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Política Intersetorial PELC e Pronasci - Ministério do Esporte

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ÍNDICEAPRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................................03POLÍTICA INTERSETORIAL / <strong>PELC</strong> E PRONASCI - TEXTO DE APRESENTAÇÃO – SENASP...........................................................07CAPÍTULO 011.1 Parceria Pro<strong>do</strong>c OEI/BRA.......................................................................................................................................................091.2 O <strong>PELC</strong> e a <strong>Intersetorial</strong>idade................................................................................................................................................11CAPITULO 022.1 <strong>Pronasci</strong>: Um Programa <strong>Intersetorial</strong>....................................................................................................................................152.2 <strong>Esporte</strong> E Lazer Como Direitos Sociais E Políticas Públicas...................................................................................................172.3 A Promoção Da Saúde Nas Políticas E Programas Ntersetoriais De <strong>Esporte</strong> E Lazer Para A Juventude................................. 212.4 O Pelc No <strong>Pronasci</strong> ...............................................................................................................................................................25CAPÍTULO 033.1 Juventude, Violência, <strong>Esporte</strong> e Lazer...................................................................................................................................29SUGESTÃO DE BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................................34


federal e municipal, de mo<strong>do</strong> a criar expertise de gestão <strong>do</strong>sespaços de forma compartilhada e participativa na ocupação <strong>do</strong>sespaços públicos. Para isso foi pensa<strong>do</strong>, de maneira integrada, oinvestimento na visão de gestão, formação, pesquisa e comunicaçãocomo os eixos de sustentação <strong>do</strong> projeto para a implantação<strong>do</strong>s espaços urbanos de convivência comunitária.A capacitação de pessoas contribui para que os diversos sujeitospossam atuar como gestores e técnicos das Praças da Juventudee <strong>do</strong>s Núcleos de <strong>Esporte</strong> Recreativo e de Lazer que formam osespaços urbanos de convivência comunitária e a comunicaçãopara criar um programa de divulgação e mobilização social paraque sejam concretamente integra<strong>do</strong>s e assumi<strong>do</strong>s pelas própriascomunidades nas quais estão inseri<strong>do</strong>s. Esses eixos permitem aoMinistério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> agregar novas capacidades, qualifican<strong>do</strong>spara a realização de suas atribuições e de outras perspectivasestratégicas de políticas públicas no setor.Os modelos gerenciais e organizacionais concebi<strong>do</strong>s e testa<strong>do</strong>spara a utilização nas Praças da Juventude e nos Núcleos de <strong>Esporte</strong>Recreativo e de Lazer são processos inusita<strong>do</strong>s de gestão,de planejamento e de avaliação formula<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as especificidadesdas práticas pensadas para as comunidades. Por issoa pesquisa é um elemento imprescindível para os processos detrabalho, procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos e instrumentos técnicosdesse projeto.Para que esses espaços urbanos de convivência sejam conheci<strong>do</strong>scomo organizações integradas à vida comunitária e reconheci<strong>do</strong>scomo fator de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento humanoda localidade e da região, destaca-se o gerenciamento da informaçãocomo elemento que qualifica os processos e tem acomunicação como elemento de geração de conhecimento e deaprendizagem organizacional.A gestão compartilhada apresenta-se como uma ferramentainova<strong>do</strong>ra na consecução das melhores práticas da gestão públicae permite que a comunidade se aproprie das atividades eexerça com autonomia seu direito ao esporte e lazer. Pretende--se que esse projeto possa dar acesso à comunidade e, especificamente,à juventude, nas questões <strong>do</strong> esporte em suas váriasdimensões, da cultura e da educação, numa perspectiva multidisciplinar.A associação <strong>do</strong>s bons resulta<strong>do</strong>s verifica<strong>do</strong>s nosnúcleos <strong>do</strong> <strong>PELC</strong> com infraestrutura adequada para o esporte elazer na implantação das Praças da Juventude afirma um novoconceito de gestão compartilhada e sustentável com ocupaçãode equipamento público pela população local. Amplian<strong>do</strong>, destaforma, o acesso a políticas públicas intersetoriais que possibilitama elevação da qualidade de vida e da cultura esportiva e delazer <strong>do</strong> povo brasileiro.Cássia DamianiDiretora <strong>do</strong> PRODOC OEI/BRA 09/002Bianca SilveiraCoordena<strong>do</strong>ra Geral <strong>do</strong> PRODOC OEI/BRA 09/00210


sozinhos, resolverem to<strong>do</strong>s os seus problemas. Porém, se trabalharmoscom clareza de objetivos e dialogan<strong>do</strong> com as outrasáreas, podemos ser uma excelente ferramenta de intervenção ealteração da realidade.As três Conferências Nacionais de <strong>Esporte</strong> (2005, 2007 e 2010)indicaram, em seus <strong>do</strong>cumentos finais, a necessidade <strong>do</strong> desenvolvimentode ações integradas que valorizem a intersetorialidade.Temos a convicção de que pensar em políticas públicasde esporte e de lazer, como é o caso <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>, depende de umarelação estreita e planejada entre diversas áreas de atuação.A relação intersetorial em políticas públicas está muito mais presenteno discurso <strong>do</strong> que na ação propriamente dita, já que, aoassumir o desafio da intersetorialidade, é fácil imaginarmos aresposta necessária, mas muito difícil construí-la. O processo deconstrução de um Esta<strong>do</strong> fragmenta<strong>do</strong> teve um efeito perverso,indeseja<strong>do</strong> e extremamente persistente. Nele cada área é proprietáriade um conjunto de ações, de temas e procedimentos.Mais <strong>do</strong> que trazer a proposta de ação intersetorial, é precisodesenvolver um amplo processo de transformação política, ideológicae da prática em políticas públicas.Sugestões de ações:1 – conhecer e articular os potenciais parceiros, a partir da análiseda comunidade como um to<strong>do</strong>;2 – envolver, além das outras áreas de gestão, representantesde entidades da comunidade (conselhos, associações, etc.);3 – definir um ou mais eixos ou focos centrais de ação, consideran<strong>do</strong>a realidade da comunidade a ser envolvida;4 – estabelecer um plano de ação coletivo, no qual cada áreaproponha sua contribuição para o alcance <strong>do</strong> eixo comum, consideran<strong>do</strong>suas especificidades, como e quan<strong>do</strong> isso será encaminha<strong>do</strong>;5 – constituir de um grupo de trabalho, com papéis e responsabilidadesdefinidas e uma coordenação com capacidade de gerirações coletivas, de aglutinar aspirações, valores e estratégias,valorizan<strong>do</strong> as diferenças e as relações constituídas, atenta aosproblemas enfrenta<strong>do</strong>s e às alternativas que se apresentam;6 – definir a sistemática de trabalho deste grupo, garantin<strong>do</strong>encontros para avaliação <strong>do</strong> que vem sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> e ajustesno processo, sempre que necessário;7 – reforçar sempre as ideias como parceria e solidariedade, querequerem o conhecimento <strong>do</strong> outro e das demandas que enfrentamjuntos;8 – ter sempre presente que o resulta<strong>do</strong> depende de to<strong>do</strong>s e nãode determinada área;9 – criar e implementar mecanismos de monitoramento e avaliaçãodas ações, <strong>do</strong>s quais participem os gestores, beneficia<strong>do</strong>se a comunidade.12


