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epúblicados leitoresCultive a segurançae proteja a saúde no trabalho florestalJosé AzevedoTécnico do Instituto paraa Segurança, Higiene eSaúde no TrabalhoO trabalho florestal comporta uma série de riscosque estão associados à indefinição do local detrabalho, onde o trabalhador florestal tem de enfrentaruma diversidade de situações que terá deresolver de forma rápida, autónoma e coerente.Os empregadores devem assumir a responsabilidadesobre a segurança e saúde no trabalho daempresa, com vista a reduzir os possíveis acidentesque aí possam suceder, implementando umacultura de segurança.A floresta em Portugal ocupa, actualmente, cercade 38 por cento do território nacional, ou seja,3.350 mil hectares. Cerca de 87 por cento destafloresta pertence a proprietários privados, 10 porcento são baldios e os restantes 3 por cento sãoárea do Estado. Pode-se acrescentar que a áreaflorestal nacional tem condições para aumentar,se tivermos em conta os 2.300 mil hectares deáreas incultas, improdutivas ou de terras agrícolasde fraca capacidade de uso. No entanto,a pequena e dispersa propriedade continuará adificultar a eficiente gestão florestal, onde se incluemas questões relacionadas com a prevençãode riscos profissionais.Para além da redução da população activa na agriculturae florestas, uma das preocupações destesector é a disponibilidade de mão-de-obra qualificada.Como consequência, a mecanização é umimperativo de continuidade da actividade. Daí anecessidade de desenvolver novas máquinas ouadaptar o tractor agrícola para o trabalho florestal,aumentando a segurança do operador e a vida útildaquele equipamento, organizando ainda a formaçãoprofissional adequada dos seus operadores.Utilização de máquinas: a formação profissional éessencial. Para o trabalho com a motosserra, quepassou a ser uma máquina cada vez mais segurapela introdução de melhorias nas suas características- nomeadamente ao nível da protecçãodos riscos associados como, por exemplo, o ruídoe vibrações - ou para o uso de equipamentos deprotecção individual (e.p.i.) específicos, a formaçãodos operadores é cada vez mais necessáriacomo prevenção dos riscos profissionais.Para as máquinas multifunções – harvester – aformação profissional é essencial, dada a complexidadede laboração das mesmas, exigindo,por exemplo, conhecimentos em sistemas computadorizados.Pelos custos que acarreta, a oferta de formaçãopara preparar operadores, tanto de motosserrascomo de máquinas pesadas e sofisticadas é muitoescassa. Por isso, o trabalho com estas máquinasestá entregue à auto-formação e à venda dessamão-de-obra especializada como prestação deserviço.Assim, no plano da segurança, higiene e saúde notrabalho florestal, são prioritárias duas frentes deactuação:A formação de agricultores nas técnicas básicasde silvicultura onde a especialização incidirá nosequipamentos – adaptação do tractor agrícolaàs operações florestais e o uso de equipamento(e.p.i.) específico;A formação de operadores qualificados para aprestação de serviços em operações florestais quenão está ao alcance do agricultor-silvicultor.Organização do trabalho precisa-se!O trabalho florestal comporta uma série de riscosque estão associados à indefinição do local detrabalho, onde o trabalhador florestal tem de enfrentaruma diversidade de situações que terá deresolver de forma rápida, autónoma e coerente.É um trabalho realizado, normalmente, de formaisolada, o que dificulta, por exemplo, a acçãopronta de primeiro socorro em caso de acidente.Os empregadores devem assumir a responsabilidadesobre a segurança e saúde no trabalho daempresa, com vista a reduzir os possíveis acidentesque aí possam suceder, implementando umacultura de segurança, começando por identificaros riscos e organizar o trabalho, tendo em contaa idade, a condição física, o estado de saúde ea formação dos seus trabalhadores. Neste últimocaso, devem identificar as necessidades de formaçãodos recursos humanos da empresa e desenvolveras suas competências.Por outro lado, as responsabilidades dos trabalhadorespassam por uma cooperação estreita comos empregadores na promoção da segurança esaúde, não só debatendo as medidas a adoptar,como acatando as medidas já implementadas paratodos e para cada um.