27A gama de efeitos <strong>da</strong>s partículas sobre a saúde é ampla, mas pre<strong>do</strong>minantemente atingem osistema respiratório e cardiovascular. To<strong>da</strong> a população é afeta<strong>da</strong>, mas a susceptibili<strong>da</strong>de aesse tipo de poluição pode variar com a saúde ou i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pessoa (WHO, 2005).Geralmente, os efeitos e sintomas provoca<strong>do</strong>s pelas partículas suspensas no ar em curto prazosão: reações inflamatórias no pulmão, insuficiência respiratória, efeitos adversos no sistemacardiovascular, aumento <strong>do</strong> uso de medicamentos, aumento de internações hospitalares,mortali<strong>da</strong>de. Já sob longo perío<strong>do</strong> de exposição os sintomas e efeitos são: diminuição <strong>da</strong>capaci<strong>da</strong>de de respiração, redução <strong>da</strong> função pulmonar <strong>da</strong>s crianças, obstrução pulmonarcrônica, redução <strong>da</strong> expectativa de vi<strong>da</strong>, mortali<strong>da</strong>des <strong>por</strong> <strong>do</strong>enças cardiovasculares erespiratórias e contração de câncer nos pulmões (WHO, 2005).De acor<strong>do</strong> com Saldiva (2005), os grupos populacionais mais significativamente afeta<strong>do</strong>s pelomaterial particula<strong>do</strong> são fetos, crianças abaixo <strong>do</strong>s cinco anos de vi<strong>da</strong>, i<strong>do</strong>sos e <strong>por</strong>ta<strong>do</strong>res de<strong>do</strong>enças crônicas. Além disso, os fatores socioeconômicos influenciam a suscetibili<strong>da</strong>de aoMP, <strong>da</strong><strong>do</strong>s que o seu impacto em termos de mortali<strong>da</strong>de será tanto maior quanto menor oíndice de desenvolvimento social e econômico <strong>da</strong> população exposta.Um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> pelo Programa Nacional <strong>da</strong> Racionalização <strong>do</strong> Uso <strong>do</strong>s Deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>Petróleo e <strong>do</strong> Gás Natural (CONPET, 2006) apresentou os efeitos <strong>da</strong> poluição atmosféricasobre a saúde <strong>da</strong> população, relatan<strong>do</strong> o MP como o poluente atmosférico maisconsistentemente associa<strong>do</strong> a efeitos adversos à saúde humana. Esse fato é atribuí<strong>do</strong> àcomposição química <strong>do</strong> MP que, em geral, consiste em um núcleo de carbono elementar,sobre o qual estão agrega<strong>do</strong>s gases, compostos orgânicos, sulfatos, nitratos e metais.Em estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> <strong>por</strong> Pope et al. (2002), foi investiga<strong>da</strong> a associação entre a exposição alongo prazo à poluição <strong>do</strong> ar <strong>por</strong> partículas finas e a mortali<strong>da</strong>de <strong>por</strong> câncer de pulmão ecardiopulmonar. Aproxima<strong>da</strong>mente 500.000 adultos residentes nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e PortoRico participaram <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s mostraram que a poluição <strong>por</strong> particula<strong>do</strong> fino(MP 2,5 ) foi associa<strong>da</strong> com a mortali<strong>da</strong>de <strong>por</strong> to<strong>da</strong>s as causas, câncer de pulmão ecardiopulmonar, sen<strong>do</strong> que para uma elevação de 10 µg/m³ foi associa<strong>da</strong> com um aumento <strong>do</strong>risco de aproxima<strong>da</strong>mente 4%, 6% e 8%, respectivamente, o que permitiu concluir que aexposição prolonga<strong>da</strong> à poluição <strong>do</strong> ar é um im<strong>por</strong>tante fator de risco ambiental.
28Quanto às partículas sedimentáveis, Saldiva (2012), relata que ain<strong>da</strong> não há tantas evidênciasde seus efeitos nocivos à saúde, ponderan<strong>do</strong> que esses efeitos podem existir, mas não háestu<strong>do</strong>s que os comprovem.3.3 PARTÍCULAS SEDIMENTÁVEISA American Society for Testing and Materials (ASTM, 1998) define o Material Particula<strong>do</strong>Sedimentável como a seguir:[...] qualquer material composto <strong>por</strong> partículas suficientemente pequenas para passar<strong>por</strong> uma peneira de 1 mm e <strong>grande</strong>s o suficiente para sedimentarem, em virtude <strong>do</strong>seu peso, em um recipiente exposto ao ar ambiente (ASTM D1739, 1998, traduçãolivre).Pode-se notar pela definição <strong>da</strong> ASTM que não há um limite inferior para classificar oMaterial Particula<strong>do</strong> Sedimentável, mas um limite superior defini<strong>do</strong> pela abertura <strong>da</strong> peneira,sen<strong>do</strong> as partículas sedimentáveis aquelas que possuem diâmetro inferior a 1 mm (1000 µm).No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1991) define a poeirasedimentável como a seguir:Poeira presente na atmosfera, suscetível à coleta <strong>por</strong> sedimentação livre, compostade partículas sóli<strong>da</strong>s ou líqui<strong>da</strong>s suficientemente <strong>grande</strong>s para se depositarem nofrasco coletor e bastante pequenas para atravessarem a peneira de 0,84 mm (ABNTMB-3402, 1991).Analogamente à definição <strong>da</strong><strong>da</strong> pela ASTM, a definição estabeleci<strong>da</strong> pela ABNT consideraapenas um limite superior para a poeira sedimentável, sen<strong>do</strong> este limite de 0,84mm (840 µm).3.3.1 Deposição de partículasDe acor<strong>do</strong> com Noll (2001), as partículas atmosféricas depositam-se <strong>por</strong> diversos processos,incluin<strong>do</strong> difusão turbulenta, difusão Browniana, efeitos inerciais e sedimentaçãogravimétrica. Existem <strong>do</strong>is mecanismos principais de remoção na atmosfera, incluin<strong>do</strong> adeposição seca e a deposição úmi<strong>da</strong> (TASDEMIR e ESEN, 2007).
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