tornar a grande dama da era da TV, seja emapresentações ao vivo, seja em clipes muitobem produzi<strong>do</strong>s, que podem ser revistoshoje em dia no YouTube. Sua morte, em 1982,aos 36 anos, emocionou o Brasil.Brasil, ame-o ou deixe-oEu te amo, meu Brasil, eu te amoMeu coração é verde, amarelo, branco,[azul anilEu te amo, meu Brasil, eu te amoNinguém segura a juventude <strong>do</strong> BrasilEu Te Amo, Meu Brasil(Don e Ravel)Com a <strong>do</strong>ença <strong>do</strong> presidente Costa e Silva,mais uma vez as regras foram quebradas:no lugar de seu vice, Pedro Aleixo, quem assumiuo poder foi uma junta militar formadapelos ministros <strong>do</strong> Exército, da Marinha eda Aeronáutica. Durante um mês, a junta fezconsultas aos generais para saber quem deveriaser indica<strong>do</strong> ao posto. A escolha caiusobre Emílio Garrastazu Médici, que tomouposse no dia 25 de outubro de 1969, prometen<strong>do</strong>restabelecer a democracia até o finalde sua gestão.No campo político, o governo Médici foiresponsável pela eliminação das guerrilhasde esquerda que atuavam no campo e nacidade. Mas as denúncias de tortura, mortee desaparecimentos de presos políticos queocorreram na década de 1970 provocaramum grande embaraço para o Brasil no cenáriointernacional. O governo Médici tambémficou marca<strong>do</strong> por um excepcional crescimentoeconômico, conheci<strong>do</strong> como “o milagrebrasileiro”. A classe média ganhou maior poderaquisitivo, impulsionan<strong>do</strong> o consumo debens duráveis e a produção de automóveis.Médici foi o primeiro <strong>do</strong>s governantes <strong>do</strong>regime militar a investir pesadamente empropaganda, com a criação de um slogan –Brasil, ame-o ou deixe-o – que, na verdade,era cópia de um dita<strong>do</strong> conserva<strong>do</strong>r norte--americano: Love it or leave it. A intenção dacampanha era calar qualquer crítica que sefizesse aos atos <strong>do</strong> governo.8 . Propaganda política criada pelo governo militarNinguém segura este país9 . Frase <strong>do</strong> presidente Médici sobre o próprio governo7 . General Médici, presidente <strong>do</strong> Brasil entre 1969 e 1974Foram tempos, também, de ações com forteapelo publicitário, entre elas: a criação <strong>do</strong>Mobral (instituição que trabalhou na erradicação<strong>do</strong> analfabetismo), o projeto Ron<strong>do</strong>n(que mobiliza universitários de diversas áreaspara atuar em comunidades carentes deto<strong>do</strong> o país) e o início da construção da EstradaTransamazônica e da Ponte Rio-Niterói.207
Ninguém segura este paísO governo Médici concedeu incentivos paraa indústria e a agricultura e, por meio <strong>do</strong>Banco Nacional de Habitação, desenvolveu aconstrução de um grande número de casaspopulares. Os resulta<strong>do</strong>s, porém, foram decepcionantes.Segun<strong>do</strong> a Fundação GetúlioVargas, persistiam a miséria e a desigualdadesocial. Apesar de ter ti<strong>do</strong> à época o nonoProduto Interno Bruto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, em desnutriçãoo Brasil perdia apenas para Bangladesh,Filipinas, Índia, In<strong>do</strong>nésia e Paquistão.10 . O Mobral, cria<strong>do</strong>para erradicar oanalfabetismo no paísFoi a última vez que Pelé e Garrincha jogaramjuntos – e, para variar, o time venceu,aliás a única vitória naquela Copa: 2 x 0 sobrea Bulgária, com gols marca<strong>do</strong>s exatamentepor esses <strong>do</strong>is gênios <strong>do</strong> futebol mundial.Para a Copa de 1970, no México, era precisouma renovação, que começou com uma grandejogada: a contratação, em 1969, <strong>do</strong> jornalistae técnico João Saldanha para dirigir aseleção, que precisava disputar as eliminatórias.Saldanha era um personagem polêmico emalvisto pelo regime, já que não escondia deninguém sua filiação comunista. No entanto,no que dizia respeito ao futebol, era uma vozcom profunda autoridade, pois em seus inesquecíveisartigos como jornalista apontava to<strong>do</strong>sos defeitos que entravavam o crescimento<strong>do</strong> esporte nacional mais