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Atlas Eólico de Minas Gerais - Cresesb - Cepel

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MODELOS DIGITAIS: RELEVO E RUGOSIDADEMODELOS DE INTERFERÊNCIA AERODINÂMICAFigura 2.13DADOS ANEMOMÉTRICOSMODELOS NUMÉRICOSDE CAMADA-LIMITEMODELOS NUMÉRICOSDE CAMADA-LIMITE2.5EmpreendimentosEólicosOTIMIZAÇÃO ENERGÉTICAMICROSITINGESTIMATIVA DE GERAÇÃOANÁLISE DE VIABILIDADEProCEsso dE otiMiZAção E MICROSITING dE UsiNAs EóliCAsUma usina eolioelétrica (UEE) é um conjunto <strong>de</strong> turbinaseólicas dispostas a<strong>de</strong>quadamente em uma mesma área.Essa proximida<strong>de</strong> geográfica tem a vantagem econômicada diluição <strong>de</strong> custos: arrendamento <strong>de</strong> área, fundações,aluguel <strong>de</strong> guindastes e custos <strong>de</strong> montagem, linhas <strong>de</strong>transmissão, equipes <strong>de</strong> operação e manutenção e estoques<strong>de</strong> reposição. Usinas eólicas com turbinas <strong>de</strong> projetoconsolidado e equipes <strong>de</strong> manutenção a<strong>de</strong>quadamentecapacitadas apresentam fatores <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> próximos<strong>de</strong> 98%.Usualmente, a geração elétrica inicia-se com velocida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> vento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2,5 a 3,0 m/s; abaixo <strong>de</strong>stes valoreso conteúdo energético do vento não justifica aproveitamento.Velocida<strong>de</strong>s superiores a aproximadamente 12,0a 15,0 m/s ativam o sistema automático <strong>de</strong> limitação <strong>de</strong>potência da máquina, que po<strong>de</strong> ser por controle <strong>de</strong> ângulo<strong>de</strong> passo das pás ou por estol aerodinâmico, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndodo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> turbina. Em ventos muito fortes, superioresa 25 m/s, por exemplo, atua o sistema automático <strong>de</strong> proteção.Ventos muito fortes têm ocorrência rara e negligenciávelem termos <strong>de</strong> aproveitamento, e a turbulência associadaé in<strong>de</strong>sejável para a estrutura da máquina; nessecaso, a rotação das pás é reduzida – por passo ou estol– e a unida<strong>de</strong> geradora é <strong>de</strong>sconectada da re<strong>de</strong> elétrica.Turbinas eólicas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte têm controle inteiramenteautomático, através <strong>de</strong> atuadores rápidos, softwares emicroprocessadores alimentados por sensores duplos emtodos os parâmetros relevantes. É comum o uso da telemetria<strong>de</strong> dados para monitoramento <strong>de</strong> operação e auxílioa diagnósticos e manutenção.O aproveitamento da energia eólica requer extensões<strong>de</strong> áreas a<strong>de</strong>quadas, com velocida<strong>de</strong>s médias anuais <strong>de</strong>vento que viabilizem a instalação <strong>de</strong> usinas. Em funçãodisso, a avaliação da viabilida<strong>de</strong> técnica e econômica <strong>de</strong>empreendimentos eólicos requer uma predição confiávelda energia gerada na usina. Para tanto, a <strong>de</strong>terminação dorecurso eólico requer uma re<strong>de</strong> anemométrica qualificada(equipamentos <strong>de</strong> alta confiabilida<strong>de</strong> e durabilida<strong>de</strong> dispostosa<strong>de</strong>quadamente em torres <strong>de</strong> medições altas, <strong>de</strong>50 a 100 m, com anemômetros previamente calibrados emtúnel <strong>de</strong> vento e um sistema eficiente <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados everificação <strong>de</strong> falhas) [34],[35] , operando por um período mínimo<strong>de</strong> um ano. Para a extrapolação dos dados para todaa extensão da área, são necessários mo<strong>de</strong>los numéricosespecíficos, representativos da topografia e da rugosida<strong>de</strong>.Complementarmente, <strong>de</strong>ve-se realizar, sempre quepossível, estudos <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> climatológica dosdados medidos, através <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> correlação e <strong>de</strong>ajustes a partir <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> medições <strong>de</strong> longo prazo próximasao local, avaliando-se as variações interanuais dovento e o seu impacto na geração energética ao longo <strong>de</strong>toda a vida útil da usina (tipicamente 20 anos). É recomendávelque as medições anemométricas sejam mantidaspor todo o período <strong>de</strong> operação da usina, possibilitandoum acompanhamento contínuo do <strong>de</strong>sempenho das turbinase melhorando as estimativas <strong>de</strong> longo prazo.Usualmente, o cálculo da produção energética e a localizaçãodas turbinas (micrositing) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma usinaeólica levam em consi<strong>de</strong>ração a curva <strong>de</strong> potência dasmáquinas certificada por órgãos homologadores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes(DEWI, WINDTEST KWK GmbH, Risoe ou outros), ainfluência da altitu<strong>de</strong> e da temperatura na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> localdo ar, o fator <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> esperado e a avaliaçãodas perdas energéticas por interferência aerodinâmica entrerotores [36],[37] . Durante esta fase <strong>de</strong> projeto são tambémnecessários estudos da a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los dosaerogeradores às condições climáticas (turbulência e rajadas)específicas dos sítios, <strong>de</strong> modo a otimizar a produçãoenergética e garantir a segurança estrutural dos equipamentos.O cálculo do campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s em toda a área dausina é realizado por mo<strong>de</strong>los numéricos <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> camada-limite[38] a [42] que extrapolam os dados anemométricosefetivamente medidos, utilizando-se mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>talhados <strong>de</strong>relevo e <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> e avaliando-se ainda a influência daestabilida<strong>de</strong> térmica vertical da atmosfera. O processo <strong>de</strong>otimização envolve o compromisso entre a maximização daenergia gerada, o aproveitamento dos fatores condicionantesdo terreno e da infraestrutura e o atendimento aos critérios<strong>de</strong> segurança.A Figura 2.13 ilustra o processo <strong>de</strong> otimização e micrositing<strong>de</strong> usinas eólicas.

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