Podemos então dizer que para termos intersetorialidade precisamosde vontade política <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s, a começar por cadaum de nós; princípios claros e comuns; instrumentos, ou seja,programas, diretrizes e ações construídas coletivamente; conhecero território e trabalhar nele e com seus cidadãos e cidadãs.Sabemos que estamos falan<strong>do</strong> de um desafio que não é fácil deser enfrenta<strong>do</strong>, justamente porque vivemos em uma sociedadena qual tu<strong>do</strong> é fragmenta<strong>do</strong> e as partes não dialogam entre si.Na medicina cada especialista cuida de um pedacinho de nós,mas quem cuida <strong>do</strong> to<strong>do</strong>? A educação, há muito tempo, tentasuperar as disciplinas isoladas, que separam o conhecimento,como se isso fosse possível. Nas políticas públicas, cada setorpensa em fazer seu trabalho, cuidan<strong>do</strong> da sua parte sem sedar conta de que as pessoas são um to<strong>do</strong> e que se isso fossefeito coletivamente o resulta<strong>do</strong> seria muito melhor. Podemosexemplificar falan<strong>do</strong> da saúde. Para se ter saúde basta médicos,enfermeiras, UBS, hospitais, exames? E se com isso tivéssemoseducação, lazer, esporte, saneamento básico, segurança e outrosparceiros, o resulta<strong>do</strong> não seria melhor? Eis o nosso desafio,e que desafio!como atingir os objetivos a que nos propomos sem um trabalhoplaneja<strong>do</strong> e executa<strong>do</strong> coletivamente, no qual cada participanteseja conheci<strong>do</strong> e respeita<strong>do</strong> em sua individualidade e, principalmente,como parte de um to<strong>do</strong> que buscamos transformar, comvistas a garantir uma vida com qualidade e muitos momentosfelizes.Cláudia Regina BonalumeDiretora <strong>do</strong> Departamentode Políticas Sociais da SNDELFinalizamos esta breve reflexão lembran<strong>do</strong> que este mesmo espíritode interação com as demais políticas sociais deve estarpresente entre os núcleos e as diversas oficinas <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>. Não há13


CAPÍTULO 022.1 PRONASCI: UM PROGRAMA INTERSETORIALO Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (<strong>Pronasci</strong>)foi elabora<strong>do</strong> como uma proposta intersetorial, a partir<strong>do</strong> reconhecimento de que a segurança pública no Brasil está,hoje, no topo das preocupações populares, enquanto resulta<strong>do</strong>de processo de décadas de carência de políticas públicas consequentespara a garantia <strong>do</strong>s direitos sociais em geral, entre elesao esporte e ao lazer. Os governos, quan<strong>do</strong> pauta<strong>do</strong>s no modelotradicional de segurança, priorizam o investimento em viaturas,armamentos e, ainda que em menor grau, aumento de efetivospoliciais, em uma ação reativa, que limita os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s.O PRONASCI procura inverter esta lógica, investin<strong>do</strong> empolíticas sociais e recursos humanos.Levantamentos estatísticos <strong>do</strong> Ministério da Justiça demonstramque a violência, neste momento, atinge com maior intensidadeos jovens <strong>do</strong> sexo masculino, e que as taxas mais altas dehomicídio são registradas na periferia das grandes cidades e regiõesmetropolitanas, onde a pobreza, o desemprego e a precariedadedas moradias, da infraestrutura urbana e de serviçosbásicos, incluin<strong>do</strong> saúde, lazer, esporte, educação, transporte,comunicações, segurança e justiça, são mais evidentes. A partirdestes da<strong>do</strong>s, foram defini<strong>do</strong>s os locais onde o <strong>Pronasci</strong> seriaimplementa<strong>do</strong> inicialmente, os Territórios de Paz.Apesar <strong>do</strong>s números indicarem o jovem como principal vítimae causa<strong>do</strong>r da violência o entendimento <strong>do</strong> programa é de quenão bastam políticas públicas para essas faixas etárias, é precisoque se planeje contemplar toda a sociedade, pois as dinâmicasque levaram à perda de vidas <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes provavelmentese iniciaram em faixas etárias anteriores, provocadas por pessoasmais velhas. Outra conclusão importante é que os municípiosem que existe um alto grau de violência letal nas faixas de 12 a18 tendem a ser também aqueles com alta incidência de violêncialetal nas faixas de 20 a 24 e de 25 a 29 anos.Sugestão de atividades:1 – Juntar os da<strong>do</strong>s existentes a respeito <strong>do</strong>s índices de violêncialocal com o máximo de informações possíveis de setores como asaúde, segurança pública e outros, e construir um mapa da violênciada região com to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s possíveis (locais onde esta maisacontece, faixa etária, formas mais comuns de violência etc);2 – Reunir to<strong>do</strong>s os órgãos que trabalham com as comunidadese populações indicadas como mais críticas e traçar um plano de15


