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perdida_-_carina_rissi

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~ 52 ~— Eu nunca vi nada como eles. Não parecem sapatos femininos, tampoucomasculinos. Na verdade, não se parecem com nada que eu já tenha visto. — eu tinhacerteza disso! — Só estava pensando que tipos de sapatos seriam.— Você está certo. Não são femininos, nem masculinos. — Ian era esperto!Fiquei surpresa com seu raciocínio rápido. — São unissex, servem para os dois gêneros.Chamam-se tênis. São usados para a prática de esportes, mas a maioria das pessoas osincluiu no guarda-roupa por serem tão confortáveis e duráveis. Acho que não existe umjovem que não tenha um par de tênis em casa.— Bem... — ele disse, com um meio sorriso no rosto. Meu estômago secontorceu levemente. — Existe sim. Eu não tenho nenhum.Eu ri também.— Você ficaria de queixo caído se visse as coisas que existem onde eu moro. —se ele achava um simples par de tênis impressionante, o que não pensaria sobre ainovação das inovações chamada papel higiênico!— Acho que posso acreditar nisso. Nunca, em meus vinte e um anos, conhecialguém tão diferente quanto a senhorita.e um.— Você também é muito estranho, sabia? — ainda mais pra quem só tinha vinteIan parecia mais velho. Não apenas na aparência, mas pelo modo de falartambém. Talvez parecesse mais velho por causa da altura. Ian era muito grande. Aindamais alto que o Rafa, só que menos bombado e, estranhamente, não era desengonçado.Eu sabia, por experiência, que pessoas grandes sempre tinham problemas decoordenação motora. E, apesar de ser uns bons vinte centímetros mais alto que eu, Iannão parecia ser tão atrapalhado. Ao contrário, cada movimento seu era tão elegante queme flagrei algumas vezes observando a forma como ele caminhava com extremasegurança, os ombros largos sempre eretos, a forma como seus lábios se moviamquando falava...— Planeja me contar sobre ele, senhorita Sofia? Estou realmente curioso. Deveficar muito distante daqui, pois nunca ouvi falar de um lugar onde mulheres usamroupas... Pequenas e apertadas ou sobre os tênis. — os olhos, cravados nos meus, mecompeliam a falar, E por alguma razão que eu não entendia, eu queria contar a ele. Ianestava sendo tão gentil comigo! Mas o que eu diria?É que fica meio longe. Duzentos anos longe! Se você, por acaso, encontrar umamáquina do tempo <strong>perdida</strong> por aí, me avisa que eu te levo até o século XXI. A gentepode tomar um chope e depois cair na night!

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