construcionista-contextualizada, significa um curso fortemente basea<strong>do</strong> no uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r, realiza<strong>do</strong><strong>na</strong> escola onde esses professores atuam, crian<strong>do</strong> condições para os professores aplicarem os conhecimentoscom os seus alunos, como parte <strong>do</strong> processo de formação. Isso implica em propiciar ascondições para o professor agir, refletir e depurar o seu conhecimento em todas as fases pelas quais eledeverá passar <strong>na</strong> implantação <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r <strong>na</strong> sua prática de sala de aula: <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>r o computa<strong>do</strong>r(software e hardware), saber como interagir com um aluno, com a classe como um to<strong>do</strong>, desenvolverum projeto integran<strong>do</strong> o computa<strong>do</strong>r nos diferentes conteú<strong>do</strong>s e trabalhar os aspectos organizacio<strong>na</strong>isda escola para que o projeto possa ser viabiliza<strong>do</strong> (Freire & Pra<strong>do</strong>, 1996).Nesse senti<strong>do</strong>, professores e pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s centros de formação podem vivenciar a mesma experiência,de mo<strong>do</strong> que cada uma das partes possa entender a outra e propiciar soluções condizentes comas respectivas realidades. Além disso a introdução da Informática <strong>na</strong> escola deve também incrementara qualidade <strong>do</strong> ensino realiza<strong>do</strong> pelos professores. Isso significa que as atividades computacio<strong>na</strong>isdeverão ser integradas às atividades desenvolvidas em sala de aula. Para tanto, cada professor deveráadquirir conhecimento sobre a Informática e desenvolver, juntamente com os seus alunos, atividadesrelativas ao conteú<strong>do</strong> da sua discipli<strong>na</strong>.Essa formação é feita de maneira gradativa e tem, basicamente, três ações que podem acontecersimultaneamente:1 - O professor aprende a desenvolver uma tarefa, usan<strong>do</strong> o computa<strong>do</strong>r. Ele aprendesobre um ou mais softwares abertos <strong>do</strong> tipo Word, linguagem de programação Logo ousistema de autoria para elaboração de multimídia. Esses softwares são sempre utiliza<strong>do</strong>sno contexto de resolução de diferentes tipos de problemas. Além de aprender a usaro computa<strong>do</strong>r, os professores devem refletir sobre o próprio processo de aprendiza<strong>do</strong>, lere discutir textos relativos à base psicopedagógica da meto<strong>do</strong>logia construcionista. Oobjetivo dessas atividades de reflexão e de discussão é formalizar o que os professoresusaram de maneira intuitiva e discutir suas impressões como aprendizes, as interaçõesentre o professor <strong>do</strong> curso e os professores e os tópicos teóricos. Esse processo reflexivo ébasea<strong>do</strong> <strong>na</strong> experiência de cada um <strong>do</strong>s professores e é totalmente contextualizada <strong>na</strong>satividades realizadas por eles.2 - Uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r com alunos. Essa ação tem como objetivo propiciar aos <strong>do</strong>centesa experiência de como usar o computa<strong>do</strong>r com alunos. Para tanto, cada um escolheum ou <strong>do</strong>is alunos, ou mesmo uma classe e o papel <strong>do</strong>s professores é auxiliar os seusrespectivos alunos a aprenderem a usar o computa<strong>do</strong>r para resolver problemas. Assim,o aluno se tor<strong>na</strong> usuário <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r e os professores assumem o papel de facilita<strong>do</strong>resda atividade de aprender a usar o computa<strong>do</strong>r. As atividades <strong>do</strong> professor são supervisio<strong>na</strong>daspelo professor <strong>do</strong> curso. Este observa as interações <strong>do</strong>s professores com seusalunos e essas observações são discutidas individualmente ou com os demais <strong>do</strong>centes.O professor <strong>do</strong> curso solicita também que os professores observem e reflitam sobre oprocesso de aprendizagem <strong>do</strong> aluno em termos de comparar a aprendizagem <strong>do</strong> alunocom a sua própria aprendizagem ocorrida durante o primeiro módulo e entender oestilo de aprendizagem <strong>do</strong> mesmo. O material teórico discuti<strong>do</strong> no primeiro módulopassa, então, a ter um novo significa<strong>do</strong> e a ser contextualiza<strong>do</strong> no processo de atuarcomo facilita<strong>do</strong>r da aprendizagem <strong>do</strong> aluno.3 - Elaborar um projeto pedagógico. Cada um <strong>do</strong>s professores deve elaborar um projeto106O COMPUTADOR NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