ação coletivo, seguin<strong>do</strong> as sugestões que indicamos no item O<strong>PELC</strong> e a <strong>Intersetorial</strong>idade.Em 2007 houve um apelo ao esforço das instituições, principalmentequanto à promoção de agenda integrada <strong>do</strong>s três níveisde governo, nas áreas metropolitanas com elevada vulnerabilidadesocial, objetivan<strong>do</strong> <strong>do</strong>tá-las de condições dignas de cidadaniaa fim de ampliar o acesso aos direitos sociais básicos efortalecer a unidade familiar em seu papel de socialização.O <strong>Pronasci</strong> foi cria<strong>do</strong> pela Lei 11.530, de 24 de outubro de 2007,para ser desenvolvi<strong>do</strong> pelo Ministério da Justiça, visan<strong>do</strong> a prevenção,controle e repressão da criminalidade, atuan<strong>do</strong> em suasraízes socioculturais, além de articular ações de segurança públicacom políticas sociais por meio da integração entre União,esta<strong>do</strong>s, Distrito Federal e municípios, levan<strong>do</strong> em conta as diretrizes<strong>do</strong> Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).O <strong>Pronasci</strong> está foca<strong>do</strong> nos profissionais <strong>do</strong> Sistema de SegurançaPública e tem como público-alvo, jovens de 15 a 24 anos que vivemà beira da criminalidade ou que se encontram ou já estiveram emconflito com a lei. Para tal, o Programa se propõe a articular políticasde segurança com ações sociais, priorizar a prevenção e buscar atingiras causas que levam à violência, com atenção voltada, também,às estratégias de ordenamento social e segurança pública.Para garantir a realização das ações no país, estão sen<strong>do</strong> celebra<strong>do</strong>sconvênios, contratos, acor<strong>do</strong>s e consórcios com esta<strong>do</strong>s,Distrito Federal e municípios, Organizações Não-Governamentaise organismos internacionais. A instituição responsável pelaavaliação e acompanhamento <strong>do</strong> Programa é a Fundação GetúlioVargas (FGV), que vem realizan<strong>do</strong> pesquisas e implementouo SIMAP (Sistema de Monitoramento e Acompanhamento <strong>do</strong><strong>Pronasci</strong>).Como vimos até aqui, o <strong>Pronasci</strong> objetiva o direito social universal,porém foca-o na juventude, motiva<strong>do</strong> pelos índices deviolência junto a este público. O projeto de criação <strong>do</strong> Programa,porém, deixa claro que o mesmo “desenvolverá políticas específicasde enfrentamento e prevenção à violência juvenil paraos a<strong>do</strong>lescentes em conflito com a lei, jovens presos, jovensegressos <strong>do</strong> sistema prisional, jovens oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> serviço militarobrigatório e jovens em situação de vulnerabilidade ”.A lei que cria o <strong>Pronasci</strong> prevê, já no artigo primeiro, a “articulação<strong>do</strong>s órgãos federais, em regime de cooperação com esta<strong>do</strong>s,Distrito Federal e municípios [...]”. Encontramos afirmações quetêm relação direta com a intersetorialidade no artigo 3º:II - criação e fortalecimento de redes sociais e comunitárias;[...]16


XIII – participação e inclusão em programas capazes de responder,de mo<strong>do</strong> consistente e permanente, às demandas dasvítimas de criminalidade por intermédio de apoio psicológico,jurídico e social (incluí<strong>do</strong> pela Lei 11.707).Em síntese, <strong>Pronasci</strong> consiste na articulação de um conjunto depolíticas públicas destinadas a reduzir a criminalidade de formaconsistente, enfrentan<strong>do</strong> as verdadeiras causas <strong>do</strong> problema nasregiões estabelecidas; possibilitar perspectivas de vida sadia paraa prática da cidadania juvenil e infantojuvenil que se encontra emrisco imediato ou previsível; criar Territórios de Paz nas regiõesmetropolitanas que registram os índices mais eleva<strong>do</strong>s de homicídio,para enfrentar e prevenir a criminalidade e a violência. OTerritório de Paz é um pacote de ações preventivas, integradas esimultâneas, que faz com que o Esta<strong>do</strong> retorne o controle nessasregiões conflagradas, oferecen<strong>do</strong> acesso aos serviços públicos,para melhorar a qualidade de vida da população.2.2 ESPORTE E LAZER COMO DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICASPartin<strong>do</strong> da premissa de que os direitos sociais ao esporte e aolazer são também direitos humanos a serem assegura<strong>do</strong>s, semqualquer distinção, na construção de uma sociedade mais justae mais igualitária, pode-se dizer que estes vêm conquistan<strong>do</strong>,passo a passo, espaço no conjunto <strong>do</strong>s direitos sociais. São muitasas reivindicações de pessoas com vários interesses sociais,que incluem o esporte e o lazer ao conjunto de suas demandase ações por cidadania e por qualidade de vida. Essas reivindicaçõesdevem-se, principalmente, ao grande número de cidadãosbrasileiros que ainda está excluí<strong>do</strong> <strong>do</strong> acesso a esses direitos. Osobstáculos para a vivência plena das possibilidades de práticas econhecimentos vão desde as condições econômicas, que restringemo acesso <strong>do</strong> cidadão às atividades disponíveis no merca<strong>do</strong>;à falta de condições de transporte, de emprego, de alimentação,educação, saúde, moradia e segurança; à supervalorização dasociedade ao trabalho e o preconceito com o lazer, e até mesmoa escassez de políticas universais nesses setores.Percebe-se a existência de uma cultura <strong>do</strong>minante que se constituipor variações demarcadas por desigualdades profundas deacesso e conhecimento ao esporte e ao lazer, que se acentuamem relação a aspectos como gênero, etnia, idade, diversidadecultural e habilidade física. Percebidas essas diferenças, quecontribuem para revelar a situação, Melo (2003:99) sugere queuma atuação que vise contribuir para a ampliação da consciênciasocial <strong>do</strong> local precisa estar atenta e disposta a compreenderos movimentos gera<strong>do</strong>s pela população no seu cotidiano, terdisposição para perceber a dinâmica de vida da população comabordagens livres de moralismos e conserva<strong>do</strong>rismo e afastar--se de posturas ingênuas, extremamente otimistas ou pessimistasa respeito da possibilidade de intervenção.17


Ao apontar elementos que devem compor um programa de lazerpara detentos, Melo (2003:126) indica aspectos importantesa serem considera<strong>do</strong>s nas políticas públicas de esporte e lazerem geral: trabalhar os diversos interesses humanos (conteú<strong>do</strong>sculturais <strong>do</strong> lazer); construir o equilíbrio entre consumo e práticadas atividades culturais; ampliar o acesso às manifestações dacultura erudita, resgatar as manifestações da cultura popular, criticaras da cultura de massa; e ser uma forma de contribuir paraa conscientização <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s, com a compreensão da dupladimensão educativa <strong>do</strong> lazer, sem que isso signifique aban<strong>do</strong>nodas características de ludicidade <strong>do</strong>s momentos de lazer.Marcellino (2001) afirma que pensar o esporte e o lazer hoje, noâmbito das políticas públicas, implica, necessariamente, pensaro espaço consideran<strong>do</strong> sua dimensão coletiva, toman<strong>do</strong> comodesafios: “quais as possibilidades de reorganização <strong>do</strong> espaço?”“Como podemos pensar em uma reordenação <strong>do</strong> tempo daspessoas, com vistas a garantir que o tempo livre possa contemplaro lazer?” “Qual nossa proposta para a formação e o desenvolvimento<strong>do</strong>s recursos humanos que atuam na área? Quepolítica de animação estamos construin<strong>do</strong>?”.Sugestão de aspectos a serem considera<strong>do</strong>s no planejamentoem políticas públicas de esporte e lazer:1 – A necessidade de um diagnóstico completo da realidade local.Este diagnóstico, além de considerar os avanços e desafiosque as políticas de esporte e lazer enfrentam na atualidade (estesda<strong>do</strong>s podem ser busca<strong>do</strong>s nas resoluções das conferênciasnacionais, no site <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>) deve contemplar, nomínimo, os equipamentos específicos existentes e sua distribuição;características da comunidade a ser atendida; interesses enecessidades da população; recursos humanos e orçamentáriosnecessários e disponíveis para o desenvolvimento das ações;2 – Construção participativa de um plano de ação, que considereas diretrizes nortea<strong>do</strong>ras da gestão. Para que isso ocorraé preciso que, em primeiro lugar, o gestor conheça tais diretrizes.A partir disso, é importante que sejam instala<strong>do</strong>s processosinterativos envolven<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os atores em momentos deplanejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações.Vale salientar que esta participação deve ser real, ou seja, osencontros precisam ser bem planeja<strong>do</strong>s, com objetivos claros erealiza<strong>do</strong>s em horários e locais que permitam o comparecimentodas pessoas.3 – Implementação, monitoramento e avaliação permanentes,com vistas a reorganizar as ações. Para tal estes devem ser investigativose diagnósticos, os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s precisam ser organiza<strong>do</strong>s,interpreta<strong>do</strong>s coletivamente e divulga<strong>do</strong>s para quealimentem as próximas ações.Podemos afirmar que acreditamos que uma política pública deesporte e de lazer deve contemplar eixos como planejamen-18


