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Atlas Eólico de Minas Gerais - Cresesb - Cepel

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5Análises e Diagnósticos5.1Regime <strong>de</strong>VentosFigura 5.2Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar que os regimes <strong>de</strong> vento <strong>de</strong>corremda sobreposição <strong>de</strong> mecanismos atmosféricos sinóticos(globais) e <strong>de</strong> mesoescala (regionais) [29] . Quanto aos regimessinóticos, o Estado <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong> encontra-senuma zona <strong>de</strong> influência do centro <strong>de</strong> alta pressão AnticicloneSubtropical do Atlântico, resultando em acentuadaocorrência <strong>de</strong> ventos <strong>de</strong> quadrante leste e nor<strong>de</strong>ste, comorefletido no Mapa <strong>de</strong> Rosas dos Ventos (Capítulo 4). Sobrepostasa esse mecanismo agem as perturbações causadaspelo sistema <strong>de</strong> baixa pressão do Chaco, além dasintermitentes incursões <strong>de</strong> massas polares, chamadas <strong>de</strong>frentes frias, resultando em uma marcante sazonalida<strong>de</strong>.A Figura 5.2 ilustra os principais mecanismos globais queinterferem na circulação atmosférica sobre o Estado.linhas <strong>de</strong> regimes diurnos médios sugerem que, à medidaque aumentam as influências da mesoescala, bem comoas velocida<strong>de</strong>s médias anuais, os regimes ten<strong>de</strong>m a apresentarvelocida<strong>de</strong>s maiores durante a noite. Esta tendênciase repete nas medições mais recentes (1997-2009),realizadas com anemômetros pelo Sistema <strong>de</strong> TelemetriaMeteorológica (STH) da Cemig, e que foram consi<strong>de</strong>radasno processo <strong>de</strong> mapeamento apresentado neste <strong>Atlas</strong>. Arepresentação gráfica do regime sazonal e diurno <strong>de</strong> algumas<strong>de</strong>ssas medições po<strong>de</strong> ser encontrada na Figura 5.3.As torres Francisco Sá 2 e Subestação Barreiro, ambas localizadasem terrenos sujeitos a influências orográficas eregistrando velocida<strong>de</strong>s médias anuais superiores a 5,0 m/s,apresentaram predominância <strong>de</strong> ventos noturnos.Mecanismos sinóticosdominantes noregime <strong>de</strong> ventosbrasileiro e mineiro.Com os fenômenos sinóticos, interagem os mecanismos<strong>de</strong> mesoescala, que, no caso do Estado <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>,são principalmente caracterizados por brisas montanhavale,jatos noturnos, acelerações orográficas, ocasionaiscanalizações do escoamento entre passos <strong>de</strong> montanhase ventos catabáticos, resultando em uma complexa interaçãoentre o <strong>de</strong>slocamento atmosférico e o relevo montanhosotão típico <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>. Os mapas <strong>de</strong> potencialeólico anual indicam que as regiões com melhores ventosencontram-se ao longo das serras do Espinhaço e doCipó, localizadas na região central, a norte <strong>de</strong> Belo Horizonte.Observa-se que nessas regiões os ventos mais intensosnão se concentram apenas nas cristas e elevações,on<strong>de</strong> o efeito <strong>de</strong> compressão do escoamento atmosféricoé mais acentuado, mas também ao longo das <strong>de</strong>pressõese chapadas do rio São Francisco, situadas a oeste <strong>de</strong>ssasáreas montanhosas.Sazonalmente, na maior parte do território mineiro predominamventos mais intensos no inverno e na primavera.Essa tendência po<strong>de</strong> ser verificada tanto nos gráficos daFigura 5.3 quanto nos mapas <strong>de</strong> potenciais eólicos sazonais,apresentados no Capítulo 4.As medições realizadas pela Cemig ao longo das últimasdécadas, por todo o território mineiro, mostram queo regime <strong>de</strong> ventos predominante é aquele em que a velocida<strong>de</strong>média durante o dia é superior à média noturna.Entretanto, algumas medições realizadas em locais <strong>de</strong>chapada, e em locais on<strong>de</strong> a velocida<strong>de</strong> média é <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mmais relevante para o interesse <strong>de</strong> aproveitamentoseólicos, <strong>de</strong>monstraram um regime predominante inverso.O Gráfico 5.1 contempla os regimes diurnos médiosregistrados pelos antigos postos <strong>de</strong> medição da Cemigcom anemógrafos (1968-1983). A localização dos postos<strong>de</strong> medição listados no gráfico po<strong>de</strong> ser visualizada noMapa 3.2, já apresentado no Capítulo 3. As nuvens <strong>de</strong>56

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