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EM FASE DE CRESCIMENTO

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Locus: Por que o Congresso ainda nãopercebeu a importância dessa área?É um assunto relativamente novo e o Brasilnão tem cultura disso. Nossas empresasimportavam tecnologia, pacotes fechados.Nós nos acostumamos a isso.Falta uma cultura industrial. Estamostransformando a cultura universitária, estamostransformando as tecnologias sociais.Hoje a gente já fala de acessibilidadeao conhecimento, para as comunidadesmais carentes melhorarem suas atividadeseconômicas. É um processo muito recenteno Brasil e precisamos intensificá-lo,porque o conhecimento, como nós sabemos,cresce exponencialmente. É precisoque sejam exponenciais também a capacidadee a consciência do Executivo e doLegislativo nessa direção.Locus: Apesar de estratégico para odesenvolvimento do país, o orçamentodo MCT sofre cortes significativos.Como o senhor analisa essa situação?Precisamos de outras soluções, que nãoo Orçamento Geral da União. Precisamosfortalecer os Fundos Setoriais, a destinaçãode recursos expressivos do pré-sal,mais no futuro. Além disso, defendotransformar a Financiadora de Estudos eProjetos (Finep) em banco, para que nóspossamos ter uma instituição financeirapara a inovação. Como inovação é risco,não dá para o responsável ser o BancoNacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (Bndes), que analisa expansãoindustrial tradicional e, ao mesmo tempo,vê com os mesmos olhos a análise de propostade crédito de financiamento a atividadesque envolvem alto risco, como ainovação. A Finep, então, seria transformadaem uma instituição financeira, oque é bom também porque sai das restriçõesdo superávit primário. Ela poderácomo instituição financeira ter mais liberdade,mais recursos e fomentar mais.Quando fui conselheiro da Finep, percebique a relação de demanda para ofertade recursos era da ordem de sete para um.Retirando daí 20% de projetos que nãoeram bons, mais aventuras do que projetos,a gente tem uma relação de cinco paraum. Portanto, é preciso capitalizar aFinep em, no mínimo, cinco vezes. Issopara atender a demanda, mas se a genteO conhecimento cresce exponencialmente. Épreciso que sejam exponenciais também acapacidade e a consciência do Executivo e do Legislativonessa direção.quer incentivar mais precisa de mais recursosainda. E você tendo um banco público,uma espécie de Bndes da inovação,nós vamos ter um mecanismo permanentede fazer o financiamento prévio, que éaquilo que os empreendedores vão precisarpara poder colocar em linha de produçãosuas ideias.Locus: Qual o papel dos parquestecnológicos e das incubadoras deempresas nesse processo?Eu vejo o movimento de parques e incubadorascomo algo absolutamente vitalpara o país alcançar o estágio que quer.Porque essas empresas que saem das universidadese que os parques tecnológicose incubadoras promovem são empresasde capital nacional e de inteligência nacional.A capacidade da nossa produçãointelectual é muito elevada. As incubadorase os parques são indispensáveis nessarelação. A ideia de parques público-privadosprecisa vicejar, se a gente quisercortar caminho na transferência do conhecimentotecnológico para o setor produtivo.Sem dúvida nenhuma, é empolgantever os jovens empreendedores detecnologia de ponta, quando se instalamna incubadora ou no parque. Com infraestruturacompartilhada, logística, diminuiçãode custos, a gente diminui a taxade mortalidade das pequenas empresasbrasileiras do conhecimento.9Locus • Dezembro 2010

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