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UNDERGROUND ROCK REPORT - 1

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Violência Thrasher<br />

com requintes de crueldade<br />

Por Marcos “Big Daddy” Garcia<br />

Apesar de ser uma banda ainda bem jovem, o trio NERVOSA, especializado em<br />

fazer Thrash Metal bruto e tão agressivo que nos deixa com os ouvidos dando sinal de<br />

ocupado, galga o sucesso com unhas e dentes, com vontade de ferro, e seu primeiro<br />

Full Length, “Victim of Yourself”, lançado no início do ano pela Die Hard Records<br />

no Brasil (no exterior pela Napalm Records).<br />

E é um ótimo momento para ir entrevistar as garotas e saber mais do passado<br />

deles, do sucesso internacional que “Victim of Yourself” vem alcançando, e mesmo<br />

alguns shows pela América do Sul.<br />

URR: Antes de tudo, agradecemos demais pela entrevista. Começando, como<br />

foi que surgiu a idéia de formar o NERVOSA, e de onde veio o nome? E por que<br />

justamente um Power Trio de garotas? Nada contra, por favor...<br />

Prika Amaral: Agradeço primeiramente pelo espaço dado a gente. Bom, eu comecei<br />

a NERVOSA em fevereiro de 2010 quando eu tocava numa banda de death metal,<br />

o Innervoices, essa banda precisava de baterista e foi quando eu conheci a Fernanda<br />

Terra por indicação de um amigo, como sabemos o integrante mais difícil de achar é o<br />

baterista, e ela sendo mulher, vi a oportunidade de começar uma banda só de mulheres,<br />

já que baixista e vocal seria mais fácil. Ficamos um ano e meio em estúdio compondo<br />

e testando integrantes, porém nenhuma se encaixava ao que eu buscava. Já tínhamos<br />

4 músicas prontas, inclusive duas com letras e vocais. Em agosto de 2011, entrei em<br />

contato com a Fernanda Lira para ser baixista, ela topou na hora, pois era o que ela<br />

queria, e quando fomos fazer o primeiro ensaio, ele sugeriu de testar o vocal dela, e<br />

quando ela abriu a boca, eu estranhei porque achei diferente, eu gostei e ela ficou com<br />

o posto de vocalista e baixista. O fato de sermos um trio foi natural, nos adaptamos<br />

tão bem assim, e decidimos ser apenas um trio, e quando me vi sozinha na guitarra<br />

encarei como um desafio interessante, aliás, ainda é um desafio!<br />

O nome veio logo no começo da banda quando gravei bateria e guitarra da música<br />

Time of Death e mostrei para um amigo, quando ele ouviu, ele disse: ”Que som<br />

nervoso hein?!” E na hora me veio a idéia do nome NERVOSA, por ser um nome<br />

feminino e agressivo, uma palavra em português que muitos gringos entendem, pra<br />

mim era perfeito!<br />

Fernanda Lira: Eu sempre toquei em bandas autorais femininas, então sempre foi<br />

algo que eu tinha em mente. Após eu sair da minha última banda, fiquei um tempo<br />

afastada e quando voltei a todo vapor, tinha em mente que queria formar um trio<br />

feminino de thrash, primeiro porque thrash é meu estilo favorito junto com death<br />

dentro do metal, e também porque na época eu tava pirando em muitos trios ao mesmo<br />

tempo: Coroner, ZZ Top, Destruction, dentre muitas outras, o trio sempre teve uma<br />

magia que me atraiu muito e eu queria tentar isso em uma banda e assim comecei a<br />

buscar por garotas pra tocar comigo, o que foi muito difícil, porque na época (e hoje<br />

ainda um pouco) era difícil achar meninas pra tocar vertentes mais extremas do metal<br />

e mais importante, garotas que estivessem dispostas a se devotar e entregar a uma<br />

banda como eu desejava e estava disposta. Então quando eu já estava quase desistindo,<br />

a Prika entrou em contato comigo e me apresentou a esse projeto que ela tinha! Além<br />

de ser super parecido com o que eu também estava buscando, percebi que ela tinha<br />

os mesmos objetivos que eu, então decidimos unir forças. A partir daí sim passamos<br />

a encarar a NERVOSA como algo profissional, como uma banda realmente na ativa,<br />

pois unirmos forças. Por exemplo, mesmo nas músicas que já existiam, eu dei algumas<br />

ideias, inclusive mudando as linhas vocais e adaptando bem ao estilo que a Nervosa<br />

tem hoje, principalmente no que diz respeito a refrões, e etc. Além disso, trouxe comigo<br />

uma série de ideias de divulgação e planejamento além de contatos, o que se uniu com<br />

a vontade de banda, e aí polimos as músicas que já existiam, entramos em estúdio, e<br />

iniciamos um trabalho de divulgação bem forte, além de iniciarmos a rota de shows!<br />

Quando entrei na banda, o nome já existia e eu achei ideal, senão teria com certeza<br />

sugerido uma mudança, mas acho que caiu perfeitamente à proposta da NERVOSA!<br />

<strong>UNDERGROUND</strong> <strong>ROCK</strong> <strong>REPORT</strong> - 37

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