de trabalho, descreven<strong>do</strong> como pretende utilizar o computa<strong>do</strong>r <strong>na</strong> sua respectiva discipli<strong>na</strong>.Cada projeto é discuti<strong>do</strong> com o professor <strong>do</strong> curso e com os outros colegas eproposto à administração da escola. A coleção de projetos, a serem implementa<strong>do</strong>spor cada um <strong>do</strong>s professores, passa a ser o projeto da escola sobre o uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>rem Educação.Para tanto, o curso de formação é desenvolvi<strong>do</strong> <strong>na</strong> escola onde o professor trabalha. Isso apresentadiversas vantagens tanto para os professores como para o <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> curso. Primeiro, o conhecimentoadquiri<strong>do</strong> é contextualiza<strong>do</strong>. A familiaridade <strong>do</strong>s professores com o computa<strong>do</strong>r acontece por meio <strong>do</strong>uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r da escola, com o sistema computacio<strong>na</strong>l e com a rede de computa<strong>do</strong>res montada<strong>na</strong> escola. A experiência de aprender e de usar o computa<strong>do</strong>r acontece <strong>na</strong> escola, utilizan<strong>do</strong> sua populaçãocomo meio <strong>do</strong>s professores exercitarem e construírem o conhecimento sobre Informática emEducação. Segun<strong>do</strong>, os professores não deixam o seu local de trabalho e não têm que interromper asua prática de ensino. As atividades <strong>do</strong> curso de formação podem ser organizadas de acor<strong>do</strong> com osseus horários. Terceiro, o professor <strong>do</strong> curso pode ser mais efetivo. Ele pode vivenciar e entender asidiossincrasias daquela escola, de mo<strong>do</strong> que as soluções pedagógicas e administrativas podem ser baseadas<strong>na</strong> realidade da comunidade escolar. Os professores e a administração da escola, por meio dessavivência, vão adquirin<strong>do</strong> conhecimento sobre como implantar a Informática como recurso pedagógicoda escola.Esse curso de formação, basea<strong>do</strong> <strong>na</strong> abordagem construcionista, permite a introdução <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r<strong>na</strong> escola como produto de um processo de construção <strong>do</strong> conhecimento. Esse processo implica<strong>na</strong> construção de conhecimento pedagógico sobre como usar o computa<strong>do</strong>r e mudanças administrativasde mo<strong>do</strong> que o computa<strong>do</strong>r possa vir a ser parte das atividades realizadas pelos próprios professoresda escola.Essa proposta de curso de formação de professores <strong>na</strong> área de Informática em Educação, utilizan<strong>do</strong>a abordagem construcionista, foi utiliza<strong>do</strong> pela equipe <strong>do</strong> NIED em diversas escolas, como a formaçãoinicial <strong>do</strong>s professores <strong>do</strong> Colégio Mãe de Deus, em Londri<strong>na</strong> (PR), e <strong>na</strong> formação <strong>do</strong>s professores deEducação especial da Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD) de São Paulo. Atualmente,essa abordagem de formação foi utilizada no Programa de Educação Continuada/Melhorias noEnsino Básico (PEC/IEB), <strong>na</strong> área de Informática <strong>na</strong> Educação, da Secretaria de Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>de São Paulo, realiza<strong>do</strong> respectivamente pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e Currículoda Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e pelo NIED da Unicamp.O Programa de Educação Continuada (PEC-IEB) é um programa da Secretaria de Educação <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> de São Paulo, fi<strong>na</strong>ncia<strong>do</strong> pelo Banco Mundial, como forma de reciclar e capacitar os profissio<strong>na</strong>isdas escolas de 5ª a 8ª séries e delegacias de ensino. Ele foi estrutura<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> a atender asdemandas e necessidades de cada escola. Assim, os diretores, juntamente com os professores de cadaescola, determi<strong>na</strong>ram as prioridades de assuntos que deveriam ser trata<strong>do</strong>s nos cursos a serem ofereci<strong>do</strong>spelas universidades e outras instituições de ensino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Para efeito desses cursos, o Esta<strong>do</strong> deSão Paulo foi dividi<strong>do</strong> em dezenove pólos e os cursos abrangeram as áreas de Língua Portuguesa,Matemática, Artes Plásticas, Ciências, História, Geografia e Informática. A Pontifícia Universidade Católicade São Paulo ficou responsável pelo Pólo IV da rede Estadual, envolven<strong>do</strong> escolas de duas delegaciasda capital, duas de Guarulhos e a de Caieiras (PUC-SP, 1998), e a Unicamp ficou responsável pelosPólos 10 e 11, envolven<strong>do</strong> 10 delegacias da região de Campi<strong>na</strong>s.A demanda por cursos de Informática surgiu a partir da necessidade <strong>do</strong>s professores saberem utili-FORMAÇÃO DE PROFESSORES107
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