to e gestão coletiva; organização geral das ações; avaliação deprocesso, produto e impactos; ações intersetoriais envolven<strong>do</strong>,principalmente, outras políticas sociais; formação permanentede recursos humanos; investimento na construção, animação socioculturale manutenção de espaços e equipamentos; inclusãosocial; acessibilidade a espaços e vivências de esporte e lazerdiversificadas; caráter educativo em todas as ações; diversidadecultural; ludicidade; intergeracionalidade.Encontramo-nos, então, diante <strong>do</strong> desafio de desenvolver políticaspúblicas de esporte e lazer com qualidade, integradas àsdemais políticas sociais e acessíveis a to<strong>do</strong>s, como possibilidadede ser contraponto à lógica social de desigualdade, exclusão edesrespeito às diversidades, que vemos atualmente. Ao analisarmoso processo desse desenvolvimento nos programas sociaise em parcerias, a exemplo <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>/PRONASCI, é possívelperceber evolução significativa, com características, senti<strong>do</strong>s esignifica<strong>do</strong>s específicos em cada perío<strong>do</strong>.19


MACRO-PROCESSO DE TRABALHODAS POLÍTICAS SOCIAS20


2.3 A PROMOÇÃO DA SAÚDE NAS POLÍTICAS E PROGRAMASINTERSETORIAIS DE ESPORTE E LAZER PARA A JUVENTUDENo Sistema Único de Saúde (SUS), a promoção da saúde é umapolítica nacional (Política Nacional de Promoção da Saúde) quese operacionaliza por meio de sete áreas específicas, que são:alimentação saudável; práticas corporais/atividade física; prevençãoe controle <strong>do</strong> tabagismo; redução da morbimortalidadedecorrente <strong>do</strong> uso abusivo de álcool e outras drogas; reduçãoda morbimortalidade por acidentes de trânsito; prevenção daviolência e estímulo à cultura da paz; e desenvolvimento sustentável(Ministério da Saúde, 2006).O desenvolvimento de ações de promoção da saúde no âmbito<strong>do</strong> SUS observa o conceito amplo de mesma, que pauta aeducação, o trabalho, a habitação, o lazer, entre outros, comodeterminantes sociais da produção vida saudável. É a partir dessacompreensão ampliada que devem ser construí<strong>do</strong>s caminhosque aproximem e promovam o diálogo entre os programas deesporte e lazer e a Política Nacional de Promoção da Saúde.Uma das diretrizes para a prática da Promoção da Saúde é aarticulação intersetorial no enfrentamento <strong>do</strong>s problemas, cadavez mais complexos, implican<strong>do</strong> outros campos de conhecimentoe ação política. Nesse senti<strong>do</strong>, propõe-se que os programasda saúde e <strong>do</strong> esporte e lazer sejam articula<strong>do</strong>s e convergentes,objetivan<strong>do</strong> o fortalecimento mútuo dessas áreas para promovermelhorias significativas nas condições de vida da população.No setor saúde, sua promoção deve ser o foco de atuação dasequipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), vertente brasileirada Atenção Primária que se caracteriza como a porta deentrada prioritária <strong>do</strong> Sistema Único de Saúde (SUS), constitucionalmentefunda<strong>do</strong> no direito à saúde. Estas equipes assumem aresponsabilidade sanitária pela população adstrita em um da<strong>do</strong>território, com a retaguarda <strong>do</strong>s Núcleos de Apoio à Saúde da Família(NASF), forma<strong>do</strong>s por profissionais de diferentes áreas deconhecimento com a responsabilidade compartilhada de qualificare ampliar as ações nesse território.As equipes de Saúde da Família e <strong>do</strong> NASF devem atuar de acor<strong>do</strong>com algumas diretrizes à Atenção Primária à Saúde (APS),para além da interdisciplinaridade e intersetorialidade: a educaçãopermanente em saúde <strong>do</strong>s profissionais e da população; odesenvolvimento da noção de território; a integralidade; a participaçãosocial; a educação popular; a promoção da saúde e a humanização.Propõem-se, como fundamental, promover espaçosde diálogos com outras políticas, no senti<strong>do</strong> de otimizar as açõesno território da saúde onde está situada a Praça da Juventude edesenvolvidas as ações <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>.A interlocução entre os profissionais <strong>do</strong> esporte e lazer e da saúdedeve objetivar ações integradas, complementares aos programasjá desenvolvi<strong>do</strong>s pelas duas áreas. A parceria local entre21