ama<strong>do</strong> no país.11 . Projeto Ron<strong>do</strong>n,de integraçãonacional, cria<strong>do</strong>no governo militarBrasil Grande12 . A seleção tricampeã <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em 1970, no MéxicoDe repente é aquela corrente pra frenteParece que to<strong>do</strong> o Brasil deu a mãoTo<strong>do</strong>s liga<strong>do</strong>s na mesma emoçãoTo<strong>do</strong>s juntos vamos, pra frente BrasilSalve a seleção!Pra Frente, Brasil(Miguel Gustavo)Ao ser designa<strong>do</strong> como técnico da seleção,escalou “vinte e duas feras”, como ele queria,e as “feras <strong>do</strong> Saldanha” caíram imediatamenteno gosto popular. O time de craquesdeu um verdadeiro show nas eliminatórias,classifican<strong>do</strong> o Brasil para a Copa. Mas sualíngua afiada, seus gestos de independênciae a posição contrária ao governo militarinviabilizaram sua permanência à frente daequipe. No México, quem dirigiu a seleçãofoi Zagallo, joga<strong>do</strong>r bicampeão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.208Como sempre, o futebol teria um papel importantenaquela década. Depois de ser vitoriosaem duas Copas <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>, 1958 e 1962,nossa seleção decepcionou na Inglaterra, em1966, sen<strong>do</strong> eliminada logo na primeira fase.Vitoriosa, a seleção brasileira se tornou aprimeira equipe a conquistar o tricampeonato,que foi canta<strong>do</strong> em verso e prosa eutiliza<strong>do</strong> pelo regime como marca registrada<strong>do</strong> “Brasil Grande”.
- Page 1 and 2:
O país se modernizavaTodos esses a
- Page 3 and 4:
diferentes, criados por uma jovem e
- Page 5 and 6:
do caminho havia a Revolução de 1
- Page 7 and 8:
14 . Wilson BatistaBrasil (Ary Barr
- Page 9 and 10:
18 . Avenida Beira-Mar, no começo
- Page 11 and 12:
caminhava célere para se integrar
- Page 13 and 14:
PANDOLFI, Dulce (org.). Repensando
- Page 15 and 16:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 17 and 18:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 19 and 20:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 21 and 22:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 23 and 24:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 25 and 26:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 27 and 28:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 29 and 30:
Anos 50 - De Getúlio a JKA volta d
- Page 31 and 32:
Anos 50 - De Getúlio a JKO preside
- Page 33 and 34:
Anos 50 - De Getúlio a JKPara Ruy
- Page 35 and 36:
Anos 50 - De Getúlio a JK- a TV Tu
- Page 37 and 38:
Anos 50 - De Getúlio a JKNo entant
- Page 39 and 40: Anos 50 - De Getúlio a JKlinguagen
- Page 41 and 42: Anos 50 - De Getúlio a JKEm termos
- Page 43 and 44: Anos 50 - De Getúlio a JKAviso aos
- Page 45 and 46: É sal, é sol, é sulDois encontro
- Page 47 and 48: É sal, é sol, é sul6 . O program
- Page 49 and 50: É sal, é sol, é sulde uma músic
- Page 51 and 52: É sal, é sol, é sulAvisado na Ch
- Page 53 and 54: É sal, é sol, é sulDe 1958 a 196
- Page 55 and 56: É sal, é sol, é sulCom o golpe d
- Page 57 and 58: Este mundo é meuEste mundo é meu1
- Page 59 and 60: não interessava, era pura alienaç
- Page 61 and 62: subdesenvolvimento e pretendiam mov
- Page 63 and 64: sambas, xotes, baiões, sambas-can
- Page 65 and 66: momentos dramáticos: “Eu, Vianin
- Page 67 and 68: CarcaráPega, mata e comeCarcaráN
- Page 69 and 70: amor”. Já Vandré atacava firme
- Page 71 and 72: __________. Reinventando o Otimismo
- Page 73 and 74: TropicáliaO poder jovemOs automóv
- Page 75 and 76: TropicáliaSeu assassinato provocou
- Page 77 and 78: TropicáliaPalmeira, que, diante da
- Page 79 and 80: TropicáliaNa abertura de caminhos
- Page 81 and 82: TropicáliaCapinam, Torquato Neto,
- Page 83 and 84: TropicáliaAinda no segundo semestr
- Page 85 and 86: TropicáliaOs Sonhadores (The Dream
- Page 87 and 88: Ninguém segura este paísSai um ge
- Page 89: Ninguém segura este paísOs grande
- Page 93 and 94: Ninguém segura este paísAo assumi
- Page 95 and 96: Ninguém segura este paísespinhosa
- Page 97 and 98: Ninguém segura este país________.
