13.07.2015 Views

Descarregar PDF - Página

Descarregar PDF - Página

Descarregar PDF - Página

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dia-a-dia15.06O socialismo,a gaveta e o ferro-velhoA ala esquerda do PS parece com medo queSócrates atire o socialismo, com gaveta e tudo,para o ferro-velho. Daí querer salvar pelomenos o partido das garras tecnocratas e neoliberaisdo primeiro-ministro, desconfiada queo país, para já, não tem solução.A entrevista que Vieira da Silva deu ao “Jornal deNotícias”, defendendo uma liderança operacionalpara o PS distinta da liderança institucional deSócrates, foi uma descarga eléctrica que pareceter visado colocar fim ao estado de apatia que sevive no PS. Uma apatia que torna o partido nummero apêndice do governo, sem voz nem vontadeprópria. Na verdade, Sócrates está a anestesiar oPS, como tem anestesiado o país. … O que seestá a fazer na Saúde, encarecendo brutalmenteos serviços, ameaça tornar a saúde um privilégiodos ricos, com consequências sociais e políticasimprevisíveis nos próximos anos..12.06Trabalhos de casadeixam alunos em ‘stress’Os trabalhos de casa (TPC) são uma das principaisfontes de stress para os alunos do ensinobásico. Segundo um estudo que envolveu 300crianças de diferentes zonas do País e dos sistemaspúblico e privado, a dificuldade em realizaras tarefas definidas pelos professores causagrande preocupação em 80% dos alunos.A proposta de alteração ao Estatuto da Carreira dos Educadores deInfância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, recentementeapresentada pelo ministério da educação, desencadeou umverdadeiro abalo telúrico no seio da classe docente, cujas ondas dechoque continuam a ecoar nas várias arenas e “fóruns” de debatepara o efeito organizados. A magnitude do impacto foi sentida comtal violência que alguns vaticinaram mesmo o fim da espécie docente.Não surpreende, por isso, que numa atmosfera em que os professoresse consideram, por tudo e por todos, “enxovalhados”, “denegridos”,“aviltados”, “achincalhados, “perseguidos”, “toureados”, “coisificados”,“desautorizados”, alvo de um “ataque cerrado” e sacrificadoscomo “bodes expiatórios” de todos os males que afectam a educação(1),eles sintam necessidade de expressar a sua indignação, deafirmar publicamente a sua inocência, de pugnar pelo bom nome edignificação da profissão que abraçaram. Contudo, num momento emque a poeira e a cinza ainda estão no ar, discernir para além do alcancedo nosso nariz pode revelar-se um exercício bastante difícil. Nestascircunstâncias, é fácil sermos seduzidos por fogachos esparsos e nãovermos a luz intensa que nos encandeia, é ainda possível sermos ensurdecidospor sons menores e não captarmos aqueles que verdadeiramentenos podem ferir os tímpanos. É talvez menos compreensívelque os professores, julgando-se acossados por vários “inimigos”, disparemem várias direcções procurando ansiosamente apanhar substitutospara assumir o papel incómodo de “bode expiatório” em que,reconheça-se, injustamente os investiram.Culpados,de uma análise bacoca e simplistahoje muito na moda, sobretudo nodiscurso de alguns tecno-pedagogosde geração espontânea, sempreprontos a aviar receitas mágicaspara esconjurar a “crise da escola”,alguns professores parecem quererresolver o problema da injustiça deque se sentem vítimas procurandoculpados alternativos que os substituam.Na lista dos potenciais candidatosao lugar aparecem, alémda ministra e seus colaboradores,os sindicatos, os jornalistas, alguns“colegas” menos solidários, os professoresdo ensino superior e, acimade tudo, os pais. Numa das muitasopiniões expressas no site acimaidentificado pode ler-se: “No nossopaís a educação não está bem, masa culpa não é nossa, CULPEM-SEOS PAIS”(4). Acusar, generalizadamente,as famílias de negligentes,de abandonar os filhos à porta daescola, de se desresponsabilizaremprocuram-se!fórum09.06CGTP