lista incompleta pode nomear Carlos Drummondde Andrade, Vinicius de Moraes, JoãoCabral de Melo Neto, Oswald de Andrade,Ferreira Gullar, Nelson Rodrigues, José Lins<strong>do</strong> Rego, Coelho Neto, Graciliano Ramos, RubemFonseca, Affonso Romano de Sant’Anna.No fun<strong>do</strong> desse país ao longo das[avenidasNos campos de terra e grama Brasil só[é futebolNesses noventa minutos de emoção e[alegriaEsqueço a casa e o trabalhoA vida fica lá foraDinheiro fica lá foraA cama fica lá foraA mesa fica lá foraSalário fica lá foraA fome fica lá foraA comida fica lá foraA vida fica lá foraE tu<strong>do</strong> fica lá foraAqui É o País <strong>do</strong> Futebol(Milton Nascimento e Fernan<strong>do</strong> Brant)14 . Um drible <strong>do</strong> genial Garrincha, jogan<strong>do</strong> pelaseleção brasileiraDurante os anos 1960, uma corrente depensamento fortemente influenciada pelomarxismo apontava o futebol como um <strong>do</strong>smaiores fatores de “alienação” <strong>do</strong> povobrasileiro, incluin<strong>do</strong>-se, nesse pacote, o carnavale a bebida alcoólica (samba, futebol ecachaça). Desprezan<strong>do</strong> os aspectos lúdicose psíquicos <strong>do</strong> esporte, os defensores dessasteses acreditavam poder direcionar essaenergia para o desenvolvimento <strong>do</strong> país,que acreditavam subjuga<strong>do</strong> aos interesseseconômicos internacionais.Esse raciocínio, leva<strong>do</strong> ao extremo, chegoua fazer alguns militantes torcerem contra aseleção brasileira de futebol em 1970, acreditan<strong>do</strong>que isso poderia desestabilizar ogoverno da ditadura militar.Anos 50 – De Getúlio a JKSe não há respostas precisas para questõesque envolvem a paixão, existem, pelomenos, alguns fatos que to<strong>do</strong>s costumamaceitar: esse esporte bretão, que chegou aopaís pela mão de ingleses no final <strong>do</strong> séculoXIX, tem regras muito simples, que poucose alteraram com a passagem <strong>do</strong> tempo; oequipamento utiliza<strong>do</strong> pode ser reproduzi<strong>do</strong>em qualquer campo de pelada; seu desenvolvimentopermite que to<strong>do</strong> tipo de atleta,independentemente da formação física,possa ser um craque (o “torto” Garrincha, o“baixinho” Romário); entre as quatro linhas,a capacidade de improvisação e a técnicarefinada podem vencer a força.Mas, em 1958, o que importava é que maisuma vez estávamos disputan<strong>do</strong> uma Copa<strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>, e o retrospecto não era bom: aderrota em 1950 para o Uruguai e a quedadiante da Hungria nas quartas de final daCopa da Suíça, em 1954. Nossa seleção mesclavajoga<strong>do</strong>res experientes e novatos, masa dúvida era se teriam controle emocionalpara enfrentar os desafios – o fantasma daderrota de 1950 ainda assombrava parte daimprensa e até da torcida. Havia, ainda, umacorrente de eugenistas, pessoas que acreditavamque os joga<strong>do</strong>res brancos eram maisprepara<strong>do</strong>s psicologicamente que os mulatose negros para enfrentar esses desafios.151
Anos 50 – De Getúlio a JKNo entanto, a partir <strong>do</strong> terceiro jogo, contraa URSS, acabaram-se as incertezas. ComPelé e Garrincha no ataque, o Brasil foi avassala<strong>do</strong>r,despachan<strong>do</strong> os adversários até aespetacular final contra a Suécia, quan<strong>do</strong>conquistou sua primeira Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>com um indiscutível placar de 5 a 2. Aliás,é preciso citar uma marca incrível: com Garrinchae Pelé no time, a seleção brasileirajamais perdeu um jogo de Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.jornalista Hipólito José da Costa, funda<strong>do</strong>r<strong>do</strong> Correio Braziliense, o primeiro jornal brasileiro,escreveu artigos nos quais dizia quea nova capital deveria estar em uma área“próxima às vertentes <strong>do</strong>s caudalosos riosque se dirigem para o norte, sul e nordeste”.A primeira Constituição republicana, de1891, previa a mudança da capital federal <strong>do</strong>Rio de Janeiro para o interior <strong>do</strong> país, determinan<strong>do</strong>como “pertencente à União, noPlanalto Central da República, uma zona de14.400 quilômetros quadra<strong>do</strong>s, que seráoportunamente demarcada, para nela estabelecer-sea futura capital federal”.15215 . Joga<strong>do</strong>res brasileiros comemoram o título na Copa <strong>do</strong>Mun<strong>do</strong> de 1958Copa como aquela não haverá jamais, escrevemos sau<strong>do</strong>sistas. Time como aquele nãohaverá jamais, dizem os amantes <strong>do</strong> futebolrefina<strong>do</strong>. A verdade é que cada geração temseus ícones, seus í<strong>do</strong>los, e incensá-los nãosignifica desprezar os demais. O Brasil de1958 era pura alegria, com festa nas capitaispela conquista inédita que encerrava, comodizia o jornalista e escritor Nelson Rodrigues,“nosso complexo de vira-latas”. Um país miscigena<strong>do</strong>,um time miscigena<strong>do</strong>, uma músicamiscigenada. O mun<strong>do</strong> descobriu que a misturabrasileira tinha da<strong>do</strong> certo.Rumo ao PlanaltoVem de muito longe a ideia de interiorizara capital brasileira. A primeira proposta teriaparti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Marquês de Pombal, nobre eestadista português, que em 1761 afirmouque o Brasil Colônia estaria mais segurose a capital fosse interiorizada. Em 1813, oDois fatores se destacaram nos argumentospara essa mudança: o primeiro, uma questãomilitar-estratégica, pois se acreditavaque, com a capital no litoral, o Brasil estariamais vulnerável a ataques estrangeiros;o segun<strong>do</strong>, basea<strong>do</strong> no desenvolvimento ena integração nacional, já que, devi<strong>do</strong> a circunstânciaseconômicas e históricas, a populaçãobrasileira havia se concentra<strong>do</strong> nafaixa litorânea. Assim, uma capital situadano centro <strong>do</strong> país poderia servir de estímuloa um desenvolvimento menos desigual.Não vou, não vou pra BrasíliaNem eu nem minha famíliaMesmo que sejaPra ficar cheio da granaA vida não se comparaMesmo difícil, tão caraEu caio duroMas fico em CopacabanaNão Vou pra Brasília(Billy Blanco)Os estu<strong>do</strong>s para a criação de Brasília começaramdurante a presidência de Café Filho,mas o prestígio foi para Juscelino Kubitschek,que efetivamente encarou o difícil
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