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em focoNão é porcorporativismo ou porpertencer à oposição quelhe dirigimos esta missivaRECORTESFaz sentido os pais poderem avaliar o desempenho do professor?Os encarregados de educação são imprescindíveis à dinamizaçãoda escola, mas não devem avaliar professores. (01.06)Concorda que se premeie pecuniariamente um docente quetenha alunos de excelência?Os professores não estão em nenhum leilão.(01.06)24a páginada educaçãojulho 2006Enquanto professores não nos revemosnas palavras da senhora ministra.Achamos que à senhora ministra falta, emprimeiro lugar, a vivência profissional dosensino básico e secundário e, depois, oconhecimento das diferentes realidadesdas nossas escolas.Num primeiro momento temos que motivar,cativar, trazer para nós aqueles quepodem dar a volta à situação difícil em quenos encontramos. O que a senhora ministrafez foi colocar-se contra os professorese acusá-los de serem “o cancro” que minae causa tudo o que de mal se passa naEducação em Portugal.Podemos confidenciar-lhe senhora ministraque não é por corporativismo oupor pertencer à oposição que lhe dirigimosesta missiva; mas enquanto profissionaisda educação. Sabemos queno sistema educativo, como em todosos sectores profissionais, existem bonse maus profissionais, mas meter todosno mesmo saco, revela no mínimo faltade bom senso e de respeito por aquelesque, ao longo dos anos da sua profissão,deram tudo à educação.Não nos consideramos profissionais ideais,mas trabalhamos com afinco, profissionalismo,espírito de sacrifício durantemuitos anos. Não cumprimos as 35 horassemanais, muitas semanas preencherammais de 50 ou 60 horas da nossa semanae sem quaisquer tipo de contrapartidas! Oque se exigia senhora ministra era que reconhecesseque há quem trabalha em prolde uma Escola de sucesso.Comparou-nos aos médicos como se osmédicos fossem comparação para alguém.Conhecemos bons médicos, óptimos profissionais;mas também conhecemos médicosmedíocres, que humana e profissionalmentenada valem!Se conhecesse a realidade, senhora ministra,saberia reconhecer a diferença entreos bons e maus profissionais da Educaçãoe não os culpava por tudo o que de mau sepassa na Educação.Se pensasse em reformar todo o sistemadesde o pré-escolar até ao ensino Superior,em vez de “reformas avulsas”, talvezdeterminados “lobbies” desaparecesseme talvez a Escola e a Educação fossem diferentes.Se pensasse em educar a sociedade, determinadospais com filhos nas escolas,onde as famílias não existem ou estãocompletamente desestruturadas, talvez asEscolas, dizemos os professores, em vezde fazer de pais, de amigos, de psicólogos,se pudessem dedicar à tarefa de ensinar.Não somos contra uma avaliação rigorosa,mas porque é que não propõe tambémaos seus homólogos senhores Ministro daSaúde para colocar os pacientes a avaliaros médicos, Ministro da Justiça para colocaros arguidos a avaliar os magistrados,por exemplo.Senhora ministra, muita coisa há a mudarna Educação, mas como a caridadebem ordenada começa por nós mesmos,a maior parte dos professores, nos quaisnos incluímos, mereciam mais respeito.Orgulhamo-nos de pertencer a uma Escolaque, apesar de ser pequena e nãoandar na boca dos media, foi capaz detrilhar o seu próprio caminho. Desde oprojecto de educação pré-escolar itinerante,programas PEPT e Alfa, projectode gestão flexível, passando por programasda Inspecção-Geral de Educaçãocomo as Avaliações Integradas e Sequênciase programa de Aferição de Auto– Avaliação das Escolas, já deu provasde termos uma Escola que trabalha paraque o sucesso educativo dos alunos sejauma realidade.Orgulhamo-nos de pertencer a uma equipade professores que, na maior parte doscasos e devido à grande mobilidade, apenasficam durante um ano lectivo, não sepoupam a esforços para cumprirem os desígniosda Escola e colocarem em práticao Projecto Educativo da mesma. A esses,senhora ministra, agradecemos porque fazeme fizeram um trabalho de excelência enada poderá colocar em causa o seu profissionalismo.Conhece, certamente, senhora ministra, osnúmeros do abandono escolar nesta Escolae a sua taxa de sucesso! Abandonos nãoexistem há cerca de uma década e a taxade sucesso situa-se há vários anos entre92 e 94 por cento. Por isso repudiamos,senhora ministra, as suas palavras, a suaatitude e sobretudo a falta de bom sensona abordagem e na penalização que faz atoda a classe docente.