paralelepípe<strong>do</strong>s e frases como “Uma barricadafecha a rua, mas abre um caminho”. Osprotestos chegaram até o Festival de Cannes,onde os diretores de cinema Jean-LucGodard e Carlos Saura, além da atriz GeraldineChaplin, se penduraram na cortina,impedin<strong>do</strong> o início da sessão e levan<strong>do</strong> aocancelamento <strong>do</strong> festival.cerca de 300 pessoas no Centro da Cidade<strong>do</strong> México. E, pela primeira vez na históriadas Olimpíadas, atletas americanos negrosse manifestaram contra o racismo nosEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.A revolta negraTropicáliaEm janeiro de 1968, Alexander Dubcek chegouao poder na Tchecoslováquia dispostoa descentralizar a economia, democratizar apolítica e os meios de comunicação e criarum socialismo com face humana. Os tchecoslutavam contra a repressão da polícia política,a burocracia <strong>do</strong> marxismo oficial e o<strong>do</strong>mínio soviético. Foi a Primavera de Praga,que teve vida curta, mas mobilizou uma amplaparcela da população em torno <strong>do</strong> poéticoslogan: “Liberdade e esperança”.5 . O americanoMartin LutherKing, lídernegro religiosoHoje ce<strong>do</strong> na Rua <strong>do</strong> Ouvi<strong>do</strong>rquantos brancos horríveis eu vieu quero esse homem de corum Deus Negro <strong>do</strong> Congo ou daquiBlack Is Beautiful(Marcos e Paulo Sérgio Valle)4 . Na Tchecoslováquia, a Primavera de PragaNo México, a revolta estudantil sofreu a reaçãomais violenta. A força de segurança<strong>do</strong> Exército, criada e treinada para garantira realização das Olimpíadas no país, matouLíder negro religioso americano que se notabilizoupela luta em favor <strong>do</strong>s direitos civis,Martin Luther King Jr. havia acaba<strong>do</strong> deescrever um sermão em que dizia: “Chegueiao topo da montanha e vi a terra prometida.Talvez eu não chegue lá com vocês. Masquero que saibam que nós, como um povo,chegaremos à terra prometida”.Ele conversava com seu colega Jesse Jackson,na sacada de um hotel em Memphis,quan<strong>do</strong> foi atingi<strong>do</strong> por um tiro de fuzil.191
TropicáliaSeu assassinato provocou protestos emmais de cem cidades, mas não foi o únicoacontecimento impactante de 1968 nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s.Durante to<strong>do</strong> o ano, pacifistas, hippies, militantes<strong>do</strong> grupo Panteras Negras, feministas,homossexuais, militaristas, republicanose democratas soltaram a voz nas ruase praças. Os maiores protestos foram contrao conflito no Vietnã, um pequeno país deeconomia agrária em guerra com a maior potência<strong>do</strong> planeta. A opinião pública questionavao recrutamento obrigatório para oserviço militar de jovens que, aos 18 anos,não tinham o direito de votar, mas já eramconvoca<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que muitos morriam ouvoltavam <strong>do</strong> confronto mutila<strong>do</strong>s.O argentino Ernesto Che Guevara, morto pelosmilitares da Bolívia quan<strong>do</strong> tentava implantaruma guerrilha à moda cubana naquelepaís, transformou-se em í<strong>do</strong>lo para os jovensda Europa e das Américas. Em cartazes e camisetas,sua foto vinha acompanhada da legenda:“Hay que endurecer, pero sin perderla ternura jamás” (“Tem que endurecer, massem perder a ternura jamais”).7 . Joan Baez e Bob Dylan: rock com sotaque countryEm um mun<strong>do</strong> no qual a globalização avançava,as palavras de ordem se espalhavamcom rapidez. “Black is beautiful” (“negro ébonito”), diziam os negros com suas cabeleirasafro. Os acordes <strong>do</strong> rock faziam asdelícias <strong>do</strong>s jovens, e artistas como os americanosBob Dylan e Joan Baez, além <strong>do</strong>singleses <strong>do</strong> Rolling Stones, viraram í<strong>do</strong>los evenderam milhares de discos.1926 . Cartaz de reapresentação <strong>do</strong> musical HairUm <strong>do</strong>s maiores sucessos dessa época foio musical Hair, em que alguns personagensrasgavam o título de eleitor e se recusavama ir à guerra. Em 1968, esse gesto foi feitopor milhares de jovens americanos, que protestaram,também, contra a repressão sexuale as injustiças sociais.Os Beatles gravaram a canção Revolution, eos Rolling Stones, sua primeira música política:Street Fighting Man (Luta<strong>do</strong>r de Rua),cuja letra teria si<strong>do</strong> escrita por Mick Jaggerdepois de participar de uma manifestaçãocontra a Guerra <strong>do</strong> Vietnã em frente à embaixadaamericana em Londres.“Make love, not war” (“Faça amor, não aguerra”), pregavam os pacifistas. No Brasil,jovens interessa<strong>do</strong>s em lutar contra a ditaduramilitar que se instalara no país em 1964e, ao mesmo tempo, conquistar a liberdadesexual mudaram a frase para “Make love inwar” (“Faça amor na guerra”).
