12.07.2015 Views

TOPOFILIA, ECOLOGIA E IMAGINÁRIO: OS VELHOS CARIRIS DA ...

TOPOFILIA, ECOLOGIA E IMAGINÁRIO: OS VELHOS CARIRIS DA ...

TOPOFILIA, ECOLOGIA E IMAGINÁRIO: OS VELHOS CARIRIS DA ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

não abre espaço para novos percursos intelectuais que superem a rigidez de umesquema explicativo.Claro que não queremos perder de vista o princípio do método, mas algumasquestões passam pelos paradigmas científicos dos fenômenos complexos, que nãopodem ser simplificados ou reduzidos às suas casualidades, concretas, visíveis eobjetivas.Na psicologia e na psicanálise Freud (1974) e Jung (1987) em suas pesquisase experiências, argumentaram em favor do imaginário pois, para eles as imagensrepresentam mensagens que chegam à consciência a partir do inconsciente. TalvezJung bem mais que Freud, tenha revalorizado a imagem e o simbólico que permitemo resgate psicológico do imaginário. Em seu método terapêutico, identifica osarquétipos - imagens psíquicas do inconsciente coletivo, herança de toda ahumanidade - do coletivo ao indivíduo (imaginário social).Como podemos ver, a conexão das idéias sobre imaginação, imagem e imagináriosão utilizados quase que exclusivamente por autores na filosofia, antropologia,sociologia e psicologia. O uso do termo imaginário amplia as possibilidades empíricasde utilização do conceito. Usá-lo no campo da ecologia enquanto contribuição para odebate e à elaboração de novas questões que de um ponto de vista acadêmicorepresentem um avanço tanto para o tema em geral, como para a nossa área emparticular.Ao considerar que podemos ser profundamente influenciados pelas coisas danatureza, certa colina ou montanha, o vale de um rio, uma baía, ou um lago, podemoferecer profundo foco emocional para a vida de uma pessoa, família oucomunidade. Talvez, aí resida o verdadeiro sentido da ecologia enquanto umaciência que pense o melhor para a Terra, logo para todos os filhos dessa Terra. Pois,o princípio de aproximação, reconhecimento e relação direta com o ambiente nãopermitiria a perturbação do meio. Isso pode ocorrer com a natureza que se encontraperto de nós, revelando em nós uma ecologia da alma e do coração (Moore,1993:34).Para as ciências emergentes como a Ecologia, que está relacionada com odesenvolvimento humano e a natureza, trabalhar com o imaginário torna-se maisque nunca necessário. Esse é um dos caminhos que aponta como definidorconsensual de novos paradigmas científicos e quando incorporamos à imagem, aosimbólico e ao imaginário como problemas que devem ser considerados na busca doconhecimento, isso tudo vinculado à natureza, e aos componentes da construçãohumana; associação e experiências com a natureza, estamos de fato tentandoampliar nossos horizontes e possibilitando uma melhor leitura dos fenômenosnaturais e humanos.Nossa preocupação não é apenas encontrar uma definição de imagináriohumano, queremos apenas apontar as possibilidades para a compreensão dasformas de interação, apropriação e relação do homem com o meio ambiente.Sabemos o quanto as ciências sociais contribuíram no desenrolar dessa polêmica doreal/razão, imagem/imaginação. E nas contradições, desejos, pulsações e conflitosvividos pela ciência e pela sociedade, chegamos aos momentos de crisesparadigmáticas e epistemológicas. Isso tudo, na tentativa de novos caminhos. E seas ciências sociais utilizam os valores simbólicos como recurso empírico paracompreender o imaginário, para daí conhecer as formas de organização social,buscaremos a terra e o homem como fundadores do imaginário humano. Seus mitose rituais, signos e símbolos como fontes das relações homem/natureza. A motivação

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!