12.07.2015 Views

Seu exemplo vai ser seguido. Dirija com responsabilidade. - Detran

Seu exemplo vai ser seguido. Dirija com responsabilidade. - Detran

Seu exemplo vai ser seguido. Dirija com responsabilidade. - Detran

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Foto: SMCSENTREVISTAAs vozes do trânsito em CuritibaJurandir Ambonatti: “Os veículos de <strong>com</strong>unicaçãopoderiam participar mais das campanhas educativas,<strong>com</strong>o parceiros, ou criando campanhas próprias”Anderson MacielAcontece um acidente emum cruzamento bastante movimentadode Curitiba. Para piorar, este cruzamentofaz parte da sua rota diáriade ida e volta do trabalho ou dos estudos.Você ainda não tem conhecimentode que o tráfego se intensificoue que certamente enfrentará umcongestionamento em razão do acidente.E agora quem poderá lhe ajudar?Na capital paranaense,o rádio tornou-se um aliado na buscapor um trânsito melhorA resposta está nas ondas dorádio: Jurandir Ambonatti e FlávioKrüger. Munidos de suas armas, osmicrofones e telefones, os dois <strong>com</strong>unicadoresfazem do rádio um meio capazde auxiliar os motoristas e autoridadesligadas ao trânsito a manteremo tráfego fluindo da melhor maneirapossível. Ambonatti (54), que éradialista há 35 anos, e Krüger (39),jornalista há 16 anos, são as vozesdos boletins de trânsito transmitidosdiariamente por 15 rádios da capitalparanaense.Os dois também são os responsáveispela produção dos boletinse para isso contam <strong>com</strong> o apoio ecolaboração de órgãos de trânsito dacapital e do Batalhão de Polícia deTrânsito (BPTran). A entrevista destaedição da Detrânsito mergulha nasondas do rádio <strong>com</strong> esta dupla de <strong>com</strong>unicadoresdo trânsito.Como surgiu a idéia dos boletinsde trânsito?Jurandir Ambonatti: Emabril de 1997 um ouvinte sugeriu o<strong>ser</strong>viço ao diretor de jornalismo daCBN, José Wille, que repassou aidéia à Prefeitura de Curitiba e estapor sua vez, firmou a parceria <strong>com</strong> oBPTran. Um mês depois, em maio,<strong>com</strong>eçou a transmissão dos boletins.Eu pela manhã e o Flávio Kruger àtarde. O trânsito de Curitiba estavaapresentando os primeiros sinais deproblemas mais sérios, <strong>com</strong> lentidãonas ruas mais movimentadas. No início,os boletins foram ao ar apenas naCBN. Não demorou muito e outrasemissoras se interessaram pelas informações.Como funcionam esses boletins(periodicidade, assuntosabordados, onde são veiculados)?Flávio Krüger: As informaçõessão transmitidas em 15 rádios,entre elas quatro FM, sete AM, duasrádios <strong>com</strong>unitárias, uma rádio universitáriae também a rádio web daprefeitura de Curitiba. São, em média,100 boletins diários, de segundaà sexta-feira. Os alertas são, na maioriadas vezes, de acidentes, obras emudanças de sentido das vias.Quais são as dificuldadesde se trabalhar <strong>com</strong> este tema norádio?Jurandir Ambonatti: Não<strong>ser</strong>ia dificuldade, mas preocupaçãoem transmitir a informação <strong>com</strong> precisão,porque dependemos do que épassado pelos policiais do BPTran,no caso dos acidentes, e pelos agentesda Diretran, em outras situações,<strong>com</strong>o passeatas e <strong>ser</strong>viços de emergência,por <strong>exemplo</strong>. É muito raro,mas às vezes uma informação incorretaatrapalha um pouco nosso trabalho.Mas por outro lado, a satisfaçãode realizar este trabalho é imensa.Tanto que um fato curioso e inusitadorepresenta <strong>com</strong>o é gratificante este<strong>ser</strong>viço por nós realizado. Umavez me ofereci para ajudar um deficientevisual a atravessar a rua. Eu disse:“Quer ajuda?”