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INTERVENÇÃO NA OBESIDADE EM IDOSOS - Nutritotal

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<strong>INTERVENÇÃO</strong> <strong>NA</strong> <strong>OBESIDADE</strong><strong>EM</strong> <strong>IDOSOS</strong>DANIELA GOUVÊA CUNHA DE CASTRODISCIPLI<strong>NA</strong> DE GERIATRIAHOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICI<strong>NA</strong>UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO2005


2<strong>INTERVENÇÃO</strong> <strong>NA</strong> <strong>OBESIDADE</strong><strong>EM</strong> <strong>IDOSOS</strong>Orientadora: Rosa Maria Miranda MoreiraSupervisora: Yolanda Maria GarciaMonografia apresentada comorequisito para Conclusão do Cursode Especialização em Geriatria noServiço de Geriatria do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina daUniversidade de São Paulo.


43 - OBJETIVOS ....................................... Pg. 254 - METODOLOGIA ................................ Pg. 254.1 - PROBESI – Intervenção .................. Pg. 264.1.1 – EDUCAÇÃO FÍSICA ......................... Pg. 264.1.2 – FISIOTERAPIA ................................. Pg. 274.1.3 – MEDICI<strong>NA</strong> ........................................ Pg. 274.1.4 – NUTRIÇÃO ..................................... . Pg. 284.1.5 – PSICOLOGIA .................................. Pg. 285- RESULTADOS ................................... Pg. 285.1 - PESO ................................................. Pg. 305.2 - MASSA GORDA ................................ Pg. 305.3 - MASSA MAGRA E ÁGUACORPORAL ...................................... Pg. 306- DISCUSSÃO ...................................... Pg. 337- CONCLUSÕES .................................. Pg. 358- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .. Pg. 36


5RESUMOA obesidade é definida como um acúmulo anormal ou excessivo de gorduracorporal no tecido adiposo, numa extensão em que a saúde pode ser prejudicada.É considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doençacrônica, relacionada a várias co-morbidades, epidêmica em nível mundial e afetatambém os idosos. Com o envelhecimento, ocorrem alterações na composiçãocorporal, que podem ser avaliadas de forma simples pela impedância bioelétrica(BIA). Para abordar a obesidade em idosos, iniciou-se em 2001 o Programa deObesidade do Idoso – PROBESI, grupo interdisciplinar do Serviço de Geriatria doHospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de SãoPaulo (FMUSP) nas áreas de: Educação Física, Fisioterapia, Medicina, Nutrição,Psicologia e Serviço Social. Objetivo: verificar o impacto do PROBESI nacomposição corporal dos idosos participantes do grupo. Metodologia: foramavaliados por BIA, pré e pós-intervenção multidisciplinar de 06 meses, 14 idosos(12 mulheres) da amostra inicial, com idade média de 66,8±4 anos. Resultados:houve perda de peso e de massa gorda em 93% dos pacientes e ganho de massamagra e água corporal em 71% dos idosos. Conclusões: através da análise daBIA, observa-se que ocorreram perda de massa gorda, bem como aumento demassa magra e de água corporal na maioria destes idosos do PROBESI,mostrando a importância do trabalho em equipe nos vários aspectos (gastoenergético, orientação nutricional, otimização da mobilidade articular, apoiopsicológico, diagnóstico e tratamento de co-morbidades da obesidade, entreoutros).


6INTRODUÇÃOA obesidade é o excesso de gordura corporal, sendo considerada doençacrônica e relacionada a várias co-morbidades, como as doenças cardiovasculares,osteomusculares e neoplásicas, entre outras.Obesidade e sobrepeso representam um crescente problema para a saúdeda população em um crescente número de países do mundo (WHO, 1998). Oexcesso de peso atinge cerca de 1/3 da população adulta e apresenta umaprevalência crescente nas últimas décadas, mesmo entre as pessoas idosas(CABRERA, JACOB FILHO; 2001).Em estudo brasileiro realizado em 1989, com o objetivo de aferir o estadonutricional da população do país, observou-se que, na população idosa, 30,4%dos homens e 50,2% das mulheres apresentavam excesso de peso, compredomínio deste problema no sexo feminino, enquanto que o perfil de magrezafoi de 7,8% nos homens e 8,4% nas mulheres (TAVARES, ANJOS; 1999); estesdados evidenciam a alta prevalência de obesidade na população idosa brasileira,destacando a necessidade de seu estudo.Em vários levantamentos realizados em pacientes idosos, a prevalência deobesidade foi maior no sexo feminino. Há uma grande variação nas prevalênciasde obesidade nas diferentes faixas etárias na população geriátrica. Na faixa etáriade 80 anos ou mais há diminuição significativa da obesidade, podendo sugerir ainterferência da obesidade e suas co-morbidades como fatores que influenciam na


