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empresas - Brasil Econômico

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10 <strong>Brasil</strong> Econômico Sábado, 17 de abril, 2010OPINIÃOMarcelo MariacaPresidente da Mariaca e professor daBrazilian Business SchoolAprendiz de empresárioExecutivos de sucesso ou bem posicionados numa empresaàs vezes não resistem à ideia de abandonar seuscargos confortáveis para abrir um negócio próprio. Ou,na maioria dos casos, pretendem manter o emprego,mas sonham montar um negócio paralelo como salvaguardapara eventual desemprego no futuro ou mesmopara engordar os ganhos na aposentadoria. Em períodosde crescimento econômico, como o atual, a tentaçãoempreendedora é maior diante das imensas oportunidadesde negócio.O raciocínio é simples: se o executivo tem qualidades ehabilidades para administrar a empresa dos outros, porquenãoinvestiressetalentoeapoupança na construçãode seu próprio empreendimento? Mas é justamente aíque mora o perigo. Abrir um negócio próprio é, sem dúvida,uma das melhores opções para se alcançar a tão sonhadaprosperidade. Mas a taxa de mortalidade entre osnovos empreendimentos é assustadora — no <strong>Brasil</strong>, o Sebraeindica que de 60 a 70% das novas <strong>empresas</strong> morremem até sete anos e, nos Estados Unidos, 95% dos novosempreendimentos não chegam a completar dez anos.Os fatores responsáveis por essa mortalidade sãovários, mas um grande erro de origem é deixar-se levarpor razões românticas para se aventurar nesse universofascinante, mas complexo. Se alguém alega quequer abrir uma empresa apenas para não ter mais umchefe na vida, o meu conselho é que procure um emprego,sem perda de tempo. A experiência que o executivoacumulou ao longo da vida em cargos de gestãoé sem dúvida um patrimônio e um passaporte para sebuscar uma carreira solo. Mas montar um negócio exigeoutras aptidões. Em primeiro lugar, é preciso terpersonalidade de empreendedor, o que inclui apetitepelo risco, disposição para enfrentar sacrifícios —como reduzir temporariamente o padrão de vida —,sangue-frio para não se deixar sucumbir nos momentosdifíceis e humildade para pedir ajuda quando precisar.Se o executivo tem habilidades paraadministrar a empresa dos outros,por que não investir esse talento naconstrução de seu próprio negócio?O apoio e a cumplicidade da família são fundamentais.Muitas vezes, o cônjuge não aceita que seu parceirointerrompa uma carreira de sucesso, abra mão deum cargo vistoso, de benefícios generosos para investirtudo num negócio de risco. O aprendiz de empreendedordeve amassar barro. Se antes contava com secretáriassolícitas, equipes bem treinadas e a postos paracumprir suas ordens, agora ele terá comprar, operacionalizar,vender, cobrar, descontar no banco e pagaras contas até que forme um time confiável. O fundadornão pode delegar tudo, no início, e deve ter um altograu de energia e saúde, além da capacidade para fazerqualquer tarefa (até as menos agradáveis), especialmentedurante a fase inicial da nova empresa. E, finalmente,o sucesso pode ser um pouco mais demoradodo que foi planejado no plano estratégico do negócio.O empreendedor precisa ter paciência para aguardaraté que os frutos do sucesso se materializem. Isto requermaturidade, além de planejamento financeiro.O negócio próprio não é para os frágeis de espírito,nem de coração. Mas pode levar à materialização dosnossos mais ambiciosos sonhos. ■Claudio Orlandi LassoEngenheiro, fundador da KL TelecomFantasmas do apagãoEm setembro de 2009 o <strong>Brasil</strong> amargou um apagãoem nível nacional. De lá para cá estamos sempre registrandoquedas de energia em alguns pontos dopaís. No começo deste mês, a capital federal, Brasília,sofreu três apagões.Uma das possíveis causas desses eventos é o aumentono consumo energético do país. O ONS - OperadorNacional do Sistema - vem divulgando sucessivos recordesde consumo energético. Os novos hábitos deconsumo dos brasileiros e o ritmo acentuado de crescimentoda economia são os principais causadores deuma demanda maior por energia. Um fato que preocupacidadãos, empresários e o governo.Segundo a EPE - Empresa de Pesquisa Energéticas,no início do ano as residências bateram recorde noconsumo de energia elétrica. No Sudeste, o consumoresidencialcresceu6,5%.NoRioenoEspíritoSanto,aalta no consumo residencial chegou a 16% em relaçãoao mesmo período do ano anterior.Novasusinasdeenergia,comoasprevistas no PAC, são projetos caros,de longo prazo e que podemapresentar entraves ambientaisCom o aumento constante da demanda energética,o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento- parece estar longe de resolver nosso problema.Embora preveja grandes investimentos em novasusinas geradoras de energia, temos que admitir queestes são projetos caros e de longo prazo. Além disso,é preciso considerar os entraves nas liberaçõesambientais, em consequência dos impactos quecada empreendimento apresenta.Se nada de urgente efetivamente for feito, o <strong>Brasil</strong>estará