6 <strong>Brasil</strong> Econômico Sábado, 17 de abril, 2010DESTAQUE CULTURAGustavo Scatena/Imagem PaulistaCATS É UM DOS GRANDES PROJETOS COM DEDUÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESASA peça Cats, em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo,é um dos espetáculos financiados com recursos da Lei Rouanet,captados pela produtora Time for Fun (T4F), responsável pelamontagem da obra. Quem patrocina o show, usando deduçãono imposto de renda, é o Bradesco. Segundo dados do MinC, oorçamento pleiteado pela T4F foi de R$ 6,5 milhões. Captados atravésde incentivos foram R$ 120 mil. As mesmas parceiras usaram oincentivo para viabilizar a primeira apresentação do Cirque du Soleilno <strong>Brasil</strong>, mas os ingressos eram bem salgados. A pressão gerada porisso levou o Bradesco a abandonar o incentivo. Com Cats, o dinheiropúblico se justifica porque, apesar de o roteiro e a direção seremimportados, os artistas são todos brasileiros. “Quem utiliza a Leide Incentivo tem que saber o tom e o tamanho do projeto que apoia”,diz o diretor de marketing do Bradesco, Luca Cavalcanti.INCENTIVOR$ 6,5 milhõesfoi o orçamento solicitado ao Ministérioda Cultura (MinC) pela produtora Time forFun (T4F). Dados do governo demonstramque os recursos declarados, captadospelaLeiRouanet,foramdeR$120mil.INVESTIMENTO DO BRADESCOR$ 80 milhõeséquantoas<strong>empresas</strong>quefazempartedo grupo Bradesco - banco e seguradora,principalmente — aplicam na cultura porano. Segundo Luca Cavalcanti, cerca deR$ 40 milhões é o montante incentivado.
Sábado, 17 de abril, 2010 <strong>Brasil</strong> Econômico 7MinC quer mínimo de R$ 200milhões por ano do setor privadoEmpresas com planos estratégicos de marketing cultural dizem que manterão investimentos com nova leiRuy Barata Netorneto@brasileconomico.com.brO Ministério da Cultura (MinC),calcula que o governo federal,deverá economizar pelo menosR$ 200 milhões em financiamentode projetos culturais noprimeiro ano de funcionamentodo projeto de lei (PL) 6722/10 —o Procultura. É que anualmenteo governo abre mão de receberR$ 1 bilhão, por meio da renúnciafiscal, por conta dos investimentosem iniciativas culturaisfeitas por <strong>empresas</strong> que usam oincentivo. Ao obrigá-las a arcarcom 20% do orçamento de umprojeto incentivado, o MinC teráfôlego para administrar o dinheiroeconomizado.A determinação não assustaalgumas das grandes <strong>empresas</strong>acostumadas a financiar culturano país. O Bradesco, a instituiçãoprivada que mais financiaprojetos culturais através da LeiRouanet, diz que manterá seunível de atividade normal mesmocom a aprovação do Procultura.“O que vai acontecer é queisso irá onerar nossa atividadeno âmbito cultural, mas não irános desestimular”, afirma LucaCavalcanti, diretor de marketingdo banco e responsável pelagerência dos projetos selecionadospela empresa.“Oquevaiacontecer é que issoirá onerar nossaatividade no âmbitocultural, mas não irános desestimularLuca Cavalcanti,diretor de marketingdo BradescoDemocraciaSegundo Cavalcanti, o Bradescojá está alinhado com a políticaproposta pelo Governo.“Concordamos com a necessidadede democratizar o apoio àcultura em outras regiões,como proposto pelo Minc, e játrabalhamos com contrapartidade investimentos privadosnos nossos projetos culturais”,diz o executivo.De acordo com estimativas,feitas a partir do balanço dacompanhia, o banco e sua respectivaempresa de seguros deduzemdo imposto de renda,com investimentos em cultura,R$ 40 milhões por ano. O montanteé aplicado em cerca de600 eventos. A contrapartidada empresa está em investimentospróprios para algunsprojetos — como no caso damontagem da peça O Médico eo Monstro, prevista para julho,que terá dinheiro próprio combinadocom parte de recuros daLei Rouanet. Ele diz que nos últimosanos passou a usar a verbaincentivada para patrocíniosregionais, entre eles o Círio deNazaré, em Belém do Pará, e aFesta da Uva, em Caxias do Sul.Fim do incentivo? NãoMas quando questionado sobrea possibilidade de não haver nenhummecanismo de renúnciafiscal, Cavalcanti é lacônico:“Não consigo enxergar esse cenário”.Cavalcanti levanta umaquestão interessante: assimcomo as <strong>empresas</strong> usam verbasde renúncia fiscal para promoversuas marcas, por outro ladoos mesmos recursos servempara gerar emprego e renda,uma demanda pública.Eduardo Saron, superintendentedo Itaú Cultural, diz que ogoverno deveria considerarmanter uma faixa específica deprojetos com orçamentos financiadosintegralmente com recursospúblicos, a exemplo deprogramasdeformaçãodegestoresculturais. “A reforma daLei Rouanet é legítima, masprecisa ser construída dentro deprincípios de políticas públicasclaros, em torno do que o governoquer e acredita ser fundamentalpara o desenvolvimentoda cultura”, diz Saron. Em2009, o Itaú Cultural teve gastosda ordem de R$ 39,5 milhões.Do total, quase R$ 19 milhõesnão têm incentivos fiscais. ■
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