7maior mortalidade em obesos idosos antes dos 80 anos (CABRERA, JACOB-FILHO; 2001). Este fenômeno também pode ser atribuído a mudançasmetabólicas do envelhecimento, levando a diminuição da gordura com odesenvolvimento da idade avançada (KENNEDY et al; 2004).A obesidade é uma doença complexa, que resulta da interação entrefatores genéticos e ambientais, relacionados aos hábitos de vida. Os fatoresambientais interagindo com os genéticos, podem levar a um ganho de peso emindivíduos suscetíveis (VILLARES, 2002).Deste modo, os genes envolvidos no ganho de peso aumentam asuscetibilidade de um indivíduo desenvolver obesidade, quando exposto a umambiente adverso (OMS, 2004).Apesar da importância do componente genético no peso e na estatura dosindivíduos, pode haver interferência da dieta, da atividade física, de fatores psicosociaise doenças, entre outros, durante o envelhecimento (MATSUDO et al;2000).Tendências epidemiológicas recentes na obesidade indicam que a causaprimária da epidemia global da obesidade está nas alterações ambientais ecomportamentais, pois o aumento nas taxas de obesidade ocorreu num períodomuito curto, insuficiente para que pudessem ocorrer alterações genéticassignificantes nas populações (OMS, 2004).Os fatores dietéticos (como as dietas com alto teor de gorduras e ricas emcalorias) e os padrões de atividade física (como o sedentarismo) influenciamfortemente a equação de balanço de energia e podem ser considerados os


8principais fatores modificáveis entre as muitas forças externas que promovem oganho de peso (OMS, 2004).O avanço da idade está relacionado com importantes alterações nacomposição corporal, ocorrendo aumento de gordura e redução de massa magra(GUO, 1999; HUGUES, 2002). Devido a isso, é necessário o entendimento dopadrão de mudança de peso e composição corporal dos idosos e dos fatores queneles influenciam para serem desenvolvidas estratégias na prevenção de comorbidadese incapacidades que ocorrem no processo de envelhecimento.O processo de envelhecimento é acompanhado por um aumento do pesocorporal, que acontece especialmente dos 40 aos 60 anos, com diminuição apósos 70 anos. É de extrema importância a avaliação da composição corporal nosindivíduos idosos, dada a estreita relação do aumento da gordura corporal, assimcomo o seu padrão de distribuição, com desordens metabólicas e doençascardiovasculares.Há uma redistribuição da gordura corporal dos membros para o tronco, ouseja, ela torna-se mais centralizada; decocorre dIsto o aumento da adiposidadevisceral que acompanha o envelhecimento e é mais marcante em mulheres doque em homens (KENNEDY et al, 2004).Deste modo, o aumento do tecido adiposo segue um padrão típico, ou seja,maior aumento dos depósitos centrais de gordura em relação aos periféricos,seguindo o modelo andróide, com uma distribuição centrípeta de gordura(BARBOSA et al, 2001).


9A diminuição do nível de atividade física que ocorre com o avançar da idadetambém contribui para o aumento do depósito de gordura corporal (GUIMARÃES,PIRES-NETO; 1996).Além da atividade física programada, outros fatores que interferem com ogasto energético e que podem contribuir para a obesidade são a diminuição da taxametabólica em repouso, do efeito termogênico dos alimentos e dos movimentosrealizados não relacionados com exercícios físicos. Estes movimentos sãochamados atividade física espontânea ou não programada e correspondem a umdos pontos fundamentais da mudança de estilo de vida, fazendo diferençaimportante no final do dia, em relação ao gasto energético total.O gasto energético em idosos pode diminuir por década 165kcal emhomens e 103kcal em mulheres (ELIA, 2001).Quanto ao tecido livre de gordura, entre os 25 e 65 anos de idade, há umadiminuição substancial por conta das perdas na massa óssea, no músculoesquelético e na água corporal total, que acontecem com o envelhecimento(MATSUDO et al; 2000). Essa perda é mais lenta em mulheres do que em homens(PROTHRO, ROSENBLOOM; 1995).O declínio de massa muscular e conseqüente diminuição da força, queocorre com o avanço da idade é definido como sarcopenia (ROSENBERG, 1989)e sido associado a limitações funcionais e físicas, alterando a qualidade de vida eaumentando custos com a saúde do idoso (DUTTA, 1997). Sua prevalência vemcrescendo devido ao aumento da expectativa de vida.