É importante que os trabalhadores façam uso correctodos equipamentos que lhes são destinados,bem como dos equipamentos de protecção individual(e.p.i.).Estas preocupações e medidas de prevenção forampreocupação no seminário, promovido pelaFederação dos Produtores Florestais de Portugal,“A segurança na Floresta” que teve lugar na Lousã,em Junho.Floresta é a classe de uso do solo que identifica osterrenos dedicados à actividade florestal. A classefloresta inclui os seguintes tipos de ocupação dosolo: povoamentos florestais, áreas ardidas de povoamentosflorestais, áreas de corte raso e outrasáreas arborizadas. (DGF/IFN-200).Harvester – processador de corte especialmenteconcebido para rentabilizar a exploração florestal,possibilitando a sequência das operações de abate,corte de ramos, traçagem, toragem, descasquee empilhamentoSilvicultura – Ciência que estuda a cultura, ordenamentoe conservação da floresta, tendo em vista ocontínuo aproveitamento dos seus bens e serviços.Algumas reflexõessobre a participação e a autonomiaEdaguimarOrquizas ViriatoDocenteda Unioeste/PR/BR.Estagiária naUniversidade do Minho,sob a orientaçãodo Prof. Dr. Licínio Lima.44a páginada educaçãojulho 2006Apesar das condições sombrias e perspectivasnebulosas que orientam hoje o mundo políticoeducacional, muitos, munidos de coragem paranovos começos e para um agir responsável, procuramainda defender alguns dos princípios queembasam a gestão democrática: a autonomia e aparticipação.A participação e a autonomia, entre outros, têm assumidodois aspectos merecedores de alguns comentários:um que as colocam num processo defortalecimento de atuação política e de constituiçãode luta pelos direitos sociais, o que torna a relaçãocom a comunidade escolar e o Estado numa lutaconstante e obrigatória; e outro que as colocamnum processo de distanciamento do Estado, buscandofortalecer-se dentro da própria comunidade.No primeiro aspecto, participar seria a possibilidadede a comunidade escolar identificar os problemaspertinentes à escola, apresentar alternativas parasolucioná-los e administrar os recursos financeirose materiais consoantes com tais alternativas. Issonão significa que o Estado deva transferir suas atribuiçõespara a escola, mas sim que a comunidadeescolar deva ter condições concretas para decidire interferir nos rumos da escola pública.A autonomia, no primeiro aspecto, deve ser entendidacomo uma expressão da gestão democrática.Assim, a autonomia faz-se presente enquanto umaquestão política, enquanto tomada de decisõescoletivas sobre os rumos da escola pública. Paratanto, a autonomia prescinde dos sujeitos quecompõem a escola para que estes se utilizem doscanais de participação e assumam-nos de formaparticipativa e autônoma.No segundo aspecto, a participação e a autonomiasão vistas como formas de a comunidade escolarcontribuir com a manutenção financeira da escolapública. O poder de decisão administrativo, financeiroe pedagógico é centralizado, seja em âmbitofederal, estadual ou municipal. A participação e aautonomia restringem-se à mão-de-obra barata, àcolaboração voluntária, à cobrança de taxas paramanter a escola.Nesta direção, a descentralização confunde-secom a desconcentração. Aos órgãos centrais cabeo papel de regulamentar e controlar as açõesda escola, sem, no entanto, ser responsável porsua manutenção financeira. No primeiro aspecto,a descentralização tem por finalidade distribuir opoder de decisão administrativo, pedagógico efinanceiro. Este poder decisório centra-se na escola,fato que pode levar a superação do trabalhofragmentado e centralizado em poucas mãos.Ora, o desencadeamento de uma política educacionalque tenha o compromisso com as classespopulares, minimamente deve utilizar-se, comoestratégia, a descentralização, prevendo os quatroplanos de êxito de tal estratégia (político, econômico,qualidade do ensino e administrativo) paraque esta não caía em abstrações.Entendemos que a comunidade escolar pode perceber-secomo parte de um poder, desenvolvendoações que possibilitem não somente o controlesobre os órgãos centrais mas também sobre aprópria organização escolar, consolidando efetivamenteuma gestão democrática, garantindo condiçõesiguais e dignas para todos.Sem dúvida, a questão é complexa, e aí reside odesafio. Temos que ter a convicção de que o processode gestão democrática da escola apresenta-secomo mais um dentre outros desafios para aconstrução das novas relações sociais, constituindoum espaço público de decisão e de discussãopolítica. A participação e a autonomia estão inerentesa esse processo.

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