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UNDERGROUND ROCK REPORT - 1

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Behemoth<br />

The Satanist<br />

Nuclear Blast – Importado<br />

Confesso que o Behemoth era o tipo<br />

de banda que nunca me chamou a<br />

atenção até eu ouvir esse excelente novo<br />

álbum deles lançado no começo de 2014,<br />

depois de um intervalo de 5 anos desde o<br />

ultimo lançamento da banda.<br />

Com um tema bem denso, The Satanist<br />

sem duvida coloca o Behemoth no topo<br />

da lista das bandas de Black Metal que<br />

produzem álbuns de extrema qualidade<br />

e perfeição sonora, o baixo por exemplo,<br />

nesse CD está simplesmente incrível.<br />

Suas nove músicas formam um tracklist<br />

eficiente, com elementos que vão<br />

do death ao black sem maiores cerimônias.<br />

Com criatividade e inspiração, o<br />

Behemoth brinda os ouvintes com pequenas<br />

obras-primas como “Blow Your<br />

Trumpets Gabriel”, a sensacional “Messe<br />

Noire” (com um solo de guitarra arrebatador),<br />

“Ora Pro Nobis Lucifer”,<br />

“In the Abscence ov Light” e a exemplar<br />

faixa-título, já valem o CD inteiro.<br />

Por enquanto não há uma versão nacional<br />

desse álbum, disponível apenas<br />

nas versões européia e americana. Na<br />

Europa saiu pela Nuclear Blast e nos<br />

EUA pela Metal Blade. A versão européia<br />

vem no formato digibook e acompanha<br />

um DVD de um show deles em<br />

Ekaterinburg na Russia.(LM)<br />

Negator<br />

Gates to the Pantheon<br />

Prosthetic Records – importado<br />

vocalista e líder do Negator, Nachtgarm<br />

ficou relativamente conheci-<br />

O<br />

do mundialmente por ter substituído<br />

o Emperor Magnus Caligula no Dark<br />

Funeral entre 2010 e 2011, passando<br />

inclusive pelo Brasil para uma única<br />

apresentação. Mas poucos sabem que<br />

Nachtgarm tem sua própria banda na<br />

ativa desde 2003 com 4 álbuns já lançados<br />

e faz parte de um projeto paralelo<br />

chamado King Fear.<br />

Gates to the Pantheon é o quarto álbum<br />

do grupo alemão, traz um Black<br />

Metal cru e ao mesmo tempo com uma<br />

musicalidade excepcional , com letras<br />

inteligentes , bem como um equilíbrio<br />

de estruturas musicais rápidas e lentas ,<br />

brutais e melódicas , o álbum irá satisfazer<br />

tanto os fãs do estilo Black Metal<br />

old school como fãs do moderno Black<br />

Metal. Pra quem viu Nachtgarm a frente<br />

do Dark Funeral tem a nítida impressão<br />

que está escutando um novo álbum do<br />

Dark Funeral totalmente reformulado<br />

ao ouvir esse CD. Destaque desse álbum<br />

fica para as canções Nergal, The<br />

Raging King e The Urge For Battle, que<br />

realmente são os pontos mais altos do<br />

CD, as outras 7 musicas mantém o excelente<br />

bom ritmo.(LM)<br />

Sardonic Impious<br />

Obscuridade Eterna<br />

Corvo Records – Nacional<br />

Sardonic Impious é uma banda bem<br />

O conhecida no circuito underground<br />

paulistano, já tocou ao lado de bandas<br />

como Besatt, Mystifier e Ocultan.<br />

Obscuridade Eterna é o primeiro CD<br />

da banda lançado em tiragem limitada<br />

pela Corvo Records em 2013.<br />

O quinteto de Atibaia surpreende<br />

pela boa produção das musicas para um<br />

CD début, passando bem longe do amadorismo<br />

comum das bandas iniciantes.<br />

São nítidas as influências de bandas<br />

tradicionais de Black Metal nesse CD,<br />

mesmo com as letras cantadas em português<br />

mas devido a velocidade como<br />

elas são executadas, o ouvinte que não<br />

sabe a procedência da banda nem perceberá<br />

que se trata de uma banda brasileira,<br />

é sinal que cada vez mais as produções<br />

nacionais não ficam devendo nada<br />

as bandas gringas.<br />

O CD contém 9 faixas e o destaque<br />

fica para a musica o Mestre das Ciências<br />

Malditas, que apresenta uma incrível<br />

levada de guitarras. É uma banda<br />

que merece toda atenção. (LM)<br />

Khaotic<br />

Tenebrae<br />

Pazuzu Records- Nacional<br />

Sem sombra de duvidas este foi um<br />

dos lançamentos mais criativos e<br />

promissores dentro do metal brasileiro<br />

no ano de 2013.<br />

É a primeira vez que me deparo com<br />

um projeto one woman band, o mais<br />

comum que se ve por ai é justamente o<br />

oposto, one man band , o que na maioria<br />

das vezes são clones do Bathory nas<br />

mais variadas versões. Não é o caso<br />

do Khaotic, que apresenta um Black<br />

Metal que transita entre o old school<br />

tradicional e uma atmosfera viajante<br />

mas cheio de personalidade própria,<br />

principalmente nos vocais que estão<br />

inacreditáveis. Quem está por trás<br />

desse maravilhoso projeto é Lady of<br />

Blood, veterana guitarrista do Ocultan,<br />

que nesse CD faz os vocais e toca todos<br />

os instrumentos sob o pseudônimo<br />

de D Profaner. Mas não tire conclusões<br />

