Seminário NacionalInovações no campoVisita técnica à unidade da Embrapa revela o avanço das tecnologias brasileiras e opapel das incubadoras na transferência de conhecimentoO último dia do evento realizadoem Campo Grande foi marcadopor uma visita técnica auma das três unidades da Embrapano Mato Grosso do Sul, aEmbrapa Gado de Corte. Foiuma oportunidade para que osparticipantes do seminário pudessemconferir as inovaçõesprotagonizadas pela estatal noagronegócio brasileiro.Cerca de 30 pessoas participaramda visita, que começou comuma apresentação da empresafeita por Paulo Biscola, da ChefiaAdjunta de Comunicação eNegócios. Na sequência foramrealizadas mais duas sessões introdutóriascom representantes Participantes do Seminário visitaram unidade da Embrapa em Campo Grandeda Embrapa e a visitação das instalaçõesdo local. Biscola delineou um panorama abrangente, situando a atuação da Embrapa e a participaçãoda unidade de gado de corte.Considerado o setor da economia com a maior capacidade de geração de empregos e o impulsionador de outrasatividades, o agronegócio brasileiro atrai investimentos. Segundo Biscola, o setor movimenta cerca de US$416 bilhões por ano, contribui com quase 40% dos empregos gerados no país e cerca de 36,3% das exportaçõesnacionais. A Embrapa considera que o investimento em pesquisa traz resultados diretos e indiretos na produção,uma vez que para cada R$ 1 aplicado, R$ 13,55 retornaram para a sociedade.Com foco nesse retorno, a Embrapa desenvolve o Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresasde Base Tecnológica e à Transferência de Tecnologia (Proeta). Elaborado com o apoio do Banco Interamericanode Desenvolvimento (BID)/Fundo Multilateral de Investimento (Fumin), o programa é voltado à promoção doagronegócio, considerando a transferência de tecnologia para empresas incubadas. Há dois anos presente em todasas unidades, já que antes era conduzido como projeto-piloto, aumenta o intercâmbio de conhecimento entreos pesquisadores e técnicos da Embrapa, incubadoras, empresas e demais parceiros envolvidos.Segundo Erno Suhre, da Área de Negócios para Transferência de Tecnologia, que há 30 anos trabalha na Embrapa,o Proeta tem trazido bons resultados. “Há uma grande dificuldade em conseguir transferir aquilo que édesenvolvido no instituto de pesquisa para ser aplicado no mercado”, afirma.Suhre explica que a Embrapa lança editais em conjunto com incubadoras parceiras para a seleção de empreendedoresinteressados. As tecnologias geradas pela Embrapa são disponibilizadas no portfólio do Proeta (www.sct.embrapa.br/proeta). O processo de incubação se dá pelas incubadoras parceiras que auxiliam os empreendedoresna estruturação do negócio, por meio de orientação e capacitação em gestão empresarial, propriedadeintelectual, assistência jurídica, marketing, administração financeira, gestão tecnológica, acesso ao mercado einfraestrutura. Uma vez comercializada, o empresário paga royalties à Embrapa sobre a venda do produto ou asreceitas da prestação de serviços.20Locus • Dezembro 2010DIVULGAÇÃO
Foz do Iguaçu será sede do Seminário Nacional em 2012DIVULGAÇÃOVista aérea do PTI, em Foz do IguaçuDurante o XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicose Incubadoras de Empresas e XVIII Workshop da Anprotecfoi anunciada a escolha da cidade-sede do evento noano de 2012. Logo após as apresentações das candidaturasdas cidades, Foz do Iguaçu foi eleita pela maioria dosassociados presentes na Assembleia Geral da Anprotec.Segundo o diretor-superintendente do Parque TecnológicoItaipu (PTI), Juan Carlos Sotuyo, havia muitaexpectativa em torno da candidatura e a tentativade levar o evento para a cidade paranaense. “A cidadejá havia concorrido anteriormente e desta vez acreditávamosque era o momento oportuno para realizarum evento com uma proposta diferenciada”, afirmou.A proposta do PTI é oferecer, além das tradicionais palestrase workshops, atividades que estejam mais próximasda realidade local. “Será muito interessante se o públicodo seminário de 2012 puder visitar as instalações do parque,conhecer o trabalho das empresas locais e vivenciaras experiências de Itaipu in loco”, afirma. O diretor tambémdestacou a importância de apresentar o modelo degestão do PTI, sua infraestrutura e áreas de atuação voltadasa educação, ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento,empreendedorismo e turismo.O PTIImplantado pela Itaipu Binacional em 2003, o PTIé um espaço criado para o conhecimento, inovação eações pioneiras nas áreas econômica, social, tecnológicae de produção científica. No mesmo espaço, abrigauma incubadora empresarial, laboratórios de últimageração, plataforma de ensino a distância eprojetos educacionais em todos os níveis, inclusiveabrigando um Centro de Engenharias e Ciências Exatasda Universidade Estadual do Oeste do Paraná(Unioeste).O PTI está instalado ao lado da usina, nas duas margens,aproveitando as antigas instalações dos alojamentosdos operários que ergueram o empreendimentoa partir da década de 1970. São mais de 50 milmetros quadrados de área construída que abrigam salasde aula, laboratórios de pesquisa, espaço empresarial,biblioteca, auditórios, salas de videoconferência,além de espaço para congressos e convenções.Tudo voltado para o estímulo às inovações, estudos epesquisa nas áreas que representam o maior potencialda região: a água, a energia e o turismo.21Locus • Dezembro 2010