Uma nova energia para o futuro<strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, um dos mais importantes polos <strong>de</strong> geração<strong>de</strong> energia limpa do país, incorpora, agora, a esta vocação,a geração <strong>de</strong> energia eólica, como uma importantealternativa <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong> uma matriz energética sustentávele ambientalmente correta, respon<strong>de</strong>ndo, assim, aum dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios do nosso tempo.Até há alguns anos, prevalecia a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que o potencialeólico do Estado era <strong>de</strong>sprezível, embora estudosrealizados pela Cemig, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 80, tenhami<strong>de</strong>ntificado sítios eólicos em nosso território e <strong>de</strong> sermosa primeira concessionária do Brasil a instalar uma usinaeólica conectada à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão.No início dos anos 2000, o mapa do potencial eólicobrasileiro indicou um potencial eolioelétrico bastante significativoe economicamente viável, confirmado, agora, como lançamento <strong>de</strong>ste <strong>Atlas</strong> do Potencial Eólico <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>.Os ventos que chegam às nossas montanhas, vindosdo centro <strong>de</strong> alta pressão do Atlântico, representam enormepotencial energético e muitas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong>empregos e renda nas regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste do Estado,principalmente ao longo da Serra do Espinhaço, situada emuma das áreas menos <strong>de</strong>senvolvidas do Brasil.<strong>Minas</strong>, mais uma vez, avança na direção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>loque agrega à produção, proteção ambiental e uma novaestratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, provando que crescimen-to, sustentabilida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> social não sãoconceitos contraditórios ou exclu<strong>de</strong>ntes.Assim tem sido nos últimos anos, quando a economiamineira cresceu sempre acima da média nacional e registramosuma queda <strong>de</strong> 30% no <strong>de</strong>smatamento dos nossosdois principais biomas – cerrado e mata atlântica. A legislaçãoambiental do Estado avançou e o manejo dos resíduossólidos alcançou meta<strong>de</strong> da população.Somos hoje referência na recuperação <strong>de</strong> extensas baciashidrográficas, como a do Rio das Velhas, e fomos cre<strong>de</strong>nciadosa sediar, em parceria com a UNESCO, um gran<strong>de</strong>centro internacional <strong>de</strong> manejo das águas para disponibilizartecnologias novas e metodologias ao Brasil, à AméricaLatina e aos países africanos <strong>de</strong> língua portuguesa.Temos o maior polo <strong>de</strong> florestas plantadas do País, commais <strong>de</strong> 1,2 milhão <strong>de</strong> hectares, e alcançamos 2 milhões<strong>de</strong> hectares <strong>de</strong> matas protegidas. Somente com as nossasmatas nativas, garantimos o sequestro <strong>de</strong> 1,5 bilhão <strong>de</strong> toneladas<strong>de</strong> gás carbônico da atmosfera por ano.Uma emblemática referência da nossa responsabilida<strong>de</strong>ambiental é a Cemig, consi<strong>de</strong>rada hoje lí<strong>de</strong>r mundial em sustentabilida<strong>de</strong>,tendo sido selecionada, pela 10ª vez consecutiva,para compor o Dow Jones Sustainability World In<strong>de</strong>x. A companhiacompõe a carteira do The Global Dow In<strong>de</strong>x – GDOW,juntamente com outras 149 empresas <strong>de</strong> 25 países, sendouma das três empresas brasileiras a fazer parte <strong>de</strong>sse índiceinternacional, e a única do setor elétrico da América Latina.Preocupados com o futuro, publicamos o primeiro inventário<strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa e fomos oprimeiro Estado subnacional no mundo a a<strong>de</strong>rir à Campanha<strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança Climática 2020, <strong>de</strong>senvolvida pelo Stateof the World Forum. Apoiamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a adoção <strong>de</strong> práticasque reduzam a emissão <strong>de</strong> gases poluentes até 2020,e não mais até 2050 como previsto anteriormente.Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> <strong>Minas</strong>, não há mais como examinaras questões que envolvem a produção, mesmo <strong>de</strong>bens vitais, como a energia, apenas e tão somente peloângulo da competitivida<strong>de</strong>, mesmo porque a produçãosustentável <strong>de</strong> energia é o principal fundamento da novaeconomia que floresce.Avançamos como nunca, mas ainda temos um cenário<strong>de</strong> inúmeras oportunida<strong>de</strong>s promissoras neste campo,que partem da lógica <strong>de</strong> um mundo futuro movido obrigatoriamentepela responsabilida<strong>de</strong> ambiental e pela sustentabilida<strong>de</strong>energética.Aécio NevesGovernador do Estado
HeNrY YuMUNiCíPio dE boCAiÚVAEste <strong>Atlas</strong> é resultado <strong>de</strong> um dos mais importantes trabalhos sobre o potencial eólico <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>. Os estudosrealizados apontam para um futuro promissor <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong>sse potencial no Estado, que chega, a uma altura<strong>de</strong> 100 metros do solo, a 39 gigawatts <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, equivalente a 2,8 hidrelétricas <strong>de</strong> Itaipu. Assim, <strong>de</strong> modo complementarà matriz energética já instalada, serão garantidas energia e uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para as próximasgerações, inclusive nas regiões mais carentes do Estado.Os dados coletados mostram que a concentração das condições necessárias à implantação <strong>de</strong>sses empreendimentosem áreas consi<strong>de</strong>radas mais promissoras permite vislumbrar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento, com a diluição dos custos <strong>de</strong>acesso e interligação ao Sistema Interligado Nacional. Tais empreendimentos requerem ainda medições específicas, coma elaboração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los em alta resolução, uma vez que o vento é bastante sensível às características <strong>de</strong> cada local.5