esporte e saúde, no desenvolvimento de projetos ou programasde promoção da saúde e de garantia <strong>do</strong> direito ao lazer paraa juventude começam a se configurar quan<strong>do</strong> são construí<strong>do</strong>se implementa<strong>do</strong>s mecanismos sociopolíticos capazes de pautaras prioridades da gestão pública e a vulnerabilidade social emque se encontram as pessoas de 15 a 24 anos nas várias regiõesbrasileiras.A discussão sobre esporte e lazer está cada vez mais presentena área da promoção da saúde, no senti<strong>do</strong> de contribuir para amelhoria da qualidade de vida de sujeitos e coletividades. Maisque a participação <strong>do</strong> setor saúde em programas de esporte elazer para juventude, é importante construir caminhos para queas ações tenham reflexo na rede de saúde, promoven<strong>do</strong> nosserviços a abordagem da população jovem a partir <strong>do</strong> reconhecimentodas especificidades sociais que caracterizam essa faixaetária, tais como:• Maior vulnerabilidade social em relação às violências e acidentesde trânsito (MS, 2009);• Dificuldade em ingressar no merca<strong>do</strong> de trabalho (CASTRO;ABRAMOVAY, 2002).Nesse processo, a área de esporte e lazer é fundamental, deven<strong>do</strong>trabalhar, conjuntamente com a saúde, aspectos atrativospara a juventude nos programas desenvolvi<strong>do</strong>s nas unidadesbásicas de saúde, escolas ou praças. Por exemplo, ampliaras ações <strong>do</strong>s grupos de atividade física das unidades básicas desaúde para além da caminhada ou corrida orientada, trazen<strong>do</strong>danças, apoio técnico aos atletas ama<strong>do</strong>res, os jogos esportivose populares, entre outros, para serem trabalha<strong>do</strong>s com a juventudede forma integrada ao processo de trabalho <strong>do</strong>s profissionaisda atenção básica.A escola é um lugar privilegia<strong>do</strong> para construção e socializaçãode conhecimentos. É um espaço de aprendizagem e convivência.A saúde faz a interlocução com a escola por meio <strong>do</strong> ProgramaSaúde na Escola (PSE), que pode ser uma via para o desenvolvimentode ações de esporte e lazer na juventude. O PSE constituiestratégia para a integração e a articulação permanente entreas políticas e ações de educação e de saúde, com a participaçãoda comunidade escolar, as equipes de Saúde da Família e osNASF. Nesse contexto, as políticas de saúde e educação voltadasa crianças, a<strong>do</strong>lescentes, jovens e adultos da educação públicabrasileira estão unin<strong>do</strong>-se para promover o desenvolvimentopleno <strong>do</strong>s escolares.Iniciativas dispara<strong>do</strong>ras para o desenvolvimento de ações de esportee lazer para a juventude podem ser articuladas tanto noâmbito da praça da juventude como <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>, <strong>do</strong> PSE, das equi-22


pes de Saúde da Família, <strong>do</strong> NASF, <strong>do</strong>s Núcleos de Prevenção deViolências e Promoção da Saúde (NPVPS), de projetos de práticascorporais/atividade física <strong>do</strong> SUS e demais iniciativas locais.DICASIdentifique quais ações de saúde são desenvolvidas no seu município– Programa Saúde na Escola (PSE), ESF/NASF, Núcleo dePrevenção de Violências e Promoção da Saúde (NPVPS), projetosde práticas corporais/atividade física - e proponha a formação degrupos de trabalho intersetoriais para construir planos de ação. Nãoesqueça de incluir representantes de grupos comunitários e OrganizaçõesNão Governamentais (ONGs) que atuam em áreas afins.Lembre-se que a saúde trabalha com o conceito de território,em que equipes de saúde acompanham em média 3.000 pessoas.Cada território tem suas especificidades e necessidadesde saúde, bem com diferentes equipamentos que podem gerardiversos arranjos entre os profissionais e a comunidade para odesenvolvimento das ações de promoção da saúde.Um importante alia<strong>do</strong> no diálogo com o setor saúde é o ConselhoMunicipal de Saúde, como instância de participação popularobrigatória em to<strong>do</strong>s os municípios. As reuniões são abertas eassuntos podem ser pauta<strong>do</strong>s em contato prévio com os representantes<strong>do</strong> conselho.Espera-se que no setor da saúde mais projetos e programas contemplemas questões da juventude. Para tanto, torna-se importantepromover a aproximação das ações desenvolvidas na saúdecom o público jovem, consideran<strong>do</strong> a linguagem e as vivênciascorporais e outras características dessa faixa etária, de mo<strong>do</strong> apropiciar a identificação <strong>do</strong>s jovens com as ações propostas.Por fim, os programas ou projetos que por ventura destaquem--se como resultante <strong>do</strong> trabalho intersetorial produzi<strong>do</strong>s pelasáreas de saúde e esporte devem ser receptivos às necessidadese potencialidades de cada local, contemplan<strong>do</strong> princípios comoos de inclusão social, estímulo a processos criativos individuais ecoletivos, humanização das ações, determinação social da saúdee o lazer como um direito.Danielle Keylla Alencar CruzDeborah Carvalho MaltaElisandrea Sguario KemperAndreia Faroni F. SettiMércia Gomes Oliveira de CarvalhoAlba Lucy Giral<strong>do</strong> FigueroaClesimary Evangelista SantosCristiane Scolare GoschMarta Maria Alves da Silva– Equipe da SVS <strong>do</strong> MS –24


2.4 O <strong>PELC</strong> NO PRONASCIPara explicar um pouco melhor esta relação vamos analisar, rapidamente,o <strong>PELC</strong> no <strong>Pronasci</strong>. As ações selecionadas para seremdesenvolvidas nas regiões indicadas pelo segun<strong>do</strong> programaforam agrupadas em três eixos: território de paz, integração<strong>do</strong> jovem e da família; e segurança e convivência. O esporte e olazer aparecem inseri<strong>do</strong>s na segunda temática. O <strong>PELC</strong> foi cria<strong>do</strong>em 2003, pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento de <strong>Esporte</strong>e de Lazer, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>, e tem como objetivocentral o desenvolvimento de uma proposta de políticas públicase sociais que atendam as necessidades de esporte recreativoe lazer da população. A proposta <strong>do</strong> Programa é, além <strong>do</strong>desenvolvimento de atividades físicas, jogos e brincadeiras, queenvolvam todas as faixas etárias e as pessoas com deficiênciasde uma determinada comunidade, levar, na sua essência, o estímuloà convivência social, a formação de gestores e liderançascomunitárias, o fomento à pesquisa e à socialização <strong>do</strong> conhecimento,contribuin<strong>do</strong> para que esporte e o lazer sejam pensa<strong>do</strong>scomo políticas públicas e direitos de to<strong>do</strong>s (PINTO, 2008:63).O Programa envolve diversas ações focadas em pesquisa, açãoeducativa, informação e gestão compartilhada, tais como aRede CEDES (Centro de Desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> Recreativoe <strong>do</strong> Lazer) que fomenta a produção de conhecimento sobre aspolíticas públicas de esporte e lazer; a formação de gestores eagentes, que pauta todas as ações <strong>do</strong> Programa; o funcionamentode núcleos de esporte recreativo e de lazer (no qual o<strong>PELC</strong>/PRONASCI está inseri<strong>do</strong>); e o Vida Saudável (volta<strong>do</strong> aopúblico i<strong>do</strong>so). Essas e outras ações são tratadas como ferramentaspedagógicas que, em síntese, visam contribuir com oprocesso de construção de uma proposta que coloque o esportee o lazer no patamar de direitos sociais universais.No Plano de Trabalho firma<strong>do</strong> entre o Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> (pelaSecretaria Nacional de Desenvolvimento de <strong>Esporte</strong> e de Lazer)e o Ministério da Justiça, em 2007, para efetivação da parceriacom a ação Programa <strong>Esporte</strong> e Lazer da Cidade – <strong>PELC</strong>, consta:O esporte e o lazer são direitos da população brasileira, com potencialpara contribuir na formação humana integralizada, queacontece em diferentes tempos educativos e ampliam o acessoa bens culturais e espaços de cultura e participação popular deforma criativa e lúdica... Com uma forte característica intergeracional,o Programa pode contribuir com a integração <strong>do</strong> jovemcom a família e a comunidade, fator importante para melhoriada qualidade de vida, da autoestima e <strong>do</strong> protagonismo, valorizan<strong>do</strong>as identidades juvenis. Na parceria com o <strong>Pronasci</strong>, o <strong>PELC</strong>pretende ampliar sua implementação, ten<strong>do</strong> como pré-requisito aintersetorialidade. A integração com diferentes programas sociais(Mulheres da Paz; Protejo; Pontos de Cultura; Pontos de Leitura;25


