12.07.2015 Views

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>arte</strong> farmacêutica <strong>no</strong> século <strong>XVIII</strong>, a farmácia <strong>conventual</strong> e oinventário da Botica do Convento de Nossa Senhora do Carmo 245que até ao início do século <strong>XVIII</strong> trabalharam de forma competente nasrespectivas boticas. A estes boticários conventuais se fica em p<strong>arte</strong> a dever arecepção e divulgação em Portugal de remédios secretos, por exemplo domédico João Curvo Semedo. Ainda <strong>no</strong> século XVII assinale‐se o labor deboticários conventuais dominica<strong>no</strong>s em Aveiro e na Batalha foi o caso deFrei Gualter de Santo António.Dig<strong>no</strong> de registo é o trabalho do boticário P. Alexandre Botelho,na botica do Colégio de Santo Antão. Esta botica teve um papel significativona farmácia em Portugal na primeira metade do século <strong>XVIII</strong>; estabeleceufortes relações comerciais com outros boticários de Lisboa e de fora deLisboa e com a Casa Real. O P. Alexandre Botelho comercializou medicamentossecretos como a Água de Inglaterra produzida em Londres porJacob de Castro Sarmento. Depois produziu também outros medicamentossecretos na própria botica como seja a produção da Água de Inglaterra deacordo com a fórmula do conhecido médico Fernando Mendes.Também é dig<strong>no</strong> de registo o papel desempenhado pelo Padre FranciscoJosé de Torres que durante mais de trinta a<strong>no</strong>s foi o administrador doDispensatório Farmacêutica do Hospital Escolar da Universidade deCoimbra, criado com a reforma pombalina da Universidade (1772) e que eraa botica do Hospital Escolar. Esta botica preparava medicamentos para osdoentes do hospital e para a população em geral, sendo uma botica dee<strong>no</strong>rmes dimensões e que concorria com as outras boticas da cidade.O P. Francisco José de Torres, além de responsável pela administração dabotica, orientava outros boticários na preparação de medicamentos e tutelavaos que frequentavam o curso de boticários da Universidade cujacomponente farmacêutica era leccionada <strong>no</strong> Dispensatório 39 .Também poderá ser oportu<strong>no</strong> referir o <strong>no</strong>me do religioso nascido <strong>no</strong>Brasil e que viveu em Portugal durante um tempo significativo: José39Sobre este assunto de boticários conventuais vejam‐se: J. P. Sousa Dias; João RuiPita, “A Botica de S. Vicente e a Farmácia <strong>no</strong>s mosteiros e conventos da Lisboasetecentista”: A Botica de São Vicente de Fora (Lisboa 1994) 19‐25; João Rui Pita, “A botica<strong>conventual</strong>”: José Eduardo Franco (Dir.), O esplendor da austeridade. Mil a<strong>no</strong>s deempreendedorismo das Ordens e Congregações em Portugal: <strong>arte</strong>, cultura e solidariedade (Lisboa2011) 553; João Rui Pita, “Alguns boticários conventuais portugueses”: ibidem, 573.Ágora. Estudos Clássicos em Debate 14.1 (2012)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!