a<strong>de</strong>quado para estudos <strong>em</strong> ecologia <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> que a maioria dasespécies estar<strong>em</strong> restritas a ambientes <strong>de</strong>limitados, como poças e lagos, e ter<strong>em</strong> umpadrão sazonal <strong>de</strong> ocorrência. Estudos envolvendo comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> anfíbiosneotropicais cont<strong>em</strong>plam, <strong>em</strong> sua maioria, abordagens com adultos (SANTOS et al.,2007; SILVA & ROSSA-FERES, 2007; ZINA et al., 2007; LUCAS & FORTES, 2008; MENINet al., 2008; SERAFIM et al., 2008). A facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> dados po<strong>de</strong>ria ser amelhor justificativa para que os adultos foss<strong>em</strong> mais abordados nestes estudos.Estudos cont<strong>em</strong>plando ass<strong>em</strong>bléias larvais na região neotropical são escassos selimitando a poucas comunida<strong>de</strong>s (DONNELLY & GUYER, 1994), fato que po<strong>de</strong> serjustificado pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> dados e, principalmente, pela dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação das espécies, uma vez que são poucos os estudos envolvendo variaçãomorfológica intraespecífica, e pelo fato <strong>de</strong> existir<strong>em</strong> muitas espécies com larvas aindanão <strong>de</strong>scritas. Os estudos disponíveis no âmbito da ecologia <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> girinosevi<strong>de</strong>nciam a partilha <strong>de</strong> recursos e as interações existentes entre características bióticase abióticas, fatores que <strong>de</strong>terminam a ocorrência das espécies nas ass<strong>em</strong>bléias larvais e amanutenção da estrutura da comunida<strong>de</strong> (WELLBURN et al., 1996).Dentre os fatores bióticos verificam-se os <strong>de</strong>terminantes ecológicos, como acompetição inter e intra-específica (MORIN, 1986; MORIN et al., 1988), a predação(MORIN, 1983; VAN BUSKIRK, 1988; AZEVEDO-RAMOS et al., 1999; ETEROVICK &SAZIMA, 2000), e <strong>de</strong>terminantes filogenéticos que evi<strong>de</strong>nciam a história evolutiva dasespécies (ETEROVICK & FERNANDES, 2001). Fatores abióticos, como heterogeneida<strong>de</strong>ambiental (ETEROVICK & BARATA, 2006), características físico-químicas da água(PELTZER & LAJMANOVICK, 2004; BOTH et al., 2009), estrutura física da poça (HEYER etal., 1975, BOTH et al., 2009), e sazonalida<strong>de</strong> climática (ROSSA-FERES & JIM, 1996;14
WILD, 1996) ag<strong>em</strong> <strong>em</strong> sincronismo para <strong>de</strong>terminar os padrões que reg<strong>em</strong> a composição<strong>de</strong> espécies nos ambientes.O conhecimento <strong>de</strong>sses padrões é um fator primordial no âmbito da Biologia daConservação. O <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> diversas populações <strong>de</strong> anfíbios, que t<strong>em</strong> sido observado amais <strong>de</strong> uma década nos diversos continentes (ALFORD & RICHARDS, 1999; BLAUSTEIN& WAKE, 1990, 1995 a, b; WALDMAN & TOCHER, 1998; YOUNG et al., 2001; CARRIER &BEEBEE, 2003; FUNK & MILLS, 2003), r<strong>em</strong>ete a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos direcionados aoconhecimento dos padrões que reg<strong>em</strong> a distribuição das espécies nos diversosambientes.Diversas causas são sugeridas para o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> anfíbios:<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> ambientes, alterações na disponibilida<strong>de</strong> e na qualida<strong>de</strong> dos corposd´água, introdução <strong>de</strong> predadores, poluição <strong>de</strong> pesticidas (BRIDGES & SEMLITSCH, 2000;SPARLING et al., 2001), chuva ácida, variação climática, aumento no nível <strong>de</strong> radiação<strong>de</strong> alta energia (raios UV) pela redução da camada <strong>de</strong> ozônio (BLAUSTEIN et al., 1994;KIESECKER & BLAUSTEIN, 1995; BRIDGES & BOONE, 2003), doenças infecciosas(CAREY et al., 1999), mortalida<strong>de</strong> <strong>em</strong> rodovias (HELS & BUCHWALD, 2001), e consumohumano.De acordo com STRÜSSMANN (2000), <strong>de</strong>ntre as alterações na qualida<strong>de</strong> doambiente, a perda <strong>de</strong> habitats é b<strong>em</strong> mais evi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> práticasagriculturais tais como <strong>de</strong>smatamentos, queimadas, dragag<strong>em</strong>, aração, estabelecimento<strong>de</strong> pastagens e monoculturas.Juntamente com a substituição dos ambientes naturais por monoculturas um fatoragravante a<strong>de</strong>re ao processo: a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insumos agrícolas (inseticidas eherbicidas) com potencialida<strong>de</strong> para a contaminação dos ambientes terrestres, aquáticose suas biotas (RELYEA, 2005). A influência dos inseticidas nas espécies <strong>de</strong> anfíbios15
- Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSPRÓ-
- Page 7 and 8: AGRADECIMENTOSAgradeço, especifica
- Page 9 and 10: SUMÁRIORESUMO GERAL...............
