EM FASE DE CRESCIMENTO

Economia criativa em debateSessão plenária sobre tendências, desafios e oportunidades para a áreadas indústrias criativas foi destaque durante o seminárioO penúltimo dia do evento em Campo Grande reservavaum debate calcado na criatividade. Segundoa Organização das Nações Unidas as atividades relacionadasa economia criativa e cultura representamapenas 1% do PIB nacional, enquanto a média mundialé de cerca de 7%.Segundo Francisco Saboya, presidente do Núcleode Gestão do Porto Digital, a sociedade está dispostaa gastar mais em bens intangíveis, o que caracterizaum estímulo para esse mercado. Para ele, o avançoda economia criativa no Brasil depende dodesenvolvimento de ambientes apropriados ao crescimentode negócios focados na criatividade. “É umhabitat de inovação que favoreça o desenvolvimentode tecnologias e soluções baseadas em conhecimento”,afirma.Na plenária, Saboya enumerou ingredientes essenciaisà criação do ambiente que constituiria um “clusterde inovação”: líderes e equipes criativas, empreendedoresvisionários e cientistas pioneiros. Todosseriam responsáveis por um processo de criação colaborativoe interdisciplinar.Para o diretor técnico do Instituto Sapientia, Fabrícioda Costa, a multidisciplinaridade também éum fator decisivo. Ao apresentar o mercado da economiacriativa, Costa ressaltou a relação multidisciplinarentre áreas como criação, educação, entretenimentoe processo criativo, considerando anecessidade de formação diferenciada dos profissionaisque atuam nesses segmentos.A gerente da Instituto Gênesis, da Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio de Janeiro (PUC-Rio),Saboya, do Porto Digital: economia criativaprecisa de habitats da inovaçãoJulia Zardo, destacou o potencial do empreendedorismorelacionado a cultura e entretenimento. “Hojeas oportunidades surgem a partir da formação deredes em que a fronteira entre o interesse privado ea colaboração é redefinida sistematicamente”, defendeu.O gerente da Unidade de Acesso à Inovação e àTecnologia do Serviço Brasileiro de Apoio às Microe Pequenas Empresas (Sebrae), Edson Fermann, defendeua importância das micro e pequenas empresaspara o crescimento da economia criativa. “Os pequenostêm mais oportunidades para criar novos produtos,serviços e negócios, mas são os que enfrentam asmaiores dificuldades para levar essas inovações aomercado”, afirmou.DIVULGAÇÃOAprovado novo estatuto da AnprotecNo dia 22 de setembro os associados da Anprotec foram convocados para a Assembleia Geral da Associação,que tinha como principal item da pauta a aprovação de um novo estatuto mais moderno e adequado ao novoCódigo Civil.Segundo Regina Fátima Faria, coordenadora da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ e líder temática deincubadoras, o estatuto dá mais possibilidades para que o regimento seja alterado, privilegiando um modelo detrabalho mais amplo, com um maior número de interações entre as instituições e em rede. A aprovação do novoestatuto também teve como consequência a criação e eleição de um Conselho Fiscal.19Locus • Dezembro 2010