambagem)<br />
N<br />
N<br />
n<br />
y<br />
Resistência Local: eq. 4.2.2.b<br />
Resistência Distorcional: eq. 4.2.3.b<br />
Flambagem Crítica Elástica<br />
N<br />
nl<br />
0,561<br />
0,776<br />
N<br />
nd<br />
N<br />
n =<br />
N<br />
y<br />
N<br />
N<br />
cr<br />
y<br />
Esbeltez → λ =<br />
N<br />
y<br />
/ N cr<br />
Figura 4.1 (AISI, 2004): Curvas <strong>de</strong> Resistência Direta Local e Distorcional para<br />
Colunas Completamente Apoiadas (não Sujeitas a Flambagem Global, i.é, N ne =N y ).<br />
4.3 Formulação do MRD para o Cálculo da Resistência <strong>de</strong> Vigas<br />
A obtenção da resistência nominal elástica ou inelástica <strong>de</strong> vigas, M ne ,<br />
consi<strong>de</strong>rando somente a flambagem lateral com torção no MRD, segue o mesmo<br />
procedimento utilizado pelo AISI (1996), exceto que a resistência <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser expressa<br />
em termos <strong>de</strong> tensão, F c , passando no MRD a ser expressa em termos <strong>de</strong> momento<br />
fletor. A conversão <strong>de</strong> tensão para momento é feita simplesmente pela multiplicação da<br />
tensão pelo módulo resistente da seção transversal completa em relação à fibra mais<br />
comprimida, resultando nas fórmulas <strong>de</strong> M ne necessários ao MRD (seção 4.3.1 a seguir).<br />
Não é relevante se abordar o procedimento adotado pelo AISI (1996) para <strong>de</strong>terminar a<br />
redução <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong>vido à interação entre a flambagem local e lateral com torção,<br />
tendo em vista que o MRD não utiliza nenhuma parte <strong>de</strong>sse processo. Mas, no MRD<br />
41
este cálculo é separado em duas partes: a que consi<strong>de</strong>ra somente a flambagem lateral<br />
com torção, M ne , já discutida no início do parágrafo, e a que consi<strong>de</strong>ra a interação entre<br />
a flambagem local e lateral com torção; porém, consi<strong>de</strong>rando a seção bruta da viga,<br />
como será visto posteriormente na seção 4.3.2.<br />
F c , referida acima, faz parte da nomenclatura da seção C3 do AISI (1996) e significa:<br />
tensão crítica elástica ou inelástica <strong>de</strong> flambagem lateral com torção.<br />
O MRD utiliza curvas <strong>de</strong> resistências específicas para o cálculo da resistência<br />
consi<strong>de</strong>rando a interação entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e lateral com torção, M nl ,<br />
e distorcional, M nd , <strong>de</strong> vigas, <strong>de</strong>vidamente calibradas e ajustadas para estes modos <strong>de</strong><br />
flambagem. A resistência da viga também apresentada como uma função da esbeltez,<br />
que neste caso se refere à esbeltez nos modos local ou distorcional <strong>de</strong> flambagem,<br />
λ l =(M ne /M crl ) 0,5 e λ d =(M y /M crd ) 0,5 , respectivamente.<br />
O momento resistente teórico para a viga, M n , é a menor resistência verificada<br />
consi<strong>de</strong>rando apenas a flambagem lateral com torção, M ne , (seção 4.3.1), ou aquela<br />
<strong>de</strong>vido à interação entre flambagem local com a flambagem lateral com torção, M nl ,<br />
(seção 4.3.2), ou, ainda, aquela verificada consi<strong>de</strong>rando somente o modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, M nd , (seção 4.3.3). Ou seja, M n = mínimo (M ne ; M nl ; M nd ).<br />
4.3.1 Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples Consi<strong>de</strong>rando o<br />
Modo <strong>de</strong> Flambagem Global<br />
O cálculo do momento fletor nominal resistente elástico ou inelástico, M ne ,<br />
consi<strong>de</strong>rando somente o modo <strong>de</strong> flambagem lateral com torção, conforme proposto por<br />
SCHAFER e PEKÖZ (1998) e prescrito pelo Anexo A do AISI (2004), segue a<br />
formulação a seguir:<br />
Para M cre < 0,56.M y - (Flambagem regime elástico)<br />
M<br />
ne<br />
= M cre<br />
(4.3.1.a)<br />
Para 2,78.M y ≥ M cre ≥ 0,56.M y - (Flambagem em regime inelástico ou elasto-plástico)<br />
42
10 ⎛ 10M y ⎞<br />
M ⎜ ⎟<br />
ne = M y<br />
1 −<br />
(4.3.1.b)<br />
9 ⎝ 36M cre ⎠<br />
Para M cre > 2,78.M y - (Sem flambagem)<br />
M<br />
ne<br />
= M y<br />
(4.3.1.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
M y = W c .f y - Momento fletor elástico correspon<strong>de</strong>nte ao início <strong>de</strong> escoamento da fibra<br />
mais comprimida da seção transversal;<br />
W c - Módulo resistente da seção bruta em relação à fibra mais comprimida;<br />
f y - Tensão <strong>de</strong> escoamento do material;<br />
M cre - Momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem lateral com torção.<br />
4.3.2 Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples Consi<strong>de</strong>rando a<br />
Interação entre os Modos <strong>de</strong> Flambagem Local e Global<br />
O cálculo do momento fletor nominal resistente, M nl , consi<strong>de</strong>rando a interação<br />
entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e global é obtido através das expressões empíricas<br />
(curvas <strong>de</strong> resistência) calibradas por SCHAFER e PEKÖZ (1998) e prescritas pelo<br />
Anexo A do AISI (2004). O momento resistente <strong>de</strong> uma viga sujeita a interação entre<br />
flambagem local e global é limitado ao momento resistente da viga sujeita à flambagem<br />
lateral com torção, M ne , que, por sua vez, é limitado a M y para o caso <strong>de</strong> vigas estáveis<br />
não sujeitas à flambagem lateral com torção (eq. 4.3.1).<br />
Para λ l ≤ 0,776<br />
M nl = M ne<br />
(4.3.2.a)<br />
Para λ l >0,776<br />
M<br />
⎡<br />
⎤<br />
0,4<br />
0,4<br />
⎛ M crl<br />
⎞ ⎛ M crl<br />
⎞<br />
nl = ⎢1<br />
− 0,15 ⎥ M ne<br />
M<br />
⎜<br />
ne M<br />
⎟<br />
⎢<br />
⎜<br />
⎟<br />
(4.3.2.b)<br />
⎥ ne<br />
⎣<br />
⎝<br />
⎠<br />
⎦⎝<br />
⎠<br />
43
λ l = (M ne / M crl ) 0,5<br />
(4.3.2.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ l = Índice <strong>de</strong> esbeltez local na flexão;<br />
M crl = Momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem local.<br />
4.3.3 Momento Fletor Nominal Resistente na Flexão Simples Consi<strong>de</strong>rando<br />
o Modo <strong>de</strong> Flambagem Distorcional<br />
O cálculo do momento fletor nominal resistente, M nd , consi<strong>de</strong>rando o modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, conforme prescrito pelo Anexo A do AISI (2004), cujas<br />
expressões (curvas <strong>de</strong> resistência) foram propostas e calibradas por SCHAFER e<br />
PEKÖZ (1998), é baseado em dados experimentais a partir dos pesquisadores da<br />
universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sidney. Esses últimos constataram que o momento resistente à<br />
distorção é limitado a M y ao invés <strong>de</strong> M ne . Isto presume que o modo <strong>de</strong> colapso por<br />
distorção é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do modo <strong>de</strong> colapso por flambagem lateral com torção, em<br />
estreita analogia com o comportamento igualmente observado para as colunas.<br />
Para λ d ≤ 0,673<br />
M nd = M y<br />
(4.3.3.a)<br />
Para λ d > 0,673<br />
M<br />
nd<br />
⎡<br />
0,5<br />
0,5<br />
⎛ M ⎞ ⎤⎛<br />
crd M ⎞<br />
crd<br />
= ⎢1<br />
− 0,22⎜<br />
⎟ ⎥⎜<br />
⎟ M y<br />
(4.3.3.b)<br />
⎢<br />
M<br />
y<br />
⎥ M<br />
⎝ y<br />
⎣ ⎝ ⎠ ⎦ ⎠<br />
λ d = (M y / M crd ) 0,5<br />
(4.3.3.c)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ d<br />
- Índice <strong>de</strong> esbeltez distorcional na flexão;<br />
44
M crd - Momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem distorcional.<br />
4.3.4 Representação Gráfica da Resistência na Flexão Simples em Regime<br />
Plástico (sem flambagem) e Elástico (pós-flambagem) nos Modos <strong>de</strong><br />
Flambagem Local e Distorcional.<br />
Regime Plástico<br />
Regime Elástico (Pós-Flambagem)<br />
M<br />
M<br />
n<br />
y<br />
Resistência Local: eq. 4.3.2.b<br />
Resistência Distorcional: eq. 4.3.3.b<br />
Flambagem Crítica Elástica<br />
M<br />
nl<br />
M<br />
nd<br />
0,673<br />
0,776<br />
M<br />
n =<br />
M<br />
y<br />
M<br />
M<br />
cr<br />
y<br />
Esbeltez → λ =<br />
M<br />
y<br />
/ M cr<br />
Figura 4.2 (AISI, 2004): Curvas <strong>de</strong> Resistência Local e Distorcional para vigas não<br />
sujeitas a flambagem lateral com torção (M ne = M y ) mostrando a capacida<strong>de</strong> resistente<br />
pós-flambagem local e distorcional.<br />
As curvas <strong>de</strong> resistência para a flambagem local e distorcional <strong>de</strong> vigas não<br />
sujeitas a flambagem lateral com torção, M ne =M y (po<strong>de</strong>-se citar, como exemplo, a<br />
flexão em torno do eixo <strong>de</strong> menor inércia, eixo Y, dos perfis estudados neste trabalho),<br />
são apresentadas na Figura 4.2, extraída do Anexo B do AISI (2004). As curvas estão<br />
apresentadas como uma função da esbeltez, que neste caso se refere à esbeltez nos<br />
modos local ou distorcional e comparadas à curva crítica <strong>de</strong> flambagem elástica (1/λ 2 ):<br />
para vigas não esbeltas (completamente efetivas, compactas ou localmente estáveis e<br />
sem distorção) on<strong>de</strong> M cr >>M y , a capacida<strong>de</strong> resistente é igual ao momento <strong>de</strong> início <strong>de</strong><br />
45
plastificação, M n =M y , e a reserva <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> plástica normalmente não é<br />
consi<strong>de</strong>rada no MRD; vigas ligeiramente mais esbeltas se comportam <strong>de</strong> forma<br />
inelástica, com M n
CAPITULO 5<br />
RESISTÊNCIA DE VIGAS-COLUNAS DE PERFIS DE AÇO FORMADOS A FRIO<br />
5.1 Objetivo<br />
Neste capítulo são apresentados resultados sobre a previsão <strong>de</strong> resistência última<br />
teórica <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> chapa dobrada a frio sob compressão excêntrica, com base no<br />
Método da Resistência Direta. Para tanto, será usado o método <strong>de</strong>scrito no capítulo 4,<br />
utilizando-se os princípios e ferramentas abordados nos capítulos 2 e 3 e, finalmente, os<br />
resultados obtidos são comparados com os resultados <strong>de</strong> ensaios experimentais.<br />
Simultaneamente, são calculadas as resistências teóricas obtidas segundo a NBR 14762<br />
(2001) e comparadas com os <strong>de</strong>mais resultados.<br />
Os resultados experimentais foram obtidos da literatura especializada, conforme<br />
apresentado e referenciado a seguir.<br />
5.2 Vigas-Colunas Estudadas<br />
Foram selecionados 94 resultados <strong>de</strong> vigas-colunas, originados <strong>de</strong> trabalhos<br />
experimentais realizados por vários pesquisadores. Neste universo estão incluídos 3<br />
tipos <strong>de</strong> geometria <strong>de</strong> seção transversal, sendo 17 perfis <strong>de</strong> seção U simples, 64 <strong>de</strong> U<br />
enrijecidos e 12 <strong>de</strong> seção tipo Rack, todos com um eixo <strong>de</strong> simetria e submetidos a<br />
carregamento <strong>de</strong> compressão excêntrica; exceto para três perfis rack, que foram<br />
carregados por compressão centrada. Neste universo <strong>de</strong> perfis encontram-se gran<strong>de</strong>s<br />
variações <strong>de</strong> parâmetros, tais como: comprimentos, vinculações, índices <strong>de</strong> esbeltez,<br />
relações entre excentricida<strong>de</strong>s e raios <strong>de</strong> giração, etc. Os dados essenciais para o estudo<br />
teórico estão reproduzidos nas tabelas a seguir. Porém, informações completas dos<br />
perfis e dos ensaios po<strong>de</strong>rão ser buscadas nos trabalhos originais, referenciados na<br />
bibliografia do presente trabalho.<br />
47
5.2.1 Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Da tese <strong>de</strong> doutorado <strong>de</strong> BATISTA (1988), foram extraídos 17 perfis <strong>de</strong> seção U<br />
simples ensaiados a compressão axial com dupla excentricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20% do<br />
raio <strong>de</strong> giração em cada direção, conforme mostrado na Figura 5.1 e especificados na<br />
Tabela 5.1. As condições <strong>de</strong> vinculação são: rotações permitidas em torno dos eixos<br />
principais <strong>de</strong> inércia e empenamento impedido, nas duas extremida<strong>de</strong>s. As proprieda<strong>de</strong>s<br />
mecânicas do material, tomadas como valores médios das medidas experimentais, são<br />
as seguintes: f y = 360 MPa, f u = 476 MPa, E = 205.000 MPa.<br />
Y<br />
EXCENTRICIDADE DUPLA<br />
e x ≠ 0; e y > 0, conforme Tabela 5.1<br />
b1<br />
e y<br />
*<br />
CC CG e x<br />
X<br />
b2<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> X permitido<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 205.000 MPa<br />
f y = 360 MPa<br />
Figura 5.1: Perfis <strong>de</strong> seção U simples sob compressão excêntrica. Dimensões b1 e b2<br />
tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
48
1000 b1<br />
Tabela 5.1 – Perfis <strong>de</strong> seção U Simples: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do carregamento,<br />
força última e modo <strong>de</strong> ruína experimental (BATISTA, 1988).<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE N u-exp Modo <strong>de</strong><br />
b2 t L e x (mm) e y (mm) (kN) Colapso<br />
UE11 151,0 75,5 3,00 1.318 5,0 12,0 136,0 PL<br />
UE12 151,0 75,5 3,00 1.318 -5,0 12,0 204,0 F<br />
UE21 151,0 75,5 3,00 1.757 5,0 12,0 125,0 PL<br />
UE22 151,0 75,5 3,00 1.757 -5,0 12,0 171,0 F<br />
UE31 151,0 75,5 3,00 2.196 5,0 12,0 111,0 PL<br />
UE32 151,0 75,5 3,00 2.196 -5,0 12,0 144,0 F<br />
UE41 102,0 82,5 3,00 1.485 5,5 9,0 88,0 PL<br />
UE42 102,0 82,5 3,00 1.485 -5,5 9,0 144,0 FT<br />
UE51 102,0 82,5 3,00 1.980 5,5 9,0 91,0 PL<br />
UE52 102,0 82,5 3,00 1.980 -5,5 9,0 133,0 FT<br />
UE61 102,0 82,5 3,00 2.475 5,5 9,0 97,0 PL<br />
UE62 102,0 82,5 3,00 2.475 -5,5 9,0 123,0 FT<br />
UE71 86,0 87,5 3,00 1.577 6,0 7,0 109,0 PL<br />
UE72 86,0 87,5 3,00 1.577 -6,0 7,0 128,0 FT<br />
UE81 86,0 87,5 3,00 2.102 6,0 7,0 94,0 PL<br />
UE82 86,0 87,5 3,00 2.102 -6,0 7,0 117,0 FT<br />
UE91 86,0 87,5 3,00 2.628 6,0 7,0 88,0 PL<br />
Dimensões b1 e b2 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
CP = Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental; F = Flambagem por flexão;<br />
FT = Flambagem por Flexo-torção; PL = Mecanismo plástico, sem flambagem.<br />
5.2.2 Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida<br />
De LOH e PEKÖZ (1985), foram extraídos 64 perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida, com<br />
gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong>, divididos em 5 grupos, <strong>de</strong> acordo com a esbeltez, excentricida<strong>de</strong><br />
e vinculação, conforme mostrados nas Figuras 5.2(a), (b), (c), (d) e (e) e especificados,<br />
respectivamente, nas Tabelas 5.2(a), (b), (c), (d) e (e). A tensão <strong>de</strong> escoamento do<br />
material, f y , foi obtida experimentalmente pela média <strong>de</strong> quatro ensaios a tração e está<br />
especificada para cada exemplar ensaiado nas Tabelas 5.2. O módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>, E,<br />
adotado no cálculo da resistência teórica na pesquisa original via método das larguras<br />
49
efetivas foi <strong>de</strong> 203.395 MPa (29.500 ksi = 29.5000.000 psi ou pound/inch 2 ). As<br />
informações constantes nas Tabelas 5.2 foram convertidas do sistema inglês <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />
para o Sistema Internacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s, SI.<br />
Os enrijecedores <strong>de</strong> borda dos corpos <strong>de</strong> prova foram originalmente<br />
dimensionados <strong>de</strong> acordo com a formulação <strong>de</strong> DESMOND (1978b), para não haver<br />
flambagem distorcional.<br />
Nas Tabelas 5.2, optou-se por não informar os raios internos <strong>de</strong> dobramento das<br />
arestas dos perfis <strong>de</strong> seção U enrijecidas, uma vez que no presente estudo são<br />
consi<strong>de</strong>radas arestas vivas ao invés <strong>de</strong> arestas arredondadas, diferentemente dos estudos<br />
originais.<br />
• 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta<br />
Os perfis <strong>de</strong>ste grupo caracterizam-se por terem seção compacta (sem<br />
flambagem local) e terem sido ensaiados sob carregamento com dupla excentricida<strong>de</strong>.<br />
Os dados estão mostrados na Figura 5.2(a) e Tabela 5.2(a).<br />
Y<br />
EXCENTRICIDADE DUPLA<br />
e x ≠ 0; e y > 0, conforme Tabela 5.2(a)<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> X permitido<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido<br />
b2<br />
b3<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 203.395 MPa (29.500 ksi)<br />
f y , conforme Tabela 5.2(a)<br />
Figura 5.2(a) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta sob compressão excêntrica.<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />
50
25,4 b1<br />
Tabela 5.2(a) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do<br />
carregamento, tensão <strong>de</strong> escoamento, força última experimental (LOH e PEKÖZ, 1985)<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE fy N u-exp<br />
b2 b3 t L e x (mm) e y (mm) (MPa) ( kN )<br />
LC9-LS-1 86,3 59,3 15,3 2,64 1.003 38,1 50,8 401 51,2<br />
LC9-LS-2 86,3 59,3 15,3 2,64 1.341 38,1 50,8 401 49,6<br />
LC9-LS-3 86,3 59,3 15,3 2,64 1.646 38,1 50,8 401 44,3<br />
LC9-LS-4 86,2 60,8 15,3 2,67 1.590 -50,8 63,5 450 42,7<br />
LC10-LS-1 99,0 73,6 24,1 2,57 996 -50,8 63,5 379 78,7<br />
LC10-LS-2 99,0 73,6 24,1 2,57 1.300 -50,8 63,5 379 75,6<br />
LC10-LS-3 99,0 73,6 24,1 2,57 1.605 -50,8 63,5 379 72,9<br />
LC11-LS-1 74,3 74,3 18,1 1,93 991 50,8 63,5 336 35,1<br />
LC11-LS-2 74,3 74,3 18,1 1,93 1.257 63,5 50,8 336 32,9<br />
LC11-LS-3 74,3 74,3 18,1 1,93 1.557 50,8 63,5 336 30,2<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
CP = Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental.<br />
Modo <strong>de</strong> colapso experimental: O autor dos ensaios observou que o colapso<br />
ocorreu para uma força superior ao início <strong>de</strong> plastificação para as vigas-coluans LC9-<br />
LS-4 a LC11-LS-3. Em todos os casos o colapso iniciou-se pela formação <strong>de</strong> uma dobra<br />
on<strong>de</strong> a compressão era maior e geralmente no meio da viga-coluna e esse mecanismo se<br />
repetiu para todos os espécimes. A distorção da seção foi muito pequena, menor que<br />
uma espessura. O autor dos ensaios não <strong>de</strong>screveu o modo <strong>de</strong> flambagem que antece<strong>de</strong>u<br />
ao colapso, isto significa que as vigas-colunas plastificaram sem flambar.<br />
• 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta<br />
Os perfis <strong>de</strong>ste grupo caracterizam-se por terem seção compacta e terem sido<br />
ensaiados sob carregamento com excentricida<strong>de</strong> apenas sobre o eixo X (eixo <strong>de</strong><br />
simetria) e condições <strong>de</strong> vinculações diferentes do grupo anterior. Os dados estão<br />
mostrados na Figura 5.2(b) e Tabela 5.2(b). Este grupo <strong>de</strong> vigas-colunas foi ensaiado<br />
por LOH (1982a).<br />
51
25,4 b1<br />
Y<br />
EXCENTRICIDADE SIMPLES<br />
e x ≠ 0; e y = 0, conforme Tabela 5.2(b)<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 0,5: Giro em torno <strong>de</strong> X impedido.<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido.<br />
b2<br />
b3<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 203.395 MPa (29.500 ksi).<br />
f y , conforme Tabela 5.2(b).<br />
Figura 5.2(b) - Perfis U enrijecidos <strong>de</strong> seção compacta sob compressão excêntrica.<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />
Tabela 5.2(b) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do<br />
carregamento, tensão <strong>de</strong> escoamento, força última experimental (LOH e PEKÖZ, 1985)<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE fy N u-exp<br />
b2 b3 t L e x (mm) e y (mm) (MPa) ( kN )<br />
LC1-LS-1 74,2 74,2 18,1 1,98 991 38,1 0,0 324 56,7<br />
LC1-LS-2 74,2 74,2 18,1 1,98 1.295 38,1 0,0 324 50,0<br />
LC1-LS-3 74,2 74,2 18,1 1,98 1.600 38,1 0,0 324 42,0<br />
LC2-LS-1 72,8 72,8 17,4 3,35 930 -50,8 0,0 298 97,9<br />
LC2-LS-2 72,8 72,8 17,4 3,35 1.265 -57,2 0,0 298 83,0<br />
LC2-LS-3 72,8 72,8 17,4 3,35 1.539 -57,2 0,0 298 78,3<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
CP = Corpo <strong>de</strong> Provas; N uexp = Força última experimental;<br />
Este grupo <strong>de</strong> vigas-colunas foi ensaiado por LOH (1982a). Em LOH e PEKÖZ<br />
(1985) os dados e resultados experimentais <strong>de</strong> resistência última são apresentados<br />
sucintamente. Não há nenhuma avaliação sobre o modo <strong>de</strong> colapso nos ensaios.<br />
52
• 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta<br />
Os perfis <strong>de</strong>ste grupo caracterizam-se por terem seção compacta e terem sido<br />
ensaiados sob carregamento com excentricida<strong>de</strong> apenas sobre o eixo Y, perpendicular<br />
ao eixo <strong>de</strong> simetria, e condições <strong>de</strong> vinculações diferentes dos grupos anteriores. Os<br />
dados estão mostrados na Figura 5.2(c) e Tabela 5.2(c). Este grupo <strong>de</strong> vigas-colunas foi<br />
ensaiado por LOH (1982b).<br />
Y<br />
EXCENTRICIDADE SIMPLES<br />
e x = 0; e y > 0, conforme Tabela 5.2(c).<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0:Giro em torno <strong>de</strong> X permitido.<br />
K y = 0,5:Giro em torno <strong>de</strong> Y impedido.<br />
b2<br />
b3<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 203.395 MPa (29.500 ksi).<br />
f y , conforme Tabela 5.2(c).<br />
Figura 5.2(c) – Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta sob compressão excêntrica.<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
Este grupo <strong>de</strong> vigas-colunas foi ensaiado por LOH (1982b). Em LOH e PEKÖZ<br />
(1985) os dados e resultados experimentais são <strong>de</strong>scritos, porém não há nenhuma<br />
referência ao mecanismo <strong>de</strong> colapso.<br />
53
25,4 b1<br />
Tabela 5.2(c) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do<br />
carregamento, tensão <strong>de</strong> escoamento, força última experimental (LOH e PEKÖZ, 1985)<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE fy N u-exp<br />
b2 b3 t L e x (mm) e y (mm) (MPa) ( kN )<br />
LC3-LS-1 73,7 40,6 17,8 1,85 1.321 0,0 36,8 291 39,6<br />
LC3-LS-2 74,3 39,4 18,1 1,85 993 0,0 50,8 279 34,7<br />
LC3-LS-3 74,3 39,4 18,1 1,85 1.298 0,0 50,8 279 32,0<br />
LC3-LS-4 74,3 39,4 18,1 1,85 1.610 0,0 50,8 279 31,6<br />
LC4-LS-1 73,9 39,8 17,9 2,29 993 0,0 63,5 423 51,6<br />
LC4-LS-2 73,9 39,8 17,9 2,29 1.300 0,0 63,5 423 46,7<br />
LC5-LS-1 72,8 72,8 17,4 3,35 1.300 0,0 51,6 338 84,5<br />
LC5-LS-2 72,8 72,8 17,4 3,35 1.758 0,0 50,8 338 76,5<br />
LC6-LS-1 74,3 74,3 18,1 1,91 1.308 0,0 60,5 280 45,8<br />
LC6-LS-2 74,3 74,3 18,1 1,91 1.613 0,0 54,1 280 46,7<br />
LC7-LS-1 98,2 72,8 17,4 3,35 1.275 0,0 57,2 266 104,1<br />
LC7-LS-2 98,2 72,8 17,4 3,35 1.753 0,0 56,4 266 96,5<br />
LC8-LS-1 99,6 74,2 18,1 1,96 1.019 0,0 38,1 296 74,7<br />
LC8-LS-2 99,6 74,2 18,1 1,96 1.298 0,0 38,1 296 72,1<br />
LC8-LS-3 99,6 74,2 18,1 1,96 1.621 0,0 38,1 296 68,9<br />
LC8-LS-4 99,7 74,3 18,1 1,93 1.920 0,0 42,2 303 61,4<br />
LC8-LS-5 99,7 74,3 18,1 1,93 2.225 0,0 50,8 303 54,7<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />
CP= Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental;<br />
• 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Esbelta:<br />
Os perfis <strong>de</strong>ste grupo caracterizam-se por terem seção esbelta e terem sido<br />
ensaiados sob carregamento com gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong> dupla, exceto<br />
para os perfis LC10-LU-1 a 2 que possuem excentricida<strong>de</strong> apenas sobre o eixo Y. Os<br />
dados estão mostrados na Figura 5.2(d) e Tabela 5.2(d) (LOH e PEKÖZ, 1985).<br />
54
25,4 b1<br />
Y<br />
EXCENTRICIDA DUPLA<br />
e x ≠ 0; e y > 0 ou<br />
e x = 0; e y > 0, conforme Tabela 5.2(d).<br />
- Posição genérica do carregamento.<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> X permitido.<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido.<br />
b2<br />
b3<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 203.395 MPa (29.500 ksi)<br />
f y , conforme Tabela 5.2(d).<br />
Figura 5.2(d) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e esbelta sob compressão excêntrica.<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
Tabela 5.2(d) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e esbelta: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do<br />
carregamento, tensão <strong>de</strong> escoamento, força última experimental (LOH e PEKÖZ, 1985)<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE fy N u-exp<br />
b2 b3 t L e x (mm) e y (mm) (MPa) ( kN )<br />
LC7-LU-1 154,7 41,7 14,5 1,96 950 -38,1 88,9 347 28,9<br />
LC7-LU-2 154,7 41,7 14,5 1,96 1.255 -38,1 88,9 347 25,8<br />
LC7-LU-3 154,7 41,7 14,5 1,96 1.560 -38,1 88,9 347 23,8<br />
LC8-LU-1 225,7 85,8 26,2 1,52 2.512 -25,4 50,8 422 52,7<br />
LC8-LU-2 225,7 85,8 26,2 1,52 2.520 -25,4 50,8 422 53,4<br />
LC8-LU-3 225,7 85,7 26,1 1,55 2.510 -25,4 101,6 434 47,8<br />
LC8-LU-4 225,7 85,7 26,1 1,55 2.512 -25,4 101,6 434 46,9<br />
LC8-LU-5 225,5 85,7 25,9 1,52 2.517 -25,4 152,4 436 39,6<br />
LC8-LU-6 225,5 85,7 25,9 1,52 2.507 -25,4 152,4 436 41,6<br />
LC9-LU-1 200,0 86,4 26,2 1,57 2.372 9,7 100,1 482 62,3<br />
LC9-LU-2 200,0 86,4 26,2 1,57 2.365 9,7 152,4 482 44,9<br />
LC9-LU-3 200,3 86,5 26,2 1,57 2.365 9,7 152,4 485 47,1<br />
LC9-LU-4 200,3 86,5 26,2 1,57 2.365 16,0 100,1 485 52,0<br />
LC10-LU-1 238,1 87,4 31,0 2,26 2.512 0,0 139,7 487 110,3<br />
LC10-LU-2 238,1 87,4 31,0 2,26 2.512 0,0 139,7 487 111,2<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
CP = Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental.<br />
55
O autor dos ensaios observou, flambagem local, porém, não <strong>de</strong>ixa claro se houve<br />
flambagem por flexo-torção nem como ocorreu o mecanismo <strong>de</strong> colapso.<br />
• 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Esbelta<br />
Os perfis <strong>de</strong>ste grupo caracterizam-se por terem seção esbelta e terem sido<br />
ensaiados sob carregamento com excentricida<strong>de</strong> simples apenas sobre o eixo Y. Os<br />
dados estão mostrados na Figura 5.2(e) e Tabela 5.2(e) (LOH e PEKÖZ, 1985).<br />
Y<br />
EXCENTRICIDA SIMPLES<br />
e x = 0; e y > 0, conforme Tabela 5.2(e)<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> X permitido<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido<br />
b2<br />
b3<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 203.395 MPa (29.500 ksi).<br />
f y , conforme Tabela 5.2(e).<br />
