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perdida_-_carina_rissi

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~ 339 ~— Não mais seria a minha Sofia! — ele explicou, tocando meu cabelo e meencarando com intensidade. Meus joelhos bambearam.Depois disso, tentei ficar mais calma. Era mais fácil tentar, no entanto, querealmente conseguir ficar tranquila. Arrumei-me com deliberada lentidão. Fiz o melhorque pude. Elisa e Teodora me ajudaram com o cabelo, fazendo um coque largo ecomplicado, muito elaborado. O vestido ficou bárbaro, o modelo, desta vez escolhidopor mim; armado tipo princesa, bufante e rodado — abri uma exceção para meu baile denoivado, escolhendo um modelo bem típico da época —, sem alças e azul bebê.Experimentei usar a tal crinoline, para que o vestido ficasse tão exuberante como nodesenho que vi no atelier. E já que estava ali, resolvi dar uma chance ao espartilho.Logo notei que não daria para comer nada usando aquilo, eu mal conseguia respirarnormalmente.Uma olhada na janela — já que o espelho era pequeno demais — e algunsrodopios depois, eu estava pronta, parecida com uma princesa de conto de fadas, mesentindo totalmente ridícula e indescritivelmente feliz.Ian me esperava do lado de fora, quando abri a porta vi seus olhos searregalarem e sua boca se abrir.— Não me olhe com essa cara. Estou tentando me adaptar o melhor que posso.Já me sinto muito ridícula sem essa sua cara de bobo!Ele piscou algumas vezes antes de conseguir falar. O fogo dentro dos seus olhosme animou um pouco.— Sofia! — disse ele, me examinando atentamente. — Você está...— Eu sei... — murmurei. — Pareço uma caricatura.Ele passou a mão pelo cabelo e suspirou, depois sorriu.— Acho que não é esta a palavra que procuro, senhorita. — ele esticou a mãopara pegar a minha. — Você está indescritivelmente linda esta noite! Mas acho que faltaalguma coisa.— Ah! Não falta nada! Estou usando até a droga do espartilho dessa vez!— Posso notar isso. — rebateu com o olhar preso no meu decote.Realmente, o espartilho tinha suas vantagens, deixava a cintura mais fina e obusto empinado e volumoso, mas, ainda assim, a tortura não valia à pena.— Mas ainda acho que falta alguma coisa. — e aproximou minha mão de seuslábios, beijando-a delicadamente — Talvez uma flor?

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