6 – Montar o conselho gestor com representantes da conveniada,da entidade de controle social, <strong>do</strong>s inscritos emcada núcleo e estabelecer, com ele, uma sistemática detrabalho e reuniões;7 – Realizar reuniões semanais de coordena<strong>do</strong>res eagentes sociais para planejamento, estu<strong>do</strong>s e trocas deexperiências, isso qualifica a execução;8 – Socializar todas as informações referentes ao Programacom a comunidade, a entidade de controle social, osagentes e coordena<strong>do</strong>res e os beneficia<strong>do</strong>s;9 – Encaminhar, sistematicamente, os relatórios exigi<strong>do</strong>spelo programa e alimentar o SICONV e o SIMAP;10 – Atentar para os prazos e orientações previstos noconvênio e nos ofícios recebi<strong>do</strong>s.28
CAPÍTULO 033.1 JUVENTUDE, VIOLÊNCIA, ESPORTE E LAZERConsideran<strong>do</strong> que o público-alvo <strong>do</strong> PRONASCI é a juventude e,mais especificamente, a juventude diretamente ligada à questãoda violência, trazemos aqui algumas reflexões: que juventudeé essa? Qual é a sua cultura? E seu território? Quais os principaisfatores que a colocam em relação direta com o esporte,o lazer e a violência? Que interesses e necessidades vêm sen<strong>do</strong>percebi<strong>do</strong>s e manifestos pelos próprios jovens, especialmenteem relação à cultura, ao esporte, ao lazer e à segurança?É importante que se procure perceber as manifestações específicasdas práticas juvenis relacionadas a cada grupo e não seincorra no erro de tratar as culturas juvenis em geral como iguaise com um olhar preconceituoso. Acreditar que os gostos da juventudesejam apenas frutos da alienação e da influência <strong>do</strong>scolegas e da mídia é destituí-los da potencialidade crítica, noque se refere aos seus relacionamentos com estes processos.Pensar o jovem <strong>do</strong> <strong>Pronasci</strong> é situá-lo em um lugar, o subúrbio.Cumpre lembrar que o subúrbio, identifica<strong>do</strong> desde os anos de1970, no imaginário e na realidade como foco de problemas econômicose sociais, é classifica<strong>do</strong> como local difícil e sensível. Nelea juventude acaba fican<strong>do</strong> mais exposta às dificuldades e aparecen<strong>do</strong>de maneira mais visível e preocupante. Porém, é precisoconsiderar que a apropriação <strong>do</strong>s espaços urbanos, pela populaçãojuvenil, se dá de maneiras muito variadas, expressan<strong>do</strong>, namaioria das vezes, conflitos de diversas naturezas, desigualdadesde gênero, de classe, de etnias, de orientações sexuais e preferênciasreligiosas, entre outras. Essas formas de sociabilidade nascemna rua, nas esquinas e pontos de encontro. Ali, os jovens desenvolvemrelações de amizade, companheirismo, grupo e lazer,enfrentam a violência urbana e vivem, na luta pela sobrevivência,o confronto diário com tu<strong>do</strong> o que os reprime.Consideran<strong>do</strong> estas questões, temos que procurar compreendero que ocorre com os jovens nos diferentes territórios, cenários egrupos sociais urbanos, ou seja, nos diversos espaços que estesocupam em determinada comunidade, na cidade e, consideran<strong>do</strong>o avanço da informática, no mun<strong>do</strong>. Longe <strong>do</strong>s olhares <strong>do</strong>spais, professores ou patrões, eles assumem papel de atores sociais,agin<strong>do</strong>, de alguma forma, sobre o seu meio, construin<strong>do</strong>determina<strong>do</strong> olhar sobre si mesmos e sobre o mun<strong>do</strong> que oscerca, situa<strong>do</strong>s territorialmente.As diferentes motivações e abrangências <strong>do</strong>s agrupamentosjuvenis - sejam religiosos, de produção cultural, esportivas, de29