. Ele respondeu deimediato: “Quero sim, JurandirAmbonatti”. Perguntei então <strong>com</strong>oele sabia quem eu era, e ele disse queme conhecia pela voz, de tanto ouviros boletins de trânsito. Sinceramente,fiquei emocionado.Flávio Krüger: É importanteexplicar para o ouvinte exatamenteonde está o problema, seja eleum acidente, congestionamento,obras, etc. Se ele conhecer a cidade,certamente conseguirá fugir dostranstornos. Nem sempre, o ouvinte/motoristaconsegue entender rapidamentea informação. Por isso, àsvezes, ao final do boletim de trânsitoé importante repetir de forma muitosimples a informação. O boletimtem, aproximadamente, um minutode duração. No final de cada boletim,reforçamos a informação: “... portanto,trânsito <strong>com</strong>plicado naMarechal Deodoro, na região centralda cidade, por causa de um acidente”.Por mais que o ouvinte não tenhaentendido toda a informação, ele saberáonde está a situação.Como surgiu o seu interesse pelo tematrânsito?Flávio Krüger: Bem antesdo nosso <strong>ser</strong>viço, em 1997. Na verdade,quando tirei a CNH, em 1986,já percebia quantos problemas existiamno trânsito, principalmente, porculpa do motorista, muitas vezes imprudentee impaciente. Aquilo sempreme in<strong>com</strong>odava. Como até hojeocorre. Mas felizmente, pelo menosagora, existe alguém que também estápreocupado <strong>com</strong> o seu bem-estarno trânsito. E depois do início do nossotrabalho, o interesse aumentou aindamais.Jurandir Ambonatti:Profissionalmente, <strong>com</strong> o surgimentodos boletins, em 1997. Já trabalhavana CBN e recebi a proposta para fazeros boletins. A partir daí, passei aler sobre o assunto e a ob<strong>ser</strong>var o<strong>com</strong>portamento dos motoristas, paracriar algumas frases. Dois <strong>exemplo</strong>s:“Motorista, seja educado no trânsito.Trate os outros do jeito que você gostade <strong>ser</strong> tratado”; e “Motorista, dirija<strong>com</strong> cuidado.No trânsito, um descuidopode <strong>ser</strong> fatal”. As frases até se tornaramum caso interessante. As pessoasrepetem, em conversas informais,algumas frases usadas nos boletinsde trânsito. A mais <strong>com</strong>um é:“motorista, utilize caminhos alternativos”.Recentemente foi inauguradauma rádio em São Paulo totalmentededicada ao trânsito.Você acredita <strong>ser</strong> possível implantaro mesmo conceito emCuritiba?Jurandir Ambonatti: Entendoque ainda é cedo para a implantaçãode um projeto semelhante. Otrânsito de São Paulo é um caso a parte,<strong>com</strong> longos congestionamentos diários.Para muitas pessoas a maior preocupaçãoé saber <strong>com</strong>o estão as ruas dacidade, principalmente nos horáriosde maior movimento. Algumas rádiosusam helicópteros para transmitir osboletins. Daqui a alguns anos o trânsito<strong>ser</strong>á a principal informação tambémaqui em Curitiba.Flávio Krüger: O trânsitode Curitiba tem ficado cada vez maisdifícil. A frota cresce a cada dia.Além disso, as pessoas têm maior facilidadepara aquisição de um veículo,até pelas facilidades e promoçõesque as lojas oferecem. Atualmente,penso que a capital do estado aindanão tenha a necessidade de uma emissora<strong>com</strong> informações exclusivas sobreo trânsito. Mas se continuar nes<strong>ser</strong>itmo, talvez isso seja necessário.Acho que não dá para <strong>com</strong>parar otrânsito de São Paulo <strong>com</strong> o deCuritiba. Aqui temos trânsito lentoem horários de pico, mas não engarrafamentos.E <strong>com</strong>o você analisa o papeldos meios de <strong>com</strong>unicação emrelação ao trânsito?Jurandir Ambonatti: Osveículos de <strong>com</strong>unicação poderiamparticipar mais das campanhas educativas,<strong>com</strong>o parceiros, ou criandocampanhas próprias. Reportagenspouco ajudam, porque são muito rápidas.Por que não fazer uma campanhapedindo para o pedestre atravessara rua na faixa? Segundo o Corpode Bombeiros, os atropelamentos representam20% do número de aci-16 17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!