- Page 11 and 12: RESUMO GERALO conhecimento básico
- Page 13 and 14: GENERAL ABSTRACTThe basic knowledge
- Page 15: CAPÍTULO 1. APRESENTAÇÃO1.1. INT
- Page 19 and 20: distantes e nas proximidades de mon
- Page 21 and 22: 1.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAL
- Page 23 and 24: BRIDGES, C. M., SEMLITSCH, R. D. 20
- Page 25 and 26: frogs to a pesticide mixture affect
- Page 27 and 28: ROSSA-FERES, D. C., JIM, J. 1996. D
- Page 29 and 30: XU, Q., OLDHAM, R. S. 1997. Lethal
- Page 31 and 32: Figura 2.1. Mapa de localização d
- Page 33 and 34: Figura 2.3. Ambientes amostrados na
- Page 35 and 36: 2.3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASCRU
- Page 37 and 38: RESUMO. O presente estudo analisa a
- Page 39 and 40: epresentatividade, e a bacia do rio
- Page 41 and 42: espécies nos municípios e sub-bac
- Page 43 and 44: Tabela 3.2. Dados sócio-econômico
- Page 45 and 46: Tabela 3.3. Espécies de anfíbios
- Page 47 and 48: Dentre os municípios analisados, A
- Page 49 and 50: Figura 3.2. Similaridade entre a ri
- Page 51 and 52: Figura 3.3. Similaridade entre a ri
- Page 53 and 54: 3.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAL
- Page 55 and 56: estratégias de sua re-criação. A
- Page 57 and 58: RESUMO. O presente estudo analisa o
- Page 59 and 60: com composição de espécies em re
- Page 61 and 62: Tabela 4.1. Características dos am
- Page 63 and 64: diferença entre a riqueza de espé
- Page 65 and 66: O Índice de Integridade Ambiental
- Page 67 and 68:
21,77; IC = 4,92) e nas poças CM f
- Page 69 and 70:
0,114), temperatura (r = 0,175), pr
- Page 71 and 72:
Dendropsophus minutus, Dendropsophu
- Page 73 and 74:
4.4. DISCUSSÃOA influência da agr
- Page 75 and 76:
foram altos indicando um intermedi
- Page 77 and 78:
COLWELL, R. K. 2004. Estimates 5: S
- Page 79 and 80:
KNUTSON, M. G.; RICHARDSON, E. B.;
- Page 81 and 82:
PRADO, V. H. M. 2006. Similaridade
- Page 83 and 84:
Apêndice 4.1. Atributos ambientais
- Page 85 and 86:
CAPÍTULO 5. OCUPAÇÃO DE NICHO ES
- Page 87 and 88:
5.1. INTRODUÇÃOA partição de re
- Page 89 and 90:
menor amplitude e sobreposição de
- Page 91 and 92:
Os espécimes capturados foram tran
- Page 93 and 94:
significância do índice de divers
- Page 95 and 96:
Tabela 5.3. Tipos e disponibilidade
- Page 97 and 98:
2.82.62.42.22.0Uso pelos girinos (L
- Page 99 and 100:
2.42.22.0Amplitude de nicho média1
- Page 101 and 102:
Tabela 5.5. Sobreposição de nicho
- Page 103 and 104:
Tabela 5.7. Preferência no uso de
- Page 105 and 106:
áreas distantes da monocultura pos
- Page 107 and 108:
ALTIG, R. & MCDIARMID, R. W. 1999.
- Page 109 and 110:
HAMMER, O.; HARPER, D. A. T. & RYAN
- Page 111 and 112:
ROSSA-FERES, D. C. & NOMURA, F. 200
- Page 113 and 114:
Apêndice 5.1. Matriz evidenciando
- Page 115 and 116:
6. CONCLUSÕES FINAISa) Não foi ev