Figura 5.2(e) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e esbelta sob compressão excêntrica.<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
O autor dos ensaios observou, em todos os espécimes, flambagem local da alma<br />
sob gradiente <strong>de</strong> tensão e, para a mesa comprimida apresentou duas formas <strong>de</strong><br />
flambagem: local da mesa e, distorcional da aresta mesa/enrijecedor; a amplitu<strong>de</strong> do<br />
grau <strong>de</strong> flambagem aumentou, em ambos os casos, com o crescimento da<br />
excentricida<strong>de</strong>. Neste último caso a junção sofreu <strong>de</strong>flexão significativa, o autor dos<br />
ensaios acredita que houve distorção em função das imperfeições na mesa, porém, não<br />
<strong>de</strong>ixa claro se a viga-coluna teve flambagem por flexão ou flexo torção. O colapso da<br />
viga-coluna foi sempre pela formação <strong>de</strong> dobras na junção alma/mesa, on<strong>de</strong> houve a<br />
formação <strong>de</strong> dobras ao redor <strong>de</strong>sta junção, próxima a meia altura da viga-coluna, com<br />
colapso iminente.<br />
56
25,4 b1<br />
Tabela 5.2(d) - Perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e esbelta: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do<br />
carregamento, tensão <strong>de</strong> escoamento, força última experimental (LOH e PEKÖZ, 1985)<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE fy N u-exp<br />
b2 b3 t L e x (mm) e y (mm) (MPa) ( kN )<br />
LC1-LU-1 174,5 62,5 18,0 1,85 1.930 0,0 53,3 398 83,4<br />
LC1-LU-2 174,5 62,5 18,0 1,85 1.930 0,0 304,8 398 30,2<br />
LC1-LU-3 174,5 62,5 18,0 1,85 1.930 0,0 152,4 398 54,8<br />
LC2-LU-1 230,8 79,7 17,4 1,27 2.537 0,0 152,4 250 25,6<br />
LC2-LU-2 230,4 79,5 18,2 1,27 2.537 0,0 228,6 255 19,1<br />
LC3-LU-1 202,1 99,1 15,8 1,47 2.537 0,0 101,6 309 35,6<br />
LC3-LU-2 203,2 99,5 15,7 1,47 2.537 0,0 203,2 316 28,2<br />
LC3-LU-3 201,4 99,7 16,0 1,47 2.537 0,0 101,6 308 37,8<br />
LC4-LU-1 225,6 85,8 26,0 1,55 2.537 0,0 304,8 442 34,3<br />
LC4-LU-2 225,6 85,8 26,0 1,55 2.537 0,0 457,2 442 23,0<br />
LC4-LU-3 225,4 85,9 26,1 1,47 2.537 0,0 152,4 448 47,4<br />
LC5-LU-1 200,2 86,3 26,1 1,55 2.535 0,0 101,6 417 60,9<br />
LC5-LU-2 200,2 86,3 26,1 1,55 2.537 0,0 203,2 417 41,5<br />
LC5-LU-3 200,3 86,2 26,2 1,57 2.535 0,0 152,4 417 52,4<br />
LC5-LU-4 200,3 86,2 26,2 1,57 2.535 0,0 254,0 417 35,5<br />
LC6-LU-1 237,5 87,3 31,0 2,29 2.537 0,0 127,0 511 127,9<br />
LC6-LU-2 237,5 87,3 31,0 2,29 2.535 0,0 254,0 511 86,7<br />
Dimensões b1, b2 e b3 tomadas pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>.<br />
CP= Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental.<br />
5.2.3 Perfis <strong>de</strong> Seção Rack<br />
Da tese <strong>de</strong> doutorado <strong>de</strong> PEREZ (2003) foram extraídos 12 perfis rack,<br />
conforme mostrado na Figura 5.3 e especificados na Tabela 5.3. Três baterias com 4<br />
perfis cada, do mesmo comprimento, foram ensaiadas. O primeiro ensaio <strong>de</strong> cada<br />
bateria foi realizado em compressão centrada e os <strong>de</strong>mais com pequeno acréscimo<br />
gradual <strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong> sobre o eixo <strong>de</strong> simetria. O pesquisador, preliminarmente,<br />
dimensionou a seção transversal e o comprimento dos perfis <strong>de</strong> modo a assegurar a<br />
ocorrência da flambagem por distorção, utilizando-se para isso <strong>de</strong> programa <strong>de</strong><br />
elementos finitos. Foram as seguintes as condições <strong>de</strong> vinculação reais dos ensaios:<br />
57
1000 b1<br />
rotações permitidas em torno dos eixos principais <strong>de</strong> inércia por meio <strong>de</strong> rótulas<br />
esféricas e empenamento impedido. Os valores médios das proprieda<strong>de</strong>s mecânicas do<br />
material, medidas experimentalmente, são as seguintes: f y = 330 MPa e E = 205.000<br />
MPa.<br />
Y<br />
b3<br />
EXCENTRICIDADE SIMPLES<br />
e x ≥ 0; e y = 0, conforme Tabela 5.3<br />
- Posição genérica do carregamento<br />
b1<br />
*<br />
CC<br />
CG<br />
X<br />
VINCULAÇÕES DO ENSAIO:<br />
K t = 0,5: Empenamento impedido.<br />
K x = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> X permitido.<br />
K y = 1,0: Giro em torno <strong>de</strong> Y permitido.<br />
b2<br />
b4<br />
PROPRIEDADES MECÂNICAS:<br />
E = 205.000 MPa.<br />
f y = 330 MPa.<br />
Figura 5.3 - Perfis rack sob compressão excêntrica. Dimensões b1, b2, b3 e b4 tomadas<br />
pela linha média dos elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>,<br />
Tabela 5.3 - Perfis <strong>de</strong> seção rack: dimensões, excentricida<strong>de</strong> do carregamento, força<br />
última experimental e modo <strong>de</strong> ruína experimental (PÉREZ, 2003).<br />
CP SEÇÃO E COMPRIMENTO (mm) EXCENTRICIDADE N u-exp Modo<br />
b2 b3 b4 t L e x (mm) e y (mm) (kN) Ruína<br />
CP-760-0 91,74 54,63 18,52 31,75 1,91 760 0,0 0,0 183,1 MD=1<br />
CP-760-6 91,84 54,51 18,59 31,82 1,91 760 6,0 0,0 182,4 MD=2<br />
CP-760-10 92,26 54,64 18,63 31,85 1,91 760 10,0 0,0 172,6 MD=2<br />
CP-760-14 91,62 54,74 18,49 32,06 1,91 760 14,0 0,0 159,0 MD=2<br />
CP-1160-0 93,08 55,09 18,35 31,50 1,91 1.160 0,0 0,0 205,0 MD=2<br />
CP-1160-6 90,61 54,78 19,29 31,32 1,91 1.160 6,0 0,0 177,2 MD=2<br />
CP-1160-10 93,82 55,14 18,92 31,60 1,91 1.160 10,0 0,0 180,0 MD=2<br />
CP-1160-14 91,22 54,76 18,54 31,40 1,91 1.160 14,0 0,0 148,0 MD=2<br />
CP-1560-0 92,54 54,07 18,29 32,35 1,91 1.560 0,0 0,0 162,8 MD=3<br />
CP-1560-6 92,27 54,11 18,53 32,30 1,91 1.560 6,0 0,0 162,8 MD=3<br />
CP-1560-10 93,44 54,17 18,34 32,55 1,91 1.560 10,0 0,0 150,0 MD=3<br />
CP-1560-14 93,09 54,12 18,23 32,25 1,91 1.560 14,0 0,0 135,0 MD=3<br />
58
Na Tabela 5.3: as dimensões b1, b2, b3 e b4 são tomadas pela linha média dos<br />
elementos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>; CP = Corpo <strong>de</strong> Prova; N u-exp = Força última experimental; MD =<br />
Modo Distorcional <strong>de</strong> flambagem. O número após ‘MD=’ expressa o número <strong>de</strong> semiondas<br />
longitudinais registradas experimentalmente.<br />
5.3 Análise <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> dos Perfis Estudados<br />
As análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> para os perfis estudados foram executadas por três<br />
métodos diferentes, <strong>de</strong> acordo com a conveniência e necessida<strong>de</strong> exigidas para o cálculo<br />
das resistências. Para o cálculo da resistência segundo o MRD, foram utilizadas as<br />
forças críticas <strong>de</strong> flambagem local e distorcional obtidas via programa CUFSM e as<br />
forças críticas <strong>de</strong> flambagem global via fórmulas analíticas oriundas da teoria <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> elástica. Essas análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> foram executadas para os quatro<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento apresentados na Figura 5.4. Também foi utilizando o<br />
programa SAP2000 na análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento (iv) como<br />
viga-coluna, sob estado real <strong>de</strong> carregamento, com o objetivo <strong>de</strong> calcular a resistência<br />
<strong>de</strong> vigas-colunas para as quais o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional foi o dominante.<br />
Na figura 5.4 estão representados os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento para os perfis <strong>de</strong><br />
seção U simples, porém, os mesmos esquemas se aplicam também aos perfis <strong>de</strong> seção U<br />
enrijecida e rack: (i) como coluna, (ii) como viga, sob flexão simples em relação ao eixo<br />
X, (iii) como viga, sob flexão simples em relação ao eixo Y e (iv) como viga-coluna,<br />
sob estado real <strong>de</strong> carregamento. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento (iv) está simbolizado pela<br />
aplicação do carregamento em um ponto cujas coor<strong>de</strong>nadas (e x ; e y ) situam-se no<br />
primeiro quadrante, no entanto, po<strong>de</strong>ria ser no segundo quadrante ou apenas sobre um<br />
dos eixos cartesianos.<br />
Nas análises do presente estudo foram consi<strong>de</strong>radas arestas vivas ao invés dos<br />
cantos arredondados das seções dos perfis. Essa simplificação fez com que a força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem local fosse ligeiramente inferior ao valor real, <strong>de</strong>vido à parte plana<br />
do elemento ser consi<strong>de</strong>rada ligeiramente mais larga (mais esbelta). Em contrapartida, a<br />
força crítica <strong>de</strong> flambagem global, calculada <strong>de</strong>ssa forma, é ligeiramente superior ao<br />
valor real.<br />
59
Y<br />
Y<br />
N<br />
X<br />
M x<br />
X<br />
Z<br />
Z<br />
( i ) ( ii )<br />
Y<br />
Y<br />
e x<br />
N<br />
M y<br />
e y<br />
X<br />
X<br />
Z<br />
Z<br />
( iii ) ( iv )<br />
Figura 5.4: Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento nas extremida<strong>de</strong>s das barras para análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong>: (i) compressão centrada; (ii) flexão em relação ao eixo X; (iii) flexão em<br />
relação ao eixo Y; (iv) compressão excêntrica (estado real <strong>de</strong> carregamento).<br />
Nas análises do presente estudo foram consi<strong>de</strong>radas arestas vivas ao invés dos<br />
cantos arredondados das seções dos perfis. Essa simplificação fez com que a força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem local fosse ligeiramente inferior ao valor real, <strong>de</strong>vido à parte plana<br />
do elemento ser consi<strong>de</strong>rada ligeiramente mais larga (mais esbelta). Em contrapartida, a<br />
força crítica <strong>de</strong> flambagem global, calculada <strong>de</strong>ssa forma, é ligeiramente superior ao<br />
valor real.<br />
60
O <strong>de</strong>senvolvimento das análises e do cálculo das resistências à compressão<br />
centrada e à flexão simples através dos critérios da norma brasileira NBR 14762 (2001),<br />
não serão apresentados, em razão <strong>de</strong> não ser o objetivo principal do presente estudo.<br />
Porém, apresentam-se os valores das resistências à compressão e à flexão, incluídas nas<br />
tabelas da seção 5.4.<br />
5.3.1 Forças Críticas <strong>de</strong> Flambagem Local e Distorcional, via programa CUFSM<br />
Para o cálculo das forças críticas <strong>de</strong> flambagem local, N crl , e distorcional, N crd ,<br />
foi utilizado o programa <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> baseado no método das faixas finitas<br />
CUFSM, SCHAFER (2001). As condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> adotadas para a análise,<br />
tanto para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> coluna e <strong>de</strong> viga-coluna bi-rotuladas, como para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
viga contida lateralmente, foram as seguintes: rotações permitidas em relação aos eixos<br />
principais <strong>de</strong> inércia, ou seja, nos planos XZ e YZ, e empenamento permitido nas<br />
extremida<strong>de</strong>s. Portanto, as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s adotadas nestas análises não<br />
correspon<strong>de</strong>m, rigorosamente, às condições experimentais, em especial quanto ao<br />
empenamento. As vinculações dos ensaios estão apresentadas nas Figuras 5.1, 5.2 e 5.3<br />
através dos coeficientes <strong>de</strong> flambagem: K t , K x e K y .<br />
A discretização em elementos <strong>de</strong> faixas finitas da seção transversal foi <strong>de</strong>finida<br />
em número suficiente para garantir análise acurada, conforme está apresentado<br />
esquematicamente nas Figuras 5.5(a) a 5.5(d). Esses elementos <strong>de</strong> faixas finitas se<br />
esten<strong>de</strong>m ao longo do comprimento do perfil, como mostrado na Figura 3.2(b).<br />
Para os perfis <strong>de</strong> seção U simples, Figura 5.5(a): 8 faixas finitas tanto para a<br />
alma como para as mesas. Foi verificado que para uma discretização com 4 faixas<br />
finitas por elemento ou 16, a variação da tensão crítica <strong>de</strong> flambagem local e<br />
distorcional é <strong>de</strong>sprezível para qualquer mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento mostrado na Figura<br />
5.4; para os perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta do 1º , 2º e 3º grupos, Figura 5.5(b):<br />
8 faixas finitas tanto para a alma como para as mesas e 3 faixas finitas para o<br />
enrijecedor <strong>de</strong> borda. Foi verificado que para uma discretização com meta<strong>de</strong> ou o dobro<br />
<strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> faixas finitas por elemento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> (exceto o enrijecedor), a variação<br />
da tensão crítica <strong>de</strong> flambagem local e distorcional é muito pequena para qualquer<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento mostrados na Figura 5.4; para os perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida e<br />
61
esbelta do 4º e 5º grupos, Figura 5.5(c): 2 elementos <strong>de</strong> faixas para os enrijecedores, 4<br />
para as mesas e 12 para a alma; para os perfis <strong>de</strong> seção rack, Figura 5.5(d): 4 elementos<br />
<strong>de</strong> faixas finitas para os enrijecedores adicionais, 2 para os enrijecedores, 6 para as<br />
mesas e 8 para a alma.<br />
Y<br />
Y<br />
Y<br />
Y<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
(a) (b) (c) (d)<br />
Figuras 5.5 – Padrão <strong>de</strong> discretização em elementos <strong>de</strong> faixas finitas da seção<br />
transversal (plano XY): (a) seção U simples; (b) seção U enrijecida e compacta; (c)<br />
seção U enrijecida e esbelta e (d) seção rack.<br />
Para se obter solução acurada da tensão <strong>de</strong> flambagem <strong>de</strong> uma barra, além da<br />
discretização a<strong>de</strong>quada da seção transversal também é necessário verificar em que ponto<br />
do comprimento a tensão crítica mínima ocorre. Isto é feito através <strong>de</strong> uma varredura ao<br />
longo do comprimento.<br />
Ao longo do comprimento L do perfil, foi feita uma primeira varredura para<br />
comprimentos próximos das larguras das pare<strong>de</strong>s do perfil, para i<strong>de</strong>ntificar a região <strong>de</strong><br />
comprimento sujeito a flambagem local e para comprimentos maiores, para i<strong>de</strong>ntificar a<br />
região do comprimento sujeito a flambagem distorcional, como mostrado na Figura 5.6.<br />
I<strong>de</strong>ntificadas essas regiões <strong>de</strong> flambagem, o refinamento necessário para apurar o fator<br />
<strong>de</strong> carga e o comprimento <strong>de</strong> semi-onda precisos, foram adicionados novos<br />
comprimentos nas proximida<strong>de</strong>s dos comprimentos <strong>de</strong> tensão mínima. Em seguida, foi<br />
executada nova análise. O exemplo mostrado na Figura 5.6 se refere a mesma coluna,<br />
em processo <strong>de</strong> análise, daquela mostrada na Figura 3.3, com a análise concluída, on<strong>de</strong><br />
a força mínima ou crítica local e distorcional em L=175mm e L=1080mm,<br />
respectivamente, foram <strong>de</strong>tectados após o recálculo. Nota-se que tanto os fatores <strong>de</strong><br />
62
carga como os comprimentos <strong>de</strong> semi-onda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do refinamento. Assim foi<br />
procedido porque foi utilizada a versão do programa CUFSM 2.6 STANDALONE. A<br />
versão do CUFSM que roda com auxílio do Matlab permite maior flexibilida<strong>de</strong> e<br />
facilida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>terminar as forças críticas <strong>de</strong> flambagem.<br />
Fator <strong>de</strong> Carga - Ncr / N<br />
COMPRESSÃO<br />
N = 1,0 kN<br />
MLP<br />
MD<br />
Comprimento L (mm)<br />
Figura 5.6: Curva <strong>de</strong> flambagem obtidas com o programa CUFSM com baixo nível <strong>de</strong><br />
refinamento mostrando os fatores <strong>de</strong> carga e os respectivos comprimentos <strong>de</strong> semi-onda<br />
para a flambagem local e distorcional.<br />
O nível <strong>de</strong> refinamento ao longo do comprimento longitudinal L, no presente<br />
trabalho, na região <strong>de</strong> interesse, foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 5 mm. Desta forma, foram visualizados<br />
e capturados os valores dos fatores <strong>de</strong> carga correspon<strong>de</strong>ntes aos modos <strong>de</strong> flambagem e<br />
dos comprimentos <strong>de</strong> semi-onda respectivos para as forças críticas mínimas <strong>de</strong><br />
flambagem local (N crl ) e distorcional (N crd ). Maior número <strong>de</strong> faixas finitas e<br />
espaçamentos longitudinais menores que 5mm não alterariam a precisão dos resultados.<br />
5.3.2 Forças Críticas <strong>de</strong> Flambagem Globais, via Formulações Analíticas<br />
As forças críticas <strong>de</strong> flambagem global, para os 4 mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento<br />
mostrados nas Figuras 5.4, foram calculadas observando-se as reais condições <strong>de</strong><br />
63
extremida<strong>de</strong> praticadas nos ensaios, conforme já apresentados nas Figuras 5.1, 5.2 e 5.3.<br />
Para isso, aplicaram-se as seguintes formulações diretas: (i) na compressão centrada, a<br />
força crítica, N cre , é a menor das forças <strong>de</strong> flambagem, por flexão, equações (2.12), e por<br />
flexo-torção, equação (2.14); (ii) na flexão em relação ao eixo X, a força <strong>de</strong> flambagem<br />
lateral com torção, M x,cre , é dada pela equação (2.15.a); (iii) na flexão em relação ao<br />
eixo Y, a força <strong>de</strong> flambagem lateral com torção, M y,cre , quando houver, é dada pela<br />
equação (2.15.b) e (iv) na compressão excêntrica, N exc,cre , a força crítica <strong>de</strong> flambagem<br />
global sob estado real <strong>de</strong> carregamento é dada pela menor raiz da equação (2.10).<br />
Os resultados das análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> (forças críticas <strong>de</strong> flambagem) como<br />
previsto nas subseções 5.3.1 e 5.3.2, estão consolidadas nas tabelas do Anexo A:<br />
para o grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U simples - Tabelas A1 a A4;<br />
para o 1º grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida – Tabelas A5 a A8;<br />
para o 2º grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida – Tabelas A9 a A12;<br />
para o 3º grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida – Tabelas A13 a A16;<br />
para o 4º grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida – Tabelas A17 a A20;<br />
para o 5º grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida – Tabelas A21 a A24;<br />
para o grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção rack – Tabelas A25 a A28.<br />
5.3.3 Forças Críticas e Modos <strong>de</strong> Flambagem, Via <strong>Programa</strong> SAP2000<br />
O interesse agora é a <strong>de</strong>terminação da força crítica e do modo <strong>de</strong> flambagem<br />
dominante para a viga-coluna. Logo a análise será feita somente para o estado real <strong>de</strong><br />
carregamento, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento (iv), e para o comprimento real da viga-coluna.<br />
As condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> adotadas correspon<strong>de</strong>m, rigorosamente, às condições<br />
experimentais já apresentadas nas Figuras 5.1 a 5.3 através dos coeficientes <strong>de</strong><br />
flambagem: K t , K x e K y .<br />
Procurou-se manter a discretização em elementos finitos da seção transversal<br />
equivalente à discretização adotada para análise do item 5.3.1 (igual ao número <strong>de</strong><br />
faixas). No entanto, nem sempre foi possível, tendo em vista que optou-se por aplicar a<br />
força concentrado através <strong>de</strong> placa <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>, como foram realizados os ensaios.<br />
Na discretização na direção longitudinal procurou-se manter os elementos finitos<br />
aproximadamente <strong>de</strong> forma quadrada e suficiente para garantir resultados precisos da<br />
análise. Em geral, a discretização da seção transversal foi mais refinada que a adotada<br />
64
na seção 5.3.1, não por necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aumentar o número <strong>de</strong> elementos para<br />
melhorar a precisão das forças críticas, mas para dar semelhança dimensional aos<br />
mesmos, necessários ao cálculo preciso do modo <strong>de</strong> flambagem e visualização dos<br />
mesmos e/ou para fazer com que houvesse coincidência <strong>de</strong> linhas e colunas <strong>de</strong> nós com<br />
as excentricida<strong>de</strong>s.<br />
Foi utilizado o elemento <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> forma retangular (4 nós) com 6 graus <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong> por nó (3 rotações e 3 translações). Para os elementos <strong>de</strong> casca que compõem<br />
as pare<strong>de</strong>s do perfil foi adotada a teoria <strong>de</strong> Kirchhoff, isto é, não foi consi<strong>de</strong>rado o<br />
cortante. Porém, para os elementos <strong>de</strong> casca que compõem as placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>, foi<br />
consi<strong>de</strong>rado, inclusive, o efeito do esforço cortante, segundo a teoria <strong>de</strong> Mindlin/Reisner<br />
(SAP2000, 2003).<br />
A análise foi realizada para vários modos superiores, com o objetivo <strong>de</strong> buscar,<br />
além da força crítica <strong>de</strong> flambagem para o primeiro modo (1º harmônico), a força crítica<br />
para outros modos <strong>de</strong> flambagem. Por exemplo, se no primeiro modo foi obtida a força<br />
crítica e o modo <strong>de</strong> flambagem local, em algum modo superior po<strong>de</strong> ser obtida a força<br />
crítica e o modo <strong>de</strong> flambagem para os modos distorcional e global. Nem sempre, nos<br />
modos superiores, é nítido o modo <strong>de</strong> flambagem. Para vigas-colunas curtas ou com<br />
seção esbelta, nem sempre o modo e a força global flambagem são fáceis <strong>de</strong> serem<br />
obtidas.<br />
Os resultados das análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, forças críticas e modo <strong>de</strong> flambagem<br />
dominante obtidas a partir do programa SAP2000, estão consolidados nas tabelas do<br />
Anexo B, Tabelas B1 a B7. Nessas Tabelas também estão incluídos os valores teóricos<br />
das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global por flexão <strong>de</strong> colunas, isto é, para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
carregamento (i) (eq. 2.12) e da força crítica <strong>de</strong> flambagem global por flexão, por torção<br />
ou por flexo-torção <strong>de</strong> vigas-colunas, isto é, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento (iv) estado real <strong>de</strong><br />
carregamento obtida com a equação (2.10).<br />
A seguir será <strong>de</strong>talhada a discretização e a mo<strong>de</strong>lagem para cada tipo <strong>de</strong> seção<br />
transversal para análise segundo o MEF, via o programa SAP2000, <strong>de</strong> tal forma a<br />
reproduzir com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> os ensaios.<br />
• Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
Nas seções extremas (base e topo) foram discretizadas placas <strong>de</strong> aço muito<br />
rígidas, com espessura <strong>de</strong> 50mm, Figura 5.7(a), que possibilitaram a aplicação da força<br />
concentrada <strong>de</strong> compressão em um único nó da placa <strong>de</strong> topo e a reação em um único<br />
65
nó na placa <strong>de</strong> base. Tanto para o nó <strong>de</strong> aplicação do carregamento como para o nó <strong>de</strong><br />
reação, cujas coor<strong>de</strong>nadas são as excentricida<strong>de</strong>s (e x ; e y ) lhes são atribuídas as<br />
vinculações externas necessárias para simular as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s dos<br />
ensaios. Assim, para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack manteve-se o empenamento e a<br />
rotação <strong>de</strong> torção impedidos nos extremos e as rotações <strong>de</strong> flexão (planos XZ e YZ)<br />
permitidas, Figura 5.7(b). Essas condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s reproduziram as condições<br />
dos ensaios. As pare<strong>de</strong>s do perfil foram discretizadas <strong>de</strong> forma a concordar com a<br />
discretização das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s (plano XY) e com espaçamento <strong>de</strong> 10 mm ao<br />
longo do comprimento (direção Z).<br />
A placa <strong>de</strong> 20 mm <strong>de</strong> espessura, <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro, moldadas nas extremida<strong>de</strong>s<br />
dos corpos <strong>de</strong> prova com objetivo <strong>de</strong> impedir o empenamento, Figura 5.8, não foram<br />
discretizadas. No entanto, foram consi<strong>de</strong>radas na redução do comprimento original das<br />
vigas-colunas através, da redução do comprimento <strong>de</strong> cada série <strong>de</strong> vigas-colunas,<br />
respectivamente <strong>de</strong> 800 para 760mm, <strong>de</strong> 1200 para 1160mm e <strong>de</strong> 1600 para 1560mm,<br />
tal qual nos estudos originais (PÉREZ, 2003).<br />
b2<br />
b4<br />
VINCULAÇÃO<br />
Y<br />
TOPO<br />
TX x RX --<br />
TY x RY --<br />
TZ --<br />
RZ x<br />
b1<br />
O<br />
CG<br />
OOO<br />
X<br />
BASE<br />
TX x RX --<br />
TY x RY --<br />
TZ x<br />
RZ x<br />
b3<br />
Empenamento<br />
Impedido<br />
ex<br />
ex<br />
ex<br />
6<br />
10<br />
14<br />
(a)<br />
(b)<br />
Figura 5.7: Seção transversal <strong>de</strong> perfil rack: (a) esquema das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s<br />
discretizadas com nós coinci<strong>de</strong>ntes com as excentricida<strong>de</strong>s e coinci<strong>de</strong>nte com as rótulas<br />
<strong>de</strong> vinculação global externa; (b) vinculação externa nos nós das rótulas, segundo o<br />
menu do SAP2000: nó da base (e x , e y , 0); nó do topo (e x , e y , L).<br />
66
A discretização e o mo<strong>de</strong>lo adotados conduziram aos resultados apresentados na<br />
Tabela B7 do Anexo B. Verificou-se que para refinamentos superiores na discretização<br />
não houve alteração significativa na força crítica <strong>de</strong> flambagem e nenhuma alteração no<br />
modo <strong>de</strong> flambagem.<br />
Figura 5.8 – Mol<strong>de</strong> utilizado na elaboração das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resina<br />
reforçada com fibras <strong>de</strong> vidro, <strong>de</strong> 20 mm <strong>de</strong> espessura (PÉREZ, 2003).<br />
• Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
O mesmo procedimento adotado para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack foi adotado<br />
para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção U simples, Figura 5.9. Foram discretizadas placas muito<br />
rígidas nas extremida<strong>de</strong>s do perfil, simulando a mesa do equipamento, porém,<br />
discretizado <strong>de</strong> tal forma que uma fila e uma coluna <strong>de</strong> nós coincidissem com a<br />
excentricida<strong>de</strong> (e x ; e y ). As pare<strong>de</strong>s do perfil foram discretizadas concordando com a<br />
discretização das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>, isto é, com linhas e colunas <strong>de</strong> nós alinhados.<br />
Porém, na direção longitudinal o espaçamento foi <strong>de</strong> aproximadamente 12mm. As<br />
condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> são idênticas às vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack, Figura 5.7(b).<br />
Os Resultados das análises estão apresentados na Tabelas B1 do Anexo B.<br />
67
N<br />
N<br />
PLACA 50 mm<br />
Z<br />
Z<br />
Y<br />
N<br />
b1 e y<br />
X<br />
e x<br />
e x<br />
X<br />
e y<br />
Y<br />
b2<br />
b2<br />
N<br />
b1<br />
N<br />
(a) (b) (c)<br />
Figura 5.9 - Esquema <strong>de</strong> discretização dos perfis U simples, com força concentrada<br />
sobre um nó da placa rígida <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>, com coor<strong>de</strong>nadas: e x , e y . Nó da base (e x ,<br />
e y , 0,0); nó do topo (e x , e y , L): (a) placa <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>; (b) e (c) mesas e alma<br />
mostrando a discretização na vertical, concordando com a discretização das placas <strong>de</strong><br />
extremida<strong>de</strong>.<br />
• Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecidas<br />
Essas vigas-colunas possuem gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong>, a maioria <strong>de</strong>las com<br />
excentricida<strong>de</strong> fora dos limites da seção transversal, Figuras e Tabelas 5.2. LOH e<br />
PEKOZ (1985) apresentam o equipamento <strong>de</strong> ensaio, Figura 5.10, e relatam que foram<br />
soldadas placas <strong>de</strong> aço nas extremida<strong>de</strong>s dos perfis com espessura <strong>de</strong> 19,05 mm<br />
(0,75in). Essas placas foram mo<strong>de</strong>ladas, no presente trabalho, como parte do perfil e<br />
funcionam como impedimento ao empenamento das seções <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>. O mesmo<br />
<strong>de</strong>talhamento adotado para a mo<strong>de</strong>lagem das vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack e U simples,<br />
foi igualmente aplicado na mo<strong>de</strong>lagem das vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida. A única<br />
diferença resi<strong>de</strong> na espessura das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>. As condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s<br />
são idênticas às apresentadas na figura 5.7(b), exceto para o 2º e 3º grupos <strong>de</strong> vigas-<br />
68
colunas <strong>de</strong> seção U enrijecidos que possuem mais uma restrição: o impedimento à<br />
rotação no plano YZ e XZ, respectivamente. As dimensões dos elementos finitos <strong>de</strong><br />
casca variaram entre 8mm a 15mm. Discretizações com maior refinamento não<br />
alterariam os resultados das análises apresentados nas Tabelas B2 a B6 do Anexo B.<br />
Seção A-A<br />
Figura 5.10: Equipamento utilizado para ensaiar as vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida<br />
(LOH e PEKÖZ, 1985).<br />
5.4 Cálculo das Resistências à Compressão e à Flexão<br />
As resistências foram calculadas com base na formulação do MRD para os 4<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento utilizando-se os resultados das análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> das<br />
MRD<br />
subseções 5.3.1 e 5.3.2: (i) a resistência à compressão centrada da coluna N c,R (AISI,<br />
MRD<br />
2004); (ii) a resistência à flexão simples da viga, em relação ao eixo X, M x,R (AISI,<br />
2004); (iii) a resistência à flexão simples da viga, em relação ao eixo Y no sentido da<br />
MRD<br />
excentricida<strong>de</strong>, M y,R (AISI, 2004) e (iv) a resistência à compressão excêntrica da<br />
MRD<br />
viga-coluna, N exc-R . Neste último caso, aplicou-se a mesma formulação da<br />
69
compressão centrada do MRD, apresentada na seção 4.2, porém com os resultados da<br />
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> no estado real <strong>de</strong> carregamento (compressão excêntrica).<br />
De forma generalizada, representam-se a seguir os esquemas para o cálculo das<br />
resistências nominais pelo MRD, que consiste em aplicar o método apresentado no<br />
capítulo 4, utilizando-se as forças críticas <strong>de</strong> flambagem elásticas e a força plástica, já<br />
calculadas e apresentadas nas tabelas do Anexo A:<br />
(i) Para a compressão centrada:<br />
•<br />
MRD<br />
N c,R = f (N cre ; N crl ; N crd ; N y ), pois:<br />
• das equações (4.2.1) obtém-se: N ne = f (N cre ; N y )<br />
• das equações (4.2.2) obtém-se: N nl = f (N crl ; N ne )<br />
• das equações (4.2.3) obtém-se: N nd = f (N crd ; N y )<br />
• finalmente:<br />
MRD<br />
N c,R = mínimo (N ne ; N nl ; N nd )<br />
on<strong>de</strong>:<br />
N cre: força crítica <strong>de</strong> flambagem global elástica na compressão centrada, é a menor entre<br />
as forças <strong>de</strong> flambagem por flexão (eq. 2.12) e por flexo-torção (eq. 2.14);<br />
N crl: força crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica na compressão centrada;<br />
N crd: força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica na compressão centrada;<br />
N y : força plástica (resistência plástica);<br />
N ne : resistência nominal da coluna consi<strong>de</strong>rando a flambagem global;<br />
N nl : resistência nominal da coluna consi<strong>de</strong>rando a interação entre a flambagem local e<br />
global;<br />
N nd : resistência nominal da coluna consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional.<br />
(ii) Para a flexão simples em relação ao eixo X:<br />
•<br />
MRD<br />
M x,R = f (M x,cre ; M x,crl ; M x,crd ; M x,y ), pois:<br />
• das equações (4.3.1) se obtém: M x,ne = f (M x,cre ; M x,y )<br />
• das equações (4.3.2) se obtém: M x,nl = f (M x,crl ; M x,ne )<br />
• das equações (4.3.3) se obtém: M x,nd = f (M x,crd ; M x,y )<br />
• finalmente:<br />
MRD<br />
M x,R = mínimo (M x,ne ; M x,nl ; M x,nd )<br />
on<strong>de</strong>:<br />
M x,cre: momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem lateral elástica (eq. 2.15.a);<br />
70
M x,crl: momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem local elástica;<br />
M x,crd : momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica;<br />
M x,y : momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida;<br />
M x,ne : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a flambagem lateral com torção;<br />
M x,nl : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a interação entre a flambagem local e<br />
lateral com torção;<br />
M x,nd : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional.<br />
(iii) Para a flexão simples em relação ao eixo Y:<br />
•<br />
MRD<br />
M y,R = f (M y,cre ; M y,crl ; M y,crd ; M y,y ), pois:<br />
• das equações (4.3.1) obtém-se: M y,ne = f (M y,cre ; M y,y )<br />
• das equações (4.3.2) obtém-se: M y,nl = f (M y,crl ; M y,ne )<br />
• das equações (4.3.3) obtém-se: M y,nd = f (M y,crd ; M y,y )<br />
• finalmente:<br />
MRD<br />
M y,R = mínimo (M y,ne ; M y,nl ; M y,nd )<br />
on<strong>de</strong>:<br />
M y,cre: momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem lateral elástica;<br />
M y,crl: momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem local elástica, (eq. 2.15.b);<br />
M y,crd : momento fletor crítico <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica;<br />
M y,y : momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida;<br />
M y,ne : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a flambagem lateral com torção;<br />
M y,nl : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a interação entre a flambagem local e<br />
lateral com torção;<br />
M y,nd : resistência nominal <strong>de</strong> vigas consi<strong>de</strong>rando a flambagem distorcional.<br />
Igualmente, para o estado real <strong>de</strong> carregamento, po<strong>de</strong>-se apresentar o seguinte<br />
esquema para o cálculo da resistência.<br />
(iv) Para a compressão excêntrica:<br />
•<br />
MRD<br />
N exc,R = f (N exc,cre ; N exc,crl ; N exc,crd ; N y ), pois:<br />
• das equações (4.2.1) obtém-se: N exc,ne = f (N exc,cre ; N y )<br />
• das equações (4.2.2) obtém-se: N exc,nl = f (N exc,crl ; N exc,ne )<br />
71
• das equações (4.2.3) obtém-se: N exc,nd = f (N exc,crd ; N y )<br />
MRD<br />
• finalmente: N exc,R = mínimo (N exc,ne ; N exc,nl ; N exc,nd )<br />
on<strong>de</strong>:<br />
N exc,cre: força crítica <strong>de</strong> flambagem global elástica na compressão excêntrica, é a menor<br />
das raízes da equação 2.10;<br />
N exc,crl: força crítica <strong>de</strong> flambagem local elástica na compressão excêntrica;<br />
N exc,crd: força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica na compressão excêntrica;<br />
N exc,y : (=N y ) força plástica (resistência plástica) na compressão excêntrica ou centrada;<br />
N exc,ne : resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a flambagem global;<br />
N exc,nl : resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a interação entre a<br />
flambagem local e global;<br />
N exc,nd : resistência nominal na compressão excêntrica consi<strong>de</strong>rando a flambagem<br />
distorcional.<br />
Por último, repetiram-se os cálculos das resistências para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
carregamento (i), (ii) e (iii) segundo a formulação da NBR 14762 (2001), que emprega o<br />
método das larguras efetivas para consi<strong>de</strong>rar a influência da interação entre flambagem<br />
local e global e do Anexo D, para consi<strong>de</strong>rar a influência da flambagem distorcional.<br />
NBR<br />
Assim, foram calculadas: (i) a resistência à compressão centrada da coluna N c,R ; (ii) a<br />
NBR<br />
resistência à flexão simples da viga, em relação ao eixo X, M x,R e (iii) a resistência à<br />
NBR<br />
flexão simples da viga, em relação ao eixo Y, M y,R , (<strong>de</strong> acordo com a excentricida<strong>de</strong><br />
e x da viga-coluna, para e x ≥ 0, tracionando a alma e para e x < 0, comprimindo a alma).<br />
As resistências à flexão simples são calculadas para os dois planos <strong>de</strong> flexão (XZ<br />
e YZ), in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do perfil viga-coluna estar ou não submetido a carregamento<br />
duplamente excêntrico, assim como foi feito para a análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> pois, a<br />
uniformização na apresentação dos resultados facilita a análise dos mesmos nas Tabelas.<br />
O sinal negativo da resistência à flexão em relação ao eixo Y, M y,R , indica<br />
apenas que a resistência se refere à flexão em relação ao eixo Y comprimindo a alma da<br />
seção transversal da viga.<br />
72
1000 (i)<br />
5.4.1 Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Tabela 5.4 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R MRD .<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (i) kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (iv) kN<br />
UE11 163,5 14.930,6 1.539,3 201,1 12.613,7 2.981,4 182,5<br />
UE12 163,5 14.930,6 -10.266,9 201,1 12.613,7 -10.266,9 208,1<br />
UE21 140,8 14.907,7 1.539,3 179,7 12.609,4 2.981,4 163,1<br />
UE22 140,8 14.907,7 -10.266,9 179,7 12.609,4 -10.266,9 185,6<br />
UE31 118,4 14.034,4 1.539,3 155,4 12.094,6 2.981,4 140,9<br />
UE32 118,4 14.034,4 -10.266,9 155,4 12.094,6 -10.266,9 160,0<br />
UE41 155,4 10.036,0 1.672,2 174,9 8.053,5 3.158,2 152,8<br />
UE42 155,4 10.036,0 -8.512,3 174,9 8.053,5 -8.512,3 181,5<br />
UE51 130,2 9.920,5 1.672,2 156,0 7.995,3 3.158,2 134,2<br />
UE52 130,2 9.920,5 -8.512,3 156,0 7.995,3 -8.512,3 161,2<br />
UE61 106,3 9.299,6 1.672,2 135,5 7.646,7 3.158,2 114,2<br />
UE62 106,3 9.299,6 -8.512,3 135,5 7.646,7 -8.512,3 138,5<br />
UE71 126,4 8.679,9 1.762,1 153,5 6.729,0 3.320,5 134,0<br />
UE72 126,4 8.679,9 -8.176,6 153,5 6.729,0 -8.176,6 163,9<br />
UE81 99,0 8.558,8 1.762,1 129,2 6.669,1 3.320,5 110,9<br />
UE82 99,0 8.558,8 -8.176,6 129,2 6.669,1 -8.176,6 140,2<br />
UE91 78,1 8.021,5 1.762,1 104,7 6.378,3 3.320,5 88,0<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.4, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A1 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A2 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A3 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A4 do Anexo A.<br />
73
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.4, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii):<br />
NBR<br />
(i) A Resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada segundo a interação<br />
entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e global para todos os perfis;<br />
NBR<br />
(ii) A Resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem local para os perfis UE11, UE12, UE41, UE42, UE71 e EU72;<br />
para os <strong>de</strong>mais perfis a resistência é <strong>de</strong>terminada segundo a interação entre os modos <strong>de</strong><br />
flambagem local e lateral com torção.<br />
NBR<br />
(iii) A Resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem local para os perfis UE11, UE21, UE31, UE41, UE51, UE61,<br />
UE71, UE81 e UE91; para os <strong>de</strong>mais perfis a resistência é <strong>de</strong>terminada pelo início <strong>de</strong><br />
plastificação da seção, sem flambagem.<br />
Verificam-se diferenças consi<strong>de</strong>ráveis entre as resistências equivalentes,<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii) e (iii), obtidas através dos dois métodos, Tabela 5.4.<br />
Para os perfis com excentricida<strong>de</strong> e x negativa, é verificado que as resistências à<br />
MRD<br />
compressão excêntrica, N exc,R , são maiores que as resistências à compressão<br />
MRD<br />
centrada, N c,R .<br />
O MRD não foi calibrado com dados experimentais <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U simples<br />
para colunas, mas foram para as vigas (SCHAFER, 2002), no entanto, não foram<br />
incluídas nos limites <strong>de</strong> seções pré-qualificadas divulgadas no AISI (2004).<br />
5.4.2 Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção U Enrijecida<br />
Apresentam-se as resistências dos perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida.<br />
5.4.2.1 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida.<br />
Estes perfis, Tabela 5.2(a), quando analisados como colunas estão incluídos no<br />
intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação do MDR com relação às dimensões; quando analisados<br />
como vigas em relação ao eixo <strong>de</strong> simetria, o parâmetro b1/b2 está ligeiramente fora<br />
(abaixo) do intervalo <strong>de</strong>: 1,5 < b1/b2 < 17 (AISI, 2004).<br />
74
4,448 (i)<br />
Tabela 5.5 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R<br />
MRD<br />
.<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (i) kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (iv) kN<br />
LC9-LS-1 198,4 6.850,5 3.198,4 213,3 7.699,3 3.646,0 130,1<br />
LC9-LS-2 177,8 6.850,5 3.189,7 188,4 7.699,3 3.646,0 130,1<br />
LC9-LS-3 148,1 6.850,5 3.185,9 163,4 7.699,3 3.646,0 111,7<br />
LC9-LS-4 169,9 7.752,8 -6.883,0 187,5 8.609,4 -6.883,0 145,0<br />
LC10-LS-1 237,0 8.842,1 -7.793,9 247,8 10.042,5 -8.106,5 190,3<br />
LC10-LS-2 229,6 8.842,1 -7.793,9 243,9 10.042,5 -8.106,5 180,4<br />
LC10-LS-3 209,6 8.842,1 -7.793,9 224,6 10.042,5 -8.106,5 168,7<br />
LC11-LS-1 120,1 3.937,8 2.750,4 133,3 4.258,1 2.943,8 68,0<br />
LC11-LS-2 112,0 3.937,8 2.732,5 133,3 4.258,1 2.943,8 67,1<br />
LC11-LS-3 99,5 3.937,8 2.721,8 118,0 4.258,1 2.943,8 68,0<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.5, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A5 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forçass <strong>de</strong> flambagem da Tabela A6 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A7 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A8 do Anexo A.<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.5, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii):<br />
NBR<br />
(i) A Resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para o perfil LC10-LS-1; para os perfis LC9-LS-2 a 4, somente<br />
segundo o modo <strong>de</strong> flambagem global; para os perfis LC9-LS-1 e LC10-LS-2 a LC11-<br />
LS-3, segundo a interação entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e global;<br />
NBR<br />
(ii) A Resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para os perfis LC9-LS-1 a LC10-LS-3; para os perfis<br />
LC11-LS-1 a 3 a resistência é <strong>de</strong>terminada segundo a interação (baixa) entre os modos<br />
<strong>de</strong> flambagem local e lateral com torção.<br />
75
4,448 kN<br />
NBR<br />
(iii) A Resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para os perfis LC9-LS-1 a 3 e LC11-LS-1 a 3; para os<br />
perfis LC10-LS-1 a 3 é <strong>de</strong>terminada segundo o modo <strong>de</strong> flambagem local; para o perfil<br />
LC9-LS-4 a resistência é <strong>de</strong>terminada pelo início <strong>de</strong> plastificação da seção, sem<br />
flambagem.<br />
Observa-se que as resistências obtidas segundo o MRD são sempre superiores<br />
àquelas obtidas segundo a NBR, para este grupo <strong>de</strong> perfis.<br />
5.4.2.2 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida.<br />
Estes perfis, Tabela 5.2(b), quando analisados como colunas estão incluídos no<br />
intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação do MDR com relação às dimensões; quando analisados<br />
como vigas, em relação ao eixo <strong>de</strong> simetria, o parâmetro b1/b2=1,0, está fora (abaixo)<br />
do intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação para todas as vigas, que é <strong>de</strong>: 1,5 < b1/b2 < 17 (AISI,<br />
2004).<br />
Tabela 5.6 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
MRD<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R .<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN.mm kN.mm kN kN.mm kN.mm kN<br />
LC1-LS-1 123,2 3.857,3 2.669,8 132,2 4.192,7 2.897,7 90,3<br />
LC1-LS-2 116,9 3.857,3 2.653,1 132,2 4.192,7 2.897,7 90,3<br />
LC1-LS-3 109,0 3.857,3 2.644,6 125,9 4.192,7 2.897,7 90,3<br />
LC2-LS-1 221,7 6.268,6 -6.249,5 226,5 6.734,1 -6.249,5 229,6<br />
LC2-LS-2 206,8 6.268,6 -6.249,5 212,3 6.734,1 -6.249,5 217,1<br />
LC2-LS-3 191,0 6.268,6 -6.249,5 198,8 6.734,1 -6.249,5 204,7<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.6, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A9 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A10 do Anexo A;<br />
76
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A11 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A12 do Anexo A.<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.6, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii) e (iii):<br />
NBR<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para o perfil LC2-LS-1; para os perfis CL2-2 a 3 a resistência é<br />
<strong>de</strong>terminada somente pelo modo <strong>de</strong> flambagem global; para os perfis LC1-LS-1 a 3 a<br />
resistência é <strong>de</strong>terminada pela interação entre os modos <strong>de</strong> flambagem local e global.<br />
NBR<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada pelo modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para todos os perfis;<br />
NBR<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada pelo modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para os perfis LC1-LS-1 a 3; para os perfis LC2-LS-1 a 3 a<br />
resistência é <strong>de</strong>terminada pelo início <strong>de</strong> plastificação da seção, sem flambagem.<br />
Observa-se que as resistências obtidas segundo o MRD são sempre superiores<br />
àquelas obtidas segundo a NBR, para este grupo <strong>de</strong> perfis.<br />
Para os perfis LC2-LS-l a 3, cujo carregamento localiza-se sobre o eixo <strong>de</strong><br />
simetria com excentricida<strong>de</strong> e x negativa, é verificado que as resistências à compressão<br />
MRD MRD<br />
excêntrica, N exc,R , são maiores que as resistências à compressão centrada, N c,R .<br />
5.4.2.3 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida.<br />
Quando analisados como colunas, os perfis LC3-LS-1 a LC4-LS-2, Tabela<br />
5.2(c), possuem o parâmetro b3/b2 ligeiramente acima do intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação<br />
do MRD que é <strong>de</strong>: 0,05 < b3/b2 < 0,41; quando analisados como vigas, em relação ao<br />
eixo <strong>de</strong> simetria, os perfis LC5-LS-1 a LC8-LS-5 possuem o parâmetro b1/b2 abaixo do<br />
intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação <strong>de</strong> vigas que é <strong>de</strong>: 1,5 < b1/b2 < 17 (AISI, 2004).<br />
77
4,448 kN<br />
Tabela 5.7 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
MRD<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R .<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN.mm kN.mm kN kN.mm kN.mm kN<br />
LC3-LS-1 75,8 2.277,6 1.067,4 79,4 2.445,7 1.140,1 77,4<br />
LC3-LS-2 81,0 2.174,0 999,6 83,8 2.324,0 1.060,0 80,7<br />
LC3-LS-3 73,9 2.174,0 998,5 77,0 2.324,0 1.060,0 73,5<br />
LC3-LS-4 64,6 2.174,0 997,9 69,2 2.324,0 1.060,0 64,4<br />
LC4-LS-1 141,7 4.004,6 1.851,1 147,1 4.341,4 1.994,7 132,8<br />
LC4-LS-2 120,9 4.004,6 1.848,9 129,4 4.341,4 1.994,7 117,2<br />
LC5-LS-1 206,6 7.035,9 4.757,4 217,0 7.634,1 5.232,1 206,8<br />
LC5-LS-2 161,0 7.035,9 4.750,8 178,6 7.634,1 5.232,1 176,8<br />
LC6-LS-1 96,4 3.260,3 2.246,4 109,2 3.593,0 2.484,0 78,8<br />
LC6-LS-2 90,0 3.260,3 2.239,9 98,5 3.593,0 2.484,0 81,4<br />
LC7-LS-1 210,4 8.000,9 3.945,3 214,8 8.595,9 4.287,5 198,1<br />
LC7-LS-2 186,8 8.000,9 3.939,6 194,6 8.595,9 4.287,5 192,2<br />
LC8-LS-1 119,7 4.923,0 2.494,0 128,9 5.369,5 2.722,8 106,8<br />
LC8-LS-2 115,2 4.923,0 2.478,3 128,9 5.369,5 2.722,8 106,8<br />
LC8-LS-3 108,9 4.923,0 2.468,8 127,1 5.369,5 2.722,8 106,8<br />
LC8-LS-4 101,8 4.936,2 2.471,7 119,0 5.360,3 2.718,9 103,9<br />
LC8-LS-5 95,3 4.936,2 2.468,2 109,5 5.360,3 2.718,9 97,7<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.7, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A13 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A14 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A15 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A16 do Anexo A.<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.7, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii) e (iii):<br />
78
NBR<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada pela interação segundo<br />
os modos <strong>de</strong> flambagem local e global para os perfis LC3-LS-1 a 3, LC4-LS-1, LC6-<br />
LS-1 a 2 e LC8-LS-1 a 5; para os <strong>de</strong>mais perfis a resistência é <strong>de</strong>terminada somente<br />
pelo modo <strong>de</strong> flambagem global;<br />
NBR<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para os todos os perfis;<br />
NBR,<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para todos os perfis;<br />
Observa-se que as resistências obtidas segundo o MRD são sempre superiores<br />
àquelas obtidas segundo a NBR, para este grupo <strong>de</strong> perfis.<br />
5.4.2.4 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida.<br />
Estes perfis, Tabela 5.2(d), quando analisados como colunas estão incluídos nos<br />
intervalos <strong>de</strong> pré-qualificação do MDR, tanto com relação às dimensões como com<br />
relação à tensão <strong>de</strong> escoamento do material; o mesmo se constata quando analisados<br />
como vigas, em relação ao eixo <strong>de</strong> simetria, exceto com relação à tensão <strong>de</strong> escoamento<br />
do material, f y , dos perfis LC9-LU-3 a LC10-LU-2 que, se situa ligeiramente acima do<br />
intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação que é <strong>de</strong> 483 MPa (AISI, 2004).<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.8, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A17 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A18 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A19 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A20 do Anexo A.<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.8, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii) e (iii):<br />
79
4,448 kN<br />
NBR<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada pela interação entre os<br />
modos <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> global para todos os perfis;<br />
NBR<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada pelo modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para todos os perfis;<br />
NBR<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para os perfis LC9-LU-1 a LC10-LU-2; para os perfis<br />
LC7-LU-1 a LC8-LU-6 a resistência é <strong>de</strong>terminada segundo o modo local <strong>de</strong><br />
flambagem.<br />
Comparando as resistências à compressão centrada e à flexão simples, obtidas<br />
através do MRD e NBR, observa-se que: na compressão centrada as resistências obtidas<br />
via MRD são menores que as da NBR, para todos os perfis, exceto para os perfis LC7-<br />
LU-1 a 3. Já na flexão simples as resistências obtidas via MRD são superiores para<br />
todos os perfis <strong>de</strong>ste grupo.<br />
Tabela 5.8 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
MRD<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R .<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN.mm kN.mm kN kN.mm kN.mm kN<br />
LC7-LU-1 99,9 7.316,0 -3.039,1 101,1 8.229,1 -3.817,5 67,6<br />
LC7-LU-2 81,5 7.316,0 -3.039,1 88,9 8.229,1 -3.817,5 57,5<br />
LC7-LU-3 64,6 7.316,0 -3.039,1 75,3 7.851,9 -3.817,5 46,8<br />
LC8-LU-1 87,7 12.702,5 -5.116,6 81,9 14.070,4 -6.360,0 67,2<br />
LC8-LU-2 87,5 12.702,5 -5.116,6 81,7 14.070,4 -6.360,0 67,0<br />
LC8-LU-3 90,8 13.184,7 -5.344,5 84,9 14.649,3 -6.649,4 65,6<br />
LC8-LU-4 90,8 13.184,7 -5.344,5 84,8 14.649,3 -6.649,4 65,6<br />
LC8-LU-5 88,1 12.772,2 -5.227,5 82,4 14.266,1 -6.483,8 58,8<br />
LC8-LU-6 88,3 12.772,2 -5.227,5 82,6 14.266,1 -6.483,8 59,0<br />
LC9-LU-1 101,1 12.486,3 3.884,6 97,4 14.056,2 4.351,5 92,0<br />
LC9-LU-2 101,3 12.486,3 3.885,5 97,6 14.056,2 4.351,5 81,0<br />
LC9-LU-3 101,6 12.521,1 3.895,8 97,8 14.198,9 4.366,3 81,2<br />
LC9-LU-4 101,6 12.521,1 3.895,8 97,8 14.198,9 4.366,3 97,0<br />
LC10-LU-1 185,4 28.347,6 7.586,1 175,6 30.496,6 8.388,2 148,6<br />
LC10-LU-2 185,4 28.347,6 7.586,1 175,6 30.496,6 8.388,2 148,6<br />
