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Atlas Eólico de Minas Gerais - Cresesb - Cepel

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2Energia Eólica e Tecnologia2.1A Atmosferaem MovimentoFigura 2.1Circulação atmosférica.TEMPERATURA MÉDIA ANUAL (ºC)Em sua aparente imprevisibilida<strong>de</strong>, o vento resulta dacontínua circulação das camadas <strong>de</strong> ar da atmosfera, soba ação predominante da energia radiante do Sol e da rotaçãoda Terra (Figura 2.1).Dentre os mecanismos atuantes na formação dos ventos,<strong>de</strong>stacam-se os aquecimentos <strong>de</strong>siguais da superfícieterrestre, que ocorrem tanto em escala global (diferenteslatitu<strong>de</strong>s, estações do ano e ciclo dia-noite), quanto local(mar-terra, montanha-vale). Desse fato resulta que asvelocida<strong>de</strong>s e direções do vento apresentam tendênciassazonais e diurnas bem <strong>de</strong>finidas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu caráterestocástico.O vento po<strong>de</strong> variar bastante no intervalo <strong>de</strong> horas oudias, porém, em termos estatísticos, ten<strong>de</strong>rá a um regimediurno predominante, regido por influências locais (microescala)e regionais (mesoescala). No intervalo <strong>de</strong> mesesou anos, os regimes <strong>de</strong> vento passam a apresentar notávelregularida<strong>de</strong>, tendo um regime sazonal bem <strong>de</strong>finido. Aolongo <strong>de</strong> décadas, em geral, as velocida<strong>de</strong>s médias anuaisapresentam variações inferiores a 10% da média <strong>de</strong> longoprazo [28] . Os regimes anuais e sazonais são predominantementecontrolados pelas gran<strong>de</strong>s escalas atmosféricas: aescala sinótica e a circulação geral planetária [29] .(Watts)on<strong>de</strong>: é <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do ar (1,225 kg/m 3 no nível do mare a 15ºC); A ré a área varrida pelo rotor (πD 2 /4, sendo Do diâmetro do rotor); C Pé o coeficiente aerodinâmico <strong>de</strong>potência do rotor (valor máximo teórico = 0,593; na práticaatinge valores máximos entre 0,45 e 0,50, e é variável como vento, a rotação e os parâmetros <strong>de</strong> controle da turbina);é a eficiência do conjunto gerador-transmissões mecânicase elétricas (aproximadamente 0,93 a 0,98).Em alturas <strong>de</strong> até 100 m, <strong>de</strong> interesse ao aproveitamentoenergético, o vento é afetado <strong>de</strong> forma acentuada pelascondições <strong>de</strong> relevo e <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> aerodinâmica do terreno,presença <strong>de</strong> obstáculos e estabilida<strong>de</strong> térmica vertical.No exemplo do Gráfico 2.1, são ilustradas as velocida<strong>de</strong>sna camada-limite atmosférica em dois locais planos econtíguos, com cobertura <strong>de</strong> restinga e areia, respectivamente.Nota-se a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência do perfil vertical <strong>de</strong>velocida<strong>de</strong> do vento com a altura, a rugosida<strong>de</strong> do terrenoe a estabilida<strong>de</strong> térmica vertical da atmosfera (se estável,neutra ou instavelmente estratificada).Uma turbina eólica capta uma parte da energia cinéticado vento, que passa através da área varrida pelo rotor e atransforma em energia elétrica. A potência elétrica é funçãodo cubo da velocida<strong>de</strong> do vento v:Gráfico 2.1Vento x Altura: efeitos da rugosida<strong>de</strong> eestabilida<strong>de</strong> térmica vertical da atmosfera.25

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