defendereforma gradual daSegurança SocialA CGTP defende que a reforma da SegurançaSocial seja gradual e acompanhada de uma“atenção permanente” à evolução da situaçãoeconómica. “As reformas são necessárias, mastêm que ser muito sustentadas e muito graduais”,disse o secretário-geral, Carvalho da Silva (...).Para o líder sindical, assegurar que as mudançasanunciadas garantem a sustentabilidade dosistema até 2050 “é um disparate” e “o primeiroerro” que o Governo cometeu foi criar a ideia deque a reforma é definitiva. “Criam-se ilusões e aseguir isto não dá”, afirmou também.02.06Inspecção do Trabalhomulta empresasem 16,4 milhõesA Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) detectou,em 2005, mais de 12 mil infracções laborais.O maior número de ilegalidades está associadoao tempo de trabalho e a construção civil voltoua ser o sector com maior número de infracções.A seguir à construção, o comércio a retalho foi oque mais incumprimentos registou (1384), tendoa IGT passado multas no valor total de 1,12milhões. Seguiu-se a indústria hoteleira, com1171 infracções e 674 mil euros em coimas eo sector dos serviços, com 1061 ilegalidades emais de um milhão em multas cobradas.Assim, por exemplo, quando analisamos as cerca de duas centenase meia de “opiniões” emitidas pelos participantes no “fórum de discussão”criado pela NetProf a propósito da alteração do Estatuto daCarreira Docente (ver “http://www.netprof.pt/servelet/forum?Tema=NPL0132&ID=495” (2), encontrámos indicadores que sugerem estarmosperante um daqueles fenómenos de sedução mediática queimpedem de ver o essencial, apesar de, no âmbito do referido fórum,algumas vozes avisadas alertarem para os riscos daquela sedução.Efectivamente, verificamos que, não obstante a proposta de alteraçãoser constituída por um documento que contempla cerca de centoe cinquenta artigos, que se desenvolvem ao longo de mais de meiacentena de páginas, envolvendo, entre muitas outras dimensões contraditórias(3), delicadas e complexas, a ponderação dos resultadosdos alunos e as taxas de abandono na avaliação dos docentes, agrande maioria das “análises” reduziram o “debate” à questão da avaliaçãodos professores pelos pais, aspecto que na proposta, além denão ter merecido mais do que uma simples alínea (alínea h do artigo46º), surge mediado pela avaliação da direcção executiva, constituindoapenas um dos oito indicadores a serem contemplados por esteinterveniente no processo de avaliação dos docentes.Se aquela quase obsessão quanto aos receios que a “apreciação”realizada pelos pais pode ter sobre a “independência” do trabalhodos professores se me afigura algo exagerada, embora não totalmentedescabida, já a procura desenfreada de “bodes expiatórios”alternativos não só não resolve os problemas dos professores, comoseguramente não resolve os problemas da educação. Fazendo ecoIE / FNpela sua educação, de só se preocuparemcom os resultados no finaldo ano, pode constituir um discursomuito popular, mas é seguramenteum discurso tão redutor e facciosocomo aquele que elege os professorese o seu corporativismo como osprincipais responsáveis pelos malesque afectam a educação. Haja bomsenso!Notas:1) Estas são algumas das expressões utilizadas pelos professoresna reacção à publicação da proposta de alteraçãodo Estatuto da Carreira Docente e aos discursos oficiais quea enquadraram.2) Consulta realizada em 6 de Junho de 2006. Na contabilizaçãodas posições expressas considerámos as “opiniões” eas “respostas” por estas induzidas.3) Atente-se, por exemplo, na flagrante contradição entre aretórica oficial da qualidade da educação e a impossibilidadeobjectiva de os professores investirem em qualquer tipo deformação pós-graduada.4) Maiúsculas no original.LUGARESda educaçãoVirgínio SáUniversidade do Minho09a páginada educaçãojulho 2006

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!