10O excesso de massa gorda deve ser evitado em idosos, especialmente pelorisco de limitações físicas. Utilizando dados do Cardiovascular Health Study,VISSER et al. (1998) demonstraram uma associação positiva entre massa gorda eincapacidade. Os resultados mostraram que grande quantidade de gorduracorporal é um preditor independente de incapacidade relacionada à mobilidade emmulheres e homens idosos.A medida da gordura corporal é um desafio aos pesquisadores; seuprincipal depósito está no subcutâneo e intra-abdominal, sendo que boa partetambém pode estar nos músculos, principalmente em idosos (WILLETT et al,1999).O conteúdo desejável de gordura corporal para homens adultos é de 12% a20% e de 20% a 30% para mulheres adultas, com relação ao peso corporal total.Assim sendo, obesidade é definida como um conteúdo corporal de gordura de>25% ou >33% do peso corporal total em homens e mulheres, respectivamente(VEGA, 2001).Como já referido, a gordura corporal aumenta com o avançar da idade,contudo este aumento mostra-se atenuado em mulheres, que acima de 70 anosapresentam uma redução de massa gorda, enquanto que este efeito é menosaparente em homens.Desse modo, conteúdo desejável de gordura corporal em idosos é de 36%para ambos os sexos, principalmente após os 70 anos (CARVALHO-FILHO,1996).


11Outros autores definem a obesidade em idosos como a presença deexcesso de gordura acima de 30% do peso corporal total em homens e 37% emmulheres (MATOS, 2002).MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA GORDURA CORPORALDos métodos de avaliação da gordura corporal mais usados em adultos, asmedidas antropométricas são as mais aplicadas na prática clínica. Elas auxiliamna graduação da adiposidade, no acompanhamento das mudanças nacomposição corporal durante o tratamento e classificam a distribuição de gorduraem central ou periférica, além de poderem ser utilizadas em estudosepidemiológicos (MATOS, 2002).Além da antropometria, os métodos mais conhecidos para a avaliação dacomposição corporal são a absorciometria de fótons (DEXA) e bioimpedânciaelétrica (BIA).Na antropometria são realizadas as medidas de peso, altura, índice demassa corporal (IMC), circunferências de cintura e quadril, índice cintura-quadril(ICQ) e pregas cutâneas.


12PESO – Em países ricos, a média de peso entre homens e mulheresaumenta na meia idade; nos homens, atinge seu platô por volta de 65 anos edepois, geralmente, regride; nas mulheres o peso aumenta de modo ainda maissignificativo e o platô ocorre cerca de 10 anos após o do homem (MATOS, 2002).ALTURA - com o envelhecimento, há um declínio da altura de 1 a2cm/década, que se inicia por volta dos 40 anos e é mais rápido nas idades maisavançadas. É resultado de compressão vertebral e mudanças na altura e na formados discos vertebrais (MATOS, 2002). Além disso, também pode ser explicadopelo achatamento do arco plantar, perda do tônus muscular e mudanças napostura (CARVALHO-FILHO, 1996).IMC - é um índice utilizado para classificar sobrepeso e obesidade; écalculado através da divisão do peso corporal (em quilogramas) pela estatura (emmetros) ao quadrado. É de fácil mensuração, apresenta uma grandedisponibilidade de dados e relação com morbi-mortalidade, podendo ser utilizadocomo um dos indicadores de estado nutricional em estudos epidemiológicos,apesar de não indicar a composição corporal (ANJOS, 1992).À medida que o IMC aumenta, o mesmo ocorre com o risco dodesenvolvimento das co-morbidades da obesidade, entre elas diabetes mellitus,hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, gota e doenças osteoarticulares, entreoutras (TABELA 1).


13Tabela 1. Risco relativo de problemas de saúde associados com obesidade (WHO, 1998).Grandemente Aumentado(Risco relativo maior que 3)*Diabetes mellitus não insulinodependenteModeradamenteAumentado(Risco relativo 2-3)*Doença cardíaca coronarianaLevemente Aumentado(Risco relativo 1-2)*Câncer (mama em mulheresmenopausadas, endométrio,cólon)Doença da vesícula biliarHipertensão arterial sistêmica Anormalidades dos hormôniosreprodutivosDislipidemia Osteoartrose (joelhos) Síndrome dos ováriospolicísticosResistência à insulina Hiperuricemia e gota Diminuição da fertilidadeDispnéiaDor lombar devida à obesidadeApnéia do sonoAumento do risco anestésicoMalformação fetal associadacom obesidade maternaDe acordo com o IMC e o risco de co-morbidades, utiliza-se a classificaçãode obesidade e sobrepeso em adultos para avaliações em nível populacional(Tabela 2).