80
4,448 kN<br />
5.4.2.5 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida.<br />
Estes perfis, Tabela 5.2(e), quando analisados como colunas estão incluídos no<br />
intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação do MDR com relação às dimensões; quando analisados<br />
como vigas, com relação ao eixo <strong>de</strong> simetria, os perfis estão com as dimensões<br />
incluídas nos intervalos <strong>de</strong> pré-qualificação, entretanto, com relação à tensão <strong>de</strong><br />
escoamento do material, os perfis LC6 estão com as tensões, f y , acima do intervalo <strong>de</strong><br />
pré-qualificação (AISI, 2004).<br />
Tabela 5.9 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
MRD<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R .<br />
CP<br />
NBR<br />
NBR<br />
NBR<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
MRD<br />
N c,R M x,R M y,R N c,R M x,R M y,R N exc,R<br />
kN.mm kN.mm kN kN.mm kN.mm kN<br />
LC1-LU-1 96,0 10.402,0 2.409,7 95,8 11.030,9 2.758,5 90,4<br />
LC1-LU-2 96,0 10.402,0 2.409,7 95,8 11.030,9 2.758,5 47,8<br />
LC1-LU-3 96,0 10.402,0 2.409,7 95,8 11.030,9 2.758,5 70,8<br />
LC2-LU-1 48,0 6.280,0 1.283,3 42,3 6.637,8 1.482,2 35,9<br />
LC2-LU-2 48,7 6.474,0 1.347,9 42,9 6.827,2 1.548,4 32,0<br />
LC3-LU-1 69,3 6.780,9 1.839,7 72,7 7.857,5 2.330,4 63,6<br />
LC3-LU-2 69,8 6.752,7 1.821,4 73,5 7.945,1 2.360,8 50,4<br />
LC3-LU-3 69,8 6.789,5 1.870,4 73,1 7.797,5 2.349,9 63,3<br />
LC4-LU-1 89,9 13.079,8 3.486,0 84,0 14.466,5 3.933,9 49,7<br />
LC4-LU-2 89,9 13.079,8 3.486,0 84,0 14.466,5 3.933,9 38,1<br />
LC4-LU-3 82,5 12.022,1 3.249,2 77,4 13.577,2 3.706,9 62,9<br />
LC5-LU-1 89,5 11.299,5 3.473,5 85,6 12.325,2 3.787,6 75,5<br />
LC5-LU-2 89,4 11.297,7 3.473,3 85,6 12.325,2 3.787,6 60,6<br />
LC5-LU-3 92,0 11.627,2 3.568,2 88,1 12.643,2 3.887,8 69,9<br />
LC5-LU-4 92,0 11.627,2 3.568,2 88,1 12.643,2 3.887,8 55,5<br />
LC6-LU-1 187,8 28.997,7 7.774,9 178,5 31.112,7 8.585,0 153,9<br />
LC6-LU-2 188,0 28.997,7 7.775,2 178,6 31.112,7 8.585,0 119,2<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo o MRD,<br />
Tabela 5.9, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii), (iii) e (iv):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão centrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A21 do Anexo A;<br />
81
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A22 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das<br />
forças <strong>de</strong> flambagem da Tabela A23 do Anexo A;<br />
MRD<br />
(iv) Resistência à compressão excêntrica, N exc,R , é <strong>de</strong>terminada a partir das forças <strong>de</strong><br />
flambagem constantes da Tabela A24 do Anexo A<br />
Influência das forças <strong>de</strong> flambagem no cálculo da resistência, segundo a NBR,<br />
Tabela 5.9, para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento (i), (ii) e (iii):<br />
MRD<br />
(i) A resistência à compressão entrada, N c,R , é <strong>de</strong>terminada pela interação entre os<br />
modos <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> global para todos os perfis;<br />
MRD<br />
(ii) A resistência à flexão, em relação ao eixo X, M x,R , é <strong>de</strong>terminada pelo modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional para os perfis LC5-LU-1 a 4. Os <strong>de</strong>mais perfis têm a resistência<br />
<strong>de</strong>terminada pelo modo <strong>de</strong> interação entre flambagem local e global;<br />
NBR<br />
(iii) A resistência à flexão, em relação ao eixo Y, M y,R , é <strong>de</strong>terminada segundo o<br />
modo <strong>de</strong> flambagem distorcional para todos os perfis.<br />
Comparando as resistências à compressão centrada e à flexão simples, obtidas<br />
através do MRD e NBR, observa-se que: na compressão centrada as resistências obtidas<br />
via MRD são menores que as da NBR para todos os perfis, exceto para os perfis LC3-<br />
LU-1 a 3. Já na flexão simples as resistências obtidas via MRD são superiores para<br />
todos os perfis.<br />
5.4.3 Resistência na Compressão e na Flexão dos Perfis <strong>de</strong> Seção Rack.<br />
Estes perfis rack, Tabela 5.3, quando analisados como colunas possuem os<br />
parâmetros b2/t e b3/t acima do intervalo <strong>de</strong> pré-qualificação <strong>de</strong> colunas do MRD, que é<br />
<strong>de</strong>, respectivamente: b2/t < 22 e 5 < b3/t < 8. O MRD não foi calibrado à flexão para<br />
perfis rack (AISI, 2004).<br />
A NBR 14762 (2001) apresenta formulação para calcular a resistência à<br />
compressão e à flexão <strong>de</strong> barras sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional e indica,<br />
ainda, que a tensão crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional seja calculada pela teoria da<br />
estabilida<strong>de</strong> elástica ou conforme o seu Anexo D. O Anexo D não traz formulação para<br />
a análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e o cálculo do momento crítico elástico <strong>de</strong> flambagem<br />
82
1000 (i)<br />
distorcional na flexão simples para seções tipo rack. Recorreu-se, então, à análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> elástica através do programa CUFSM para o cálculo da mesma. Em<br />
seguida, foi aplicada a formulação da norma brasileira, item 7.8.1.3 da NBR, para o<br />
cálculo e verificação dos momentos fletores resistentes, segundo o modo <strong>de</strong> flambagem<br />
NBR NBR NBR<br />
distorcional, M x,R e M y,R . Já a resistência à compressão, N c,R , foi calculada e<br />
verificada seguindo integralmente, quanto à distorção, os procedimentos dispostos na<br />
NBR 14762.<br />
Observando as Tabelas A25 a A27, do Anexo A, contendo, respectivamente, as<br />
análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>ntes aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamentos (i), (ii) e (iii),<br />
constata-se que o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional foi dominante para todos os perfis<br />
analisados e <strong>de</strong>terminou a resistência teórica obtida através do MRD. Igualmente, as<br />
resistências obtidas através da norma brasileira foram limitadas pelo modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, exceto para os perfis CP1560-6 a -14, para os quais houve<br />
pequena predominância da interação entre o modo flambagem local e global por flexotorção,<br />
no cálculo das resistências à compressão centrada, N c,R<br />
NBR<br />
.<br />
Tabela 5.10 – Resistências nominais obtidas segundo o MRD e segundo a NBR para os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) N c,R ; (ii) M x,R ; (iii) M y,R e (iv) N exc,R<br />
MRD<br />
.<br />
CP<br />
N c,R<br />
NBR<br />
M x,R<br />
NBR<br />
M y,R<br />
NBR<br />
N c,R<br />
MRD<br />
M x,R<br />
MRD<br />
M y,R<br />
MRD<br />
N exc,R<br />
MRD<br />
kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (i) kN (ii) kN.mm (iii) kN.mm (iv) kN<br />
CP-760-0 133,3 4.528,0 2.324,9 132,5 4.883,7 2.503,5 132,5<br />
CP-760-6 133,5 4.531,9 2.323,5 132,6 4.889,9 2.502,8 121,7<br />
CP-760-10 133,7 4.563,5 2.333,0 132,8 4.921,9 2.512,3 115,7<br />
CP-760-14 133,3 4.524,1 2.335,1 132,4 4.874,7 2.511,9 109,9<br />
CP-1160-0 133,3 4.620,9 2.339,3 132,4 4.970,0 2.515,2 132,4<br />
CP-1160-6 134,7 4.480,4 2.342,6 134,1 4.865,9 2.533,4 123,2<br />
CP-1160-10 134,7 4.685,5 2.366,1 133,9 5.054,1 2.548,9 116,8<br />
CP-1160-14 133,3 4.500,7 2.322,0 132,5 4.860,0 2.502,6 110,1<br />
CP-1560-0 132,9 4.553,0 2.308,3 132,0 4.898,5 2.481,8 132,0<br />
CP-1560-6 132,5 4.543,9 2.315,7 132,5 4.897,7 2.492,6 121,5<br />
CP-1560-10 133,2 4.613,6 2.322,3 132,3 4.958,4 2.495,0 115,1<br />
CP-1560-14 132,7 4.586,8 2.308,5 131,9 4.931,1 2.481,3 109,4<br />
83
5.5 Hipóteses Adotadas na Previsão da Resistência das Vigas-Colunas<br />
O estudo das vigas-colunas envolve características do estudo <strong>de</strong> colunas e <strong>de</strong><br />
vigas. Entretanto, seu comportamento é diferente do comportamento <strong>de</strong> colunas e <strong>de</strong><br />
vigas, <strong>de</strong>vido à interação não-linear entre as solicitações <strong>de</strong> esforço normal e momento<br />
fletor. Nas vigas-colunas, os <strong>de</strong>slocamentos transversais <strong>de</strong>vido à flexão são<br />
amplificados pelo efeito da força normal, o que caracteriza o efeito <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m,<br />
caracterizando um comportamento não-linear e tornando inválida a premissa da<br />
superposição linear <strong>de</strong> efeitos, <strong>de</strong>vido aos esforços <strong>de</strong> compressão e <strong>de</strong> flexão. O<br />
comportamento <strong>de</strong> vigas-colunas reais resulta <strong>de</strong> uma interação entre fenômenos <strong>de</strong><br />
flambagem e <strong>de</strong> plasticida<strong>de</strong> e é, ainda, influenciada pela presença <strong>de</strong> imperfeições<br />
geométricas e tensões residuais. Deste modo, uma análise rigorosa <strong>de</strong>sse<br />
comportamento na <strong>de</strong>terminação da resistência última da viga-coluna <strong>de</strong>veria<br />
contemplar todos esses aspectos, REIS e CAMOTIM (2001).<br />
5.5.1 Hipóteses Via a Utilização da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong> Flexo-Compressão<br />
A sobreposição <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong>vidos aos esforços peculiares da viga-coluna po<strong>de</strong>m<br />
ser levados em conta através da expressão <strong>de</strong> interação (5.1), presente em várias<br />
normas <strong>de</strong> dimensionamento <strong>de</strong> estruturas metálicas, com pequenas variações <strong>de</strong><br />
parâmetros.<br />
N<br />
N<br />
c,Sd<br />
c,Rd<br />
C<br />
mxM<br />
x,Sd<br />
C<br />
myM<br />
y,Sd<br />
+ +<br />
≤ 1<br />
(5.1)<br />
⎛ N<br />
c,Sd ⎞ ⎛ N ⎞<br />
c,Sd<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,Rd 1 − ⎟M<br />
y,Rd<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
on<strong>de</strong>:<br />
N c,Sd : é a força normal <strong>de</strong> compressão solicitante <strong>de</strong> cálculo;<br />
M x,Sd : é o momento fletor solicitante <strong>de</strong> cálculo, em relação ao eixo X;<br />
M y,Sd : é o momento fletor solicitante <strong>de</strong> cálculo, em relação ao eixo Y;<br />
N c,Rd : é a força normal <strong>de</strong> compressão resistente <strong>de</strong> cálculo;<br />
M x,Rd : é o momento fletor resistente <strong>de</strong> cálculo, em relação ao eixo X;<br />
M y,Rd : é o momento fletor resistente <strong>de</strong> cálculo, em relação ao eixo Y;<br />
84
N ex : é a força <strong>de</strong> flambagem por flexão da coluna, em relação ao eixo X;<br />
N ey : é a força <strong>de</strong> flambagem por flexão da coluna, em relação ao eixo Y;<br />
C mx e C my : coeficientes <strong>de</strong> equivalência <strong>de</strong> momentos na flexão composta, em relação<br />
aos eixos X e Y.<br />
Seguindo as prescrições da norma brasileira NBR 14762, foi adotado no<br />
presente estudo C m igual à unida<strong>de</strong>, visto que as barras ensaiadas se comportam como<br />
estruturas in<strong>de</strong>slocáveis e os momentos em cada extremida<strong>de</strong>, oriundos da<br />
excentricida<strong>de</strong> do carregamento, são idênticos em módulo, provocam curvatura simples.<br />
Portanto, tanto as condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> como a excentricida<strong>de</strong>, para cada plano <strong>de</strong><br />
flexão, são idênticas nas duas extremida<strong>de</strong>s.<br />
Os momentos fletores <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m atuantes ao longo das barras estudadas<br />
neste trabalho são oriundos da aplicação excêntrica da força axial, N c,S , e po<strong>de</strong>m ser<br />
representados como se segue:<br />
M x,S = N c,S .e y<br />
(5.2.a)<br />
M y,S = N c,S .e x<br />
(5.2.b)<br />
As parcelas entre parênteses no <strong>de</strong>nominador da expressão <strong>de</strong> interação têm a<br />
função <strong>de</strong> amplificar os momentos atuantes <strong>de</strong> 1ª or<strong>de</strong>m. Essa amplificação preten<strong>de</strong><br />
representar os efeitos <strong>de</strong> 2ª or<strong>de</strong>m na flexão da viga-coluna.<br />
Na seção 5.4 não foram estipulados coeficientes <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração da resistência, γ.<br />
Logo, as parcelas resistentes calculadas foram as parcelas <strong>de</strong> resistência última nominal<br />
(γ=1,0).<br />
Com base nos esclarecimentos acima, a expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexocompressão<br />
po<strong>de</strong> ser reescrita como:<br />
N<br />
N<br />
c,S<br />
c,R<br />
Nc,S.e<br />
y Nc,S.e<br />
x<br />
+ +<br />
= 1<br />
(5.3)<br />
⎛ Nc,S<br />
⎞ ⎛ N ⎞<br />
c,S<br />
⎜1<br />
− M x,R<br />
⎜1<br />
− ⎟M<br />
y,R<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
5.5.1.1 Arranjos da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong> Flexo-Compressão<br />
As previsões para a resistência teórica última da viga-coluna, N c,S , serão<br />
investigadas através <strong>de</strong> 3 arranjos em torno da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexocompressão<br />
(eq. 5.3). Esses arranjos consistem em combinações das parcelas <strong>de</strong><br />
85
esistências, calculadas na seção 5.4, obtidas <strong>de</strong> acordo com as análises <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
da seção 5.3 e observando-se os 4 mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento mostrados na Figura 5.4.<br />
• Arranjo 1<br />
Este arranjo foi montado com as parcelas resistentes e com as parcelas que<br />
consi<strong>de</strong>ram o efeito <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m conforme previsto na NBR 14762, isto é, as<br />
resistências obtidas através do método das larguras efetivas, para a interação entre<br />
flambagem local e global e, pelo anexo D da NBR, para a flambagem distorcional,<br />
segundo os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i) compressão centrada; (ii) flexão simples em<br />
relação ao eixo X e (iii) flexão simples em relação ao eixo Y. Para consi<strong>de</strong>rar o efeito <strong>de</strong><br />
segunda or<strong>de</strong>m foram utilizadas as forças críticas <strong>de</strong> flambagem por flexão <strong>de</strong> colunas,<br />
respectivamente, N ex e N ey , (eq. 2.12). O objetivo <strong>de</strong>ste arranjo é servir como parâmetro<br />
<strong>de</strong> comparação com os arranjos 2 e 3.<br />
N<br />
N<br />
c,S<br />
NBR<br />
c,R<br />
N<br />
c,S.e<br />
y N<br />
c,S.e<br />
x<br />
+ +<br />
= 1<br />
(5.3.1)<br />
⎛ N<br />
c,S ⎞<br />
NBR<br />
⎛ N ⎞<br />
c,S NBR<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,R 1 − ⎟M<br />
y,R<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
• Arranjo 2<br />
Este arranjo foi montado com as parcelas resistentes obtidas segundo a aplicação<br />
plena do MRD como coluna e como viga, isto é, segundo os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento<br />
(i), (ii) e (iii). O efeito <strong>de</strong> segunda foi consi<strong>de</strong>rado tal como no Arranjo 1.<br />
N<br />
N<br />
c,S<br />
MRD<br />
c,R<br />
N<br />
c,S.e<br />
y<br />
N<br />
c,S.e<br />
x<br />
+ +<br />
= 1<br />
(5.3.2)<br />
⎛ N<br />
c,S ⎞<br />
MRD<br />
⎛ N ⎞<br />
c,S MRD<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,R 1 − ⎟M<br />
y,R<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
• Arranjo 3<br />
Neste arranjo as parcelas resistentes foram totalmente re<strong>de</strong>finidas. A parcela<br />
resistente <strong>de</strong> compressão excêntrica, N MRD exc,R , é aquela obtida a partir da aplicação do<br />
MRD formulado para colunas, (eq. 4.2.1 a 4.2.3), porém, alimentada com a análise <strong>de</strong><br />
estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viga-coluna, como representado no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento (iv), ou<br />
86
seja, estado real <strong>de</strong> carregamento. Os momentos resistentes, M x,y e M y,y , foram tomados<br />
no início <strong>de</strong> plastificação em relação aos eixos X e Y, respectivamente, sem nenhuma<br />
redução <strong>de</strong>vido à flambagem local, distorcional ou lateral com torção. A justificativa<br />
<strong>de</strong>ste procedimento baseia-se no fato <strong>de</strong> que, N MRD exc,R = f (N exc,cre; N crl ; N exc,crd ; N y ) trás<br />
consigo a influência da flambagem para o estado real <strong>de</strong> carregamento, seja ela local,<br />
distorcional ou global, oriunda da aplicação do carregamento axial excêntrico, não<br />
necessitando imputar reduções adicionais aos momentos resistentes <strong>de</strong>vido à mesma<br />
causa. Desta forma, foram feitas as seguintes substituições na expressão <strong>de</strong> interação<br />
original (eq. 5.3): no lugar <strong>de</strong> N c,R N MRD exc,R ; no lugar <strong>de</strong> M x,R M x,y ; no lugar <strong>de</strong><br />
M y,R M y,y . O efeito <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m foi consi<strong>de</strong>rado tal como no Arranjo 1.<br />
N<br />
N<br />
c,S<br />
MRD<br />
exc,R<br />
N<br />
c,S.e<br />
y N<br />
c,S.e<br />
x<br />
+ +<br />
= 1<br />
(5.3.3)<br />
⎛ N<br />
c,S ⎞ ⎛ N ⎞<br />
c,S<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,y 1 − ⎟M<br />
y,y<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
5.5.2 Hipótese Sem a Utilização da Expressão <strong>de</strong> Interação <strong>de</strong> Flexo-Compressão<br />
Posteriormente, numa segunda etapa, para os perfis <strong>de</strong> seção rack cujo modo <strong>de</strong><br />
flambagem dominante experimental e teórico foi observado como sendo o modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, serão calculadas as resistências através <strong>de</strong> outra metodologia,<br />
sem a utilização da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexão-compressão, conforme será tratado<br />
na seção 5.7.<br />
5.6 Apresentação e Avaliação da Resistência Teórica das Vigas-Colunas Obtida<br />
através da Expressão <strong>de</strong> Interação.<br />
Nesta seção serão apresentados os resultados das previsões <strong>de</strong> resistência das<br />
vigas-colunas, obtidas a partir dos arranjos em torno da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexocompressão,<br />
conforme apresentado na seção anterior.<br />
87
Para facilitar a avaliação as resistências serão apresentadas e tratadas<br />
estatisticamente, através da média (M) das razões entre resistência última experimental<br />
pela resistência última teórica, do <strong>de</strong>svio padrão (DP), da dispersão relativa (DR) e dos<br />
valores característicos (N k ) para uma faixa em torno da média <strong>de</strong> 1,64 do <strong>de</strong>svio padrão<br />
(N k = M ± 1,64DP), correspon<strong>de</strong>nte a 5% e 95%, Tabelas 5.11 a 5.17.<br />
A partir <strong>de</strong>sses dados estatísticos, serão traçados dois tipos <strong>de</strong> gráficos que<br />
relacionam gran<strong>de</strong>zas como resistência última experimental, N u-exp , resistência última<br />
teórica, N c,S , resistência plástica, N y , excentricida<strong>de</strong>s e raios <strong>de</strong> giração. O primeiro<br />
gráfico apresenta a razão da resistência última experimental pela resistência última<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) com relação ao índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do<br />
carregamento pelos raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }. O segundo tipo <strong>de</strong><br />
gráfico relaciona a resistência teórica e experimental (N c,S e N u-exp, ) tomadas <strong>de</strong> forma<br />
parametrizada em ralação a resistência plástica, N y .<br />
5.6.1 Resistências das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Nesta seção serão apresentadas e avaliadas as previsões das resistências teóricas<br />
obtidas a partir dos 3 arranjos em torno da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexo-compressão<br />
para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção U simples.<br />
Para esse grupo <strong>de</strong> experimentos, já tinha sido constatada gran<strong>de</strong> diferença entre<br />
as resistências à compressão e à flexão quando calculadas via MRD ou via NBR. Essa<br />
diferença se evi<strong>de</strong>ncia nos resultados da resistência da viga-coluna, conforme po<strong>de</strong> ser<br />
observado entre o Arranjo 1 (NBR) e os <strong>de</strong>mais Arranjos (MRD), Tabela 5.11.<br />
O Arranjo 3 apresentou os melhores resultados com média (M) mais próxima da<br />
unida<strong>de</strong> e menor dispersão relativa. O Arranjo 1 é o mais disperso e conservador. Po<strong>de</strong>se<br />
concluir que o MRD, além <strong>de</strong> facilitar o cálculo e verificação da resistência, para este<br />
grupo <strong>de</strong> vigas-colunas, também apresentou ganho <strong>de</strong> resistência teórica.<br />
Para os 3 arranjos as resistências teóricas das vigas-colunas UE41, EU51 e<br />
UE61, Tabela 5.11, <strong>de</strong>crescem com o comprimento, como esperado, já que possuem a<br />
mesma seção transversal e o mesmo tipo <strong>de</strong> carregamento. No entanto, as forças últimas<br />
experimentais aumentaram com o comprimento. Os resultados das vigas-colunas UE41<br />
e EU51 pioraram o <strong>de</strong>sempenho dos 3 arranjos em razão do aumento da dispersão.<br />
88
1000 Arranjo<br />
Para qualquer figura entre 5.11 a 5.30, representando graficamente os resultados<br />
das resistências relativas tem-se que: quanto mais afastada para cima da linha que<br />
representa N c,S = N u-exp , mais conservadora é a previsão <strong>de</strong> resistência teórica, quanto<br />
mais afastada para baixo da linha tanto mais super estimada é a resistência teórica.<br />
Tabela 5.11 – Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples.Resistências experimentais e Teóricas<br />
(N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
UE11 136,0 93,0 124,3 124,2 1,46 1,09 1,10<br />
UE12 204,0 132,2 151,4 160,7 1,54 1,35 1,27<br />
UE21 125,0 82,2 111,0 110,7 1,52 1,13 1,13<br />
UE22 171,0 115,3 135,7 143,1 1,48 1,26 1,19<br />
UE31 111,0 71,0 96,0 96,0 1,56 1,16 1,16<br />
UE32 144,0 97,8 117,3 123,2 1,47 1,23 1,17<br />
UE41 88,0 88,5 109,9 108,3 0,99 0,80 0,81<br />
UE42 144,0 121,3 128,4 137,4 1,19 1,12 1,05<br />
UE51 91,0 76,6 97,7 95,5 1,19 0,93 0,95<br />
UE52 133,0 103,2 114,3 121,5 1,29 1,16 1,09<br />
UE61 97,0 65,0 84,6 82,0 1,49 1,15 1,18<br />
UE62 123,0 85,5 98,8 104,1 1,44 1,25 1,18<br />
UE71 109,0 78,3 101,0 99,3 1,39 1,08 1,10<br />
UE72 128,0 102,9 115,8 126,3 1,24 1,11 1,01<br />
UE81 94,0 65,1 86,8 84,0 1,44 1,08 1,12<br />
UE82 117,0 82,8 98,8 108,6 1,41 1,18 1,08<br />
UE91 88,0 53,9 72,3 68,8 1,63 1,22 1,28<br />
MÉDIA (M) 1,40 1,13 1,11<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,16 0,13 0,11<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 11,8% 11,1% 10,2%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,67 1,34 1,30<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,13 0,93 0,92<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Nas Figuras 5.11 po<strong>de</strong>-se visualizar o <strong>de</strong>sempenho dos arranjos com relação à<br />
excentricida<strong>de</strong>. Não se observa mudança na qualida<strong>de</strong> das previsões <strong>de</strong> resistência<br />
teóricas em razão da variação da relação entre excentricida<strong>de</strong> e raios <strong>de</strong> giração, até<br />
porque essa variação foi <strong>de</strong>sprezível, entre 0,27 e 0,29. Mas, houve mudança <strong>de</strong><br />
quadrante da excentricida<strong>de</strong>, pois, e x ora é positivo ora é negativo para cada espécime<br />
89
do par <strong>de</strong> vigas-colunas, ou seja, para cada espécime do par a excentricida<strong>de</strong> e x do<br />
carregamento é simétrica em relação ao eixo Y, Tabela 5.1. Observa-se no Arranjo 2<br />
que, para toda viga-coluna, <strong>de</strong> cada par, com excentricida<strong>de</strong> e x negativa, possui razão<br />
entre resistência última experimental / resistência teórica superior à sua simétrica,<br />
Tabela 5.11, sugerindo que a resistência teórica está sendo prevista <strong>de</strong> forma mais<br />
conservadora quando a alma está sendo mais comprimida do que quando as bordas em<br />
balanço das mesas estão.<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>/Raio giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,25 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.11 – Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
90
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>/Raio giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,25 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.11(a): Arranjo 1<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>/Raio giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,25 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.11(b): Arranjo 2.<br />
91
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
E xcentricida<strong>de</strong>/Raio giração e r = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
[(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,25 0,26 0,27 0,28 0,29 0,30<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Figura 5.11(c): Arranjo 3.<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Na Figura 5.12 e similares são apresentados graficamente os resultados das<br />
resistências últimas experimentais e das resistências teóricas com relação à força<br />
plástica, para cada viga-coluna, para os 3 arranjos. Quanto mais longa a coluna e/ou<br />
mais excêntrica a viga-coluna, mais próxima da origem estará o marcador. O i<strong>de</strong>al é<br />
que, o marcador, para toda e qualquer relação esteja sobre a linha diagonal que<br />
representa N c,S = N u-exp para todo o grupo em estudado, não interessando se está<br />
próxima ou afastada da origem.<br />
Nu-exp/Ny<br />
0,75<br />
0,60<br />
0,45<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
0,30<br />
0,15<br />
0,00<br />
Nc,S/Ny<br />
0,00 0,15 0,30 0,45 0,60 0,75<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nteo = Nuexp)<br />
Figura 5.12: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
92
4,448 Arranjo<br />
5.6.2 Resistências das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida<br />
Nesta seção serão apresentadas e avaliadas as previsões das resistências teóricas<br />
obtidas a partir dos 3 arranjos em torno da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexo-compressão<br />
para os 5 grupos <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida.<br />
5.6.2.1 1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida<br />
Tabela 5.12 – 1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida. Resistências<br />
experimentais e Teóricas (N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e<br />
Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
LC9-LS-1 51,2 39,5 44,1 39,1 1,29 1,16 1,31<br />
LC9-LS-2 49,6 37,5 41,7 38,1 1,32 1,19 1,30<br />
LC9-LS-3 44,3 35,0 39,1 35,5 1,26 1,13 1,25<br />
* LC9-LS-4 42,7 42,9 45,4 43,0 1,00 0,94 0,99<br />
LC10-LS-1 78,7 54,5 58,6 54,8 1,44 1,34 1,44<br />
LC10-LS-2 75,6 53,2 57,4 53,1 1,42 1,32 1,42<br />
LC10-LS-3 72,9 51,1 55,1 51,1 1,43 1,32 1,43<br />
LC11-LS-1 35,1 22,8 24,7 22,4 1,54 1,42 1,57<br />
LC11-LS-2 32,9 21,5 23,5 21,5 1,53 1,40 1,53<br />
LC11-LS-3 30,2 21,3 23,4 21,9 1,42 1,29 1,38<br />
MÉDIA (M) 1,41 1,29 1,40<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,10 0,10 0,11<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,9% 8,1% 7,6%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,57 1,46 1,58<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,25 1,12 1,23<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
* Rompimento prematuro da solda <strong>de</strong> conexão das placas <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> da vigacoluna,<br />
provavelmente afetou o resultado da força última experimental. Para todos os<br />
efeitos, esta viga-coluna não foi incluída na avaliação estatística.<br />
N<br />
c, S<br />
93
Os arranjos <strong>de</strong>ste grupo apresentaram dispersões relativas baixas e próximas<br />
entre si. Entretanto, as médias das resistências relativas foram altas, Tabela 5.12,<br />
significando que as previsões das resistências teóricas foram conservadoras para os 3<br />
arranjos. Os arranjos 1 e 3 apresentaram praticamente os mesmos resultados. O Arranjo<br />
2 teve a média mais próxima da unida<strong>de</strong> e é o melhor arranjo para este grupo, mesmo<br />
tendo apresentado dispersão relativa ligeiramente maior aos <strong>de</strong>mais.<br />
Através das Figuras 5.13 po<strong>de</strong>-se verificar graficamente o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> cada<br />
arranjo. Para os 3 arranjos, há uma piora das previsões com o aumento da relação entre<br />
excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração, que neste grupo variam entre 2,16 a 2,72. Isto é, as<br />
previsões <strong>de</strong> resistências ten<strong>de</strong>m a ser mais conservadoras com o aumento <strong>de</strong>sta relação.<br />
No entanto, não foi notada nenhuma tendência das previsões relacionada ao sentido da<br />
excentricida<strong>de</strong> e x (e x 0).<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta eEnrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.13 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
94
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.13(a): Arranjo 1<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.13(b): Arranjo 2<br />
95
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.13(c): Arranjo 3<br />
Nu-exp / Ny<br />
0,45<br />
0,30<br />
1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.14: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
Observa-se na Figura 5.14 relações tanto entre forças experimental como<br />
resistência teórica contra a resistência plástica, inferiores a 0,3. Esse comportamento<br />
era esperado pois, apesar das vigas-colunas serem compactas e curtas possuem gran<strong>de</strong><br />
excentricida<strong>de</strong>. Os marcadores dos resultados se situam próximas entre si e bastante<br />
96
4,448 Arranjo<br />
acima da linha diagonal, <strong>de</strong>monstrando que nenhum arranjo conseguiu prever<br />
resistências teóricas próximas aos experimentos. Nas figuras 5.13 essa evidência é ainda<br />
mais clara.<br />
As resistências teóricas foram recalculadas, para os arranjos 2 e 3, a partir da<br />
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> via MEF através do programa SAP2000, consi<strong>de</strong>rando as reais<br />
condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s na análise da flambagem local e distorcional. Porém, não se<br />
obteve alterações significativas dos resultados..<br />
5.6.2.2 2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida<br />
Os arranjos 1 e 3 apresentaram a mesma média. Porém, os resultados do Arranjo<br />
3 estão todos contidos na faixa <strong>de</strong> variação característica, N k = M ± 1,64DP. No entanto,<br />
são mais dispersos que os do Arranjo 1. O arranjo 2 apresenta a menor média relativa e<br />
a dispersão mais elevada. A Viga-coluna, LC1-LS-3, apresenta resistência teórica<br />
superior a resistência experimental significando que sua resistência teórica está super<br />
dimensionada, situando-se abaixo da faixa característica para os arranjos 1 e 2.<br />
Tabela 5.13 - 2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida. Resistências<br />
experimentais e Teóricas (N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e<br />
Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
LC1-LS-1 56,7 43,2 46,6 41,7 1,31 1,22 1,36<br />
LC1-LS-2 50,0 41,3 45,4 40,9 1,21 1,10 1,22<br />
LC1-LS-3 42,0 39,2 43,3 39,9 1,07 0,97 1,05<br />
LC2-LS-1 97,9 76,6 77,1 77,5 1,28 1,27 1,26<br />
LC2-LS-2 83,0 67,7 68,2 68,7 1,23 1,22 1,21<br />
LC2-LS-3 78,3 64,3 65,1 65,7 1,22 1,20 1,19<br />
MÉDIA (M) 1,22 1,16 1,22<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,08 0,11 0,10<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,7% 9,4% 8,2%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,35 1,34 1,38<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,09 0,98 1,05<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
u<br />
N<br />
exp<br />
c, S<br />
N −<br />
97
As vigas-colunas, LC2-LS-1 a 3, apresentaram baixa dispersão para as razões<br />
entre resistência experimental pela resistência teórica, <strong>de</strong>notando que quando e x é<br />
negativo existe menos dispersão entre as resistências. A mesma tendência po<strong>de</strong> ser<br />
observada no 1º grupo <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção U compacta e enrijecida estudadas<br />
anteriormente, através das vigas-colunas LC10-LS-1 a 3.<br />
A variação da razão entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração, como se observa nas<br />
Figuras 5.15, que neste grupo variam entre 1,33 a 2,04, não afetaram a qualida<strong>de</strong> das<br />
previsões <strong>de</strong> resistência.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.15 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
98
2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.15(a): Arranjo 1<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
e r x y 2 +(e y x 2 ] 1/2<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.15(b): Arranjo 2<br />
99
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.15(c): Arranjo 3.<br />
Observa-se na Figura 5.16 relações tanto entre forças experimental como<br />
resistência teórica contra a resistência plástica, entre 0,25 a 0,4. Esse baixo valor em<br />
vigas-colunas curtas compactas é justificado pela gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong>.<br />
Nu-exp / Ny<br />
0,45<br />
0,30<br />
2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.16: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
100
4,448 Arranjo<br />
5.6.2.3 3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida<br />
Tabela 5.14 – 3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida. Resistências<br />
experimentais e Teóricas (N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e<br />
Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
LC3-LS-1 39,6 32,3 34,2 33,9 1,22 1,16 1,17<br />
LC3-LS-2 34,7 27,2 28,7 28,4 1,27 1,21 1,22<br />
LC3-LS-3 32,0 25,9 27,4 26,9 1,24 1,17 1,19<br />
LC3-LS-4 31,6 24,2 25,7 25,1 1,31 1,23 1,26<br />
LC4-LS-1 51,6 42,0 44,9 43,5 1,23 1,15 1,19<br />
LC4-LS-2 46,7 39,1 42,0 40,7 1,19 1,11 1,15<br />
LC5-LS-1 84,5 78,2 83,5 82,0 1,08 1,01 1,03<br />
LC5-LS-2 76,5 69,1 75,2 74,9 1,11 1,02 1,02<br />
LC6-LS-1 45,8 33,3 36,9 33,5 1,37 1,24 1,37<br />
LC6-LS-2 46,7 34,2 37,3 35,5 1,37 1,25 1,32<br />
LC7-LS-1 104,1 82,0 86,2 83,5 1,27 1,21 1,25<br />
LC7-LS-2 96,5 77,2 81,7 81,3 1,25 1,18 1,19<br />
LC8-LS-1 74,7 61,2 66,2 61,8 1,22 1,13 1,21<br />
LC8-LS-2 72,1 59,4 65,5 61,2 1,21 1,10 1,18<br />
LC8-LS-3 68,9 57,0 64,0 60,5 1,21 1,08 1,14<br />
LC8-LS-4 61,4 51,9 58,1 56,4 1,18 1,06 1,09<br />
LC8-LS-5 54,7 45,3 50,1 49,5 1,21 1,09 1,10<br />
MÉDIA (M) 1,23 1,14 1,18<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,08 0,07 0,09<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,1% 6,5% 7,7%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,36 1,26 1,33<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,11 1,02 1,03<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Todos os arranjos tiveram bom <strong>de</strong>sempenho em função da baixa dispersão e<br />
muito próximos entre si. O arranjo 2 teve o melhor <strong>de</strong>sempenho pois, apresentou a<br />
média relativa mais próxima da unida<strong>de</strong>, Tabela 5.14 e Figuras 5.17.<br />
101
A variação da razão entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração, como se observa nas<br />
Figuras 5.17, que neste grupo variam entre 0,90 a 2,11, não afetaram a qualida<strong>de</strong> das<br />
previsões <strong>de</strong> resistência.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.17 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Figura 5.17(a): Arranjo 1<br />
102
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.17(b): Arranjo 2<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.17(c): Arranjo 3<br />
Observa-se na Figura 5.18 que as relações tanto entre forças experimental<br />
como resistência teórica contra a resistência plástica, ficaram entre 0,22 e 0,47, superior,<br />
portanto, aos dois grupos <strong>de</strong> vigas-colunas estudadas anteriormente. Mesmo sendo mais<br />
longas as vigas-colunas <strong>de</strong>ste grupo que as do 1º e 2º grupos, neste grupo as<br />
excentricida<strong>de</strong>s se localizaram somente sobre o eixo Y.<br />
103
Nu-exp / Ny<br />
0,60<br />
0,45<br />
3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Compacta e Enrijecida<br />
0,30<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45 0,60<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.18: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
5.6.2.4 4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
Todos os arranjos apresentam média das resistências próximas a unida<strong>de</strong> e baixa<br />
dispersão, exceto o Arranjo 2 cuja dispersão foi elevada, Tabela 5.15.<br />
No Arranjo 3 as vigas-colunas LC9-LU-2 e 4 apresentaram resistência relativa<br />
bastante abaixo aos <strong>de</strong>mais arranjos, inclusive abaixo da unida<strong>de</strong> e para uma <strong>de</strong>las,<br />
abaixo da faixa característica, significando que a previsão da resistência teórica através<br />
<strong>de</strong>ste arranjo foi super dimensionada. O mesmo comportamento foi verificado com<br />
relação às vigas-colunas LC7-LU-1 a 3 com relação ao Arranjo 2. Nas vigas-colunas<br />
LC7-LU-1 a 3 a excentricida<strong>de</strong> e x é negativa e a força posicionada à esquerda do centro<br />
<strong>de</strong> cisalhamento (CC). Os perfis LC8-LU, diferentemente, o carregamento está<br />
posicionado à direita do CC, precisamente no alinhamento da alma, isto é, entre o CG e<br />
o CC para os quais as previsões <strong>de</strong> resistências foram ligeiramente inferiores à forças<br />
últimas experimentais apuradas segundo os 3 arranjos.<br />
O Arranjo 1 apresentou resultados mais conservadores, ainda assim, para uma<br />
viga-coluna, LC7-LU-2, a resistência relativa ficou abaixo da faixa característica<br />
mas,acima da unida<strong>de</strong>.<br />
104
4,448 Arranjo<br />
Tabela 5.15 – 4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida. Resistências<br />
experimentais e Teóricas (N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e<br />
Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
LC7-LU-1 28,9 27,7 31,3 27,9 1,04 0,92 1,04<br />
LC7-LU-2 25,8 25,4 29,2 25,5 1,02 0,88 1,01<br />
LC7-LU-3 23,8 22,9 26,3 22,7 1,04 0,91 1,05<br />
LC8-LU-1 52,7 46,2 47,8 49,9 1,14 1,10 1,06<br />
LC8-LU-2 53,4 46,1 47,7 49,8 1,16 1,12 1,07<br />
LC8-LU-3 47,8 40,7 42,5 44,5 1,18 1,12 1,08<br />
LC8-LU-4 46,9 40,6 42,5 44,4 1,15 1,10 1,06<br />
LC8-LU-5 39,6 34,2 36,1 37,5 1,16 1,10 1,06<br />
LC8-LU-6 41,6 34,3 36,2 37,6 1,21 1,15 1,11<br />
LC9-LU-1 62,3 47,2 49,2 56,5 1,32 1,27 1,10<br />
LC9-LU-2 44,9 39,5 41,7 46,3 1,14 1,08 0,97<br />
LC9-LU-3 47,1 39,6 41,9 46,5 1,19 1,13 1,01<br />
LC9-LU-4 52,0 43,6 45,7 54,6 1,19 1,14 0,95<br />
LC10-LU-1 110,3 95,4 95,9 96,3 1,16 1,15 1,15<br />
LC10-LU-2 111,2 95,4 95,9 96,3 1,17 1,16 1,15<br />
MÉDIA (M) 1,15 1,09 1,06<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,07 0,10 0,06<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,5% 9,6% 5,4%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,27 1,26 1,15<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,03 0,92 0,96<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
A variação da razão entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração, como se observa nas<br />
Figuras 5.19, que neste grupo variam entre 0,95 a 2,84, não afetaram a qualida<strong>de</strong> das<br />
previsões <strong>de</strong> resistência. Exceto as vigas-colunas LC7-LU-1 a 3 cuja razão entre<br />
excentricida<strong>de</strong>s e raios <strong>de</strong> giração são as maiores do grupo com 2,84 com e x negativo e<br />
tiveram previsões <strong>de</strong> resistências superiores as resistências experimentais para o Arranjo<br />
2.<br />
105
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.19 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.19(a): Arranjo 1.<br />
106
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.19(b): Arranjo 2.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.19(c): Arranjo 3.<br />
Observa-se na Figura 5.20 que as relações tanto entre forças experimental como<br />
resistência teórica contra a resistência plástica, ficaram baixas, entre 0,11 a 0,21. As<br />
vigas-colunas <strong>de</strong>ste grupo além <strong>de</strong> serem mais longas, também, possuem seção esbelta<br />
e dupla excentricida<strong>de</strong>.<br />
107
Nu-exp / Ny<br />
0,45<br />
0,30<br />
4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.20: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
5.6.2.5 5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
As médias relativas foram próximas entre si para os 3 arranjos. Entretanto, a<br />
dispersão do Arranjo 3 foi bastante elevada e foi causada pelos dados das vigas-colunas<br />
LC3-LU-1 a 3, Tabela 5.16 e Figuras 5.21.<br />
Observa-se que para os 3 arranjos as resistências relativas da viga-coluna LC1-<br />
LU-3 foram elevadas significando que a resistência teórica foi prevista <strong>de</strong> forma<br />
conservadoras. Para as vigas-colunas LC1-LU-1 a 2, iguais a anterior, exceto na<br />
excentricida<strong>de</strong>, que é menor na primeira e maior na segunda em relação à terceira,<br />
também, foram conservadoras porém, <strong>de</strong>ntro da faixa característica nos 3 arranjos.<br />
O Arranjo 2 é o que teve o melhor <strong>de</strong>sempenho, apesar <strong>de</strong> ter apresentado uma vigacoluna<br />
com previsão <strong>de</strong> resistência muito elevada, LC3-LU-1. Os resultados do Arranjo<br />
1 também foram bons e como no 4º grupo apresentou resistências mais conservadoras.<br />
108
4,448 Arranjo<br />
Tabela 5.16 – 5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida. Resistências<br />
experimentais e Teóricas (N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e<br />
Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
LC1-LU-1 83,4 63,5 64,6 65,5 1,31 1,29 1,27<br />
LC1-LU-2 30,2 24,9 26,0 22,6 1,22 1,17 1,34<br />
LC1-LU-3 54,8 39,3 40,6 38,6 1,39 1,35 1,42<br />
LC2-LU-1 25,6 22,0 21,3 22,6 1,17 1,20 1,13<br />
LC2-LU-2 19,1 17,8 17,5 18,1 1,07 1,09 1,06<br />
LC3-LU-1 35,6 33,6 37,0 42,1 1,06 0,96 0,85<br />
LC3-LU-2 28,2 22,3 25,2 28,4 1,27 1,12 1,00<br />
LC3-LU-3 37,8 33,7 36,9 41,9 1,12 1,02 0,90<br />
LC4-LU-1 34,3 28,7 30,0 29,0 1,20 1,14 1,18<br />
LC4-LU-2 23,0 21,5 22,8 21,0 1,07 1,01 1,10<br />
LC4-LU-3 47,4 39,8 40,9 42,7 1,19 1,16 1,11<br />
LC5-LU-1 60,9 48,8 49,4 51,8 1,25 1,23 1,18<br />
LC5-LU-2 41,5 33,8 35,0 35,1 1,23 1,19 1,18<br />
LC5-LU-3 52,4 41,0 42,0 43,2 1,28 1,25 1,21<br />
LC5-LU-4 35,5 30,1 31,3 30,7 1,18 1,13 1,16<br />
LC6-LU-1 127,9 101,5 101,8 102,6 1,26 1,26 1,25<br />
LC6-LU-2 86,7 70,0 71,6 67,5 1,24 1,21 1,29<br />
MÉDIA (M) 1,21 1,16 1,15<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,09 0,10 0,15<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 7,4% 8,8% 12,8%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,35 1,33 1,40<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,06 1,00 0,91<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
A variação da razão entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração, como se observa nas<br />
Figuras 5.21, que neste grupo foi muito gran<strong>de</strong> e variam entre 0,77 a 5,06, não afetaram<br />
a qualida<strong>de</strong> das previsões <strong>de</strong> resistência.<br />
109
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.21 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.21(a): Arranjo 1.<br />
110
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.21(b): Arranjo 2.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,80<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
e r = [(e x y ) 2 y x ) 2 ] 1/2<br />
0,70<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.21(c): Arranjo 3.<br />
Observa-se na Figura 5.22 que as relações tanto entre forças experimental como<br />
resistência teórica contra a resistência plástica, foram baixas e variaram bastante, entre<br />
0,07 a 0,35. As vigas-colunas <strong>de</strong>ste grupo são similares às do 4º grupo no entanto a<br />
excentricida<strong>de</strong> é simples sobre o eixo Y e muito variada como po<strong>de</strong> ser visualizado nas<br />
Figuras 5.21.<br />
111
Nu-exp / Ny<br />
0,45<br />
0,30<br />
5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas - Seção U Esbelta e Enrijecida<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.22: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
As três vigas-colunas LC3-LU-1 a 3 prejudicam a harmonia dos resultados dos<br />
Arranjos 2 e, principalmente, do Arranjo 3, Tabela 5.16. Foi verificado, na seção<br />
5.4.2.5, que estes perfis, Tabela 5.2(e), quando analisados como colunas e como vigas<br />
estão incluídos nos intervalos <strong>de</strong> pré-qualificação do MDR. Entretanto se está<br />
calculando, no presente trabalho, a resistência teórica <strong>de</strong> viga-coluna e comparando-se<br />
com a força última experimental assim obtida. A NBR 14762 (2001) recomenda que o<br />
valor máximo da razão entre largura e espessura (b/t) em elemento comprimido, tendo<br />
uma borda vinculada à alma e a outra ao enrijecedor <strong>de</strong> borda simples, não ultrapasse<br />
60. Para as vigas-colunas <strong>de</strong>ste grupo, cuja excentricida<strong>de</strong> é simple (e x = 0 e e y ≠ 0)<br />
on<strong>de</strong> uma das mesas é comprimida e está sujeita a flambagem local juntamente com<br />
alma, esta orientação talvez <strong>de</strong>vesse ser observada para vigas colunas mesmo quando se<br />
utiliza o MRD. Dos perfis <strong>de</strong>ste grupo, somente as vigas-colunas LC3-LU-1 a 3<br />
possuem a relação b2/t > 60 e coinci<strong>de</strong>ntemente as que apresentaram resistência teórica<br />
superior às forças últimas experimentais. Duas vigas-colunas, LC3-LU-1 e 3, possuem<br />
a mesma excentricida<strong>de</strong> e y e, correspon<strong>de</strong> ao carregamento aplicado no alinhamento da<br />
mesa. Portanto, e y não é dos maiores em relação às outras vigas-colunas do grupo.<br />
Também po<strong>de</strong> ser questionada a eficiência do Arranjo 3, formulado com parcelas<br />
resistentes conceitualmente muito diferentes dos arranjos 1 e 2.<br />
112
4,448 Arranjo<br />
Se as 3 vigas-colunas, LC3-LU-1 a 3, fossem excluídas da estatística os<br />
resultados melhorariam, conforme se observa na Tabela 5.16(a). Verifica-se portanto,<br />
que para esse grupo <strong>de</strong> vigas-colunas remanescentes que os três 3 arranjos apresentam<br />
resultados parecidos, tendo o Arranjo 2, pequena vantagem sobre os <strong>de</strong>mais. Os<br />
arranjos 1 e 3 apresentam <strong>de</strong>sempenho muito similar para todos as vigas-colunas.<br />
Tabela 5.16(a) – Resultados seletivos da Tabela 5.16.<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,22 1,19 1,21<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,09 0,08 0,10<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 7,0% 7,1% 8,3%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,36 1,33 1,37<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,08 1,05 1,04<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
5.6.2.6 Avaliação Conjunta dos 5 Grupos <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U<br />
Enrijecida<br />
A avaliação conjunta dos 5 (cinco) grupos <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção U<br />
enrijecida, para os 3 arranjos, é apresentada na Tabela 5.17. Constata-se que o Arranjo 2<br />
tem o melhor <strong>de</strong>sempenho, pois possui a menor média relativa superior à unida<strong>de</strong>, além<br />
<strong>de</strong> possuir baixa dispersão relativa e o menor <strong>de</strong>svio padrão. Através <strong>de</strong>sse resumo<br />
po<strong>de</strong>-se percorrer cada arranjo das Tabelas 5.12 a 5.16 e i<strong>de</strong>ntificar quais vigas-colunas<br />
encontram-se <strong>de</strong>ntro ou fora da faixa característica, quais estão com a resistência teórica<br />
super avaliada e quais estão avaliadas <strong>de</strong> forma conservadora. O arranjo 2, por<br />
exemplo, apresentou 4 vigas-colunas com previsão <strong>de</strong> resistência teórica super<br />
avaliadas, ou seja, com razão entre resistência última experimental e resistência teórica<br />
menor <strong>de</strong> 0,97 (LC3-LU-1 e LC7-LU-1 a 3) e 3 calculadas <strong>de</strong> forma conservadora<br />
(LC10-LS-1 e LC11-LS-1 a 2).<br />
O Arranjo 1 é quase idêntico ao Arranjo 2, conforme po<strong>de</strong> ser visualizado nas<br />
Figuras 5.23(a) e 5.23(b). Porém, seus dados são ligeiramente mais conservadores, cerca<br />
<strong>de</strong> 5%. O Arranjo 1 apresentou 3 vigas-colunas super avaliadas (LC7-LU-1 a 3) e 6<br />
113
conservadoras (LC10-LS-1 a LC11-LS-3) estas todas do 1º grupo <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong><br />
seção U enrijecidas e compactas.<br />
O Arranjo 3 quando avaliado grupo a grupo parece ser bom mas, juntando-se<br />
todos os grupos <strong>de</strong>monstrou gran<strong>de</strong> dispersão com relação ao <strong>de</strong>mais arranjos, Figura<br />
5.23(c).<br />
Tabela 5.17 – Resumo dos 5 Grupos <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida.<br />
64 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida, sendo<br />
32 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Compacta e<br />
N<br />
u − exp<br />
32 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Esbelta Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,23 1,16 1,18<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,11 0,11 0,15<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 9,1% 9,6% 12,4%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,41 1,34 1,42<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,05 0,97 0,94<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Nas Figuras 5.23 estão representadas as relações entre N u-exp / N c,S contra a<br />
excentricida<strong>de</strong> / raios <strong>de</strong> giração. A conclusão mais importante que se tira <strong>de</strong>sses<br />
gráficos é que a qualida<strong>de</strong> da previsão da resistência teórica não é afetada pelo grau <strong>de</strong><br />
excentricida<strong>de</strong> do carregamento, ou melhor, o método consegue assimilar essa variável.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.23 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
114
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 1 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.23(a): Arranjo 1.<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 2 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.23(b): Arranjo 2.<br />
115
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.23(c): Arranjo 3.<br />
Nu-exp / Ny<br />
0,60<br />
0,45<br />
Vigas-Colunas - Seção U Enrijecida<br />
0,30<br />
0,15<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,15 0,30 0,45 0,60<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S=Nu-exp)<br />
Figura 5.24: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
116
5.6.2.7 Avaliação Conjunta das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples e<br />
U Enrijecida.<br />
São 81 vigas-colunas avaliadas estatisticamente <strong>de</strong> forma conjunta: 17 vigascolunas<br />
<strong>de</strong> seção U simples e 64 vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecidas sendo que 32 são<br />
compactas e 32 esbeltas, para os 3 Arranjos, conforme apresentado na Tabela 5.18.<br />
Comparando-se as Tabelas 5.18 com 5.17, tiram-se as seguintes conclusões: para<br />
o Arranjo 2, não houve alteração dos parâmetros estatísticos com a inclusão dos dados<br />
das vigas-colunas <strong>de</strong> seção U simples; para o Arranjo 3 os dados estatísticos tiveram<br />
pequena melhora, mas, continuam distantes do Arranjo 2; para o Arranjo 1 houve uma<br />
piora <strong>de</strong> todos os parâmetros estatísticos, aproximando-se do Arranjo 3.<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer que o Arranjo 2 é o mais estável e que possui melhor capacida<strong>de</strong><br />
para prever resistências para vigas-colunas <strong>de</strong> seção mais variadas.<br />
Através do resumo apresentado na Tabela 5.18 po<strong>de</strong>-se percorrer cada arranjo<br />
das Tabelas 5.11 a 5.16 e i<strong>de</strong>ntificar quais vigas-colunas encontram-se <strong>de</strong>ntro ou fora<br />
da faixa característica, quais estão super avaliadas e quais estão avaliadas <strong>de</strong> forma<br />
conservadora, segundo os parâmetros <strong>de</strong> cada arranjo. O arranjo 2, por exemplo,<br />
apresentou 6 vigas-colunas com resistências teóricas super avaliadas, ou seja, com<br />
razão entre força última experimental e resistência teórica menor <strong>de</strong> 0,97 (UE41, UE51,<br />
LC3-LU-1 e LC7-LU-1 a 3) e 4 calculadas <strong>de</strong> forma conservadora (EU12, LC10-LS-1<br />
e LC11-LS-1 a 2).<br />
Tabela 5.18 - Resumo das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples e Enrijecida.<br />
17 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
64 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida<br />
Nu<br />