Saúde da Família e outros) tem em vista potencializar as açõesdesenvolvidas, no intuito de promover a democratização <strong>do</strong> acessoàs práticas de esporte e lazer para a população-alvo, pela articulaçãode ações governamentais e a sociedade civil.Consideran<strong>do</strong> o forte viés educativo e de inclusão social dasações <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>, a articulação com o Ministério da Justiça foi colocadacomo essencial, destacan<strong>do</strong> o processo educativo parausufruto <strong>do</strong> lazer com qualidade. Atrela<strong>do</strong> às outras conquistassociais (segurança, trabalho, saúde, educação, etc.), as açõeseducativas, desenvolvidas pelo <strong>PELC</strong> agregam valores compatíveiscom os princípios democráticos, de solidariedade, coletividade,participação e da cultura da paz, consideran<strong>do</strong> o esporte eo lazer como meios e fins de processos educativos com vistas àconscientização e autonomia <strong>do</strong>s sujeitos.Em linhas gerais, podemos dizer que o <strong>PELC</strong>/PRONASCI é implementa<strong>do</strong>através de funcionamento de núcleos de esporterecreativo e de lazer, para jovens entre 15 e 24 anos, suas famíliase comunidades, que vivem em situações de vulnerabilidadesocial e econômica, reforça<strong>do</strong>ras das condições de injustiças,violências e exclusão social a que estão submetidas, com vistasà melhoria da qualidade de vida e resgate da autoestimaUm convênio <strong>PELC</strong>/PRONASCI prevê:• Atividades sistemáticas de esporte e lazer, realizadas de maneiracontínua e com ações específicas para esta faixa etáriacomo oficina de skate, hip hop, música (de acor<strong>do</strong> com a culturalocal), danças, grafitagem, le parcu, cinema, teatro etc. (paramais informações, consultar o volume 03, sobre PESQUISA);• Eventos de esporte recreativo e de lazer organiza<strong>do</strong>s coletivamentecomo: mostras, passeios ciclísticos, festivais, encontrostemáticos, sessões de cinema e outros;• Envolvimento prioritário da faixa etária de15 a 24 anos;• Contratação e formação continuada de agentes sociais de esportee lazer;• Formação de um conselho gestor para garantir o planejamentoparticipativo;• Envolvimento de uma entidade de controle social, a qual representao olhar da comunidade sobre a utilização <strong>do</strong> recursopúblico;• Envolvimento de to<strong>do</strong>s os atores nos diversos momentos daexecução <strong>do</strong> convênio.As ações de funcionamento de núcleos (<strong>PELC</strong>, <strong>PELC</strong>/PRONASCI eVida Saudável) têm caráter pedagógico, e o objetivo de contribuircom a construção de políticas públicas locais de esporte e delazer. Neste senti<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s objetivos é garantir que a comuni-26


dade local se aproprie dessas ferramentas, com apoio estruturale pedagógico <strong>do</strong> Ministério e, a partir daí, construa sua própriaação e possibilidades de financiamento.Os convênios para o funcionamento de núcleos prevêem recursos<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> para contratação de agentes sociais,que atuem especificamente nas atividades sistemáticas eeventos, bem como coordena<strong>do</strong>res, aquisição de material deconsumo e permanente, formação continuada <strong>do</strong>s agentes eitens para os eventos. A entidade proponente deve apresentarproposta de contrapartida para efetivação dessa parceria juntoao Ministério, conforme regras previstas na LOA. A contrapartidasugerida como a que mais pode contribuir com a propostapedagógica é em recursos humanos da entidade parceira, maisespecificamente professores que atuarão junto ao Programa.Visan<strong>do</strong> a ressignificação <strong>do</strong>s espaços esportivos e de lazer existentese a busca de outros para a efetivação das políticas públicas,os núcleos são trata<strong>do</strong>s como locais de referência e podemdescentralizar as suas ações/atividades para outros espaçosconfigura<strong>do</strong>s como sub-núcleos. Um núcleo tem, em média, 400inscritos, benefician<strong>do</strong> a 4.000 pessoas, consideran<strong>do</strong> a participaçãonos eventos. No volume 04, sobre GESTÃO DE CONVÊNIOSDOS NÚCLEOS DO PROGRAMA ESPORTE E LAZER DA CIDADE (v. 04)aparecem detalhadas as orientações gerais.Sugestões de ações a serem consideradas para projetos <strong>do</strong> <strong>PELC</strong>,conveniadas com o Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>:1 – Elaborar o projeto consideran<strong>do</strong>: as normas e orientações<strong>do</strong> <strong>PELC</strong> e a realidade local (http://www.esporte.gov.br/sndel/esporteLazer/projetoSocial/orientacoes.jsp);2 – Na medida em que elabora o projeto já prever como cadaação será feita, para evitar que a execução se torne inviável:como serão contrata<strong>do</strong>s os agentes sociais? O que é preciso serfeito, legalmente, no nível local, para que os recursos, repassa<strong>do</strong>spelo Governo Federal possam ser utiliza<strong>do</strong>s? Como seráa aquisição de materiais e equipamentos? Quais as condições<strong>do</strong> espaço físico a ser utiliza<strong>do</strong>? A contrapartida está garantida?Quem será responsável pelas compras, contratações, comunicaçãocom o Ministério, preenchimento sistemático <strong>do</strong> SICONV e<strong>do</strong> SIMAP - Sistema de Monitoramento e Avaliação <strong>do</strong> PRONAS-CI? Todas estas questões demandam um bom plano de ação;3 – Executar as ações ten<strong>do</strong> sempre em mãos: o termo de convênio,o projeto básico e o plano de trabalho aprova<strong>do</strong> no SI-CONV. Qualquer alteração deve ser comunicada ao Ministério e,sempre que envolver recursos financeiros, autorizada antes daexecução;4 – Envolver a entidade de controle social em to<strong>do</strong>s os momentose ações a serem desenvolvidas;5 – Iniciar a execução <strong>do</strong> convênio assim que receber o recurso,fazen<strong>do</strong> as compras, as contratações, a mobilização, a divulgaçãoe o módulo introdutório da formação;27


