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perdida_-_carina_rissi

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~ 187 ~— Ian, não posso acreditar que tenha se esquecido de entregar as jóias quedeixei para Sofia usar esta noite. Você notou como Lady Catarina Romanov aobservou? — Elisa disse, aborrecida, enquanto esperávamos pela carruagem.Havia uma fila delas, todas parecidas umas com as outras. Porém, uma delas sedestacava, era muito grande e os cavalos usavam um adorno vermelho nas cabeças. Amulher coberta de jóias que Teodora passou boa parte da noite paparicando entrou nela.— Desculpe-me, Elisa. Eu me esqueci. — Ian passou a mão pelos cabelosescuros, parecendo constrangido.— Você devia ter se lembrado. As pessoas notaram que ela não tinha nada paradestacar a beleza de seu rosto. — Elisa cruzou os braços sobre o peito.— Mas ela não precisa! — ele disse simplesmente, me fazendo corar.— Sim, isso é verdade, mas ainda assim... — Elisa sorriu pra mim,aparentemente esquecendo a briga com o irmão.No caminho para casa, Teodora estava eufórica por ter conversado com LadyCatarina sei-lá-das-quantas uma senhora muito importante, descendente de umaimportante família russa, com um filho em idade adulta procurando por uma esposa .Aparentemente, o tal filho devia ser muito importante na sociedade, pois seu interesseem conhecê-lo era tocante.Fiquei maravilhada ao passarmos pela vila à noite — já era tarde, talvez perto dameia-noite. Não imaginei que já existisse iluminação pública no século dezenove. Claroque não era luz elétrica, mas um tipo de lanterna ou lamparina pendia como braços doalto das casas. Iluminava até que bem as ruas e vielas. A pequena lamparina iluminavafracamente o interior da carruagem, mas era o suficiente para que eu pudesse ver que osolhos de Ian não me deixaram nem por um momento.— Gostou do espetáculo, senhorita Sofia? — Teodora perguntou ao meu lado,quando já estávamos na estrada que levava até a casa.— Foi demais! Não pensei que ópera pudesse ser tão divertida. Pensei que todasfossem melancólicas e enfadonhas.Elisa riu.— Sabe que, às vezes, penso a mesma coisa? Não gosto das melancólicastambém. — confessou ela.Eu assenti, sorrindo.— Realmente gostou, senhorita? — indagou Ian, que até então estava calado,apenas me encarando.

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