- Page 1 and 2:
O país se modernizavaTodos esses a
- Page 3 and 4:
diferentes, criados por uma jovem e
- Page 5 and 6:
do caminho havia a Revolução de 1
- Page 7 and 8:
14 . Wilson BatistaBrasil (Ary Barr
- Page 9 and 10:
18 . Avenida Beira-Mar, no começo
- Page 11 and 12:
caminhava célere para se integrar
- Page 13 and 14:
PANDOLFI, Dulce (org.). Repensando
- Page 15 and 16:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 17 and 18:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 19 and 20:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 21 and 22:
Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 23 and 24: Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 25 and 26: Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 27 and 28: Era Vargas 2 - A política da boa v
- Page 29 and 30: Anos 50 - De Getúlio a JKA volta d
- Page 31 and 32: Anos 50 - De Getúlio a JKO preside
- Page 33 and 34: Anos 50 - De Getúlio a JKPara Ruy
- Page 35 and 36: Anos 50 - De Getúlio a JK- a TV Tu
- Page 37 and 38: Anos 50 - De Getúlio a JKNo entant
- Page 39 and 40: Anos 50 - De Getúlio a JKlinguagen
- Page 41 and 42: Anos 50 - De Getúlio a JKEm termos
- Page 43 and 44: Anos 50 - De Getúlio a JKAviso aos
- Page 45 and 46: É sal, é sol, é sulDois encontro
- Page 47 and 48: É sal, é sol, é sul6 . O program
- Page 49 and 50: É sal, é sol, é sulde uma músic
- Page 51 and 52: É sal, é sol, é sulAvisado na Ch
- Page 53 and 54: É sal, é sol, é sulDe 1958 a 196
- Page 55 and 56: É sal, é sol, é sulCom o golpe d
- Page 57 and 58: Este mundo é meuEste mundo é meu1
- Page 59 and 60: não interessava, era pura alienaç
- Page 61 and 62: subdesenvolvimento e pretendiam mov
- Page 63 and 64: sambas, xotes, baiões, sambas-can
- Page 65 and 66: momentos dramáticos: “Eu, Vianin
- Page 67 and 68: CarcaráPega, mata e comeCarcaráN
- Page 69 and 70: amor”. Já Vandré atacava firme
- Page 71 and 72: __________. Reinventando o Otimismo
- Page 73: TropicáliaO poder jovemOs automóv
- Page 77 and 78: TropicáliaPalmeira, que, diante da
- Page 79 and 80: TropicáliaNa abertura de caminhos
- Page 81 and 82: TropicáliaCapinam, Torquato Neto,
- Page 83 and 84: TropicáliaAinda no segundo semestr
- Page 85 and 86: TropicáliaOs Sonhadores (The Dream
- Page 87 and 88: Ninguém segura este paísSai um ge
- Page 89 and 90: Ninguém segura este paísOs grande
- Page 91 and 92: Ninguém segura este paísO governo
- Page 93 and 94: Ninguém segura este paísAo assumi
- Page 95 and 96: Ninguém segura este paísespinhosa
- Page 97 and 98: Ninguém segura este país________.