“Um bom começo vale para toda a vida.Mas quem começa mal, tarde ou nuncase endireita”. Parece-nos que a primeirase aplica aos professores em relação aosseus alunos e a segunda à senhora ministraem relação aos professores.Sabendo que na política é necessária muitacoragem para reformar, não podemosaceitar uma proposta de Estatuto da CarreiraDocente tão injusta como esta. Servimosdurante décadas para sermos professores,delegados de grupo, directores deturma, coordenadores de departamento,presidentes dos conselhos pedagógicos edos conselhos directivos e executivos, directoresdos centros de formação…. Servimospara ser pedagogos, pais, irmãos,psicólogos…. E de um momento para ooutro já não somos competentes, já nãoservimos para nada!Onde pára o slogan “ As pessoas primeiro”?Com respeito.Professores da EBI de Alcoutim, devidamente identificadosMaria de Lurdes Rodrigues criticada pela oposiçãoA ministra da Educação foi acusada por todos os partidos daoposição de ser a grande responsável pelo clima de descontentamentoque se vive nas escolas portuguesas. A ministra e ossecretários de Estado adjunto da Educação [Jorge Pedreira] eda Educação [Valter Lemos] reuniram-se com a comissão parlamentarde Educação, Ciência e Cultura...O Governo criou um “clima de antagonismo em relação aos professores”,apontou Diogo Feio, do CDS/PP.“O primeiro problema chama-se Maria de Lurdes Rodrigues, aopromover uma guerra sistemática aos professores”, acusou o deputadosocial-democrata Emídio Guerreiro.O ministério tem declarado que os docentes são uns “malandros,que não cumprem e não estão preocupados com os alunos”, criticouFrancisco Madeira Lopes, de Os Verdes.A deputada comunista Luísa Mesquita crê que, “neste momento,não haverá um único professor neste pais que se sinta bem tratadopela senhora ministra”.O ministério “abriu a caça aos professores”, disse a deputadabloquista Alda Macedo. (08.06)Presidente quer que se “deixe actuar” a ministra“Deixemos a ministra da Educação actuar com a experiência e ascompetências que tem, para ver se aumenta a qualidade no nossosistema educativo”, afirmou Cavaco Silva em Belém (...). (14.06)Mais de sete mil professores pediram nas ruas a demissão daministra da EducaçãoEm dia de greve nacional e muita chuva, mais de sete mil professoresmanifestaram-se ontem em Lisboa e pediram a demissãoda ministra da Educação. (14.06)Ministra da Educação acusa Fenprof de partidarismoA Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, criticou (...) agreve de professores que, segundo os sindicatos, teve uma adesãode 70 a 80 por cento. A ministra acusou a Federação Nacionalde Professores (Fenprof) de estar “capturada por interesses partidários,que têm uma agenda que não é a educação”. (15.06)“Queremos ser respeitados”“Não é um regime legal, mas penal, que trata os professores comoincompetentes, penaliza, permite a exoneração e limita muitosprofessores de chegarem ao topo da carreira... (15.06)José Sócrates em defesa da ministra“Não está sozinha. Tem muita gente com ela. São mudanças nadirecção certa, feitas com serenidade. Quero elogiar a corageme firmeza com que a ministra tem enfrentado as dificuldades”.(17.06)A «bomba» do ECD e o mal-estar docenteNa última trintena de anos a avalanche de ministros que passoupela pasta da Educação «entreteve-se» a decretar reformas econtra-reformas educativas. A Escola, que por definição precisade estabilidade, ficou à mercê da instabilidade de critérios sucessivamenteemanados da 5 de Outubro. (…)Numa das múltiplas entrevistas a solo que as televisões têm proporcionadoà Sr.ª Ministra, esta fez questão de sublinhar que todosos sindicatos estariam receptivos a negociar o ECD, exceptoum, tentando desta forma isolar a principal federação sindical. Sóque esta esclareceu de imediato que o facto de ter classificadoo projecto do ME de «inaceitável», não significa que seja «inegociável».(…)Não é hostilizando os professores (que tantas e tantas vezes trabalhamanos a fio longe da família, sem ajudas de custo e emescolas onde falta quase tudo) e os sindicatos que se melhora aeducação em Portugal. Aliás, «qualquer reforma educativa feitacontra os professores é uma reforma morta».

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