− exp<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,27 1,15 1,16<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,14 0,11 0,14<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 11,3% 9,9% 12,2%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,50 1,34 1,40<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,03 0,97 0,93<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
u exp<br />
N<br />
c, S<br />
N −<br />
117
Nu-exp / Nc,S<br />
1,60<br />
1,50<br />
1,40<br />
1,30<br />
1,20<br />
1,10<br />
1,00<br />
0,90<br />
Arranjo 2 : Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples e Enrijecida<br />
0,80<br />
0,70<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>s / raios <strong>de</strong> giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50<br />
U Simples U Enrij-1º Grupo U Enrij-2º Grupo<br />
U-Enrij-3º Grupo U Enrij-4º Grupo U-Enrij-5 Grupo<br />
Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA ) Linear (M -1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.25 - Arranjos 2. Relação entre: razão da resistência última experimental e<br />
resistência teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do<br />
carregamento pelos raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }.<br />
Arranjo 2 : Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples e Enrijecida<br />
0,60<br />
0,50<br />
0,40<br />
Nu-exp / Ny<br />
0,30<br />
0,20<br />
0,10<br />
0,00<br />
Nc,S / Ny<br />
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60<br />
U Simples U Enrij-1º Grupo U Enrij-2º Grupo<br />
U-Enrij-3º Grupo U Enrij-4º Grupo U-Enrij-5 Grupo<br />
Linear (Nc,S=Nu-exp) Linear (MÉDIA) Linear (M+1,64DP)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Figura 5.26 : Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y : Arranjo 2<br />
118
1000 Arranjo<br />
As Figuras 5.25 e 5.26 se referem somente ao Arranjo 2. Os dados marcados por<br />
grupo <strong>de</strong> vigas-colunas, mas os parâmetros estatísticos se referem a todas as vigascolunas<br />
<strong>de</strong> seção U simples e enrijecida estudadas.<br />
5.6.3 Resistência <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
Nesta seção serão apresentadas e avaliadas as previsões das resistências teóricas<br />
obtidas a partir dos 3 arranjos em torno da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexo-compressão<br />
para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack.<br />
Tabela 5.19 – Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack. Resistências experimentais e Teóricas<br />
(N u-exp e N c,S ) e, Razão entre Resistências Experimentais e Teóricas (N u-exp /N c,S ).<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp<br />
FORÇAS TEÓRICAS – N c,S<br />
Prova kN kN<br />
N<br />
u − exp<br />
1 Arranjo 2 Arranjo 3 Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
CP-760-0 183,1 133,3 132,5 132,5 1,37 1,38 1,38<br />
CP-760-6 182,4 97,7 99,1 95,1 1,87 1,84 1,92<br />
CP-760-10 172,6 83,4 85,3 80,5 2,07 2,02 2,14<br />
CP-760-14 159,0 72,6 74,7 69,8 2,19 2,13 2,28<br />
CP-1160-0 205,0 133,3 132,4 132,4 1,54 1,55 1,55<br />
CP-1160-6 177,2 96,2 97,9 94,2 1,84 1,81 1,88<br />
CP-1160-10 180,0 82,0 83,9 79,7 2,20 2,14 2,26<br />
CP-1160-14 148,0 70,3 72,5 68,1 2,10 2,04 2,17<br />
CP-1560-0 162,8 132,9 132,0 132,0 1,22 1,23 1,23<br />
CP-1560-6 162,8 91,4 93,2 90,4 1,78 1,75 1,80<br />
CP-1560-10 150,0 77,6 79,4 76,0 1,93 1,89 1,97<br />
CP-1560-14 135,0 67,2 69,2 65,6 2,01 1,95 2,06<br />
MÉDIA (M) 1,84 1,81 1,89<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,32 0,29 0,34<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 17,2% 16,0% 18,1%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 2,36 2,29 2,45<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,33 1,34 1,33<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
A expressão <strong>de</strong> interação não proporcionou previsões <strong>de</strong> resistências satisfatórias<br />
para nenhum arranjo para o grupo <strong>de</strong> perfis rack, conforme po<strong>de</strong> ser lido na Tabela 5.19<br />
119
e nas Figuras 5.27 e 5.28, tendo-se obtido previsões <strong>de</strong> resistências muito conservadoras<br />
com relação aos dados experimentais: médias relativas, <strong>de</strong>svios padrão e dispersões<br />
relativas elevadas para os 3 arranjos. Esses resultados foram obtidos a partir da análise<br />
<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> com o programa <strong>de</strong> faixas finitas, CUFSM, em que para todos os<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento analisados apresentaram o modo crítico <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, com força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional baixa em relação à força <strong>de</strong><br />
flambagem local e global, Tabelas A25 a A28 do Anexo A, constituindo-se em um dos<br />
possíveis motivos do baixo <strong>de</strong>sempenho dos arranjos. Porém, o motivo provável do<br />
baixo <strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vido ao mo<strong>de</strong>lo da expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> flexocompressão<br />
não ser a<strong>de</strong>quado para agregar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> compressão com flexão para<br />
o caso <strong>de</strong> vigas-colunas quando o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional é dominante, sem<br />
evidência <strong>de</strong> flambagem por flexão, o que <strong>de</strong> fato ocorreu nos experimentos que foram<br />
afetados primordialmente pelo modo distorcional, não se constatando interação com os<br />
modos globais <strong>de</strong> flambagem, PÉREZ (2003).<br />
Nu-exp / Nc,S<br />
2,40<br />
2,20<br />
2,00<br />
1,80<br />
1,60<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
0,80<br />
0,60<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>/Raio giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S = Nu-exp)<br />
Figura 5.27 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }: (a) Arranjo 1; (b) Arranjo 2 e (c) Arranjo 3.<br />
120
Nu-exp /Ny<br />
1,25<br />
1,00<br />
0,75<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
0,50<br />
0,25<br />
0,00<br />
Nc,S/Ny<br />
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3 Linear (Nc,S = Nu-exp)<br />
Figura 5.28: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y ..<br />
Para avaliar os efeitos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem sobre a previsão <strong>de</strong><br />
resistência, foram feitas análises pelo MEF, SAP2000, on<strong>de</strong> foram imputadas as reais<br />
condições <strong>de</strong> vinculação, para os mesmos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento anteriores, Figura<br />
5.4. A partir <strong>de</strong>stas análises, foram apuradas, novamente, as previsões <strong>de</strong> resistência<br />
para os arranjos 2 e 3 da expressão <strong>de</strong> interação. Foi constatado o seguinte para o<br />
Arranjo 2: houve aumento da previsão da resistência teórica com redução da média<br />
relativa <strong>de</strong> 1,81, Tabela 5.19, para 1,59; a redução da média relativa foi maior nas vigascolunas<br />
mais curtas e constantes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada série, respectivamente, <strong>de</strong> 20%, 11% e<br />
8% para as séries CP-760, CP-1160 e CP-1560mm, configurando uma redução média da<br />
média relativa <strong>de</strong> 13%; houve uma pequena redução do <strong>de</strong>svio padrão e um pequeno<br />
aumento da dispersão relativa. Vê-se que apesar da resistência teórica ter melhorado os<br />
resultados para o grupo ficaram mais dispersos. Para o Arranjo 3 constatou-se a mesma<br />
tendência. Essas informações estatísticas não serão apresentadas, porém, os dados <strong>de</strong><br />
origem para o Arranjo 3 po<strong>de</strong>m ser buscados nas seguintes tabelas: N exc,cre , N ex , N ey ,<br />
N exc,crl e N exc,crd constam na Tabela B7 do Anexo B e N y , M x,y e M y,y constam,<br />
respectivamente, nas Tabela A25-A27 do Anexo A. O leitor po<strong>de</strong>rá calcular a<br />
resistência das vigas-colunas seguindo a rotina trilhada até aqui, isto é, inicialmente<br />
MRD<br />
calculando as resistências necessárias para o Arranjo 3, N exc,R , através do MRD,<br />
MRD<br />
aplicando as equações 4.2.3, já que o modo <strong>de</strong> flambagem é o distorcional. N exc,R<br />
121
juntamente com os momentos <strong>de</strong> início <strong>de</strong> plastificação M x,y e M y,y , das parcelas que<br />
conferem o efeito <strong>de</strong> 2ª or<strong>de</strong>m e das excentricida<strong>de</strong>s, monta-se a expressão <strong>de</strong> interação<br />
(eq. 5.3.3). A menor das 3 raízes será a previsão <strong>de</strong> resistência para cada viga-coluna,<br />
segundo o arranjo 3, que po<strong>de</strong>rão ser comparadas com as resistências da Tabela 5.19.<br />
Portanto, os maus resultados continuam e não são <strong>de</strong>vidos, exclusivamente, às<br />
forças críticas <strong>de</strong> flambagem terem sido apuradas <strong>de</strong> forma conservadora com o<br />
programa CUFSM, concluindo-se que a aplicação da solução com base na Expressão <strong>de</strong><br />
interação para qualquer dos Arranjos investigados não é apropriada nesse caso.<br />
Investiga-se, a seguir, outro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cálculo baseado nas curvas <strong>de</strong><br />
resistências utilizado para o cálculo <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> colunas sujeitas ao modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional do MRD.<br />
5.7 Hipótese Adicional para o Cálculo Direto da Resistência das Vigas-Colunas<br />
<strong>de</strong> Seção Rack Sujeitas ao Modo <strong>de</strong> Flambagem Distorcional<br />
Os maus resultados apresentados para o grupo <strong>de</strong> perfis rack com a metodologia<br />
da expressão <strong>de</strong> interação, conforme mostrado na seção 5.6.3, confirmam estudos<br />
prévios realizados pelo autor dos ensaios PÉREZ (2003), bem como estudo mais recente<br />
sobre o mesmo grupo <strong>de</strong> vigas-colunas, realizado por BATISTA et al. (2004).<br />
Verificou-se que, na análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> a partir do programa CUFSM, o<br />
modo dominante <strong>de</strong> flambagem foi o modo distorcional, para o estado real <strong>de</strong><br />
carregamento, com força crítica <strong>de</strong> flambagem muito inferior às <strong>de</strong>mais forças críticas<br />
para os outros modos <strong>de</strong> flambagem, Tabelas A28 do Anexo A. Sendo assim, resolveuse<br />
insistir na análise <strong>de</strong>ssas vigas-colunas a partir <strong>de</strong> outra hipótese, análoga àquela<br />
apresentada por BATISTA et. al (2004), porém, <strong>de</strong>sta vez, através da formulação do<br />
MRD.<br />
Partiu-se do Método da Resistência Direta, precisamente daquela parte que trata<br />
do cálculo da resistência <strong>de</strong> colunas sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional e, por<br />
conta do autor do presente estudo, esten<strong>de</strong>u-se para o cálculo da resistência teórica <strong>de</strong><br />
vigas-colunas com pequena excentricida<strong>de</strong>, como aquelas apresentadas na Tabela 5.3,<br />
utilizando-se a mesma formulação e curvas <strong>de</strong> resistências proposta por SCHAFER<br />
(2002b) para colunas, cuja metodologia já foi apresentada na seção 4.2.3, através das<br />
equações (4.2.3).<br />
122
No entanto, <strong>de</strong> nada adiantaria aplicar essa metodologia sobre uma base <strong>de</strong><br />
dados obtida <strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>lagem imprópria para obtenção das forças e modos <strong>de</strong><br />
flambagem reais. Já foi informado que o programa CUFSM é incapaz <strong>de</strong> impedir o<br />
empenamento <strong>de</strong> perfis em análise. Sabe-se, também, que esse vínculo tem muita<br />
importância no <strong>de</strong>senvolvimento no modo e na força <strong>de</strong> flambagem distorcional para<br />
alguns tipos <strong>de</strong> seção transversal e em <strong>de</strong>terminadas faixas <strong>de</strong> comprimento,<br />
NAGAHAMA (2003), como é o caso <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack.<br />
Então, necessita-se <strong>de</strong> uma análise executada através <strong>de</strong> uma ferramenta que possa<br />
reproduzir as condições reais do ensaio.<br />
A partir da formulação original do MRD para colunas (AISI, 2004), adaptou-se<br />
tão somente a nomenclatura para o caso <strong>de</strong> vigas-colunas sujeitas ao modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, conforme apresentado nas equações a seguir.<br />
Para λ exc,dist ≤ 0,561<br />
N exc,nd = N y<br />
(5.7.1.a)<br />
Para λ exc,dist > 0,561<br />
N<br />
exc,nd<br />
0,6<br />
0,6<br />
⎡ ⎛ N ⎞ ⎤⎛<br />
exc,crd<br />
N ⎞<br />
exc,crd<br />
= ⎢1<br />
− 0,25⎜<br />
⎟ ⎥⎜<br />
⎟ N<br />
y<br />
(5.7.1.b)<br />
⎢<br />
N<br />
y ⎥ N<br />
⎝ y<br />
⎣ ⎝ ⎠ ⎦ ⎠<br />
λ exc,dist = (N y / N exc,crd ) 0,5<br />
N c,S = N exc,nd<br />
(5.7.1.c)<br />
(5.7.1.d)<br />
on<strong>de</strong>:<br />
λ exc,dist : índice <strong>de</strong> esbeltez distorcional na compressão excêntrica;<br />
N exc,crd : força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional elástica da viga-coluna, com pequena<br />
excentricida<strong>de</strong>;<br />
N c,S : resistência nominal da viga-coluna.<br />
As vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack, Tabela 5.3, possuem excentricida<strong>de</strong>, e x ,<br />
variável: 0,0; 6,0; 10,0 e 14,0 mm. Em razão disso, possuem relação entre<br />
excentricida<strong>de</strong> e raios <strong>de</strong> giração também variável <strong>de</strong>: 0,0; 0,21; 0,35 e 0,50.<br />
123
Optou-se em utilizar os resultados da análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> via programa<br />
SAP2000, tendo em vista que foi realizada aten<strong>de</strong>ndo os requisitos necessários, tal<br />
como consi<strong>de</strong>rar as reais condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empenamento impedido. Os<br />
resultados <strong>de</strong>ssa análise, para N exc-crd , estão apresentados na Tabela B7 do Anexo B.<br />
Comparando-se os valores das forças críticas <strong>de</strong> flambagem distorcional para o<br />
estado real <strong>de</strong> carregamento, N exc-crd , obtidas via MEF SAP2000, Tabela B7 do Anexo<br />
B, observa-se que houve um aumento <strong>de</strong> 62% a 65 % nas forças críticas <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional para a série <strong>de</strong> perfis CP-760, <strong>de</strong> 32% a 38% nos perfis CP-1160 e <strong>de</strong> 20%<br />
nos perfis CP-1560, em relação aos resultados fornecidos pela análise do MFF CUFSM,<br />
Tabela A28 do Anexo A. Já para a força crítica <strong>de</strong> flambagem local, não houve<br />
mudança significativa.<br />
As resistências teóricas das vigas-colunas, N c,S , foram calculadas através das<br />
equações (5.7.1) <strong>de</strong> forma direta e sem necessida<strong>de</strong> da expressão <strong>de</strong> interação. Os<br />
resultados estão resumidos na Tabela 5.20.<br />
Os resultados apresentados na Tabela 5.20 <strong>de</strong>notam boa uniformida<strong>de</strong> do<br />
método em vista da média das resistências relativas, <strong>de</strong>svio padrão e dispersão relativa<br />
serem baixas. Esses dados po<strong>de</strong>m ser comparados com os dados do Arranjo 2 do<br />
método da expressão <strong>de</strong> interação, Tabela 5.19, on<strong>de</strong> se constata que o método proposto<br />
apresenta melhor <strong>de</strong>sempenho. As Figuras 5.29 e 5.30 com os resultados da presente<br />
metodologia, também po<strong>de</strong>m ser comparadas com as Figuras 5.27 e 5.28 com os<br />
resultados dos arranjos da expressão <strong>de</strong> interação, fica, mais uma vez, evi<strong>de</strong>nciada a<br />
melhoria das previsões atuais on<strong>de</strong> se observa que as previsões <strong>de</strong> resistência teórica se<br />
aproximam das resistências últimas experimentais, representadas pela reta N c,S = N u-exp .<br />
124
1000 N<br />
Tabela 5.20: Forças críticas local e distorcional e modo <strong>de</strong> flambagem dominante<br />
obtidas pelo MEF via SAP2000, esbeltez distorcional, resistência teórica segundo o<br />
método proposto, força última experimental e razão entre força última experimental<br />
contra resistência teórica para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack.<br />
Corpo <strong>de</strong> COMPRESSÃO EXCÊNTRICA - EXCENTRICIDADES REAIS<br />
Provas SAP2000 ( kN ) Modo <strong>de</strong> λ exc,dist N c,S (kN) N u-exp u<br />
exc,crl<br />
N exc,crd Flambagem Curva dist MRD kN N<br />
N − exp<br />
CP-760-0 251,4 258,4 ( * ) 0,86 159,8 183,1 1,15<br />
CP-760-6 283,4 215,8 1MD 0,94 149,8 182,4 1,22<br />
CP-760-10 241,9 192,7 1MD 0,99 143,6 172,6 1,20<br />
CP-760-14 208,4 172,0 1MD 1,05 137,0 159,0 1,16<br />
CP-1160-0 244,4 218,5 2MD 0,93 150,9 205,0 1,36<br />
CP-1160-6 289,6 188,7 2MD 1,00 142,1 177,2 1,25<br />
CP-1160-10 244,7 156,7 2MD 1,11 132,5 180,0 1,36<br />
CP-1160-14 213,8 144,6 2MD 1,14 126,9 148,0 1,17<br />
CP-1560-0 246,3 188,9 2MD 1,00 142,3 162,8 1,14<br />
CP-1560-6 274,2 156,4 2MD 1,10 131,6 162,8 1,24<br />
CP-1560-10 231,6 138,0 2MD 1,18 125,0 150,0 1,20<br />
CP-1560-14 204,0 124,3 2MD 1,24 118,9 135,0 1,14<br />
MÉDIA (M) 1,21<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,08<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,3%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,34<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,09<br />
(*) No perfil CP 760-0, apesar <strong>de</strong> ter apresentado força crítica <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, 258,4 kN, maior que a força crítica <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> placa, 251,4 kN,<br />
o modo <strong>de</strong> flambagem distorcional foi dominante por apresentar menor capacida<strong>de</strong><br />
resistente pós-crítica que o modo local <strong>de</strong> placa, limitando a resistência da viga-coluna<br />
e, portanto, chamado <strong>de</strong> modo dominante. No 1º modo <strong>de</strong> flambagem formou-se 10<br />
semi-ondas no MLP. No 3º modo <strong>de</strong> flambagem (modo superior) formou-se 1 semionda<br />
no MD. Para essas duas forças críticas <strong>de</strong> flambagem, aplicando-se a metodologia<br />
convencional do MRD, a resistência foi limitada pelo modo distorcional. No ensaio<br />
experimental PÉREZ (2003) a viga-coluna colapsou após sofrer flambagem<br />
distorcional.<br />
c,S<br />
125
Nu-exp / Nc,S<br />
2,40<br />
2,20<br />
2,00<br />
1,80<br />
1,60<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
1,40<br />
1,20<br />
1,00<br />
0,80<br />
0,60<br />
e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2<br />
Excentricida<strong>de</strong>/Raio giração = ((ex/ry)^2+(ey/rx)^2)^0,5<br />
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50<br />
Arranjo Adicional<br />
Linear (Nc,s = Nu-exp)<br />
Figura 5.29 - Relação entre: razão da resistência última experimental e resistência<br />
teórica (N u-exp /N c,S ) e o índice paramétrico das excentricida<strong>de</strong>s do carregamento pelos<br />
raios <strong>de</strong> giração {e r = [(e x /r y ) 2 +(e y /r x ) 2 ] 1/2 }.<br />
Nu-exp / Ny<br />
1,25<br />
1,00<br />
0,75<br />
Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
0,50<br />
0,25<br />
Nc,S/Ny<br />
0,00<br />
0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25<br />
Arranjo Adicional Linear (Nc,S = Nu-exp) Linear (MÉDIA)<br />
Linear (M-1,64DP)<br />
Linear (M+1,64DP)<br />
Figura 5.30: Relação entre resistência teórica, N c,S , e resistência última experimental,<br />
N u-exp, , tomadas <strong>de</strong> forma parametrizadas em ralação à resistência plástica, N y .<br />
O método proposto apresentou bons resultados para este grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong><br />
seção rack: (i) cuja razão entre excentricida<strong>de</strong> (e x ) e raio <strong>de</strong> giração (r y ) é pequena, ou<br />
seja, e x /r y ≤ 0,5; (ii) o modo dominante <strong>de</strong> flambagem é o modo distorcional; (iii) a<br />
126
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> foi realizada <strong>de</strong> forma acurada, para capturar o modo e a força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem reais, com as mesmas condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s dos ensaios.<br />
Na interpretação da Figura 5.29, observa-se que a qualida<strong>de</strong> das previsões <strong>de</strong><br />
resistências não é afetada pela variação da razão entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração<br />
no intervalo pesquisado <strong>de</strong> 0,0 a 0,5. Isso sugere que essa metodologia po<strong>de</strong> ser aplicada<br />
até uma excentricida<strong>de</strong> maior.<br />
Estudos realizados em vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta,<br />
pertencentes aos 1º, 2º e 3º grupos <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta<br />
com gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong> (simples e dupla) e sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, não obtiveram bons resultados através <strong>de</strong>ssa metodologia. Isso se explica,<br />
certamente, pelo fato da flexão assumir uma influência muito maior para os casos <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s excentricida<strong>de</strong>s (nesses casos, por exemplo, a razão entre excentricida<strong>de</strong> pelo<br />
raio <strong>de</strong> giração, varia entre 0,9 a 2,72). Esses casos po<strong>de</strong>m ser tratados com auxílio do<br />
mo<strong>de</strong>lo da expressão <strong>de</strong> interação, <strong>de</strong> modo a contabilizar a parcela da flexão, como já<br />
foi visto na subseção 5.6.2.<br />
Como esses dados, referentes às vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida, não serão<br />
apresentados, o leitor po<strong>de</strong>rá verificar, pois já dispõem da análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> (modo<br />
e força <strong>de</strong> flambagem) nas últimas duas colunas das Tabelas B2, B3 e B4, on<strong>de</strong> constam<br />
quais vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida estão sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, bem como o valor da força crítica, faltando somente aplicar as equações<br />
(5.7.1) para obter a resistência teórica e, posteriormente, compará-la com a força última<br />
experimental.<br />
127
CAPÍTULO 6<br />
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES<br />
Conforme <strong>de</strong>finido nos objetivos da pesquisa foram estudadas 3 soluções<br />
distintas, <strong>de</strong>nominadas Arranjos 1 a 3, para o problema do cálculo da resistência última<br />
<strong>de</strong> vigas-colunas formadas por perfis <strong>de</strong> seção aberta conformados a frio. As soluções<br />
foram <strong>de</strong>senvolvidas com base no conceito da expressão <strong>de</strong> interação, combinada com<br />
os métodos das larguras efetivas e da resistência direta. Foram estudados casos <strong>de</strong> vigascolunas<br />
com seção tipo U simples, U enrijecida e rack, adotando-se resultados<br />
experimentais conhecidos para o processo <strong>de</strong> calibração dos resultados teóricos.<br />
Adicionalmente, foi testada solução direta <strong>de</strong> cálculo da resistência <strong>de</strong> vigas-colunas<br />
sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, com base no método da resistência direta,<br />
sem utilizar a expressão <strong>de</strong> interação.<br />
6.1 Resultados Alcançados através da Expressão <strong>de</strong> Interação<br />
Os três arranjos adotados estão reproduzidos a seguir, conforme foram<br />
apresentados na subseção 5.5.1.1 do capítulo 5:<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
c,S.e<br />
y N<br />
c,S.e<br />
x<br />
Arranjo 1: +<br />
+<br />
= 1<br />
NBR<br />
N ⎛ N<br />
c,S ⎞<br />
NBR<br />
⎛ N ⎞<br />
c,R<br />
c,S NBR<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,R 1 − ⎟M<br />
y,R<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
c,S.e<br />
y N<br />
c,S.e<br />
x<br />
Arranjo 2: +<br />
+<br />
= 1<br />
MRD<br />
N ⎛ N<br />
c,S ⎞<br />
MRD<br />
⎛ N ⎞<br />
c,R<br />
c,S MRD<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,R 1 − ⎟M<br />
y,R<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
c,S.e<br />
y N<br />
c,S.e<br />
x<br />
Arranjo 3: +<br />
+<br />
= 1<br />
MRD<br />
N ⎛ N<br />
c,S ⎞ ⎛ N ⎞<br />
exc,R<br />
c,S<br />
⎜1<br />
− M ⎜<br />
x,y 1 − ⎟M<br />
y,y<br />
N<br />
⎟<br />
⎝<br />
ex ⎠<br />
N<br />
⎝ ey ⎠<br />
128
Os resultados alcançados através dos 3 arranjos da expressão <strong>de</strong> interação estão<br />
resumidos nas Tabelas 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4, abaixo:<br />
Tabela 6.1- Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
17 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
N<br />
u − exp<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,40 1,13 1,11<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,16 0,13 0,11<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=M/DR 11,8% 11,1% 10,2%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,67 1,34 1,30<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,13 0,93 0,92<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Tabela 6.2 - Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida (Unificação dos 5 Grupos)<br />
64 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida, sendo<br />
32 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Compacta e<br />
N<br />
u − exp<br />
32 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Esbelta Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,23 1,16 1,18<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,11 0,11 0,15<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 9,1% 9,6% 12,4%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,41 1,34 1,42<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,05 0,97 0,94<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Tabela 6.3 - Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
12 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
N<br />
u − exp<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,84 1,81 1,89<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,32 0,29 0,34<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=M/DR 17,2% 16,0% 18,1%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 2,36 2,29 2,45<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,33 1,34 1,33<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
u<br />
N<br />
exp<br />
c, S<br />
N −<br />
129
Tabela 6.4 – Análise Conjunta das Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples e Seção U<br />
Enrijecida (Unificação das Tabelas 6.1 e 6.2):<br />
