EM FASE DE CRESCIMENTO

taram desafios com o término do programa.“Uma dificuldade importante doprograma é a ausência de recursos complementarespara a continuidade do apoioàs start-ups contratadas. As três maioresdificuldades citadas pelas empresas apóso término dos recursos do Prime foram amanutenção dos técnicos contratados, aprospecção de mercado e a ausência derecursos para despesas de produção”, explicaFrancilene.Para a gestora do Prime no CISE, faltafinanciamento para que as empresas coloquemo produto no mercado. “O programaajudou no desenvolvimento de produtos eserviços tecnológicos inovadores, fundamentaispara o aumento da competitividaderegional. O único problema é a falta dedinheiro para inserir o produto no mercado”,completa Ana.A Aceleradora, uma iniciativa voltadapara a formação de empreendedores, estratégiade start-ups e contato com investidores,realizou uma pesquisa para identificarpontos positivos e gargalos doprograma. O Prime é um ótimo negóciopara os empreendedores brasileiros, segundoYuri Gitahy de Oliveira, diretor da Aceleradora.O programa é um excelente instrumentopara complementar o programade subvenção da Finep, porque permite queempresas nascentes tenham acesso a capitalnão reembolsável e, ao mesmo tempo,exercitem a criação de projetos inovadores”,avalia.AprendizadoOutro ponto revelado pela pesquisa daAceleradora foi o papel fundamental doprograma no reforço da área de gestão dasempresas. “Na prática, o Prime permite tirarprojetos da gaveta, desde que sejam tratadoscomo um negócio – e não como osprojetos de pesquisa tradicionais, que muitasvezes resultam em produtos não adaptadosao mercado. O processo constante deprestação de contas do Prime é eficientepara manter o empreendedor dentro doprazo e custo esperados”, destaca.Com relação aos gargalos percebidos pelapesquisa, entre os mais citados pelos empreendedores,está a dificuldade de seguiro projeto teórico submetido à Finep, frenteàs mudanças constantes do dia a dia daempresa. Outra questão levantada é quetanto o empreendedor quanto a banca avaliadorapodem estar errados quanto ao potencialde inovação do projeto. “Se ele semostra inviável ao longo do programa, aempresa é contratualmente obrigada a entregá-locomo originalmente previsto”, explicao diretor da Aceleradora. As empresastambém listaram entre as dificuldades aobrigação de definirem seus consultoresna fase da proposta detalhada, sendo quemuitas delas nunca haviam contratado serviçosde consultoria dessa natureza.Fundada em julho de 2007, a Biotron,incubada pelo Programa Municipal de IncubaçãoAvançada de Empresas de BaseTecnológica, de Santa Rita do Sapucaí,fabrica equipamentos para o mercadoodontológico e eletromédico. Com quatropatentes registradas pelo Instituto Nacionalde Propriedade Industrial, a Biotronpassou a atuar como empresa graduadaem 2010.Este ano trouxe outros grandes avançospara a Biotron. Além de introduzir o sistemade iluminação, que evoluiu para umacâmara para revelação, no mercado, a em-Oliveira, daAceleradora: prestaçãode contas exigidapelo Prime ajudaempreendedoresa controlar prazose custosDIVULGAÇÃO29Locus • Dezembro 2010