precipitadas, a sonoridade está muito<br />

diferente do que já é conhecido nos álbuns<br />

do Ocultan.<br />

Esse CD é um verdadeiro deleite<br />

para os fãs do universo Black Metal,<br />

com uma arte de capa no melhor estilo<br />

Watain e um encarte bem produzido<br />

com letras, digno de banda gringa<br />

mainstream. Apesar do CD manter uma<br />

mesma pegada, na minha opinião os<br />

pontos mais altos do álbum vão para<br />

Cancer, Mass Submission, Tenebrae<br />

e Words of Blasphemy. Que venha o<br />

próximo álbum já em fase de produção<br />

em 2014.(LM)<br />

Deicide<br />

In the Minds of Evil<br />

Century Media Records - Importado<br />

Deicide já teve seus anos de glória<br />

O com os 3 primeiros álbuns de sua<br />

carreira, que para mim são uma verdadeira<br />

obra prima do Death Metal. Depois<br />

de Serpents of the Light a banda<br />

caiu na mesmice com sucessivos álbuns<br />

cheios de altos e baixos até a saída dos<br />

irmãos Hoffmann após o bem sucedido<br />

Scars of Crucifix.<br />

In the minds of Evil é o décimo primeiro<br />

album de estúdio do Deicide e é<br />

o melhor trabalho deles desde Stench of<br />

Redemption, mas não é nada comparável<br />

aos três primeiros álbuns da década<br />

de 1990, porém é muito melhor do que<br />

o Till Death to us Apart e o to Hell With<br />

God. A impressão que o ouvinte fica é<br />

que eles acertaram a mão com esse álbum<br />

nos excelentes riffs, já os vocais<br />

de Glen Benton continuam na mesma<br />

pegada de sempre.<br />

Desde que Kevin Quirion foi anunciado<br />

como o substituto de Ralph Santolla<br />

, eu me perguntava o que a banda<br />

soaria com o seu desempenho e influência.<br />

A espera valeu a pena pois suas<br />

composições são uma das principais<br />

razões deste álbum soar tão bom. Não<br />

desconsiderando as contribuições dos<br />

outro membros da banda, é claro.<br />

Canções como “Godkill” e “Between<br />

the flesh and the Void” são marcas<br />

registradas do Deicide , com solos ,<br />

riffs assombrosamente épicos e bateria<br />

esmagadora do Steve Asheim, resultam<br />

em maldade pura que esta banda tornou-se<br />

mundialmente conhecida. As letras<br />

de Benton são tão blasfemas como<br />

sempre, mas não é tão vulgar como têm<br />

sido nos últimos álbuns.<br />

Mas quem liga para o que ele está<br />

falando? (LM)<br />

Heldentod<br />

Virradat<br />

Pagan War Records – Importado<br />

cena metálica húngara é desconhecida<br />

aqui no Brasil. Boa parte des-<br />

A<br />

sas bandas do Leste europeu se apegam<br />

a temas sobre segunda guerra mundial<br />

e paganismo,se você curte essa parte do<br />

Black Metal,certamente você achará essa<br />

banda um tanto desconhecida sensacional.<br />

Musicalmente os húngaros do Heldentod<br />

lembram conhecidas bandas<br />

dessa vertente do Black Metal como<br />

Absurd, Graveland , inclusive a capa<br />

desse CD lembra bastante o álbum Dictator<br />

do Ad Hominem.<br />

Os destaques ficam para a faixa titulo,<br />

Virradat que é destruidora como um panzer<br />

division, se bem que A Szoláris Rend<br />

Diadala não fica muito atrás, com uma<br />

velocidade de guitarras incrível. Mors<br />

Triumphalis e Az Acél Igazsága apresentam<br />

um som bem cadenciado e viajante<br />

que cativam o ouvinte.<br />

O álbum Virradat é de 2014 e no<br />

Brasil a banda Heldentod está sendo<br />

distribuída pela Pazuzu Records, vale<br />

muito a pena ter na sua coleção. (LM)<br />

Gasoline Special<br />

RCK ‘N’ RLL<br />

Independente - Nacional<br />

Fundada em 2007, na cidade de Jundiaí,<br />

interior de São Paulo, este Gasoline<br />

Special nos presenteia com um novo<br />

trabalho, e que pesam todas as críticas e<br />

elogios, mas isso aqui é Rock´n Roll!<br />

Um trabalho consistente, dinâmico<br />

e bem acabado, recheado de riffs<br />

marcantes e letras incisivas, irônicas e<br />

melancólicas, e trazendo o que se convencionou<br />

chamar de Rock do Interior, e<br />

como é dito no próprio release da banda:<br />

“Pode-se dizer que o Gasoline Special<br />

representa muito bem o rock do interior.<br />

O rock que nasce espremido, tentando<br />

achar buracos pra respirar. O volume no<br />

talo que faz vibrar o tímpano e o peito. O<br />

volume alto que conquista bons inimigos<br />

e eternos fãs. É aquela mão que aumenta<br />

o som pra não ter que ouvir o barulho<br />

que vem de fora. Gasoline Special não<br />

dá chance pra qualquer pensamento. É<br />

energia. E da boa.”. Alguém dúvida?<br />

Rock direto, sem firulas e esbanjando<br />

energia prá todos os lados, RCK ‘N’<br />

RLL, é o primeiro álbum da banda, apesar<br />

de já ter lançado singles e EPs que<br />

fizeram a alegria da galera, este grita<br />

<strong>UNDERGROUND</strong> <strong>ROCK</strong> <strong>REPORT</strong> - 9

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