17 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples<br />
64 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida<br />
Nu<br />
− exp<br />
Arranjo 1 Arranjo 2 Arranjo 3<br />
MÉDIA (M) 1,27 1,15 1,16<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,14 0,11 0,14<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 11,3% 9,9% 12,2%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,50 1,34 1,40<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,03 0,97 0,93<br />
N<br />
c,S<br />
N<br />
u − exp<br />
N<br />
c, S<br />
Nu<br />
− exp<br />
N<br />
c, S<br />
Sob a ótica da expressão <strong>de</strong> interação, po<strong>de</strong>-se concluir que:<br />
• O Arranjo 2 produziu os melhores resultados com relação à constância e ao<br />
rendimento das resistências, comparativamente ao Arranjo 1. Isto é notado<br />
inicialmente nas Tabelas 6.1 e 6.2.<br />
• Na Tabela 6.4 observa-se que o Arranjo 2 sofre pequenas e menores variações nos<br />
parâmetros estatísticos, comparativamente aos outros arranjos, com a mistura dos<br />
resultados <strong>de</strong> 2 (dois) tipos diferentes <strong>de</strong> seções transversais: U simples e U<br />
enrijecida, <strong>de</strong>notando homogeneida<strong>de</strong> e confiabilida<strong>de</strong> dos resultados quando obtido<br />
com a combinação da expressão <strong>de</strong> interação com o MRD aplicado à esse universo<br />
<strong>de</strong> vigas-colunas. Po<strong>de</strong>-se concluir que o Arranjo 2 é o mais estável e mais<br />
a<strong>de</strong>quado na previsão <strong>de</strong> resistências <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seções mais variadas.<br />
• O <strong>de</strong>sempenho do Arranjo 1 foi bastante próximo ao Arranjo 2 para as vigascolunas<br />
da Tabela 6.2. No entanto, houve uma <strong>de</strong>terioração dos dados estatísticos do<br />
Arranjo 1 com a mistura dos resultados das vigas-colunas <strong>de</strong> seção U simples e<br />
enrijecida, conforme mostrado na Tabela 6.4.<br />
• Analisando os dados da Tabela 6.1 nota-se que o <strong>de</strong>sempenho do Arranjo 1 foi<br />
bastante conservador e que o Arranjo 3 teve melhor <strong>de</strong>sempenho comparado aos<br />
<strong>de</strong>mais arranjos, para esse grupo <strong>de</strong> vigas-colunas.<br />
• Em que pese o bom <strong>de</strong>sempenho do Arranjo 3 observado nas vigas-colunas <strong>de</strong> seção<br />
U simples e no 3º e 4º grupos <strong>de</strong> vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida, o resultado<br />
estatístico global foi mais disperso que o Arranjo 1 quando os dados foram<br />
analisados <strong>de</strong> forma conjunta, permanecendo distante com <strong>de</strong>sempenho bem inferior<br />
ao Arranjo 2.<br />
130
• Na Tabela 6.3, para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack, observam-se resultados<br />
semelhantes entre si, conservadores e dispersos para os 3 arranjos. Nenhum arranjo<br />
baseado na expressão <strong>de</strong> interação produziu resultados satisfatórios. Ainda assim, o<br />
Arranjo 2 sobressaiu-se ligeiramente melhor. A expressão <strong>de</strong> interação parece não<br />
ser a<strong>de</strong>quada para o dimensionamento <strong>de</strong> vigas-colunas cujo modo <strong>de</strong> flambagem<br />
dominante é o modo distorcional.<br />
Novas vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack sujeitas aos modos <strong>de</strong> flambagem local e<br />
global e com as mais variadas razões entre excentricida<strong>de</strong> e raio <strong>de</strong> giração po<strong>de</strong>riam ser<br />
investigadas pela expressão <strong>de</strong> interação combinada com o MRD nos mol<strong>de</strong>s do Arranjo<br />
2.<br />
Com relação ao volume <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>mandado para efetuar os cálculos <strong>de</strong> cada<br />
arranjo da expressão <strong>de</strong> interação, po<strong>de</strong>-se afirmar que o Arranjo 2 é muito mais fácil e<br />
prático do que o Arranjo 1. O Arranjo 3 é ainda mais fácil e direto do que o Arranjo 2.<br />
Esta conclusão é tirada observando-se as parcelas resistentes que compõem a expressão<br />
<strong>de</strong> interação <strong>de</strong> cada arranjo com relação ao esforço na obtenção das mesmas,<br />
especialmente com o aumento do nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> das seções transversais:<br />
NBR NBR NBR<br />
• No Arranjo 1, as parcelas resistentes (N c,R ; M x,R ; M y,R ), necessárias na<br />
expressão <strong>de</strong> interação <strong>de</strong>mandam gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> trabalho na sua obtenção<br />
através do método das larguras efetivas e do Anexo D da NBR 14762.<br />
MRD MRD MRD<br />
• No Arranjo 2, as parcelas resistentes (N c,R ; M x,R ; M y,R ), necessárias na<br />
expressão <strong>de</strong> interação po<strong>de</strong>m ser obtidas facilmente através do MRD auxiliado por<br />
um programa numérico simplificado especializado na análise <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s<br />
finas, como o CUFSM.<br />
• No Arranjo 3, somente a parcela <strong>de</strong> compressão, N MRD exc,R , é calculada levando-se<br />
em conta a instabilida<strong>de</strong> local e global ou distorcional através do MRD auxiliado<br />
por um programa numérico simplificado especializado na análise <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong><br />
pare<strong>de</strong>s finas, como o CUFSM. Em contrapartida a análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> é<br />
efetuada para o estado real <strong>de</strong> carregamento para o seu cálculo. Os momentos<br />
fletores resistentes são tomados, comodamente, aqueles <strong>de</strong> início <strong>de</strong> plastificação,<br />
respectivamente, M x,y e M y,y , traduzindo-se em uma metodologia menos trabalhosa<br />
que aquela aplicada aos Arranjos 1 e 2.<br />
131
1000<br />
6.2 Resultados Alcançados sem o emprego da Expressão <strong>de</strong> Interação<br />
Para as vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack afetadas pelo modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional a solução adotada com o emprego da curva <strong>de</strong> flambagem distorcional,<br />
proposta pelo MRD (calibrada para colunas), conduziu a resultados satisfatórios <strong>de</strong><br />
forma direta (sem o uso da expressão <strong>de</strong> interação). Nesta metodologia se utiliza a<br />
mesma metodologia do MRD calibrado para colunas sob o modo <strong>de</strong> flambagem<br />
distorcional, porém estendida à aplicação para vigas-colunas. No entanto, esta<br />
metodologia <strong>de</strong>manda uma análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> mais completa do que aquela<br />
processada pelos programas baseados no MFF. Por isso, é necessária a utilização <strong>de</strong> um<br />
programa baseado no método dos elementos finitos, MEF, para a análise em estado real<br />
<strong>de</strong> carregamento e consi<strong>de</strong>rando as reais condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s, como o programa<br />
SAP2000.<br />
A aplicação <strong>de</strong>sta metodologia produziu bons resultados, conforme apresentado<br />
na Tabela 6.5, e po<strong>de</strong>ndo-se concluir o seguinte:<br />
Tabela 6.5 – Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
12 Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack<br />
N<br />
u − exp<br />
MÉDIA (M) 1,21<br />
DESVIO PADRÃO (DP) 0,08<br />
DISPERSÃO RELATIVA (DR): DR=DP/M 6,3%<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 95%: Nk=M+1,64xDP 1,34<br />
VALOR CARACTERISTICO (Nk) 5%: Nk=M-1,64xDP 1,09<br />
N<br />
c,S<br />
• Os resultados apresentados <strong>de</strong>notam boa uniformida<strong>de</strong> do método em vista da média<br />
das resistências relativas, <strong>de</strong>svio padrão e dispersão relativa serem baixos.<br />
• O método proposto apresentou bons resultados para este grupo <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção<br />
rack: (i) cuja razão entre excentricida<strong>de</strong> (e x ) e raio <strong>de</strong> giração (r y ) é pequena, ou seja,<br />
e x /r y ≤ 0,5; (ii) o modo dominante <strong>de</strong> flambagem é o modo distorcional; (iii) a<br />
análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> foi realizada <strong>de</strong> forma acurada, para capturar o modo e a<br />
força crítica <strong>de</strong> flambagem reais, com as mesmas condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s dos<br />
ensaios (neste caso especial, o empenamento impedido).<br />
132
• Comparando-se os resultados <strong>de</strong>sta metodologia, Tabela 6.5, com aqueles obtidos<br />
através da expressão <strong>de</strong> interação, Tabela 6.3, nota-se que estes resultados são muito<br />
mais próximos dos resultados experimentais do que aqueles obtidos através <strong>de</strong><br />
qualquer dos arranjos baseado na expressão <strong>de</strong> interação.<br />
Vigas-colunas <strong>de</strong> seção rack sujeitas ao modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, com<br />
as mais variadas configurações <strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carregamento axial precisariam<br />
ser estudadas para se investigar o alcance do método, visto que, a variação da razão<br />
entre excentricida<strong>de</strong> pelo raio <strong>de</strong> giração até a magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> e x /r y ≤ 0,5 não afetou a<br />
qualida<strong>de</strong> das previsões <strong>de</strong> resistência, sugerindo que o método po<strong>de</strong> ser aplicado para<br />
excentricida<strong>de</strong>s diferentes e maiores.<br />
Estudos realizados em vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida e compacta,<br />
pertencentes aos 1º, 2º e 3º grupos, com gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong> e sujeitas ao modo <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, não obtiveram bons resultados através <strong>de</strong>ssa metodologia. Isso<br />
se explica, certamente, pelo fato da flexão assumir uma influência muito maior para os<br />
casos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s excentricida<strong>de</strong>s. Nestes grupos, a razão entre excentricida<strong>de</strong> pelo raio<br />
<strong>de</strong> giração, variou entre 0,9 a 2,72. Esses casos po<strong>de</strong>m ser tratados com auxílio do<br />
mo<strong>de</strong>lo da expressão <strong>de</strong> interação.<br />
6.3 <strong>Programa</strong>s Utilizados para a Análise <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong><br />
Neste trabalho foram utilizados 2 programas para análise <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> linear.<br />
O programa CUFSM, baseado no método das faixas finitas, e o programa SAP2000,<br />
baseado no método dos elementos finitos. O programa CUFSM analisa <strong>de</strong> forma muito<br />
rápida a estrutura, pois é um programa simplificado e específico para estruturas <strong>de</strong><br />
pare<strong>de</strong>s finas. No entanto, tem como <strong>de</strong>svantagem que não é possível impor<br />
impedimento <strong>de</strong> empenamento ou <strong>de</strong> rotações nas extremida<strong>de</strong>s. Mesmo assim é<br />
possível se obter as forças críticas <strong>de</strong> flambagem local com precisão para barras <strong>de</strong><br />
dimensões da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za utilizadas na construção civil. O programa SAP2000 é<br />
potente e completo, sendo possível mo<strong>de</strong>lar através do seu elemento <strong>de</strong> casca qualquer<br />
barra <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s finas com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> para análise. Em contrapartida, a mo<strong>de</strong>lagem e a<br />
análise são muito mais complicadas e <strong>de</strong>moradas se comparadas com o uso do programa<br />
CUFSM.<br />
133
Todos os perfis estudados neste trabalho foram analisados através dos dois<br />
programas acima citados e manualmente seguindo a NBR 14762. Dessas análises po<strong>de</strong>se<br />
concluir o seguinte:<br />
• As forças críticas <strong>de</strong> flambagem local obtidas pelos programas computacionais<br />
baseados no MFF ou MEF para os perfis estudados para os 4 mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
carregamento, Figura 5.4, mesmo utilizando-se condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s<br />
diferentes, ou seja, empenamento permitido no MFF e impedido no MEF, possuem<br />
a mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za, como po<strong>de</strong> ser visto para o estado real <strong>de</strong><br />
carregamento, N exc,crl , no confronto das Tabelas A4 com B1, A8 com B2, A12 com<br />
B3, A16 com B4, A20 com B5, A24 com B6 e A28 com B7.<br />
• As forças críticas mínimas <strong>de</strong> flambagem distorcional obtidas: (i) pelo anexo D da<br />
NBR 14763 e (ii) por programas baseados no MFF, (tais como CUFSM e INSLOD),<br />
para perfis <strong>de</strong> seção U enrijecida na compressão centrada e na flexão simples, e<br />
seção rack na compressão centrada, possuem a mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za.<br />
• Entretanto, existem razoáveis diferenças entre as forças críticas mínimas <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional quando obtidas com programas baseados no MFF e MEF<br />
com diferentes condições <strong>de</strong> extremida<strong>de</strong>s para os 4 mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento,<br />
como po<strong>de</strong> ser visto para o estado real <strong>de</strong> carregamento, N exc,crd , no confronto das<br />
Tabelas A8 com B2, A12 com B3, A16 com B4 e A28 com B7. A força crítica <strong>de</strong><br />
flambagem distorcional, quando existe, em elementos estruturais com alguma<br />
restrição ao empenamento ou à rotação, obtidas através <strong>de</strong> programa MEF, é sempre<br />
superior à obtida pelo MFF, tendo em vista a contribuição das condições <strong>de</strong><br />
extremida<strong>de</strong>s.<br />
• Mesmo assim, a utilização <strong>de</strong> forças críticas obtidas com o programa SAP2000, para<br />
o cálculo da resistência última teórica, via expressão <strong>de</strong> interação, melhoraram<br />
pouco os dados estatísticos (homogeneida<strong>de</strong>) dos arranjos para as vigas-colunas<br />
pertencentes aos 1º, 2º e 3º grupos <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> seção U enrijecidas e rack com modo<br />
<strong>de</strong> flambagem distorcional dominante.<br />
Além dos 2 programas acima citados, utilizados em especial para a análise da<br />
flambagem local e distorcional, todas as vigas-colunas foram analisadas por método<br />
direto para apurar a força crítica <strong>de</strong> flambagem global, N exc,cre , (flexão, torção e flexotorção)<br />
sob estado real <strong>de</strong> carregamento e vinculações conforme os experimentos,<br />
134
necessárias no <strong>de</strong>senvolvimento dos cálculos do Arranjo 3 da expressão <strong>de</strong> interação.<br />
Comparando os resultados <strong>de</strong>sta análise com os resultados obtidos através do programa<br />
SAP2000, po<strong>de</strong>-se concluir o seguinte:<br />
• Nenhuma viga-coluna teve força crítica <strong>de</strong> flambagem global dominante, conforme<br />
po<strong>de</strong> ser observado nas Tabelas B1 a B7 do anexo B, comparando-se as colunas <strong>de</strong><br />
dados contendo: N exc,cre ; Modo SAP SAP<br />
<strong>de</strong> flambagem e N cr . Exceto para o 3º grupo <strong>de</strong><br />
vigas-colunas <strong>de</strong> seção U enrijecida, Tabela B4, on<strong>de</strong> ocorre uma suposta interação<br />
entre os modos <strong>de</strong> flambagem distorcional e global por flexo-torção.<br />
• É difícil a i<strong>de</strong>ntificação visual do modo <strong>de</strong> flambagem global nos modos superiores,<br />
através do programa SAP2000. Existe uma faixa <strong>de</strong> números <strong>de</strong> modos superiores<br />
on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>formada não é nítida para caracterizar, com certeza, se um <strong>de</strong>terminado<br />
modo superior <strong>de</strong>fine a menor força <strong>de</strong> flambagem global. Este fato justifica o<br />
emprego <strong>de</strong> fórmulas prontas obtidas a partir da solução <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> equações<br />
diferenciais <strong>de</strong> equilíbrio para a <strong>de</strong>terminação da força crítica <strong>de</strong> flambagem global.<br />
135
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144
ANEXO – A<br />
Neste anexo são apresentadas as forças críticas elásticas <strong>de</strong> flambagem global,<br />
local e distorcional para todos os perfis, segundo os 4 mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> carregamento: (i)<br />
como coluna, (ii) como viga, sob flexão simples em relação ao eixo X, (iii) como viga,<br />
sob flexão simples em relação ao eixo Y e (iv) como viga-coluna, sob estado real <strong>de</strong><br />
carregamento. Também são apresentadas as resistências plásticas. Na última coluna <strong>de</strong><br />
cada linha é apresentada a respectiva resistência calculada segundo a formulação do<br />
MRD para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento em questão. As forças críticas <strong>de</strong> flambagem<br />
local e distorcional, obtidas com empenamento permitido nas extremida<strong>de</strong>s.<br />
LISTA DE SÍMBOLOS / LEGENDA<br />
Compressão centrada:<br />
N cre = Força crítica <strong>de</strong> flambagem global: é a menor entre as forças <strong>de</strong> flambagem por<br />
flexão (eq. 2.12) e por flexo-torção (eq. 2.14);<br />
N crl<br />
CUFSM<br />
CUFSM<br />
e N crd = Forças críticas <strong>de</strong> flambagem elástica local e distorcional,<br />
respectivamente, obtidas através do programa <strong>de</strong> faixas finitas, CUFSM;<br />
N y = Força plástica (resistência plástica);<br />
MRD<br />
N c,R = Resistência nominal na compressão centrada, obtida através do MRD.<br />
Compressão excêntrica:<br />
N exc,cre = Força crítica <strong>de</strong> flambagem global, sob estado real <strong>de</strong> carregamento, é a menor<br />
raiz da equação do 3º grau (eq. 2.10);<br />
CUFSM CUFSM<br />
N exc,crl e N exc,crd = Forças críticas elásticas <strong>de</strong> flambagem local e distorcional,<br />
respectivamente, obtidas através do programa <strong>de</strong> faixas finitas, CUFSM;<br />
N exc,y = N y = Força plástica (resistência plástica) na compressão excêntrica ou centrada;<br />
MRD<br />
N c,R = Resistência nominal na compressão excêntrica, obtida através do MRD.<br />
Flexão em relação ao eixo X:<br />
M x,cre = Momento Fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem global, obtida através das<br />
equações (2.15a)<br />
145
M x,crl<br />
CUFSM<br />
e M x,crd<br />
CUFSM<br />
= Momentos fletores críticos elásticos <strong>de</strong> flambagem local e<br />
distorcional, respectivamente, obtidos através do programa <strong>de</strong> faixas finitas, CUFSM;<br />
M x,y = Momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida em relação ao eixo X;<br />
M x,R<br />
MRD<br />
= Resistência nominal na flexão em relação ao eixo X, obtida através do MRD.<br />
Flexão em relação ao eixo Y:<br />
M y,cre = Momento fletor crítico elástico <strong>de</strong> flambagem global, obtido através das<br />
equações (2.15b)<br />
M y,crl<br />
CUFSM<br />
CUFSM<br />
e M y,crd = Momentos fletores críticos elásticos <strong>de</strong> flambagem local e<br />
distorcional, respectivamente, obtidos através do programa <strong>de</strong> faixas finitas, CUFSM;<br />
M y,y = Momento fletor <strong>de</strong> plastificação da fibra mais comprimida em relação ao eixo Y;<br />
MRD<br />
M y,R = Resistência nominal na flexão em relação ao eixo Y, obtida através do MRD.<br />
Na flexão simples o fenômeno da instabilida<strong>de</strong> lateral com torção po<strong>de</strong> ocorrer<br />
quando o momento fletor atua em relação ao eixo <strong>de</strong> maior inércia. No caso dos perfis<br />
ora em estudo, on<strong>de</strong> I x > I y , a flexão em torno do eixo Y não provoca instabilida<strong>de</strong><br />
global, logo, tem-se que, M y , cre não existe e o perfil colapsa por plastificação da fibra<br />
mais comprimida a partir da instabilida<strong>de</strong> local (ou distorcional, para perfis sensíveis à<br />
distorção).<br />
O sinal negativo, dos momentos críticos e das resistências, na flexão em relação<br />
ao eixo Y, representa apenas um marcador que significa que são oriundas <strong>de</strong> um<br />
momento aplicado comprimindo o centro <strong>de</strong> cisalhamento (a alma).<br />
146
1000<br />
N<br />
Tabela A1 – Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples, sob Compressão Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
UE11 627,0 192,6 Não há 326,2 201,1<br />
UE12 627,0 192,6 Não há 326,2 201,1<br />
UE21 352,8 192,6 Não há 326,2 179,7<br />
UE22 352,8 192,6 Não há 326,2 179,7<br />
UE31 225,8 192,6 Não há 326,2 155,4<br />
UE32 225,8 192,6 Não há 326,2 155,4<br />
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UE52 296,1 167,8 Não há 288,4 156,0<br />
UE61 195,3 167,8 Não há 288,4 135,5<br />
UE62 195,3 167,8 Não há 288,4 135,5<br />
UE71 329,2 151,7 Não há 281,9 153,5<br />
UE72 329,2 151,7 Não há 281,9 153,5<br />
UE81 191,3 151,7 Não há 281,9 129,2<br />
UE82 191,3 151,7 Não há 281,9 129,2<br />
UE91 127,2 151,7 Não há 281,9 104,7<br />
147
1000<br />
M<br />
Tabela A2 – Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples, sob Flexão Simples em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( N.m = kN.mm)<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
UE11 80.027,8 12.132,2 Não há 16.418,3 12.613,7<br />
UE12 80.027,8 12.132,2 Não há 16.418,3 12.613,7<br />
UE21 45.398,3 12.132,2 Não há 16.418,3 12.609,4<br />
UE22 45.398,3 12.132,2 Não há 16.418,3 12.609,4<br />
UE31 29.359,7 12.132,2 Não há 16.418,3 12.094,6<br />
UE32 29.359,7 12.132,2 Não há 16.418,3 12.094,6<br />
UE41 48.441,0 7.101,6 Não há 10.963,5 8.053,5<br />
UE42 48.441,0 7.101,6 Não há 10.963,5 8.053,5<br />
UE51 27.717,2 7.101,6 Não há 10.963,5 7.995,3<br />
UE52 27.717,2 7.101,6 Não há 10.963,5 7.995,3<br />
UE61 18.117,7 7.101,6 Não há 10.963,5 7.646,7<br />
UE62 18.117,7 7.101,6 Não há 10.963,5 7.646,7<br />
UE71 40.671,8 5.578,1 Não há 9.461,6 6.729,0<br />
UE72 40.671,8 5.578,1 Não há 9.461,6 6.729,0<br />
UE81 23.425,7 5.578,1 Não há 9.461,6 6.669,1<br />
UE82 23.425,7 5.578,1 Não há 9.461,6 6.669,1<br />
UE91 15.415,1 5.578,1 Não há 9.461,6 6.378,3<br />
148
1000<br />
M<br />
Tabela A3 – Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples, sob Flexão Simples em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( N.m = kN.mm)<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
UE11 S/Flamb Lat 3.688,9 Não há 3.422,3 2.981,4<br />
UE12 S/Flamb Lat -35.948,2 Não há -10.266,9 -10.266,9<br />
UE21 S/Flamb Lat 3.688,9 Não há 3.422,3 2.981,4<br />
UE22 S/Flamb Lat -35.948,2 Não há -10.266,9 -10.266,9<br />
UE31 S/Flamb Lat 3.688,9 Não há 3.422,3 2.981,4<br />
UE32 S/Flamb Lat -35.948,2 Não há -10.266,9 -10.266,9<br />
UE41 S/Flamb Lat 3.538,3 Não há 3.806,3 3.158,2<br />
UE42 S/Flamb Lat -46.160,0 Não há -8.512,3 -8.512,3<br />
UE51 S/Flamb Lat 3.538,3 Não há 3.806,3 3.158,2<br />
UE52 S/Flamb Lat -46.160,0 Não há -8.512,3 -8.512,3<br />
UE61 S/Flamb Lat 3.538,3 Não há 3.806,3 3.158,2<br />
UE62 S/Flamb Lat -46.160,0 Não há -8.512,3 -8.512,3<br />
UE71 S/Flamb Lat 3.503,6 Não há 4.123,7 3.320,5<br />
UE72 S/Flamb Lat -54.622,6 Não há -8.176,6 -8.176,6<br />
UE81 S/Flamb Lat 3.503,6 Não há 4.123,7 3.320,5<br />
UE82 S/Flamb Lat -54.622,6 Não há -8.176,6 -8.176,6<br />
UE91 S/Flamb Lat 3.503,6 Não há 4.123,7 3.320,5<br />
149
1000<br />
N<br />
Tabela A4 – Perfis <strong>de</strong> Seção U Simples, sob Compressão Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
UE11 616,6 146,2 Não há 326,2 182,5<br />
UE12 618,5 214,3 Não há 326,2 208,1<br />
UE21 347,1 146,2 Não há 326,2 163,1<br />
UE22 348,1 214,3 Não há 326,2 185,6<br />
UE31 222,4 146,2 Não há 326,2 140,9<br />
UE32 222,9 214,3 Não há 326,2 160,0<br />
UE41 449,6 120,6 Não há 288,4 152,8<br />
UE42 516,8 186,7 Não há 288,4 181,5<br />
UE51 258,6 120,6 Não há 288,4 134,2<br />
UE52 293,4 186,7 Não há 288,4 161,2<br />
UE61 169,9 120,6 Não há 288,4 114,2<br />
UE62 189,5 186,7 Não há 288,4 138,5<br />
UE71 295,6 110,3 Não há 281,9 134,0<br />
UE72 365,5 172,0 Não há 281,9 163,9<br />
UE81 172,0 110,3 Não há 281,9 110,9<br />
UE82 211,9 172,0 Não há 281,9 140,2<br />
UE91 114,5 110,3 Não há 281,9 88,0<br />
150
4,448<br />
N<br />
113,0<br />
M<br />
Tabela A5 – 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
LC9-LS-1 663,8 548,1 397,1 249,6 213,3<br />
LC9-LS-2 371,5 548,1 397,1 249,6 188,4<br />
LC9-LS-3 246,7 548,1 397,1 249,6 163,4<br />
LC9-LS-4 283,2 567,2 395,8 286,4 187,5<br />
LC10-LS-1 1.278,5 470,3 425,5 286,0 247,8<br />
LC10-LS-2 751,9 470,3 425,5 286,0 243,9<br />
LC10-LS-3 495,5 470,3 425,5 286,0 224,6<br />
LC11-LS-1 486,9 257,3 193,9 168,2 133,3<br />
LC11-LS-2 303,2 257,3 193,9 168,2 133,3<br />
LC11-LS-3 198,5 257,3 193,9 168,2 118,0<br />
Tabela A6 – 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão Simples<br />
em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
LC9-LS-1 57.812,7 33.441,8 17.625,1 7.699,3 7.699,3<br />
LC9-LS-2 32.640,5 33.441,8 17.625,1 7.699,3 7.699,3<br />
LC9-LS-3 21.886,3 33.441,8 17.625,1 7.699,3 7.699,3<br />
LC9-LS-4 25.027,4 33.065,9 17.462,2 8.877,9 8.609,4<br />
LC10-LS-1 145.905,8 28.828,8 22.653,3 10.042,5 10.042,5<br />
LC10-LS-2 85.769,9 28.828,8 22.653,3 10.042,5 10.042,5<br />
LC10-LS-3 56.492,0 28.828,8 22.653,3 10.042,5 10.042,5<br />
LC11-LS-1 68.994,8 8.638,2 7.347,5 4.696,9 4.258,1<br />
LC11-LS-2 42.940,8 8.638,2 7.347,5 4.696,9 4.258,1<br />
LC11-LS-3 28.102,6 8.638,2 7.347,5 4.696,9 4.258,1<br />
151
4,448<br />
N<br />
113,0<br />
M<br />
Tabela A7 – 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão Simples<br />
em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
LC9-LS-1 S/Flamb Lat 36.760,2 8.464,0 3.646,0 3.646,0<br />
LC9-LS-2 S/Flamb Lat 36.760,2 8.464,0 3.646,0 3.646,0<br />
LC9-LS-3 S/Flamb Lat 36.760,2 8.464,0 3.646,0 3.646,0<br />
LC9-LS-4 S/Flamb Lat -23.424,2 S/distorção -6.883,0 -6.883,0<br />
LC10-LS-1 S/Flamb Lat -20.298,6 S/distorção -8.106,5 -8.106,5<br />
LC10-LS-2 S/Flamb Lat -20.298,6 S/distorção -8.106,5 -8.106,5<br />
LC10-LS-3 S/Flamb Lat -20.298,6 S/distorção -8.106,5 -8.106,5<br />
LC11-LS-1 S/Flamb Lat 15.467,6 5.084,7 3.245,7 2.943,8<br />
LC11-LS-2 S/Flamb Lat 15.467,6 5.084,7 3.245,7 2.943,8<br />
LC11-LS-3 S/Flamb Lat 15.467,6 5.084,7 3.245,7 2.943,8<br />