- Page 99 and 100: Que país é este?Os ventos da muda
- Page 101 and 102: Que país é este?Mesmo durante os
- Page 103 and 104: Que país é este?diferentes, em su
- Page 105 and 106: Que país é este?e cadernetas de p
- Page 107 and 108: Que país é este?Resgate do Cinema
- Page 109 and 110: Que país é este?Para usar em sala
- Page 111 and 112: Que país é este?Portal Brasilhttp
- Page 113 and 114: Um time de craques: saiba mais sobr
- Page 115 and 116: Alberto Jacob FilhoEquipe de produ
- Page 117 and 118: Raízes indígenasAlberto Jacob Fil
- Page 119 and 120: Músicas do programa(trechos)Todo D
- Page 121 and 122: Quarup(Joyce Moreno e Paulo César
- Page 123 and 124: Sérgio SantosNasceu em Minas Gerai
- Page 125 and 126: Gongá(Sérgio Santos e Paulo Césa
- Page 127 and 128: Ouro em MinasAlberto Jacob FilhoJoy
- Page 129 and 130: Músicas do programa(trechos)Desenr
- Page 131 and 132: Xica da Silva(Jorge Ben Jor)Xica da
- Page 133 and 134: Clara SandroniFilha do jornalista C
- Page 135 and 136: A cidade compra e vende, parece um[
- Page 137 and 138: 1808: O Segundo ReinadoAlberto Jaco
- Page 139 and 140: Quem sabe se és constanteSe ainda
- Page 141 and 142:
Assim foi vista por um tal jovem po
- Page 143 and 144:
Pedro Paulo MaltaCantor, pesquisado
- Page 145 and 146:
E o padre me deixa entrarFoi lá qu
- Page 147 and 148:
LocaçõesAlberto Jacob FilhoAlbert
- Page 149 and 150:
Do alto da serraE a fonte a cantáC
- Page 151 and 152:
Era Vargas 1 - A Era do RádioAlber
- Page 153 and 154:
Nossas canções cruzando o espaço
- Page 155 and 156:
Era Vargas 2 - A políticada boa vi
- Page 157 and 158:
Músicas no programa(trechos)Vou-me
- Page 159 and 160:
Anos 50 - De Getúlio a JKAlberto J
- Page 161 and 162:
Músicas do programa(trechos)Molamb
- Page 163 and 164:
Estrada do Sol(Dolores Duran e Tom
- Page 165 and 166:
Cris DelannoNativa do Texas, aos 5
- Page 167 and 168:
Nanã(Moacir Santos e Mário Telles
- Page 169 and 170:
Samba do Avião(Tom Jobim)Samba de
- Page 171 and 172:
João CavalcantiFilho do cantor e c
- Page 173 and 174:
Daqui do morroEu não saio, nãoFal
- Page 175 and 176:
TropicáliaAlberto Jacob FilhoJoyce
- Page 177 and 178:
A certeza na frenteA história na m
- Page 179 and 180:
Da América do Sul, da América do
- Page 181 and 182:
Pedro MirandaComeçou tocando zabum
- Page 183 and 184:
Pesadelo(Maurício Tapajós e Paulo
- Page 185 and 186:
O Bêbado e a Equilibrista(João Bo
- Page 187 and 188:
Paulinho MoskaComeçou a aprender v
- Page 189 and 190:
Cartomante(Ivan Lins e Vitor Martin
- Page 191 and 192:
E Vamos à Luta(Gonzaguinha)Eu acre
- Page 193 and 194:
Ouro em Minasp. 41-541. Arte sobre
- Page 195 and 196:
9. Wikimedia Commons10. Acervo Arqu
- Page 197 and 198:
Ninguém segura este paísp. 203-21