23De acor<strong>do</strong> com o esquema apresenta<strong>do</strong> na Figura 1, as partículas podem frequentemente serdividi<strong>da</strong>s basicamente em mo<strong>da</strong>s.A mo<strong>da</strong> de nucleação compreende as partículas ultrafinas com diâmetros de até 10 nm,enquanto que a mo<strong>da</strong> de núcleos de Aitken abrange a faixa de tamanho de cerca de 10 nm a100 nm (0,1 µm) de diâmetro. Estas duas mo<strong>da</strong>s respondem pela preponderância de partículasem número, mas <strong>por</strong> causa <strong>do</strong> seu pequeno tamanho, estas partículas apresentam pequenapercentagem com relação à massa total de partículas no ar. As partículas <strong>da</strong> mo<strong>da</strong> denucleação são geralmente aerossóis novos cria<strong>do</strong>s no local a partir <strong>da</strong> fase gasosa <strong>por</strong>nucleação, sen<strong>do</strong> que esta mo<strong>da</strong> pode ou não estar presente, dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong>s condiçõesatmosféricas. A maior parte <strong>do</strong>s núcleos de Aitken inicia a sua vi<strong>da</strong> atmosférica comopartículas primárias e posteriormente, material secundário se condensa sobre elas à medi<strong>da</strong>que são trans<strong>por</strong>ta<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> atmosfera (SEINFELD e PANDIS, 2006).A mo<strong>da</strong> de acumulação, estenden<strong>do</strong>-se de 0,1 a cerca de 2,5 µm de diâmetro, geralmenteresponde pela maior parte <strong>da</strong> área de superfície <strong>do</strong> aerossol e <strong>por</strong> uma parte substancial <strong>da</strong>massa <strong>do</strong> aerossol. As partículas <strong>da</strong> mo<strong>da</strong> de acumulação são resultantes de emissõesprimárias; <strong>da</strong> condensação de sulfatos secundários, de nitratos, de compostos orgânicos emfase gasosa e <strong>da</strong> coagulação de partículas menores. A mo<strong>da</strong> de acumulação é assim chama<strong>da</strong><strong>por</strong>que os mecanismos de remoção de partículas são menos eficientes neste regime, fazen<strong>do</strong>com que as partículas se acumulem (SEINFELD e PANDIS, 2006).Por último, a mo<strong>da</strong> grossa, a partir de 2,5 µm de diâmetro, é forma<strong>da</strong> <strong>por</strong> processosmecânicos tais como vento ou erosão (poeira, maresia, pólen, etc.). A maior parte <strong>do</strong> materialna mo<strong>da</strong> grossa é primária, mas existem alguns sulfatos e nitratos secundários. As partículasgrossas têm veloci<strong>da</strong>des de sedimentação suficientemente <strong>grande</strong>s, o que faz com que elassejam removi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> atmosfera em um tempo razoavelmente curto (SEINFELD e PANDIS,2006).3.2.2 Composição química <strong>do</strong> material particula<strong>do</strong>O material particula<strong>do</strong> apresenta uma considerável variabili<strong>da</strong>de de elementos em suacomposição, devi<strong>do</strong> à <strong>grande</strong> quanti<strong>da</strong>de de partículas finas, as quais possuem <strong>grande</strong>capaci<strong>da</strong>de de absorção, em associação com poluentes gasosos secundários. Dessa forma,
24para se determinar a composição química de qualquer particula<strong>do</strong>, deve-se obter informaçõesquanto a sua origem e seu histórico atmosférico (GODISH, 1991 apud ALMEIDA, 1999).Estu<strong>do</strong>s de caráter científico buscam, em geral, relacionar composição química com vistas àidentificação <strong>da</strong>s fontes <strong>do</strong> MP, ao entendimento <strong>da</strong>s transformações químicas na atmosfera,ao provimento de subsídios para uma melhor compreensão <strong>do</strong>s efeitos adversos <strong>do</strong> MP àsaúde humana e para as ações de controle ambiental (SOUZA et al., 2010).De acor<strong>do</strong> com Seinfeld e Pandis (2006), uma fração significante <strong>do</strong> aerossol troposférico temorigem antropogênica e podem conter íons como sulfato, amônio, nitrato, sódio e cloreto,metais traços, material carbonáceo, elementos <strong>da</strong> crosta terrestre e água. A fração carbonácea<strong>do</strong>s aerossóis consiste tanto de carbono elementar quanto carbono orgânico. O carbonoelementar, também denomina<strong>do</strong> de carbono negro, carbono grafítico ou fuligem, é emiti<strong>do</strong>diretamente na atmosfera, pre<strong>do</strong>minantemente de processos de combustão. Já o carbonoorgânico particula<strong>do</strong> pode ser emiti<strong>do</strong> diretamente <strong>por</strong> fontes ou pode resultar <strong>da</strong> condensaçãoatmosférica de gases orgânicos de baixa volatili<strong>da</strong>de.Dentre as espécies cita<strong>da</strong>s anteriormente, o sulfato, o amônio, o carbono orgânico e elementare certos metais de transição são encontra<strong>do</strong>s pre<strong>do</strong>minantemente nas partículas finas,enquanto que os materiais <strong>da</strong> crosta, incluin<strong>do</strong> silício, cálcio, magnésio, alumínio e ferro, e aspartículas orgânicas biogênicas (pólen, es<strong>por</strong>os, fragmentos de plantas) estão geralmente nafração grosseira de aerossol. O nitrato pode ser encontra<strong>do</strong> tanto na mo<strong>da</strong> fina como na mo<strong>da</strong>grossa, sen<strong>do</strong> que na mo<strong>da</strong> fina geralmente é o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> reação de áci<strong>do</strong> nítrico/amôniapara a formação de nitrato de amônio e na mo<strong>da</strong> grossa é o produto de reações partículagrossa/áci<strong>do</strong> nítrico (SEINFELD e PANDIS, 2006).Uma distribuição típica <strong>do</strong> tamanho/composição <strong>do</strong> aerossol urbano é mostra<strong>da</strong> na Figura 2(WALL et al., 1988 apud SEINFELD e PANDIS, 2006).
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83REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABNT
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