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O olhar da Análise do Discurso sobre o texto publicitário - Eutomia

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497Na cultura ocidental, a ação de compra e ven<strong>da</strong> não é vista de forma positiva, porexemplo, um vende<strong>do</strong>r que abor<strong>da</strong> uma pessoa na rua e oferece diretamente o seu produto,geralmente não obtém muito sucesso. Para o produto ser bem aceito, ele deve ser expostocomo uma necessi<strong>da</strong>de imprescindível para o consumi<strong>do</strong>r. Desse mo<strong>do</strong>, para obter o seuobjetivo: levar o consumi<strong>do</strong>r a adquirir o produto, a publici<strong>da</strong>de faz com que o seu públicoalvoqueira consumir, ou seja, sinta essa necessi<strong>da</strong>de. A publici<strong>da</strong>de se vale de váriasestratégias manipulativo-persuasivas para persuadir o co-enuncia<strong>do</strong>r. Entre elas, a própriaconstrução <strong>do</strong> ethos na enunciação, assunto que nos propomos a discutir em nossa análise.O discurso exposto se insere no gênero anúncio e no discurso publicitário, que éaltamente argumentativo e tem como objetivo persuadir as pessoas a adquirirem o produtoque está anuncia<strong>do</strong> – o seguro de vi<strong>da</strong>. Contu<strong>do</strong>, não será com a cena genérica e a cenaenglobante, ou seja, o quadro cênico que o leitor irá se envolver diretamente, mas sim coma cenografia, ou seja, com o espaço de enunciação cria<strong>do</strong> para camuflar essa relação decompra e ven<strong>da</strong>.O leitor <strong>da</strong> revista Veja em que é apresenta<strong>do</strong> o anúncio encontra-sesimultaneamente nas três cenas: cena englobante, cena genérica e a cenografia. Ele éinterpela<strong>do</strong> ao mesmo tempo como consumi<strong>do</strong>r (cena publicitária), como leitor <strong>da</strong> revista(cena <strong>do</strong> gênero discursivo) e como um noivo ou pessoa compromissa<strong>da</strong> com alguém (cenaconstruí<strong>da</strong> pelo <strong>texto</strong>).Na propagan<strong>da</strong> acima, o enuncia<strong>do</strong>r, dirigin<strong>do</strong>-se diretamente a um “você”, leitor <strong>da</strong>revista Veja, inscreve o co-enuncia<strong>do</strong>r no <strong>texto</strong>. Fazen<strong>do</strong> o leitor se colocar na posição deum noivo, despertan<strong>do</strong>-lhe o desejo de oferecer segurança a sua futura esposa, já que o coenuncia<strong>do</strong>ré leva<strong>do</strong> pelo enuncia<strong>do</strong>r a incorporar o papel de uma pessoa que está em umrelacionamento sério com alguém, e não o de consumi<strong>do</strong>r preocupa<strong>do</strong> em escolher umseguro de vi<strong>da</strong>.O enuncia<strong>do</strong>r - segura<strong>do</strong>ra- propõe ao co-enuncia<strong>do</strong>r noivo (ou qualquer pessoa quese encontre em uma relação de compromisso com alguém) um acor<strong>do</strong>, ou seja, proteger asua família. Desse mo<strong>do</strong>, o enuncia<strong>do</strong>r vai estabelecer uma relação de comunicação (ou demanipulação) com o co-enuncia<strong>do</strong>r, fazen<strong>do</strong> com que o leitor perceba que, se adquirir oseguro de vi<strong>da</strong>, ele ficará tranquilo e sua família estará segura e protegi<strong>da</strong>, conforme afirmao slogan <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> “Faça um seguro de vi<strong>da</strong>. Tranquili<strong>da</strong>de para você, mais segurança

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