6 – Montar o conselho gestor com representantes da conveniada,da entidade de controle social, <strong>do</strong>s inscritos emcada núcleo e estabelecer, com ele, uma sistemática detrabalho e reuniões;7 – Realizar reuniões semanais de coordena<strong>do</strong>res eagentes sociais para planejamento, estu<strong>do</strong>s e trocas deexperiências, isso qualifica a execução;8 – Socializar todas as informações referentes ao Programacom a comunidade, a entidade de controle social, osagentes e coordena<strong>do</strong>res e os beneficia<strong>do</strong>s;9 – Encaminhar, sistematicamente, os relatórios exigi<strong>do</strong>spelo programa e alimentar o SICONV e o SIMAP;10 – Atentar para os prazos e orientações previstos noconvênio e nos ofícios recebi<strong>do</strong>s.28


CAPÍTULO 033.1 JUVENTUDE, VIOLÊNCIA, ESPORTE E LAZERConsideran<strong>do</strong> que o público-alvo <strong>do</strong> PRONASCI é a juventude e,mais especificamente, a juventude diretamente ligada à questãoda violência, trazemos aqui algumas reflexões: que juventudeé essa? Qual é a sua cultura? E seu território? Quais os principaisfatores que a colocam em relação direta com o esporte,o lazer e a violência? Que interesses e necessidades vêm sen<strong>do</strong>percebi<strong>do</strong>s e manifestos pelos próprios jovens, especialmenteem relação à cultura, ao esporte, ao lazer e à segurança?É importante que se procure perceber as manifestações específicasdas práticas juvenis relacionadas a cada grupo e não seincorra no erro de tratar as culturas juvenis em geral como iguaise com um olhar preconceituoso. Acreditar que os gostos da juventudesejam apenas frutos da alienação e da influência <strong>do</strong>scolegas e da mídia é destituí-los da potencialidade crítica, noque se refere aos seus relacionamentos com estes processos.Pensar o jovem <strong>do</strong> <strong>Pronasci</strong> é situá-lo em um lugar, o subúrbio.Cumpre lembrar que o subúrbio, identifica<strong>do</strong> desde os anos de1970, no imaginário e na realidade como foco de problemas econômicose sociais, é classifica<strong>do</strong> como local difícil e sensível. Nelea juventude acaba fican<strong>do</strong> mais exposta às dificuldades e aparecen<strong>do</strong>de maneira mais visível e preocupante. Porém, é precisoconsiderar que a apropriação <strong>do</strong>s espaços urbanos, pela populaçãojuvenil, se dá de maneiras muito variadas, expressan<strong>do</strong>, namaioria das vezes, conflitos de diversas naturezas, desigualdadesde gênero, de classe, de etnias, de orientações sexuais e preferênciasreligiosas, entre outras. Essas formas de sociabilidade nascemna rua, nas esquinas e pontos de encontro. Ali, os jovens desenvolvemrelações de amizade, companheirismo, grupo e lazer,enfrentam a violência urbana e vivem, na luta pela sobrevivência,o confronto diário com tu<strong>do</strong> o que os reprime.Consideran<strong>do</strong> estas questões, temos que procurar compreendero que ocorre com os jovens nos diferentes territórios, cenários egrupos sociais urbanos, ou seja, nos diversos espaços que estesocupam em determinada comunidade, na cidade e, consideran<strong>do</strong>o avanço da informática, no mun<strong>do</strong>. Longe <strong>do</strong>s olhares <strong>do</strong>spais, professores ou patrões, eles assumem papel de atores sociais,agin<strong>do</strong>, de alguma forma, sobre o seu meio, construin<strong>do</strong>determina<strong>do</strong> olhar sobre si mesmos e sobre o mun<strong>do</strong> que oscerca, situa<strong>do</strong>s territorialmente.As diferentes motivações e abrangências <strong>do</strong>s agrupamentosjuvenis - sejam religiosos, de produção cultural, esportivas, de29


lazer ou outros - podem significar uma referência na elaboraçãoe vivência da condição juvenil, contribuin<strong>do</strong>, de alguma forma,para dar senti<strong>do</strong> à vida de cada um, abrir espaços para que sonheme busquem outras alternativas, num contexto onde sevêem relega<strong>do</strong>s a uma vida sem senti<strong>do</strong>, e aprofundar posturasalienadas e de resignação frente à realidade, que facilmente osencaminham para situações de violência.Como já é <strong>do</strong> nosso conhecimento, graças ao reforço diário damídia, a segurança passou a ser a primeira preocupação <strong>do</strong> brasileiro,apontan<strong>do</strong> que, a insegurança revela cada vez mais faces.A sociedade tem ti<strong>do</strong> uma grande preocupação com o enfrentamentoà violência. Sabe-se que a falta de trabalho, de lazer, deperspectivas, a desesperança de tantas pessoas são carvão paraessa fogueira. Apesar disso continuamos a perceber grande concentraçãode recursos sobre os efeitos, sem a devida atenção àscausas. Focar a agenda da sociedade e <strong>do</strong> governo nas necessidadese expectativas <strong>do</strong>s grupos mais envolvi<strong>do</strong>s com a violência,entre os quais está a juventude, é um grande desafio, poisimplica reconhecer a demanda pela redução das desigualdades ede direcionamento de políticas públicas de caráter transforma<strong>do</strong>r,crian<strong>do</strong> capacidade de autogestão, com vistas a superar os fatoresgera<strong>do</strong>res de violência.Muitas famílias brasileiras vêm se deparan<strong>do</strong>, cada vez mais,com a falta de perspectivas de futuro, estimulada pela vida cadavez mais competitiva e ameaçada; pelo desemprego; pelo estímuloao consumo a to<strong>do</strong> custo, que produz falsos valores, estimula<strong>do</strong>spelos meios de comunicação de massas; pela difusãocrescente das drogas, como alternativa para fugir da ausênciade senti<strong>do</strong> e perspectivas; pela escassez de oportunidades deacesso às instituições de ensino de qualidade, e pela impossibilidadede acesso aos bens culturais e de consumo, ou mesmo aomínimo de dignidade quanto às condições básicas de moradia,alimentação, vestuário, lazer, educação e saúde. Os jovens sãoos mais atingi<strong>do</strong>s por essas situações.Podemos identificar diversas configurações que criam um cenárioque contribui com o aumento da violência nos centros urbanosbrasileiros, como:a. o aumento <strong>do</strong> acesso a armas de fogo;b. a juvenilização da criminalidade;c. a maior visibilidade da violência policial, em particular contrajovens em bairros de periferia;d. a ampliação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de drogas e poder de fogo <strong>do</strong> crimeorganiza<strong>do</strong>; ee. a cultura individualista e de consumo que leva a expectativasnão satisfeitas, potencializan<strong>do</strong> violências.Consideran<strong>do</strong> que o <strong>Pronasci</strong> foi pensa<strong>do</strong> a partir de determinadatipologia de violência, com destaque ao recorte etário mais30