14Tabela 2. Classificação de sobrepeso em adultos de acordo com o IMC(OMS, 2004)Classificação IMC (Kg/m 2 ) Risco de Co-morbidadesBaixo Peso


15CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA – método simples, que apresenta umacorrelação com as co-morbidades da obesidade, como o desenvolvimento deSíndrome Metabólica.O uso do IMC na prática clínica apresenta desvantagens, pois falha emdistinguir a obesidade geral da obesidade abdominal, a qual é relacionada comvários fatores de risco, incluindo: resistência à insulina, hiperinsulinemia, tolerânciadiminuída à glicose, diminuição do colesterol HDL, elevação do colesterol LDL (etriglicerídeos) e hipertensão arterial sistêmica (síndrome metabólica). O risco decomplicações metabólicas relacionadas com obesidade é mais facilmente preditoquando os perigos do acúmulo da gordura intra-abdominal são também avaliadospor medidas simples como a circunferência da cintura. Pesquisas têm mostrado ovalor desta medida isoladamente como um indicador de risco de complicaçõesmetabólicas. De acordo com o terceiro Adult Treatment Panel (ATP) III (Vega,2001), na detecção da síndrome metabólica, os valores de circunferência decintura em homens >102cm e >88cm em mulheres são usados como definição deobesidade central; o diagnóstico da síndrome se dá quando um pacienteapresenta um excesso de gordura corporal (>20% em homens e >30% emmulheres) e pelo menos 2 co-morbidades, tais como dislipidemia e hipertensãoarterial sistêmica ou dislipidemia e diminuição da tolerância à glicose. Para odiagnóstico, o excesso de gordura deve ser preferencialmente abdominal (tambémchamada andróide ou em forma de maçã). A obesidade periférica (ginecóide ouem forma de pêra) é aquela na qual o tecido adiposo se situa predominantementena parte inferior do corpo e se relaciona com osteoartrose de joelhos e varizes demembros inferiores.


16Tabela 3. Circunferência de cintura e risco de complicações metabólicasassociadas com obesidade em caucasianos (OMS, 2004)AumentadoSubstancialmente AumentadoHomem ≥ 94 cm ≥ 102 cmMulher ≥ 80 cm ≥ 88 cmA identificação de risco usando a circunferência abdominal poder serpopulação-específica e depender do grau de obesidade e outros fatores derisco para doenças cardiovasculares e Diabetes Mellitus não insulinodependente.A circunferência da cintura é obtida como o ponto médio entre a crista ilíacasuperior e o último arco costal (após uma expiração normal, com os pés afastadosentre si 25 a 30 cm e o peso do corpo igualmente distribuído nas duas pernas).Em alguns casos, pode ocorrer que um indivíduo com IMC normal podeapresentar medida de cintura que o classifica como grupo de risco, por serportador de obesidade central.CIRCUNFERÊNCIA DE QUADRIL – adequada para determinar padrões dedistribuição de gordura e acompanhar suas modificações durante perda ponderal


17ÍNDICE CINTURA QUADRIL – auxilia na identificação de indivíduos comacúmulo de gordura na região central do corpo. Alguns autores consideram queeste índice seria mais sensível em pessoas sem excesso de peso, mas comdeposição de gordura mais centralizadaA Circunferência da cintura tem sido proposta como um melhor indicador de riscoque O ICQ, apresentando uma boa correlação com este índice, com o IMC, com agordura total e abdominal (LEAN, 1995; American Psychiatric Association, 1994).PREGAS CUTÂNEAS – a medição das pregas cutâneas são úteis paradeterminar depósitos cutâneos de tecido adiposo. Estima-se que metade dagordura corporal total é subcutânea, sendo uma maneira indireta de determinar agordura corporal total (MATOS, 2002). São medidas com pinças graduadas; nãoé tarefa simples: requer agilidade, treinamento e a utilização de um calibrepadronizado. Para idosos, o IMC é mais útil como avaliação; A gordura corporal écalculada com base em equações e normogramas. A sua principal utilização é emestudos longitudinais.DEXA – este exame permite que diferentes tipos de tecido como ósseo,adiposo e muscular possam ser avaliados. Baseia-se na emissão de energia quese verifica no coeficiente de atenuação e o resultado obtido varia segundo o tipode estrutura tissular, em função de seu diferente conteúdo mineral (MATOS, 2002)


18IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA – BIAA BIA baseia-se no conceito de que o fluxo elétrico é facilitado pelo tecidohidratado (e isento de gordura), por este apresentar uma menor resistênciaelétrica quando comparado ao tecido adiposo; deste modo, a impedância ao fluxoda corrente elétrica será tanto menor quanto menor for a quantidade de gorduracorporal (MATOS, 2002).Para realização do exame, o paciente deve ser devidamente orientado esubmetido a preparo prévio, para não interferir na acurácia do teste: é muitoimportante que esteja apropriadamente hidratado, com jejum de duas horas, evitarexercício físico e sauna nas 8 horas anteriores, evitar bebidas alcoólicas 12 horasantes anteriores, tomando o cuidado de mantendo a pele seca, limpa e emtemperatura normal. durante o exame, o indivíduo deve permanecer em decúbitohorizontal, manter-se tranqüilo, sem se movimentar e com os membros afastadosdo corpo. (Weight Manager 2.05c Instruction Manual, 1997).A BIA é um método simples, preciso, de baixo custo e de fácil manejo, quefaz o estudo da composição corporal através da medida da resistência total docorpo à passagem de uma pequena corrente elétrica.


19O método baseia-se no princípio de que a impedância ao fluxo elétricorelaciona-se ao volume do condutor (corpo) e ao quadrado do comprimento docondutor (altura); através da análise da resistência, da reactância e do ângulo defase, o método da bioimpedância pode avaliar a quantidade de fluidos, de gordurae da massa celular do organismo.Os tecidos ricos em água e eletrólitos são menos resistentes à passagemde uma corrente elétrica. O tecido muscular é rico em água e eletrólitos, diferentedos tecidos que são ricos em lipídios, como o tecido adiposo. Se um indivíduo sótivesse tecido muscular e não tivesse tecido adiposo, a impedância seria mínima eaumentaria conforme o tecido muscular fosse substituído por tecido adiposo.A completa mensuração por impedância consiste na medida da resistência,reactância e determinação do ângulo de fase. Todas as substâncias, com exceçãodos supercondutores oferecem uma resistência ao fluxo da corrente elétrica.Baseado na análise da resistência, da reactância e do ângulo de fase, o métododa bioimpedância pode avaliar a quantidade de fluidos, de gordura e da massacelular do organismo.


20Bioimpedância – Resistência- As leis de Ohm estabelecem que a resistência de uma substância éproporcional à variação da voltagem de uma corrente elétrica a ela aplicada.No corpo humano, os tecidos sem gordura são altamente condutores,por conterem grande quantidade de água e eletrólitos e representarem ummeio de baixa resistência elétrica.Gordura e ossos são maus condutores ou meios de alta resistência, poispossuem pouca quantidade de água e eletrólitos condutores.Bioimpedância – Reactância:-A reactância, também conhecida como resistência capacitiva, é aoposição ao fluxo da corrente elétrica causada pela capacitância.Por definição, um capacitor consiste de duas ou mais placas condutorasseparadas por um isolante ou material não condutivo, utilizado para armazenarcarga elétrica.No corpo humano, a membrana celular é formada por uma camada delipídios não condutora entre duas camadas condutoras de proteínas.Teoricamente a reactância é a medida da capacitância da membrana celular eo indicador da quantidade da massa intracelular ou da massa celular do corpo.Enquanto a gordura corporal, a água total e a água extracelularoferecem resistência à corrente elétrica, somente a membrana celularapresenta reactância.


21Bioimpedância - Ângulo de Fase:-Ângulo de fase é um método linear de medir a relação entre resistênciae reactância em circuitos elétricos em série ou paralelos. O ângulo de fasepode variar de 0 a 90 graus: zero grau se o circuito é só resistivo (como em umsistema sem membranas celulares) e 90 graus se o circuito é só capacitivo (sómembranas, sem fluidos). Um ângulo de fase de 45 graus reflete um circuito(ou corpo) com igual quantidade de reactância capacitiva e resistência, comoem vegetais frescos.A média do ângulo de fase para um indivíduo saudável éaproximadamente de 4 a 10 graus, dependendo do sexo. Ângulos de fasemenores (baixa reactância) podem ser associados à morte celular ou a umaalteração na permeabilidade seletiva da membrana celular. Ângulos de fasemais altos (reactância alta) podem ser associados a maiores quantidades demembranas celulares intactas, isto é, maior massa celular do corpo.Quanto ao funcionamento do aparelho, um analisador como o RJL distribuiuma corrente de 800 microA (no máximo) a 50 KHz, que passa entre os doiseletrodos distais fonte de corrente. A diferença de voltagem entre os dois eletrodosinternos é medida através de um amplificador de alta impedância (IR<strong>EM</strong>T, 2004).A impedância da pele e dos eletrodos não afeta a medida da impedânciatotal do corpo, com a técnica de quatro eletrodos de superfície, já que umaquantidade mínima da corrente é perdida através da pele e circuitos de entrada. Acorrente constante é regulada para ±1% de acurácia de 0 a 8000 Ohm. Oseletrodos de detecção têm características que não requerem eletrodos complexosou fita condutiva.


