elaboração da ração, po<strong>de</strong> ocorrer <strong>em</strong> doses superiores à d<strong>em</strong>anda dos animais <strong>em</strong>algumas situações.Os animais superiores parec<strong>em</strong> ter boa tolerância à exposição ao metal, poisbaixas concentrações nas dietas alimentares não proporcionam efeitos adversosvisíveis, estes sintomas são observados com teores a partir <strong>de</strong> 40 mg kg -1 paraAndriguetto (1981) e 250 mg kg -1 para NRC (1998), sendo comuns a partir <strong>de</strong> 1.000mg kg -1 (NRC, 1980). Os principais sintomas <strong>de</strong>sta toxi<strong>de</strong>z são a diminuição noconsumo <strong>de</strong> ração e conseqüente diminuição <strong>de</strong> crescimento (ANDRIGUETTO,1981). Porém, mesmo <strong>em</strong> doses baixas, foi observada uma diminuição da taxa <strong>de</strong>natalida<strong>de</strong> das gerações futuras, mesmo s<strong>em</strong> sintomas clínicos. A toxicida<strong>de</strong> doel<strong>em</strong>ento po<strong>de</strong> ser afetada pela forma do Ni, espécie, ida<strong>de</strong>, estado reprodutivo,t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição e ainda nutrientes disponibilizados. A relativa tolerância dosanimais a dietas com teores elevados <strong>de</strong> Ni po<strong>de</strong> estar associada a baixa taxa <strong>de</strong>assimilação pelo organismo dos animais, pois gran<strong>de</strong> parte do que é ingerido éexcretado nas fezes e urina e <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s menores no suor e na bile (NRC,2000).2.4.3.5. Chumbo (Pb)O Pb é um metal pesado que ocorre naturalmente na crosta terrestre.Raramente é encontrado na forma isolada, normalmente é encontrado combinadocom dois ou mais el<strong>em</strong>entos formando compostos. É <strong>de</strong> ocorrência natural noambiente, mas a ativida<strong>de</strong> humana proporcionou a concentração do el<strong>em</strong>ento nasúltimas décadas, o que o torna um probl<strong>em</strong>a (ATSDR, 2005). O Pb é consi<strong>de</strong>radoum dos maiores poluentes ambientais e um dos principais responsáveis peloenvenenamento aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> animais domésticos, (NRC, 1972). Não é consi<strong>de</strong>radoum el<strong>em</strong>ento essencial ao <strong>de</strong>senvolvimento, sendo, portanto mais difícil a obtenção<strong>de</strong> materiais bibliográficos com ênfase animal; porém <strong>em</strong> relação a contaminação,alguns foram ser encontrados, e este é o enfoque dado.Mesmo não sendo um el<strong>em</strong>ento essencial NRC (1980) observou que a adição<strong>de</strong> 1 mg kg -1 <strong>de</strong> Pb à dieta proporcionou um aumento <strong>de</strong> 16 % no crescimento <strong>de</strong>ratos, mas ao aumentar a adição para 2,5 mg kg -1 , houve perda <strong>de</strong> 33% na taxa <strong>de</strong>crescimento. A partir <strong>de</strong> 1984 testes com supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> Pb <strong>em</strong> ratos e suínosforam <strong>de</strong>senvolvidos e mostraram que doses inferiores a 30 µg kg -1 proporcionaram
sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência. No entanto, possivelmente o beneficio do el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong>ve-s<strong>em</strong>ais a proprieda<strong>de</strong>s terapêuticas do que função metabólica propriamente dita, jáque os sintomas estão associados ao metabolismo do Fe, não comprovando assim asua essencialida<strong>de</strong>. O Pb, por sua reativida<strong>de</strong>, t<strong>em</strong> a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> interferir <strong>em</strong>diversos processos metabólicos do animal (NIELSEN, 1998; NRC, 1980).Doses elevadas pod<strong>em</strong> causar toxi<strong>de</strong>z <strong>em</strong> animais expostos ao Pb e os efeitossão indiretos, provavelmente resultantes da interferência do Pb <strong>em</strong> funçõesenzimáticas <strong>em</strong> locais específicos, causando anomalias <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as como oh<strong>em</strong>atológico, nervoso, renal ou no próprio esqueleto. O tratamento e a própriadiagnose <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da compreensão dos mecanismos envolvidos (NRC, 1972). Osefeitos tóxicos observados a partir da contaminação com Pb são similares tanto paraa exposição via oral quanto inalação.O Pb ten<strong>de</strong> a se acumular nos ossos <strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 90 % e ser imóvel noorganismo e <strong>de</strong> baixa taxa <strong>de</strong> absorção por parte dos animais, sendo que os nãoruminantes absorv<strong>em</strong> aproximadamente 10% da dieta diária e os ruminantes apenascerca <strong>de</strong> 3% (NRC, 1972; ANDRIGUETTO, 1981). Este fenômeno tráz consigo osaspectos positivos e negativos, pois se por um lado a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminaçãoanimal é pequena, <strong>de</strong>vido a baixa taxa <strong>de</strong> assimilação, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>contaminação ambiental passa a ser elevada, <strong>de</strong>vido a alta liberação para o meioatravés dos <strong>de</strong>jetos, b<strong>em</strong> como a própria permanência do el<strong>em</strong>ento no ambiente,<strong>de</strong>vido a sua alta reativida<strong>de</strong>.O Pb afeta todos os órgãos e sist<strong>em</strong>as tanto <strong>de</strong> corpos <strong>de</strong> animais quanto <strong>de</strong>seres humanos. Os efeitos mais sentidos parec<strong>em</strong> ser neurológicos (particularmente<strong>em</strong> crianças), h<strong>em</strong>atológicos e cardiovasculares (ATSDR, 2005). Os principais sinaisclínicos nas diversas espécies são an<strong>em</strong>ia, anorexia, <strong>de</strong>pressão, cólicas, vômitos,salivação excessiva e perda <strong>de</strong> peso, po<strong>de</strong>ndo chegar até a morte (AMMERMAN etal., 1973). Sintomas <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z crônica são raros <strong>em</strong> ruminantes e mais comuns <strong>em</strong>não ruminantes (NRC, 1980). Em doses consi<strong>de</strong>radas baixas, <strong>de</strong> 1 até 100 mg kg -1 ,não foram observados sintomas <strong>em</strong> bezerros, bovinos e patos. Quandoimpl<strong>em</strong>entadas dietas com maiores teores, os sintomas tend<strong>em</strong> a aparecer etornam-se preocupantes. Doses <strong>de</strong> 200 a 400 mg kg -1 provocaram a morte <strong>de</strong>bezerros e <strong>de</strong> 600 a 800 mg kg -1 a morte <strong>de</strong> bovinos mais velhos e tambémcarneiros. Devido a estes valores ANDRIGUETTO et al. (1981) citam que para quehaja intoxicação as doses <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser altas.
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