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TOPOFILIA, ECOLOGIA E IMAGINÁRIO: OS VELHOS CARIRIS DA ...

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aspectos do meio ambiente holístico;Yu-fu Tuan, em sua obra <strong>TOPOFILIA</strong> - Um Estudo da Percepção, Atitudes eValores do Meio Ambiente, é um dos principais norteadores das idéias deconstrução dessa pesquisa. A leitura e interpretação de seus trabalhosinfluenciaram toda uma rede de desejos em aprofundar o estudo das idéias evalores do semi-árido, em relação aos aspectos da cultura, da natureza, homem emeio ambiente.As obras do pensador Cornelius Castoriadis nos permitiram construir umateia de relações com outros pesquisadores do imaginário, para daí apreendermos aconstrução de imagens do semi-árido no Cariri do Paraíba.Apesar de estarmos fazendo um corte diferencial em relação a estesautores, consideramos todos os demais e seus livros que aparecem na relaçãobibliográfica, como os responsáveis pela pluralidade de idéias que nos permitiramenveredar por tão complexa proposição.Os capítulos que tratam dos aspectos sócio-econômicos e fisiográficos foramproduzidos com base em dados do IBGE, SUDENE, do Atlas Geográfico do Estadoda Paraíba/UFPb e de pesquisas realizadas por estudiosos da Região.Adotamos como estratégia básica para coleta de dados, a “técnica dodiálogo, dando privilégio para história oral,” especialmente os relatos de pessoasidosas, e adultos do Cariri Oriental, para a partir de suas práticas culturaisidentificarmos a relação sociedade/natureza. Os símbolos da paisagem que surgemnas mentes, nas lembranças e que respondem emocionalmente aos aspectos dolugar (Gay, 1990:38). Estes elementos se apresentam como corpo que relaciona-sediretamente com as práticas cotidianas dos diferentes grupos sociais, onde otestemunho oral representa a gênese da investigação, esclarecendo os eventos ouprocessos que as vezes não seriam elucidados de outras formas.Os testemunhos orais foram depoimentos de pessoas em geral analfabetasou semi-analfabetas, que geraram entrevistas sistematizadas e dissolvidas no corpogeral da pesquisa, resultado de diálogos e aproximação direta entre os sujeitosenvolvidos, permitindo a definição dos caminhos alternativos de nossasinterpretações.A escolha da história oral dialogal veio na perspectiva do tempopresente, legitimada pelas fontes vivas e conviventes, recuperando-se e recriandoseo objeto da pesquisa por intermédio da memória dos que se dispuseram arelatar suas práticas de vida, suas impressões do mundo, suas crenças,recordações, esquecimentos e sonhos. Narrativas que nortearam nossas reflexões,funcionando como uma espécie de ponte entre a teoria e a prática, influenciandoimbricações das histórias despertadas pela memória. (Ferreira, M. 1996:31-3).Memória e oralidade possibilitaram as lembranças e o reencontro com osmomentos vividos, dos tempos bons e ruins que a história de vida traz ao pensardo tempo presente nos permitindo obter e desenvolver conhecimentos novos,fundamentando nossas análises em novas e inéditas fontes, criando espaço decontato e influência sobre nossos passos e interpretações da vida e a experiênciados que convivem com a natureza semi-árida do Cariri paraibanoOs depoimentos orais complementam outras fontes documentais, poisconsideramos a evidência oral como uma renovação no estabelecimento derelações com as pessoas entrevistadas, criando-se a integração e vínculo pessoal

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