22<strong>INTERVENÇÃO</strong> <strong>NA</strong> <strong>OBESIDADE</strong>A atividade física regular e a adoção de estilo de vida ativo são necessáriospara a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida durante o processo deenvelhecimento. A atividade física deve ser estimulada não somente nos adultos,mas também nos idosos, como forma de prevenir e controlar as doenças crônicasnão transmissíveis que aparecem mais freqüentemente durante a terceira idade ecomo forma de manter a independência funcional (MATSUDO et al; 2001).


23Como a distribuição de gordura corporal é um importante determinante dediabetes e outros fatores de risco cardiovasculares, o objetivo da intervenção naobesidade deve visar a mudança nesse padrão, mais que a perda corporal em si(KENNEDY, 2004).Para conseguir a diminuição da massa gordurosa é necessário um balançoenergético negativo, condição na qual o gasto supera o consumo de energia, poisos estoques de energia do organismo são consumidos para sustentar processosmetabólicos, levando ao emagrecimento (FRANCISCHI et al, 2000).A combinação de restrição calórica e exercícios físicos com mudança decomportamento pode resultar em perda de 5 a 10% peso num período de 4 a 6meses. Embora os pacientes percebam a pequena perda de peso comoinsuficiente, há melhora de muitas condições relacionadas com a obesidade(YANOVSKI, YANOVSKI; 2002).Tem sido objeto de pesquisa se a atividade física isoladamente podereduzir o peso corporal. A maioria dos estudos mostra que nestas condições aredução é modesta, porém, quando são associadas dieta e atividade física, aredução do peso é mais intensa e mais freqüente. Comparando-se apenas comdieta, as evidências não permitiram conclusões, o que torna mais favorável de quea associação de medidas é superior a ambas isoladamente; merecendo categoriaB de evidências (poucos estudos randomizados ou com populações inadequadas).Da mesma forma, a manutenção da perda de peso foi mais eficaz quando houveassociação entre atividade física e dieta, do que apenas com dieta.


24Há 2 tipos principais de atividade física indicados para intervenção naobesidade,: exercícios com pesos e sem pesos. Sabe-se que ambos sãoresponsáveis pelo aumento do consumo energético, o que diminui o acúmulo detecido adiposo; quanto ao incremento da massa muscular, a atividade física compesos provoca um aumento ainda mais significativo.É possível que haja redução da gordura corporal mesmo sem diminuição dopeso quando, por exemplo, ocorre ganho de massa muscular, através do aumentodo nível de atividade física. O aumento de massa muscular pode ser superior aopeso de gordura reduzido, levando ao aumento de peso corporal total.PROGRAMA DE <strong>OBESIDADE</strong> DO IDOSO – PROBESICom o objetivo de abordar a obesidade em idosos, foi iniciado em 2001 oPROBESI, grupo interdisciplinar do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP, queinicialmente se compôs das áreas de: Educação Física (treino com e sem pesos),Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Serviço Social, que deu suporte aogrupo realizando a estratificação sócio-econômica e auxiliando na inclusão dospacientes em serviços da comunidade ao final do programa..O trabalho com a equipe interdisciplinar tem como objetivos, entre outros, aprevenção das co-morbidades da obesidade e de suas complicações, através dapromoção de mudança na composição corporal dos idosos e orientação quanto àmanutenção dos resultados obtidos.


