12.07.2015 Views

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>arte</strong> farmacêutica <strong>no</strong> século <strong>XVIII</strong>, a farmácia <strong>conventual</strong> e oinventário da Botica do Convento de Nossa Senhora do Carmo 255vidro ou na própria louça a identificação do conteúdo. Também se fala depanelas, bacias de metal, tachos de metal, isto é, utensílios para operaçõesfarmacêuticas intermédias. Os peneiros tinham por objectivo a separação depós ou a separação de pós de p<strong>arte</strong> de drogas vegetais inteiras. O alambiqueera um aparelho que permitia fazer destilações, peça fulcral <strong>no</strong> laboratóriofarmacêutico. A balança era imprescindível <strong>no</strong> trabalho do laboratório.Os pesos e medidas utilizados não eram do sistema decimal. O inventárioinscreve dois jogos de medidas de metal amarelo. Na transcrição do inventáriosomos confrontados com inscrições que <strong>no</strong>s remetem para o sistemade pesos e de medidas setecentista: “canada”, “quartilho”, “onças”,“oitava”, “arratel”. Depois outros utensílios que equipavam qualquer boticasetecentista: chocolateiras, regador, tesouras para cortar plantas (paraseccionar plantas e as preparar para divisões mais finas), sacho peque<strong>no</strong>com picareta, provavelmente utilizado para o tratamento de plantas medicinais.Relativamente a mobiliário o inventário transcrito assinala, além dosbancos que faziam sempre p<strong>arte</strong> do laboratório farmacêutico, estantes debotica com gavetas e armário. As gavetas podiam servir para armazenar,por exemplo, espécies vegetais, utensílios peque<strong>no</strong>s, etc., o armário poderiaservir para armazenar, por exemplo, os potes e frascos.Relativamente aos livros da botica, deve sublinhar‐se que o inventárionão é demasiado numeroso. Vamos reter a <strong>no</strong>ssa atenção nas obras denatureza médica e farmacêutica mais relevantes pois existem algumas obrasdo âmbito da história natural. As obras inventariadas incluem algumas dasmais significativas da preparação de medicamentos do século <strong>XVIII</strong> ealguns autores portugueses e estrangeiros marcantes do século <strong>XVIII</strong>.Porém, o inventário é muito vago na identificação das obras. Contudo,também verificamos que outras obras de larga circulação, como a famosaobra de Manuel Rodrigues Coelho, Pharmacopea Tubalense, não foram encontradaspor nós na transcrição do inventário da botica 46 . E tal como referimosesta farmacopeia podíamos ter citado, por exemplo, a obra de Jean Vigier,Pharmacopea Ulyssiponense já referida. Contudo, pode ser deste autor a obra46A Pharmacopea Tubalense é considerada por muitos como umas dasfarmacopeias de maior circulação em Portugal. Veja‐se, por exemplo, a edição seguinte:Pharmacopea Tubalense Chimico‐Galenica (…) (Lisboa 1735).Ágora. Estudos Clássicos em Debate 14.1 (2012)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!