12.07.2015 Views

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

A arte farmacêutica no século XVIII, a farmácia conventual eo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>arte</strong> farmacêutica <strong>no</strong> século <strong>XVIII</strong>, a farmácia <strong>conventual</strong> e oinventário da Botica do Convento de Nossa Senhora do Carmo 231da Terra Foliada de Tártaro, do Sal de Seidlitz ou Sal de Epsom, dos Pós do CondePalma, do Kermes Mineral, etc. A concorrência entre medicamentos químicose medicamentos galénicos era uma realidade muito forte em diversos paíseseuropeus, embora em Portugal esse conflito pareça não ser sido demasiadosignificativo 7 .Além dos medicamentos galénicos e dos medicamentos químicos,o arsenal terapêutico medicamentoso tinha ainda uma outra realidade:os medicamentos constituídos pelas drogas provenientes de paragens maisdistantes, sobretudo as drogas americanas, que se vinham a revelar domaior interesse para a terapêutica medicamentosa europeia. Com efeito,as drogas americanas, sobretudo sul‐americanas, vieram mostrar grandeeficácia <strong>no</strong> tratamento de muitas doenças. As farmacopeias europeias,gradualmente, integraram reconhecidamente essas drogas <strong>no</strong> arsenal terapêutico.Algumas drogas, como por exemplo o café, não eram exclusivas daAmérica. Contudo, foi a partir do continente america<strong>no</strong> que teve maiorprojecção. As drogas americanas ocasionaram significativos estudos naturalistas,mas também estudos médicos. As propriedades medicinais dessasdrogas foram estudadas e sublinhadas por vários autores. São várias as quetiveram um impacto relevante na terapêutica europeia. As maisvulgarmente referidas são a quina, a ipecacuanha, o guaiaco, a salsaparrilha,o café, o tabaco, o cacau, etc.. Também são dignas de registo as rotas comerciaisque se proporcionaram com estas drogas. Entre elas merece uma referênciaespecífica a quina. Esta droga vegetal teve pela primeira vez informaçãoescrita na literatura europeia na obra de Pedro Barba, Vera praxis adcurationem tertianae (1642). Bernardi<strong>no</strong> António Gomes, médico português,extraiu da quina o chichoni<strong>no</strong> (1810), o primeiro alcalóide daquela drogavegetal; mais tarde, Pelletier e Caventou, em 1820, em França, extraíram oquini<strong>no</strong>, poderoso anti‐palúdico e febrífugo. No estudo que realizámos,a quina foi a droga mais consumida <strong>no</strong> Hospital Escolar da Universidade de7Julgamos que é um estudo que está por fazer profundamente: avaliar eventuaisrelações de harmonia ou de conflito entre galenistas e paracelsistas ou partidários demedicamentos químicos.Ágora. Estudos Clássicos em Debate 14.1 (2012)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!