25OBJETIVOSAvaliar as mudanças no peso e na composição corporal em idosos obesossubmetidos às atividades do PROBESI, através da medida da BIA.METODOLOGIARealizou-se um estudo prospectivo, em que foram avaliados 14 idosos (12mulheres e 02 homens) participantes do 1 o grupo do PROBESI nos primeiros 06meses de atividade. Os idosos estudados foram submetidos a BIA, em aparelhoRJL, no início e ao final dos seis meses de intervenção; os resultados dasalterações na composição corporal dos mesmos. foram analisadosestatisticamente com o Teste t - Student.PROBESICRITÉRIOS DE INCLUSÃO:- ter índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 kg/ m 2 ,- desejar emagrecer,- ter interesse e conseguir fazer atividade física 2 vezes por semana,- disponibilidade para permanecer no atendimento duas tardes porsemana, durante 06 meses.


26CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:- não há.PROBESI - <strong>INTERVENÇÃO</strong>Quantos aos profissionais envolvidos neste trabalho, participaram as áreas:Educação Física, visando principalmente a promoção de gasto energético atravésde atividade física; Fisioterapia, objetivando a redução no índice de doresmúsculo-esqueléticas, com melhora da mobilidade articular e da funcionalidade;Medicina, com a prevenção, diagnóstico e tratamento das co-morbidades daobesidade e suas complicações; Nutrição, visando intervenção alimentar enutricional; Psicologia, intervindo nos aspectos afetivos e emocionais envolvidosno processo de obesidade, além do suporte do Serviço Social.EDUCAÇÃO FÍSICAOs idosos foram submetidos à atividade física, sob orientação doseducadores físicos, duas vezes por semana. Foram divididos em 2 grupos, dosquais os pacientes eram submetidos a treino com e sem pesos.O grupo que realizou atividade com pesos num período máximo de 50minutos por treino, o qual constou de 3 séries, com 12, 10 e 8 repetições, nestaordem, com cargas crescentes. Deste, participaram 10 dos idosos estudados.No outro grupo, era realizado exercícios sem pesos com duração de 1 horapor treino, dividido em 3 momentos: aquecimento, ginástica localizada ecaminhada contínua.


27A atividade física foi alterada periodicamente, conforme a resposta dopaciente e de acordo com sua aptidão física. Desta forma, o princípio deindividualidade biológica e da sobrecarga de cada idoso foi respeitada.FISIOTERAPIAPara atuar nas principais queixas referentes às dores músculo-esqueléticas,visando a restauração do bem estar desses pacientes obesos, eram realizadasatividades em grupo com o fisioterapeuta duas vezes por semana, com duraçãode uma hora. Durante esse período, eram realizados exercícios direcionados paramelhora da conscientização corporal, relaxamento muscular, alongamentos,exercícios de mobilização ativa das grandes articulações, treino de marcha eequilíbrio e utilização de eletroterapia no caso de dores agudas.MEDICI<strong>NA</strong>Quanto à parte médica, eram realizadas consultas individuais a cada cincosemanas, com anamnese geriátrica e dirigida para obesidade e suas comorbidades;exame físico e complementares, inclusive BIA e troca (ou suspensão,quando possível), de medicações que dificultam o emagrecimento, além deencontros mensais com palestras interativas em conjunto com as outras áreas,para que esses pacientes tivessem melhor compreensão da obesidade e suas comorbidades,facilitando, assim o tratamento e otimizando os resultados.


28NUTRIÇÃONa área nutricional, eram realizadas consultas individuais a cada cincosemanas, tendo entre os principais objetivos avaliar o consumo de alimentos, oestado nutricional e a composição corporal dos pacientes, com intervençãonutricional e reavaliação dos resultados obtidos.PSICOLOGIAIntervindo nas questões afetivas e emocionais, eram realizados encontrossemanais com os idosos participantes, de uma hora de duração. Nessas reuniões,as discussões eram livres, apenas mediadas pela psicóloga quando necessário evisavam o resgate da auto-estima dos pacientes, além de propiciar espaçoterapêutico grupal a fim de facilitar a elaboração de conflitos emocionais geradoresde ansiedades e possível compulsão alimentar.RESULTADOSA fim de caracterizar os indivíduos que compõem a amostra, foramrealizados testes estatísticos das variáveis observadas no início do estudo.Destas, foram utilizadas idade, peso e altura (para cálculo do IMC inicial), massagorda, massa magra e água corporal.