- Page 99 and 100: Que país é este?Os ventos da muda
- Page 101 and 102: Que país é este?Mesmo durante os
- Page 103 and 104: Que país é este?diferentes, em su
- Page 105 and 106: Que país é este?e cadernetas de p
- Page 107 and 108: Que país é este?Resgate do Cinema
- Page 109 and 110: Que país é este?Para usar em sala
- Page 111 and 112: Que país é este?Portal Brasilhttp
- Page 113 and 114: Um time de craques: saiba mais sobr
- Page 115 and 116: Alberto Jacob FilhoEquipe de produ
- Page 117 and 118: Raízes indígenasAlberto Jacob Fil
- Page 119 and 120: Músicas do programa(trechos)Todo D
- Page 121 and 122: Quarup(Joyce Moreno e Paulo César
- Page 123 and 124: Sérgio SantosNasceu em Minas Gerai
- Page 125 and 126:
Gongá(Sérgio Santos e Paulo Césa
- Page 127 and 128:
Ouro em MinasAlberto Jacob FilhoJoy
- Page 129 and 130:
Músicas do programa(trechos)Desenr
- Page 131 and 132:
Xica da Silva(Jorge Ben Jor)Xica da
- Page 133 and 134:
Clara SandroniFilha do jornalista C
- Page 135 and 136:
A cidade compra e vende, parece um[
- Page 137 and 138:
1808: O Segundo ReinadoAlberto Jaco
- Page 139 and 140:
Quem sabe se és constanteSe ainda
- Page 141 and 142:
Assim foi vista por um tal jovem po
- Page 143 and 144:
Pedro Paulo MaltaCantor, pesquisado
- Page 145 and 146:
E o padre me deixa entrarFoi lá qu
- Page 147 and 148:
LocaçõesAlberto Jacob FilhoAlbert
- Page 149 and 150:
Do alto da serraE a fonte a cantáC
- Page 151 and 152:
Era Vargas 1 - A Era do RádioAlber
- Page 153 and 154:
Nossas canções cruzando o espaço
- Page 155 and 156:
Era Vargas 2 - A políticada boa vi
- Page 157 and 158:
Músicas no programa(trechos)Vou-me
- Page 159 and 160:
Anos 50 - De Getúlio a JKAlberto J
- Page 161 and 162:
Músicas do programa(trechos)Molamb
- Page 163 and 164:
Estrada do Sol(Dolores Duran e Tom
- Page 165 and 166:
Cris DelannoNativa do Texas, aos 5
- Page 167 and 168:
Nanã(Moacir Santos e Mário Telles
- Page 169 and 170:
Samba do Avião(Tom Jobim)Samba de
- Page 171 and 172:
João CavalcantiFilho do cantor e c
- Page 173 and 174:
Daqui do morroEu não saio, nãoFal
- Page 175 and 176:
TropicáliaAlberto Jacob FilhoJoyce
- Page 177 and 178:
A certeza na frenteA história na m
- Page 179 and 180:
Da América do Sul, da América do
- Page 181 and 182:
Pedro MirandaComeçou tocando zabum
- Page 183 and 184:
Pesadelo(Maurício Tapajós e Paulo
- Page 185 and 186:
O Bêbado e a Equilibrista(João Bo
- Page 187 and 188:
Paulinho MoskaComeçou a aprender v
- Page 189 and 190:
Cartomante(Ivan Lins e Vitor Martin
- Page 191 and 192:
E Vamos à Luta(Gonzaguinha)Eu acre
- Page 193 and 194:
Ouro em Minasp. 41-541. Arte sobre
- Page 195 and 196:
9. Wikimedia Commons10. Acervo Arqu
- Page 197 and 198:
Ninguém segura este paísp. 203-21