Tabela A8 – 1º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( KN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
LC9-LS-1 341,7 315,5 111,3 249,6 130,1<br />
LC9-LS-2 193,4 315,5 111,3 249,6 130,1<br />
LC9-LS-3 130,0 315,5 111,3 249,6 111,7<br />
LC9-LS-4 213,0 187,0 S/distorção 286,4 145,0<br />
LC10-LS-1 1.050,0 172,7 S/distorção 286,0 190,3<br />
LC10-LS-2 616,1 172,7 S/distorção 286,0 180,4<br />
LC10-LS-3 404,8 172,7 S/distorção 286,0 168,7<br />
LC11-LS-1 258,4 79,7 45,5 168,2 68,0<br />
LC11-LS-2 149,1 85,3 44,3 168,2 67,1<br />
LC11-LS-3 105,5 79,7 45,5 168,2 68,0<br />
152
4,448<br />
N<br />
113,0<br />
M<br />
113,0<br />
M<br />
Tabela A9 – 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
LC1-LS-1 709,4 277,8 204,7 160,8 132,2<br />
LC1-LS-2 417,1 277,8 204,7 160,8 132,2<br />
LC1-LS-3 275,3 277,8 204,7 160,8 125,9<br />
LC2-LS-1 1.289,5 1.325,3 631,9 245,3 226,5<br />
LC2-LS-2 709,2 1.325,3 631,9 245,3 212,3<br />
LC2-LS-3 487,8 1.325,3 631,9 245,3 198,8<br />
Tabela A10 – 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
LC1-LS-1 70.598,5 9.316,8 7.749,4 4.488,2 4.192,7<br />
LC1-LS-2 41.416,9 9.316,8 7.749,4 4.488,2 4.192,7<br />
LC1-LS-3 27.251,3 9.316,8 7.749,4 4.488,2 4.192,7<br />
LC2-LS-1 125.169,2 43.532,3 22.979,6 6.734,1 6.734,1<br />
LC2-LS-2 68.315,8 43.532,3 22.979,6 6.734,1 6.734,1<br />
LC2-LS-3 46.629,6 43.532,3 22.979,6 6.734,1 6.734,1<br />
Tabela A11 – 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
LC1-LS-1 S/Flamb Lat 16.686,1 5.361,7 3.100,6 2.897,7<br />
LC1-LS-2 S/Flamb Lat 16.686,1 5.361,7 3.100,6 2.897,7<br />
LC1-LS-3 S/Flamb Lat 16.686,1 5.361,7 3.100,6 2.897,7<br />
LC2-LS-1 S/Flamb Lat -60.439,9 S/distorção -6.249,5 -6.249,5<br />
LC2-LS-2 S/Flamb Lat -60.439,9 S/distorção -6.249,5 -6.249,5<br />
LC2-LS-3 S/Flamb Lat -60.439,9 S/distorção -6.249,5 -6.249,5<br />
153
4,448<br />
N<br />
4,448<br />
N<br />
Tabela A12 – 2º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( KN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
LC1-LS-1 401,3 212,8 83,6 160,8 90,3<br />
LC1-LS-2 236,0 212,8 83,6 160,8 90,3<br />
LC1-LS-3 155,8 212,8 83,6 160,8 90,3<br />
LC2-LS-1 1.554,9 573,3 S/distorção 245,3 229,6<br />
LC2-LS-2 839,9 530,4 S/distorção 245,3 217,1<br />
LC2-LS-3 567,2 530,4 S/distorção 245,3 204,7<br />
Tabela A13 - 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
LC3-LS-1 183,8 219,6 247,6 99,6 79,4<br />
LC3-LS-2 324,7 215,0 256,3 94,7 83,8<br />
LC3-LS-3 191,9 215,0 256,3 94,7 77,0<br />
LC3-LS-4 126,2 215,0 256,3 94,7 69,2<br />
LC4-LS-1 398,6 405,6 387,5 177,2 147,1<br />
LC4-LS-2 235,8 405,6 387,5 177,2 129,4<br />
LC5-LS-1 469,5 1.325,3 624,4 278,1 217,0<br />
LC5-LS-2 262,7 1.325,3 624,4 278,1 178,6<br />
LC6-LS-1 276,7 245,8 188,4 133,7 109,2<br />
LC6-LS-2 182,8 245,8 188,4 133,7 98,5<br />
LC7-LS-1 877,0 999,4 612,6 240,9 214,8<br />
LC7-LS-2 472,1 999,4 612,6 240,9 194,6<br />
LC8-LS-1 833,5 199,5 193,8 159,4 128,9<br />
LC8-LS-2 514,5 199,5 193,8 159,4 128,9<br />
LC8-LS-3 331,2 199,5 193,8 159,4 127,1<br />
LC8-LS-4 234,0 191,9 188,4 160,9 119,0<br />
LC8-LS-5 175,1 191,9 188,4 160,9 109,5<br />
154
113,0<br />
M<br />
Tabela A14 - 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão Simples<br />
em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
LC3-LS-1 19.037,5 15.150,2 10.930,9 2.445,7 2.445,7<br />
LC3-LS-2 31.984,8 15.736,3 11.493,0 2.324,0 2.324,0<br />
LC3-LS-3 18.880,5 15.736,3 11.493,0 2.324,0 2.324,0<br />
LC3-LS-4 12.394,2 15.736,3 11.493,0 2.324,0 2.324,0<br />
LC4-LS-1 39.872,0 28.754,9 17.211,4 4.341,4 4.341,4<br />
LC4-LS-2 23.543,3 28.754,9 17.211,4 4.341,4 4.341,4<br />
LC5-LS-1 129.426,6 43.532,3 22.883,1 7.634,1 7.634,1<br />
LC5-LS-2 72.221,9 43.532,3 22.883,1 7.634,1 7.634,1<br />
LC6-LS-1 78.413,0 8.276,4 7.136,8 3.735,2 3.593,0<br />
LC6-LS-2 51.770,6 8.276,4 7.136,8 3.735,2 3.593,0<br />
LC7-LS-1 182.302,3 61.258,5 30.361,5 8.595,9 8.595,9<br />
LC7-LS-2 97.784,2 61.258,5 30.361,5 8.595,9 8.595,9<br />
LC8-LS-1 178.710,8 12.561,2 9.849,9 5.766,3 5.369,5<br />
LC8-LS-2 110.264,4 12.561,2 9.849,9 5.766,3 5.369,5<br />
LC8-LS-3 70.933,1 12.561,2 9.849,9 5.766,3 5.369,5<br />
LC8-LS-4 50.098,8 12.091,3 9.591,4 5.818,4 5.360,3<br />
LC8-LS-5 37.447,8 12.091,3 9.591,4 5.818,4 5.360,3<br />
155
113,0<br />
M<br />
Tabela A15 - 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão Simples<br />
em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
LC3-LS-1 S/Flamb Lat 7.094,1 4.698,3 1.140,1 1.140,1<br />
LC3-LS-2 S/Flamb Lat 6.585,6 4.790,0 1.060,0 1.060,0<br />
LC3-LS-3 S/Flamb Lat 6.585,6 4.790,0 1.060,0 1.060,0<br />
LC3-LS-4 S/Flamb Lat 6.585,6 4.790,0 1.060,0 1.060,0<br />
LC4-LS-1 S/Flamb Lat 12.624,4 7.384,1 1.994,7 1.994,7<br />
LC4-LS-2 S/Flamb Lat 12.624,4 7.384,1 1.994,7 1.994,7<br />
LC5-LS-1 S/Flamb Lat 79.654,0 16.010,1 5.232,1 5.232,1<br />
LC5-LS-2 S/Flamb Lat 79.654,0 16.010,1 5.232,1 5.232,1<br />
LC6-LS-1 S/Flamb Lat 14.586,5 4.941,6 2.580,8 2.484,0<br />
LC6-LS-2 S/Flamb Lat 14.586,5 4.941,6 2.580,8 2.484,0<br />
LC7-LS-1 S/Flamb Lat 79.101,8 15.581,9 4.287,5 4.287,5<br />
LC7-LS-2 S/Flamb Lat 79.101,8 15.581,9 4.287,5 4.287,5<br />
LC8-LS-1 S/Flamb Lat 16.061,9 5.044,1 2.911,9 2.722,8<br />
LC8-LS-2 S/Flamb Lat 16.061,9 5.044,1 2.911,9 2.722,8<br />
LC8-LS-3 S/Flamb Lat 16.061,9 5.044,1 2.911,9 2.722,8<br />
LC8-LS-4 S/Flamb Lat 15.465,4 4.909,6 2.939,7 2.718,9<br />
LC8-LS-5 S/Flamb Lat 15.465,4 4.909,6 2.939,7 2.718,9<br />
156
4,448<br />
N<br />
Tabela A16 – 3º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( KN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
LC3-LS-1 165,3 191,3 153,3 99,6 77,4<br />
LC3-LS-2 265,2 171,7 133,8 94,7 80,7<br />
LC3-LS-3 156,7 171,7 133,8 94,7 73,5<br />
LC3-LS-4 103,0 171,7 133,8 94,7 64,4<br />
LC4-LS-1 303,6 288,4 176,8 177,2 132,8<br />
LC4-LS-2 179,5 288,4 176,8 177,2 117,2<br />
LC5-LS-1 458,7 540,1 272,3 278,1 206,8<br />
LC5-LS-2 256,9 545,2 274,8 278,1 176,8<br />
LC6-LS-1 268,5 92,0 77,0 133,7 78,8<br />
LC6-LS-2 178,4 99,0 82,6 133,7 81,4<br />
LC7-LS-1 827,0 628,6 307,0 240,9 198,1<br />
LC7-LS-2 445,8 633,3 309,3 240,9 192,2<br />
LC8-LS-1 812,5 156,2 121,8 159,4 106,8<br />
LC8-LS-2 501,6 156,2 121,8 159,4 106,8<br />
LC8-LS-3 322,9 156,2 121,8 159,4 106,8<br />
LC8-LS-4 226,8 144,1 113,1 160,9 103,9<br />
LC8-LS-5 167,5 131,9 102,8 160,9 97,7<br />
157
4,448<br />
N<br />
Tabela A17 – 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
LC7-LU-1 288,5 87,2 100,2 181,2 101,1<br />
LC7-LU-2 165,4 87,2 100,2 181,2 88,9<br />
LC7-LU-3 107,0 87,2 100,2 181,2 75,3<br />
LC8-LU-1 239,7 32,0 97,5 289,2 81,9<br />
LC8-LU-2 238,3 32,0 97,5 289,2 81,7<br />
LC8-LU-3 243,2 33,7 100,3 301,9 84,9<br />
LC8-LU-4 242,7 33,7 100,3 301,9 84,8<br />
LC8-LU-5 237,2 32,1 96,2 298,1 82,4<br />
LC8-LU-6 239,1 32,1 96,2 298,1 82,6<br />
LC9-LU-1 270,9 42,1 116,8 322,6 97,4<br />
LC9-LU-2 272,7 42,1 116,8 322,6 97,6<br />
LC9-LU-3 273,5 42,0 116,5 324,8 97,8<br />
LC9-LU-4 273,5 42,0 116,5 324,8 97,8<br />
LC10-LU-1 402,1 99,5 239,8 522,5 175,6<br />
LC10-LU-2 402,1 99,5 239,8 522,5 175,6<br />
158
113,0<br />
M<br />
Tabela A18 – 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
LC7-LU-1 40.699,5 21.539,8 17.514,9 8.334,9 8.229,1<br />
LC7-LU-2 23.406,8 21.539,8 17.514,9 8.334,9 8.229,1<br />
LC7-LU-3 15.216,4 21.539,8 17.514,9 8.334,9 7.851,9<br />
LC8-LU-1 50.085,1 11.419,9 14.108,4 20.906,3 14.070,4<br />
LC8-LU-2 49.783,2 11.419,9 14.108,4 20.906,3 14.070,4<br />
LC8-LU-3 50.795,6 12.019,1 14.634,5 21.818,2 14.649,3<br />
LC8-LU-4 50.693,1 12.019,1 14.634,5 21.818,2 14.649,3<br />
LC8-LU-5 49.441,2 11.407,1 13.965,1 21.526,6 14.266,1<br />
LC8-LU-6 49.841,9 11.407,1 13.965,1 21.526,6 14.266,1<br />
LC9-LU-1 51.037,1 12.075,9 13.776,8 21.192,7 14.056,2<br />
LC9-LU-2 51.365,8 12.075,9 13.776,8 21.192,7 14.056,2<br />
LC9-LU-3 51.587,1 12.109,3 13.957,4 21.367,6 14.198,9<br />
LC9-LU-4 51.587,1 12.109,3 13.957,4 21.367,6 14.198,9<br />
LC10-LU-1 90.604,3 37.629,1 38.428,8 39.480,1 30.496,6<br />
LC10-LU-2 90.604,3 37.629,1 38.428,8 39.480,1 30.496,6<br />
159
113,0<br />
M<br />
Tabela A19 – 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
LC7-LU-1 S/Flamb Lat -5.504,6 S/distorção -4.073,6 -3.817,5<br />
LC7-LU-2 S/Flamb Lat -5.504,6 S/distorção -4.073,6 -3.817,5<br />
LC7-LU-3 S/Flamb Lat -5.504,6 S/distorção -4.073,6 -3.817,5<br />
LC8-LU-1 S/Flamb Lat -3.055,8 S/distorção -12.057,6 -6.360,0<br />
LC8-LU-2 S/Flamb Lat -3.055,8 S/distorção -12.057,6 -6.360,0<br />
LC8-LU-3 S/Flamb Lat -3.208,8 S/distorção -12.575,3 -6.649,4<br />
LC8-LU-4 S/Flamb Lat -3.208,8 S/distorção -12.575,3 -6.649,4<br />
LC8-LU-5 S/Flamb Lat -3.062,0 S/distorção -12.413,2 -6.483,8<br />
LC8-LU-6 S/Flamb Lat -3.062,0 S/distorção -12.413,2 -6.483,8<br />
LC9-LU-1 S/Flamb Lat 6.948,1 4.554,3 6.292,7 4.351,5<br />
LC9-LU-2 S/Flamb Lat 6.948,1 4.554,3 6.292,7 4.351,5<br />
LC9-LU-3 S/Flamb Lat 6.865,9 4.540,0 6.340,1 4.366,3<br />
LC9-LU-4 S/Flamb Lat 6.865,9 4.540,0 6.340,1 4.366,3<br />
LC10-LU-1 S/Flamb Lat 17.068,8 11.687,3 10.276,8 8.388,2<br />
LC10-LU-2 S/Flamb Lat 17.068,8 11.687,3 10.276,8 8.388,2<br />
160
4,448<br />
N<br />
Tabela A20 – 4º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( KN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
LC7-LU-1 223,6 32,0 S/distorção 181,2 67,6<br />
LC7-LU-2 128,3 32,0 S/distorção 181,2 57,5<br />
LC7-LU-3 83,2 32,0 S/distorção 181,2 46,8<br />
LC8-LU-1 224,8 19,9 S/distorção 289,2 67,2<br />
LC8-LU-2 223,4 19,9 S/distorção 289,2 67,0<br />
LC8-LU-3 198,4 20,5 85,0 301,9 65,6<br />
LC8-LU-4 198,0 20,5 85,0 301,9 65,6<br />
LC8-LU-5 166,2 18,9 67,9 298,1 58,8<br />
LC8-LU-6 167,5 18,9 67,9 298,1 59,0<br />
LC9-LU-1 204,9 47,8 64,4 322,6 92,0<br />
LC9-LU-2 172,9 41,7 52,1 322,6 81,0<br />
LC9-LU-3 173,6 41,6 52,5 324,8 81,2<br />
LC9-LU-4 205,0 55,2 60,4 324,8 97,0<br />
LC10-LU-1 294,8 89,2 149,9 522,5 148,6<br />
LC10-LU-2 294,8 89,2 149,9 522,5 148,6<br />
161
4,448<br />
N<br />
Tabela A21 – 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
LC1-LU-1 190,5 72,2 137,5 239,8 95,8<br />
LC1-LU-2 190,5 72,2 137,5 239,8 95,8<br />
LC1-LU-3 190,5 72,2 137,5 239,8 95,8<br />
LC2-LU-1 143,3 16,9 44,3 130,6 42,3<br />
LC2-LU-2 144,7 17,0 45,9 133,5 42,9<br />
LC3-LU-1 262,1 33,7 62,3 190,4 72,7<br />
LC3-LU-2 265,2 33,5 61,6 195,6 73,5<br />
LC3-LU-3 267,0 34,0 62,7 190,0 73,1<br />
LC4-LU-1 238,1 33,7 100,0 298,0 84,0<br />
LC4-LU-2 238,1 33,7 100,0 298,0 84,0<br />
LC4-LU-3 227,2 29,0 90,2 287,1 77,4<br />
LC5-LU-1 233,1 40,1 112,2 265,6 85,6<br />
LC5-LU-2 232,7 40,1 112,2 265,6 85,6<br />
LC5-LU-3 236,5 42,0 116,4 270,5 88,1<br />
LC5-LU-4 236,5 42,0 116,4 270,5 88,1<br />
LC6-LU-1 397,5 103,3 245,6 535,8 178,5<br />
LC6-LU-2 398,3 103,3 245,6 535,8 178,6<br />
162
113,0<br />
M<br />
Tabela A22 – 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
LC1-LU-1 30.419,7 20.221,1 15.989,3 13.237,6 11.030,9<br />
LC1-LU-2 30.419,7 20.221,1 15.989,3 13.237,6 11.030,9<br />
LC1-LU-3 30.419,7 20.221,1 15.989,3 13.237,6 11.030,9<br />
LC2-LU-1 29.225,0 6.294,7 7.144,0 9.433,9 6.637,8<br />
LC2-LU-2 29.580,5 6.319,8 7.436,4 9.631,8 6.827,2<br />
LC3-LU-1 46.575,0 8.313,8 6.674,5 13.030,7 7.857,5<br />
LC3-LU-2 47.333,4 8.275,0 6.544,2 13.458,3 7.945,1<br />
LC3-LU-3 47.326,7 8.188,1 6.582,9 12.985,5 7.797,5<br />
LC4-LU-1 49.666,5 11.992,6 14.468,1 21.530,5 14.466,5<br />
LC4-LU-2 49.666,5 11.992,6 14.468,1 21.530,5 14.466,5<br />
LC4-LU-3 47.363,8 10.346,3 13.049,1 20.732,2 13.577,2<br />
LC5-LU-1 43.942,4 11.499,8 13.329,8 17.464,6 12.325,2<br />
LC5-LU-2 43.854,7 11.499,8 13.329,8 17.464,6 12.325,2<br />
LC5-LU-3 44.626,0 12.119,9 13.846,2 17.777,9 12.643,2<br />
LC5-LU-4 44.626,0 12.119,9 13.846,2 17.777,9 12.643,2<br />
LC6-LU-1 89.411,7 38.877,9 39.007,5 40.393,4 31.112,7<br />
LC6-LU-2 89.590,4 38.877,9 39.007,5 40.393,4 31.112,7<br />
163
113,0<br />
M<br />
Tabela A23 – 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Compacta e Enrijecida, sob Flexão<br />
Simples em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( kN.mm = N.m )<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
LC1-LU-1 S/Flamb Lat 11.866,2 4.613,2 3.086,5 2.758,5<br />
LC1-LU-2 S/Flamb Lat 11.866,2 4.613,2 3.086,5 2.758,5<br />
LC1-LU-3 S/Flamb Lat 11.866,2 4.613,2 3.086,5 2.758,5<br />
LC2-LU-1 S/Flamb Lat 4.306,6 1.880,8 1.911,3 1.482,2<br />
LC2-LU-2 S/Flamb Lat 4.299,0 1.992,9 1.980,8 1.548,4<br />
LC3-LU-1 S/Flamb Lat 6.629,0 2.161,8 3.642,2 2.330,4<br />
LC3-LU-2 S/Flamb Lat 6.602,0 2.138,5 3.748,5 2.360,8<br />
LC3-LU-3 S/Flamb Lat 6.643,5 2.176,2 3.676,7 2.349,9<br />
LC4-LU-1 S/Flamb Lat 6.675,2 4.353,7 5.496,3 3.933,9<br />
LC4-LU-2 S/Flamb Lat 6.675,2 4.353,7 5.496,3 3.933,9<br />
LC4-LU-3 S/Flamb Lat 5.681,5 3.940,2 5.309,3 3.706,9<br />
LC5-LU-1 S/Flamb Lat 6.612,8 4.353,7 5.172,5 3.787,6<br />
LC5-LU-2 S/Flamb Lat 6.612,8 4.353,7 5.172,5 3.787,6<br />
LC5-LU-3 S/Flamb Lat 6.950,3 4.531,4 5.265,5 3.887,8<br />
LC5-LU-4 S/Flamb Lat 6.950,3 4.531,4 5.265,5 3.887,8<br />
LC6-LU-1 S/Flamb Lat 17.869,8 11.906,8 10.543,6 8.585,0<br />
LC6-LU-2 S/Flamb Lat 17.869,8 11.906,8 10.543,6 8.585,0<br />
164
4,448<br />
N<br />
Tabela A24 – 5º Grupo <strong>de</strong> Perfis <strong>de</strong> Seção U Esbelta e Enrijecida, sob Compressão<br />
Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( KN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
LC1-LU-1 167,8 69,9 111,8 239,8 90,4<br />
LC1-LU-2 73,5 42,9 41,7 239,8 47,8<br />
LC1-LU-3 114,2 58,6 68,4 239,8 70,8<br />
LC2-LU-1 97,1 14,8 26,8 130,6 35,9<br />
LC2-LU-2 79,4 13,2 22,0 133,5 32,0<br />
LC3-LU-1 192,3 30,7 36,0 190,4 63,6<br />
LC3-LU-2 139,7 24,9 23,0 195,6 50,4<br />
LC3-LU-3 195,4 30,9 35,7 190,0 63,3<br />
LC4-LU-1 110,2 22,9 35,7 298,0 49,7<br />
LC4-LU-2 82,7 18,2 26,0 298,0 38,1<br />
LC4-LU-3 154,7 25,3 50,8 287,1 62,9<br />
LC5-LU-1 177,8 36,7 69,5 265,6 75,5<br />
LC5-LU-2 128,6 30,5 45,9 265,6 60,6<br />
LC5-LU-3 152,3 35,4 57,5 270,5 69,9<br />
LC5-LU-4 114,4 29,0 40,6 270,5 55,5<br />
LC6-LU-1 302,0 94,2 160,2 535,8 153,9<br />
LC6-LU-2 217,2 77,8 106,9 535,8 119,2<br />
165
1000<br />
N<br />
1000<br />
M<br />
Tabela A25 – Perfis <strong>de</strong> Seção Rack, sob Compressão Centrada<br />
CP FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM<br />
cre N crl<br />
N crd<br />
N y<br />
N c,R<br />
MRD<br />
CP-760-0 1.464,1 248,0 159,2 190,1 132,5<br />
CP-760-6 1.467,7 247,7 159,6 190,1 132,6<br />
CP-760-10 1.484,0 246,2 159,5 190,7 132,8<br />
CP-760-14 1.463,4 249,1 158,5 190,5 132,4<br />
CP-1160-0 648,2 242,3 157,9 191,0 132,4<br />
CP-1160-6 621,8 253,6 164,0 190,0 134,1<br />
CP-1160-10 665,3 240,5 160,8 192,3 133,9<br />
CP-1160-14 622,4 249,9 159,9 189,5 132,5<br />
CP-1560-0 359,3 244,7 157,5 190,3 132,0<br />
CP-1560-6 352,0 246,2 158,8 190,4 132,5<br />
CP-1560-10 360,4 241,6 157,2 191,3 132,3<br />
CP-1560-14 356,4 242,3 157,2 190,5 131,9<br />
Tabela A26 – Perfis <strong>de</strong> Seção Rack, sob Flexão Simples em Relação ao Eixo X<br />
CP MOMENTO ( N.m = kN.mm)<br />
CUFSM CUFSM<br />
x,cre M x,crl<br />
M x,crd<br />
M x,y<br />
M x,R<br />
MRD<br />
CP-760-0 187.821,1 18.147,7 8.405,3 5.393,2 4.883,7<br />
CP-760-6 187.909,9 18.121,5 8.437,5 5.393,9 4.889,9<br />
CP-760-10 189.826,0 18.191,3 8.471,7 5.435,2 4.921,9<br />
CP-760-14 189.617,4 17.871,2 8.342,8 5.396,9 4.874,7<br />
CP-1160-0 82.174,9 18.537,9 8.417,2 5.528,8 4.970,0<br />
CP-1160-6 81.096,6 18.615,6 8.710,8 5.280,7 4.865,9<br />
CP-1160-10 84.329,5 18.808,5 8.704,7 5.579,6 5.054,1<br />
CP-1160-14 80.077,5 18.371,6 8.421,3 5.350,7 4.860,0<br />
CP-1560-0 45.723,9 17.595,6 8.310,7 5.444,8 4.898,5<br />
CP-1560-6 44.820,2 17.706,9 8.399,6 5.417,3 4.897,7<br />
CP-1560-10 45.465,8 17.591,2 8.359,7 5.527,2 4.958,4<br />
CP-1560-14 44.776,7 17.744,8 8.329,3 5.492,2 4.931,1<br />
166
1000<br />
M<br />
1000<br />
N<br />
Tabela A27 – Perfis <strong>de</strong> Seção Rack, sob Flexão Simples em Relação ao Eixo Y<br />
CP MOMENTO ( N.m = kN.mm)<br />
CUFSM CUFSM<br />
y,cre M y,crl<br />
M y,crd<br />
M y,y<br />
M y,R<br />
MRD<br />
CP-760-0 S/Flamb Lat 6.594,5 4.269,7 2.776,1 2.503,5<br />
CP-760-6 S/Flamb Lat 6.560,9 4.276,1 2.773,2 2.502,8<br />
CP-760-10 S/Flamb Lat 6.576,9 4.285,0 2.785,8 2.512,3<br />
CP-760-14 S/Flamb Lat 6.521,3 4.257,5 2.793,3 2.511,9<br />
CP-1160-0 S/Flamb Lat 6.744,0 4.251,1 2.800,5 2.515,2<br />
CP-1160-6 S/Flamb Lat 6.745,1 4.427,8 2.778,4 2.533,4<br />
CP-1160-10 S/Flamb Lat 6.746,0 4.356,7 2.823,7 2.548,9<br />
CP-1160-14 S/Flamb Lat 6.708,2 4.290,3 2.768,6 2.502,6<br />
CP-1560-0 S/Flamb Lat 6.358,5 4.194,0 2.763,6 2.481,8<br />
CP-1560-6 S/Flamb Lat 6.379,1 4.239,8 2.767,3 2.492,6<br />
CP-1560-10 S/Flamb Lat 6.331,3 4.197,9 2.783,8 2.495,0<br />
CP-1560-14 S/Flamb Lat 6.397,1 4.186,4 2.765,1 2.481,3<br />
Tabela A28 – Perfis <strong>de</strong> Seção Rack, sob Compressão Excêntrica<br />
CP ESTADO REAL DE CARREGAMENTO - FORÇA ( kN )<br />
CUFSM CUFSM MRD<br />
exc,cre N exc,crl<br />
N exc,crd N exc,Y =N Y N exc,R<br />
CP-760-0 1.464,1 248,0 159,2 190,1 132,5<br />
CP-760-6 1.373,9 286,3 131,0 190,1 121,7<br />
CP-760-10 1.331,2 244,4 117,0 190,7 115,7<br />
CP-760-14 1.260,0 210,5 104,9 190,5 109,9<br />
CP-1160-0 648,2 242,3 157,9 191,0 132,4<br />
CP-1160-6 583,2 293,9 134,9 190,0 123,2<br />
CP-1160-10 597,0 250,1 118,3 192,3 116,8<br />
CP-1160-14 535,9 217,2 105,9 189,5 110,1<br />
CP-1560-0 359,3 244,7 157,5 190,3 132,0<br />
CP-1560-6 329,5 278,9 130,3 190,4 121,5<br />
CP-1560-10 322,9 235,6 115,1 191,3 115,1<br />
CP-1560-14 306,0 207,6 103,8 190,5 109,4<br />
167
ANEXO B<br />
No Anexo B são apresentadas 7 Tabelas com dados necessários para executar os<br />
cálculos da seção 5.5, como as duas forças críticas <strong>de</strong> flambagem globais por flexão, N ex<br />
e N ey , utilizadas na expressão <strong>de</strong> interação. Também são apresentados os resultados das<br />
análises obtidos com o programa SAP2000, empregados na seção 5.7. Todas as análises<br />
são executadas aplicando-se as mesmas condições dos ensaios, tais como: condições <strong>de</strong><br />
extremida<strong>de</strong>, excentricida<strong>de</strong>s e comprimento (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> carregamento iv). N ex e N ey, se<br />
referem à compressão centrada.<br />
LISTA DE SÍMBOLOS / LEGENDA<br />
N u-exp - Força última experimental;<br />
N exc,cre - Força crítica <strong>de</strong> flambagem global na compressão excêntrica, (eq. 2.10);<br />
N ex , N ey - Forças críticas <strong>de</strong> flambagem por flexão em relação aos eixos X e Y,(eq. 2.12);<br />
SAP<br />
N crl - Força crítica <strong>de</strong> flambagem local obtida através do programa SAP2000. Quando<br />
MLP não for o modo dominante, é a força crítica obtida em um modo superior;<br />
Modo SAP – Se refere ao primeiro modo <strong>de</strong> flambagem obtido com o programa<br />
SAP2000, po<strong>de</strong>ndo ser: MLP, MD ou MG (FL, T, FT). O número que antece<strong>de</strong> o modo<br />
<strong>de</strong> flambagem é <strong>de</strong> semi-ondas verificadas no primeiro modo <strong>de</strong> flambagem;<br />
N SAP cr - Força crítica <strong>de</strong> flambagem, referente ao primeiro modo <strong>de</strong> flambagem, obtida<br />
través do programa SAP2000.<br />
168
1000 kN<br />
Tabela B1 - Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Simples. Valores teóricos das forças críticas <strong>de</strong><br />
flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via<br />
MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
UE11 136,0 616,6 4.010,5 627,0 148,2 7-MLP 148,2<br />
UE12 204,0 618,5 4.010,5 627,0 218,8 7-MLP 218,8<br />
UE21 125,0 347,1 2.256,8 352,8 147,7 9-MLP 147,7<br />
UE22 171,0 348,1 2.256,8 352,8 217,7 9-MLP 217,7<br />
UE31 111,0 222,4 1.444,6 225,8 147,5 11-MLP 147,5<br />
UE32 144,0 222,9 1.444,6 225,8 217,3 11-MLP 217,3<br />
UE41 88,0 449,6 1.425,0 553,0 122,3 8-MLP 122,3<br />
UE42 144,0 516,8 1.425,0 553,0 190,0 8-MLP 190,0<br />
UE51 91,0 258,6 801,6 311,1 121,7 11-MLP 121,7<br />
UE52 133,0 293,4 801,6 311,1 188,9 11-MLP 188,9<br />
UE61 97,0 169,9 513,0 199,1 121,0 13-MLP 121,0<br />
UE62 123,0 189,5 513,0 199,1 188,3 13-MLP 188,3<br />
UE71 109,0 295,6 919,4 542,0 111,4 8-MLP 111,4<br />
UE72 128,0 365,5 919,4 542,0 174,1 8-MLP 174,1<br />
UE81 94,0 172,0 517,5 305,1 110,8 11-MLP 110,8<br />
UE82 117,0 211,9 517,5 305,1 173,2 11-MLP 173,2<br />
UE91 88,0 114,5 331,1 195,2 110,6 13-MLP 110,6<br />
169
4,448 kN<br />
4,448 kN<br />
Tabela B2 - 1º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta. Valores<br />
teóricos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
LC9-LS-1 51,2 341,7 1.650,3 663,8 315,8 2-MD 120,7<br />
LC9-LS-2 49,6 193,4 923,6 371,5 317,3 3-MD 113,6<br />
LC9-LS-3 44,3 130,0 613,2 246,7 317,8 1-MD 107,2<br />
LC9-LS-4 42,7 213,0 675,1 283,2 188,9 4-MD 168,3<br />
LC10-LS-1 78,7 1.050,0 2.660,2 1.321,1 175,2 12-MLP 175,2<br />
LC10-LS-2 75,6 616,1 1.559,3 774,4 175,0 15-MLP 175,0<br />
LC10-LS-3 72,9 404,8 1.023,4 508,2 174,5 19-MLP 174,5<br />
LC11-LS-1 35,1 258,4 1.060,5 840,6 83,8 1-MD 62,9<br />
LC11-LS-2 32,9 149,1 658,3 521,8 89,5 2-MD 53,6<br />
LC11-LS-3 30,2 105,5 429,2 340,3 82,2 3-MD 51,3<br />
Tabela B3 - 2º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta. Valores<br />
teóricos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
LC1-LS-1 56,7 401,3 4.344,4 860,8 214,9 1-MD 130,6<br />
LC1-LS-2 50,0 236,0 2.540,5 503,4 214,5 2-MD 105,7<br />
LC1-LS-3 42,0 155,8 1.664,9 329,9 214,3 1-MD+MGFT 95,9<br />
LC2-LS-1 97,9 1.554,9 7.888,6 1.554,9 561,8 14-MLP 561,8<br />
LC2-LS-2 83,0 839,9 4.260,9 839,9 530,5 19-MLP 530,5<br />
LC2-LS-3 78,3 567,2 2.877,5 567,2 530,5 23-MLP 530,5<br />
170
4,448 kN<br />
Tabela B4 - 3º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Compacta. Valores<br />
teóricos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
LC3-LS-1 39,6 165,3 367,6 453,8 196,7 MD+MGFT 147,5<br />
LC3-LS-2 34,7 265,2 652,2 758,0 178,0 2-MD 154,5<br />
LC3-LS-3 32,0 156,7 381,9 443,8 177,5 MD+MGFT 131,7<br />
LC3-LS-4 31,6 103,0 248,1 288,3 177,3 MD+MGFT 92,6<br />
LC4-LS-1 51,6 303,6 797,3 947,3 298,5 1-MD 195,6<br />
LC4-LS-2 46,7 179,5 465,0 552,5 298,1 MD+MGFT 141,4<br />
LC5-LS-1 84,5 458,7 1.007,8 3.178,3 561,9 1-MD 277,7<br />
LC5-LS-2 76,5 256,9 551,7 1.739,9 563,1 MD+MGFT 209,3<br />
LC6-LS-1 45,8 268,5 600,7 1.904,7 93,1 19-MLP* 93,1<br />
LC6-LS-2 46,7 178,4 395,1 1.252,8 100,2 3-MD 92,3<br />
LC7-LS-1 104,1 827,0 2.021,9 3.672,6 634,6 3-MD 343,2<br />
LC7-LS-2 96,5 445,8 1.070,2 1.943,9 639,1 1-MD 311,4<br />
LC8-LS-1 74,7 812,5 1.938,2 3.569,0 158,1 12-MLP 158,1<br />
LC8-LS-2 72,1 501,6 1.193,6 2.197,8 157,8 2-MD 152,8<br />
LC8-LS-3 68,9 322,9 765,7 1.409,9 157,7 3-MD 143,9<br />
LC8-LS-4 61,4 226,8 538,7 992,4 144,6 3-MD 124,5<br />
LC8-LS-5 54,7 167,5 401,2 739,1 133,6 3-MD 110,6<br />
* Força e modo <strong>de</strong> flambagem distorcional, foram obtidos no 6º modo superior,<br />
respectivamente <strong>de</strong> 94,5 kN e 2 semi-ondas.<br />
171
4,448 kN<br />
Tabela B5 - 4º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Esbelta. Valores<br />
teóricos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
LC7-LU-1 28,9 223,6 4.134,9 288,5 33,0 7-MLP 33,0<br />
LC7-LU-2 25,8 128,3 2.370,0 165,4 32,8 10-MLP 32,8<br />
LC7-LU-3 23,8 83,2 1.534,2 107,0 32,8 13-MLP 32,8<br />
LC8-LU-1 52,7 224,8 1.778,9 239,7 19,8 13-MLP 19,8<br />
LC8-LU-2 53,4 223,4 1.768,1 238,3 19,8 14-MLP 19,8<br />
LC8-LU-3 47,8 198,4 1.809,7 243,2 20,2 14-MLP 20,2<br />
LC8-LU-4 46,9 198,0 1.806,1 242,7 20,2 14-MLP 20,2<br />
LC8-LU-5 39,6 166,2 1.765,0 237,2 18,5 14-MLP 18,5<br />
LC8-LU-6 41,6 167,5 1.779,3 239,1 18,5 14-MLP 18,5<br />
LC9-LU-1 62,3 204,9 1.568,4 270,9 48,4 15-MLP 48,4<br />
LC9-LU-2 44,9 172,9 1.578,6 272,7 42,3 15-MLP 42,3<br />
LC9-LU-3 47,1 173,6 1.584,8 273,5 42,3 15-MLP 42,3<br />
LC9-LU-4 52,0 205,0 1.584,8 273,5 56,8 15-MLP 56,8<br />
LC10-LU-1 110,3 294,8 3.071,9 402,1 88,6 13-MLP 88,6<br />
LC10-LU-2 111,2 294,8 3.071,9 402,1 88,6 13-MLP 88,6<br />
172
4,448 kN<br />
Tabela B6 - 5º Grupo <strong>de</strong> Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção U Enrijecida e Esbelta. Valores<br />
teóricos das forças críticas <strong>de</strong> flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e modo e força<br />
crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via MEF SAP2000.<br />
CP N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
kN kN kN kN Flambagem kN<br />
LC1-LU-1 83,4 167,8 1.614,3 190,5 72,3 14-MLP 72,3<br />
LC1-LU-2 30,2 73,5 1.614,3 190,5 40,5 14-MLP 40,5<br />
LC1-LU-3 54,8 114,2 1.614,3 190,5 60,8 14-MLP 60,8<br />
LC2-LU-1 25,6 97,1 1.402,4 143,3 15,1 14-MLP 15,1<br />
LC2-LU-2 19,1 79,4 1.401,5 144,7 13,5 14-MLP 13,5<br />
LC3-LU-1 35,6 192,3 1.372,2 262,1 31,1 15-MLP 31,1<br />
LC3-LU-2 28,2 139,7 1.392,8 265,2 25,5 16-MLP 25,5<br />
LC3-LU-3 37,8 195,4 1.368,9 267,0 31,4 15-MLP 31,4<br />
LC4-LU-1 34,3 110,2 1.768,3 238,1 22,2 4-MLP 22,2<br />
LC4-LU-2 23,0 82,7 1.768,3 238,1 15,2 4-MLP 15,2<br />
LC4-LU-3 47,4 154,7 1.679,5 227,2 25,5 15-MLP 25,5<br />
LC5-LU-1 60,9 177,8 1.354,1 233,1 37,4 16-MLP 37,4<br />
LC5-LU-2 41,5 128,6 1.351,3 232,7 31,0 16-MLP 31,0<br />
LC5-LU-3 52,4 152,3 1.376,3 236,5 35,9 16-MLP 35,9<br />
LC5-LU-4 35,5 114,4 1.376,3 236,5 29,5 16-MLP 29,5<br />
LC6-LU-1 127,9 302,0 3.025,4 397,5 94,0 14-MLP 94,0<br />
LC6-LU-2 86,7 217,2 3.031,4 398,3 75,9 14-MLP 75,9<br />
173
Tabela B7 - Vigas-Colunas <strong>de</strong> Seção Rack. Valores teóricos das forças críticas <strong>de</strong><br />
flambagem global (N exc,cre ; N ex ; N ey ) e, modo e força crítica <strong>de</strong> flambagem obtidos via<br />
MEF SAP2000.<br />
Corpo <strong>de</strong> N u-exp N exc,cre N ex N ey N crl<br />
SAP<br />
Modo SAP <strong>de</strong> N cr<br />
SAP<br />
Prova kN kN kN kN kN Flambagem kN<br />
CP-760-0 183,1 1.464,1 2.625,9 1.618,5 251,4 * 258,4<br />
CP-760-6 182,4 1.373,9 2.629,2 1.616,3 283,4 1-MD 215,8<br />
CP-760-10 172,6 1.331,2 2.661,4 1.627,3 241,9 1-MD 192,7<br />
CP-760-14 159,0 1.260,0 2.624,3 1.635,8 208,4 1-MD 172,0<br />
CP-1160-0 205,0 648,2 1.172,4 704,0 244,4 2-MD 218,5<br />
CP-1160-6 177,2 583,2 1.090,1 689,8 289,6 2-MD 188,7<br />
CP-1160-10 180,0 597,0 1.192,6 710,8 244,7 2-MD 156,7<br />
CP-1160-14 148,0 535,9 1.112,0 690,2 213,8 2-MD 144,6<br />
CP-1560-0 162,8 359,3 634,7 383,9 246,3 2-MD 188,9<br />
CP-1560-6 162,8 329,5 629,7 383,9 274,2 2-MD 156,4<br />
CP-1560-10 150,0 322,9 650,6 388,6 231,6 2-MD 138,0<br />
CP-1560-14 135,0 306,0 644,0 384,3 204,0 2-MD 124,3<br />
* No 1º modo <strong>de</strong> flambagem apresentou a força crítica <strong>de</strong> flambagem local <strong>de</strong> 251,4 kN<br />
formando 10 semi-ondas no MLP. No 3º modo <strong>de</strong> flambagem (modo superior)<br />
apresentou força <strong>de</strong> flambagem distorcional <strong>de</strong> 258,4 kN com formando 1 semi-onda<br />
no MD. No ensaio experimental a viga-coluna colapsou após sofrer flambagem<br />
distorcional conforme experimento. Teoricamente, houve a mesma analogia, on<strong>de</strong> a<br />
resistência <strong>de</strong>terminada pela força crítica <strong>de</strong> flambagem distorcional.<br />
174