10.07.2015 Views

ArchiNews 24 - Promontorio

ArchiNews 24 - Promontorio

ArchiNews 24 - Promontorio

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PROMONTORIOJLF – Mas nunca o experimentalismo pelo experimentalismo, que emabstrato, é um conceito moderno. Hoje parece que tudo apenas avançapor experiências, por ensaio e erro. Se tudo fosse experiência nãohaveria saber. Ora, muito do trabalho que se faz a partir de certo momento éresultado de um saber, de uma consciência. No início pode haver essa ideia deexperimentalismo, mas não se fica para sempre nisso. A não ser que se queirair de deslumbramento em deslumbramento, sem tirar conclusões. O que há éactualização do pensamento, seja filosófico, artístico, ou outro.ARCHI – Como abordam o processo de adequação a novas realidades?PMB – De forma permanente; não há mesmo outro caminho. Quem nãocompreender a Real Politik da profissão à sua volta terá grandes limitaçõespara actuar de forma consciente; com plena noção do que está a fazer.JLF – Toda a arte, como toda a filosofia, vive da atualidade, ou dapermanente reatualização, senão é cultura ou história. As nossas propostassão no imediato e sabemos, em cada momento, que o que fazemos é a melhorsíntese possível de tudo o que aprendemos, memorizamos, criticamos e nosinduziu numa necessidade de comunicação, de expressão, de participação...Procuramos seguir alguns princípios que fazem parte da própria essência daarquitetura, como as ideias de durabilidade, de construir bem, de conforto,de utilidade, etc. E perante novas solicitações, tipos de projetos e usosdiferentes, diferentes localizações e culturas, somos impelidos a pensaraqueles princípios e a traduzi-los perante essas novas realidades e apensar tudo de novo. A nossa formação e os anos de aprendizagem, quese foram consolidando, nunca podem ser – e aqui julgo que nunca foram –,uma espécie de fórmula. Mas há uma preparação e um conhecimento que nospermite abordar questões novas sem necessariamente pormos em causa tudoo que sabemos.ARCHI – Os tempos atuais são de maior pressão e angústia. O tempotambém é mais curto. A necessidade de resposta rápida, eficiente e eficazé mais aguda do que no passado…JLF – Há sempre incerteza quanto ao futuro. O que é diferente agoraParque urbano de Portimão, maqueta de arena de BTT, 2010 Portimão urban park, model of BTT arena, 2010induced us into a necessity of communication, expression, participation...We try to follow certain principles that are part of the very essence ofarchitecture, such as the principles of durability, of quality in construction,comfort, usefulness, etc. And before new requests, types of projects anddifferent uses, different locations and cultures, we are impelled to thinkof those principles and to translate them before these new realities and tothink it all over again. Our training and years of learning, which have beenconsolidated, can never be – and here I believe they never were – a kind offormula. But there is a preparation and a wisdom that allows us to tackle newissues without necessarily questioning everything we know.ARCHI – Present times are of higher pressure and anguish. Time is alsoshorter. The need for a fast, efficient and effective response is more acutethan in the past...JLF – There is always uncertainty about the future. What is different now isthat we are not anesthetized with exaggerated optimisms. If pessimism is nota systematic way of observing reality, is good for tempering overconfidence,which, at a certain point, becomes a dictatorship of certainties, which are bynature, uncertain, and guaranteed successes that may not be so guaranteed.Anguish is a state of progress and thus, not a definitive status. It comes from<strong>ArchiNews</strong> <strong>24</strong> 37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!