29A população estudada apresentou como resultados iniciais as seguintesmédias: idade de 66,8±4 anos, IMC de 38,5±6 Kg/m 2 , gordura corporal de52,93%±7,28, massa livre de gordura de 47,07%±7,28 e água corporal de34,36%±5,39.Ao final dos 06 meses, com a análise das mesmas variáveis, observou-seredução do IMC e da massa gorda, que tiveram média de 35,8±4 Kg/m 2 e43,42%±9,92, respectivamente; quanto à massa magra e água corporal, houve umaumento, sendo as médias de 56,57%±9,92; 41,42%±7,26, respectivamente.Esses resultados estão representados no gráfico abaixo.Comparação das variáveis massa gorda, massa magra eágua corporal (%)34,36 41,4247,0756,5752,9343,421 2inicialfinal*estatisticamente significanteágua corporalmassa magramassa gorda


30PESOQuanto ao peso, houve perda média de 6,23±6,37 Kg (p=0,003), sendo quea variação foi negativa, ou seja, houve perda ponderal, que ocorreu em 93% dospacientes (Figura 1).MASSA GORDAEm 93% dos pacientes houve perda de massa gorda, com uma média deperda de 7,64±12,80 Kg (p=0,044), também com variação negativa (Figura 2).MASSA MAGRA E ÁGUA CORPORALAnalisando a massa magra e água corporal, observou-se uma variaçãopositiva em ambos os itens. A massa magra aumentou em 71% dos idosos, commédia de ganho de 5,59±4,52 Kg (p=0,000) (Figura 3); a água corporal tambémaumentou em 71%, com média de ganho de 4,07±3,26 Kg (p=0,001) (Figura 4).Em 7% dos pacientes (n=1) houve ganho de peso, o que ocorreu às custasde ganho de massa magra e água corporal, com redução de massa gorda.Em 7% (n=1) houve ganho de massa gorda, sendo que ocorreu redução dopeso às custas de perda de massa magra e água corporal.


31Figura 1. Distribuição por quartis das variáveis para peso (Kg)3HVRLQLFLDOILQDOFigura 2. Distribuição por quartis das variáveis para massa gorda (Kg)PDVVDJRUGDLQLFLDOILQDO


32Figura 3. Distribuição por quartis das variáveis para massa magra (Kg)0DVVDPDJUDLQLFLDOILQDOFigura 4. Distribuição por quartis das variáveis para água corporal (Kg)ÈJXD,QLFLDO)LQDO


33DISCUSSÃOParticiparam do 1º grupo ao todo 30 pacientes, sendo que 14 puderam seravaliados por terem realizado a BIA pré e pós-intervenção.Com a análise dos resultados dos exames de BIA, observa-se perda depeso corporal na maioria dos idosos. Essa perda ponderal ocorreu devido àredução de gordura total, associado a ganho de massa magra e água, gerandoimpacto positivo na composição corporal dos pacientes.Essas modificações podem ser explicadas pela participação de umprograma com atividade física regular, além de mudanças nos hábitos alimentaresdestes pacientes obesos.O PROBESI, através das atividades em grupo, pode ter atuado como umgrupo de auto ajuda, visto que abriu-se espaço para trocas de dificuldades eexperiências. As intervenções em nível físico, além de contribuir com oemagrecimento, influiu positivamente na vida social, pois diminuiu a dificuldade dedeambulação e o risco de síndrome de imobilidade.Outro fator que pode ter influido nos resultados foi a educação dos idosossobre a obesidade e suas co-morbidades (e como tratá-las), através daintervenção com palestras realizadas pela equipe interdisciplinar, fazendo comque entendam a importância do emagrecimento e haja adesão ao programa.


34Esse fato levou a uma mudança de estilo de vida por parte dos idosos, queatuou nos fatores modificáveis de controle da obesidade não havendo, assim,utilização de tratamento com medicamentos anti-obesidade.Houve um paciente que não perdeu peso, porém emagreceu: isso éexplicado pelo ganho de massa magra e água, pois este evoluiu com perda degordura.Houve também um paciente que evoluiu negativamente; praticamente,manteve o peso, porém, essa manutenção ocorreu às custas de perda de massamagra e água e ganho de massa gorda. Este caso, pode ser explicado pela faltaaderência à proposta do grupo, talvez por ansiedade por parte do paciente, o qualnão aceitou tratamento medicamentoso para este fim.Corroborando as melhoras na composição corporal, foram realizados testespré e pós-intervenção nas outras áreas, que demonstraram melhora nafuncionalidade e no psiquismo (Brandão, 2004; Hartmann, 2004; Giordan, 2004).


35CONCLUSÕES1 - O PROBESI promoveu modificações de forma positiva na composiçãocorporal da maioria dos idosos obesos, pois na maioria deles houve:- perda de peso às custas da redução de gordura.- aumento de massa magra.- aumento de água corporal.2 - Na minoria dos pacientes que não perderam peso, evidenciou-se ganhode massa magra e água corporal.


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