especificamente <strong>do</strong> jovem, independentemente dele estar nopapel de vítima ou de agente. O desafio que precisa ser assumi<strong>do</strong>é romper com o preconceito que “ser jovem e pobre éindicativo de violência”, uma vez que a vivência da pobreza nãosignifica naturalmente predisposição para a violência. A grandemaioria <strong>do</strong>s jovens pobres constrói estratégias de sobrevivênciae de superação da diversidade e das desigualdades sociais,constituin<strong>do</strong> escolhas e ações.Se o aumento <strong>do</strong>s índices de violência entre os jovens apareceintimamente relaciona<strong>do</strong> às desigualdades e ao não acessoà riqueza e à cidadania, em outras palavras, à exclusão social,reduzi-los requer políticas públicas que contribuam com a superaçãoda condição vulnerável desses jovens, tanto lhes garantin<strong>do</strong>o acesso aos direitos sociais como os tratan<strong>do</strong> comoatores estratégicos na busca da construção de uma sociedademais igualitária e democrática.Quan<strong>do</strong> são ouvi<strong>do</strong>s, os jovens geralmente manifestam preocupaçãocom oportunidades que favoreçam a construção de umfuturo melhor, ao mesmo tempo que desejam experimentar intensamenteo tempo presente. Os conflitos que aparecem, então,dizem respeito ao caráter das políticas voltadas à juventude,que precisam considerar que os jovens buscam experimentações,com pre<strong>do</strong>mínio para o tempo presente e não focadas sóno futuro que almejamos para eles. Outro erro muito comumé o desenvolvimento de ações que visam a mera ocupação <strong>do</strong>tempo livre, ou ainda tirar o jovem da rua, como se esta não pudesseser convertida em espaço rico de vivência e convivência.Outro empecilho percebi<strong>do</strong> no trabalho com a juventude é ode que há, atualmente, uma forte hegemonia da forma escolarno desenvolvimento de ações e na relação com os jovens,com forte preocupação com a transmissão de conhecimentos,sob autoridade de um especialista, com uma progressão programada.Neste modelo, a repetição e o respeito às regras aparecemcomo centrais, mesmo quan<strong>do</strong> as atividades desenvolvidasdizem respeito a outras linguagens artísticas e esportivas.Percebe-se uma tendência em tentar transformar cada instantee cada atividade em momento de educação, cuja finalidade é:formar corpos, conhecimentos e a moral como se esta fosse aúnica maneira de estruturar a ação. Precisamos atentar para ofato de que esse enfoque impede que o jovem tenha tempolivre para processar, por si mesmo, suas buscas e experimentações,para a auto-organização e o desenvolvimento de vínculosentre seus pares e destes com outros agrupamentos.Concluímos esta parte lembran<strong>do</strong> o que alguns aspectos quedevemos ter em consideração, em relação ao esporte e ao lazer,especialmente entre os jovens:31


a. a necessidade de termos presente que falar em lazer é falarde um tempo social para livre escolha <strong>do</strong>s sujeitos;b. a posse de espaço, lugar e equipamento para as vivênciasculturais a serem concretizadas no tempo de livre escolha <strong>do</strong>ssujeitos na família, comunidade, escola e/ou no clube, dentreoutros âmbitos possíveis;c. a vivência de manifestações diversificadas quanto aos seusconteú<strong>do</strong>s culturais (físicos, esportivos, artísticos, sociais, tecnológicos,entre outros), formas de participação (fruição, exercício,conhecimento), bem como expressão de senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>srepresentativos das intenções e desejos <strong>do</strong>s sujeitos;d. a realização de práticas que assumem a intencionalidade <strong>do</strong>esporte e <strong>do</strong> lazer como meio e fim educativos para a democratização<strong>do</strong> acesso a ele por to<strong>do</strong>s os cidadãos, o que implicaconhecimento e vivência concreta das possibilidades disponíveispara tal.Para mais reflexões ou sugestões, consultar o volume 03, sobre PESQUISA.32


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Ministro da JustiçaJosé Eduar<strong>do</strong> Car<strong>do</strong>zo (jan. 2011)Ministro <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>Orlan<strong>do</strong> Silva de Jesus JúniorSecretário ExecutivoWaldemar Manoel Silva de SouzaSecretária Nacional de Desenvolvimento de <strong>Esporte</strong> e de LazerRejane Penna RodriguesDiretora <strong>do</strong> Departamento de Políticas Sociais de <strong>Esporte</strong> e de Lazer - SNDELCláudia Regina BonalumeDiretora <strong>do</strong> Departamento de Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> - SNDELLeila Mirtes Santos de Magalhães PintoSecretária Nacional de Segurança PúblicaRegina Maria Filomena de Luca MikiDiretora da OEI no Brasil - Organização <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Ibero-americanospara a Educação, a Ciência e a CulturaIvana de SiqueiraDiretora <strong>do</strong> PRODOC OEI/BRA “Desenvolvimento de Processos Gerenciaise Operacionais no Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> para a Implantação<strong>do</strong>s Espaços Urbanos de Convivência Comunitária”Cássia Damiani


Gerente <strong>do</strong> Projeto Praça da JuventudeMaria Luiza Nogueira RangelOrganizaçãoMaria Leonor Brenner Ceia Ramos - Chefe de Gabinete - SNDELProjeto gráfico, diagramação e capaFIELDS ComunicaçãoDa<strong>do</strong>s Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Ficha CatalográficaElaborada por Suzelayne Eustáquio de Azeve<strong>do</strong>Política <strong>Intersetorial</strong>: <strong>PELC</strong> e PRONASCI / Maria Leonor Brenner Ceia Ramos organiza<strong>do</strong>ra. – Brasília : Fields, 2011.35 p.– (Política <strong>Intersetorial</strong>: <strong>PELC</strong> e PRONASCI ; v. 1)ISBN 978-85-89196-18-51. <strong>Esporte</strong>. 2. Lazer. 3. Programa. I. Maria Leonor Brenner Ceia Ramos (org).II. Título. III. Coletânea.CDU 796:379.81 (81)(083.97)As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e de inteira responsabilidade <strong>do</strong>s autores, não exprimin<strong>do</strong>, necessariamente, o ponto devista <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>, ou da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de <strong>Esporte</strong> e de Lazer.Venda proibida.Gráfica Ideal

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