a caminho de problemas energéticos bemmaiores, tal qual a Venezuela vive hoje. A meu ver, aopção mais simples, rápida e segura, é o país investirem eficiência energética.A Aneel — Agencia Nacional de Energia Elétrica —obriga as Concessionárias de Distribuição de EnergiaElétrica a aplicarem cerca de meio por cento suas receitasem Programas de Eficiência Energética, os chamadosPEEs. Hoje, 50% deste investimento devem seraplicados em clientes de baixa renda.Normalmente, estes PEEs se concretizam no fornecimentode equipamentos que reduzam o consumo deenergia elétrica. São doações de lâmpadas econômicas,geladeiras de baixo consumo e aquecedores solares. Recentemente,as Concessionárias deram início a testesem novo produto, o ECO Shower Slim, capaz de reduziras despesas de energia e água no chuveiro em até 40%.O equipamento, que foi testado pela UniversidadeFederal de Itajubá, Minas Gerais, é inovador e custa porvolta de R$ 100,00. No site www.ecoshower.com.bré possível encontrar uma calculadora capaz de simularaeconomiamensalbemcomootempoderetornodo investimento.Indícios mostram que a utilização em larga escalado produto, além de economia para as famílias, é capazde promover uma redução significativa no consumode energia, garantindo mais tempo para a construçãode soluções definitivas para o problema energéticodo país. Sem dúvida, uma alternativa viávelcontra o risco de apagões. ■CARTASLEILÃO DE BELO MONTEA batalha pelo desenvolvimento da Amazônia,em especial as perspectivas de uma modernizaçãoeconômica baseada num processo deindustrialização e agregação de valor aos recursosnaturais da região, terá nos próximos dias umlance crucial, com a definição sobre o projetoda usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu(PA). No momento em que essas linhas sãoescritas, o leilão da usina, marcado para o próximodia 20 de abril, encontra-se suspenso por umaliminar da Justiça Federal do Pará. Embora sejapouco provável que a decisão se mantenha, o fatoé que o projeto original foi tão modificado, parase tentar uma inócua acomodação com a agendaambientalista (cujo objetivo é simplesmentecriar obstáculos a projetos do gênero), queo atual ficou recheado de incertezas quepodem encarecê-lo grandemente e até mesmoinviabilizá-lo em termos técnicos e econômicos.Roldão SimasBrasília (DF)REAJUSTE AOS APOSENTADOSEstá em discussão o percentual de reajustedos valores que são pagos mensalmente aosaposentados. E as duas representaçõesparlamentares não chegam a um consenso emrelação a esse valor. Eomaisimportante:asentidades que tentam falar pelos aposentadostambém não têm uma posição unitária. Não sepode esquecer a posição do executivo, que játornou pública a objeção à alteração do valorconstante da medida provisória que foi editadanofinaldoanopassado,fixandooreajusteque está em vigência desde janeiro deste ano.É um exemplo que deveria motivar o debate emtermos econômicos e no campo político, deixandode lado os aspectos eleitoreiros. O problemamaior está na falta de informações e, sobretudo,de estudos adequados que impeçam improvisose situações de conflito resultantes das posiçõesde momento. Há muitos outros exemplosque mostram a necessidade de preparaçãoda sociedade para efetivamente influenciar aposição dos legisladores. É a melhor forma deevitar os desmandos, que são muito comuns.Uriel Villas BoasSantos (SP)PLANO GERAL — ARTIGO DE ROBERTO FREIREO período Lula se caracterizou por um tripé:o comportamento fluido, com a integração comas mesmas elites políticas que o PT semprecondenou; a maquiagem econômica, ou seja, atentativa de permanentemente “dourar pílulas”e de seguir as mesmas cartilhas que semprecondenou como nefastas; e a destruição totalda imagem de perfeição, tornando os partidos donúcleo do governo iguais a tantos outros e comas mesmas práticas. Ou seja, como dizia Marx,corrompendo os termos: ilegalidades tornaram-se“erros”. A bela cereja do bolo foi a introdução deum conceito que era alheio à sociedade brasileira:nasce entre os menos favorecidos um novopreconceito, racial. Agora, como legado, somos“ricos e pobres”, e entre os pobres somos“brancos e negros”. E mais desiguais que antes.Francisco QuiumentoCampinas (SP)Cartas para Redação - Av. das Nações Unidas, 11.633 –8º andar – CEP 04578-901 – Brooklin – São Paulo (SP).redacao@brasileconomico.com.brAs mensagens devem conter nome completo, endereçoe telefone e assinatura. Em razão de espaço ouclareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editaras cartas recebidas.Mais cartas em www.brasileconomico.com.br.ERRATADiferentemente do publicado na edição de ontem namatéria “Transparência menor do que a desejável”, naarte da página 36, é a Hypermarcas que entende que temcondições financeiras e patrimoniais para implementaro seu plano de negócios, e não o Banco Sofisa.O nome da presidente do Magazine Luiza é LuizaHelena Trajano, e não Maria Luiza Trajano, comofoi publicado na edição do último dia 14 de abril.

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