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TOPOFILIA, ECOLOGIA E IMAGINÁRIO: OS VELHOS CARIRIS DA ...

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simbólica dos elementos terrestres: terra, água, fogo, ar, mineral, vegetal, e oselementos bióticos em geral, como fundamentadores da imaginação criadora.Os valores do espaço habitado, a casa constitui a concha protetora e criadorade imagens que permanecem guardadas escondidas nas profundezas da almahumana. Assim, o valor simbólico do meio ambiente vivido está contido na propostade pesquisa, a topofilia para determinar o valor humano do lugar, enquanto espaçode posse, espaço proibido, as forças adversas, espaços amados (Castoriadis1991:107). Uma espécie de relação psicológica do homem com seu meio - oslugares físicos de nossa vida íntima - o elo afetivo entre a pessoa e o lugar. Suadimensão emocional e material - o indivíduo no meio e no coletivo.O ambiente é um nicho, um abrigo no qual o laço se torna lugar - imaginárioterritorial, onde os objetos naturais ou construídos estão diretamente relacionadoscom a existência humana (Maffesoli, 1987:52).Assim, a memória se alimenta de uma materialidade, uma espécie de coleçãode imagens presentes que a memória lembra e reconstitui em relação ao lugar,objeto ou sentimento. Assim, os elementos da natureza como rios, montanhas,campos, florestas e as construções humanas transformam-se em imagens, caminhose representações de uma comunidade em sua vida quotidiana. Podemos notar isso,no modo de ser das pessoas e no falar da terra. As imagens da natureza, osfragmentos da lembrança em busca de um sentido, compreensão das imagensmentais que estabelecem a idéia de natureza. A terra, a vida e o homem formamesse complexo físico, biológico e antropológico (Morin & Kern, 1995:55).“o homem não nos interessa apenas por que somoshomem. O homem deve nos interessar porque, deacordo com tudo que sabemos, o fantástico nó daquestão está ligado à existência do homem. Ao tipoontológico de ser por ele representado não é resistívelà física ou à biologia” (Cf. CASTORIADIS, 1987, p.227).Na busca dessa ligação conceitual entre ecologia e imaginário, chegamos à“Terra - Pátria” de Morin, onde o autor afirma que está cada vez mais convencido deque a ciência antroposocial tem de articular-se com a ciência da natureza, e queesta articulação requer uma reorganização do saber.“A revolução nas concepções do mundo, da terra, dohomem, que se operou no século XV ocidental nãopassou de uma crise ministerial em relação àsformidáveis subversões que as aquisições científicas definais do século XX trouxeram. Tivemos de abandonarum Universo ordenado, perfeito, eterno, por umuniverso em devir disperso, nascido do esplendor, ondejogam ordem, desordem e organização. (...) Tivemosque abandonar a idéia de um homem sobrenaturalresultante de uma criação separada, fazendo-o emergirde um processo em que ele se separa da natureza sem,contudo, dela se dissociar. (...) A vida é umaemergência da história da terra, e o homem uma

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