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AS FEIRAS LIVRES COMO ESPA++ºO DE ... - aader.org.ar

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qualidade com diversidade, g<strong>ar</strong>antindo a produção dos alimentos básicos essenciais de consumo dapopulação, mostrando com isso uma importante capacidade de adaptação. Tal potencial apresentadopela agricultura famili<strong>ar</strong>, não ocorreu espontaneamente, pois importantes papéis nestas mudançastiveram as políticas públicas de acesso a crédito, os programas governamentais de aquisição dealimentos e a extensão rural. Cabe destac<strong>ar</strong> em nível de federação o Programa Nacional deAlimentação Escol<strong>ar</strong> (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal (PAA), oPrograma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Famili<strong>ar</strong> (PRONAF). Complement<strong>ar</strong>mente e deforma mais direta observa-se também que quando os governos municipais intervêm odesenvolvimento da agricultura famili<strong>ar</strong> é mais expressivo.Nesse contexto a agricultura famili<strong>ar</strong> desenvolve-se tanto nos meios de produção quanto nosdiversos meios de construção de mercados, cada uma com suas c<strong>ar</strong>acterísticas p<strong>ar</strong>ticul<strong>ar</strong>es, comdiferentes formas de retorno social e cultural ao agricultor famili<strong>ar</strong>. Apes<strong>ar</strong> da importância dosaspectos produtivos, a comercialização é o que g<strong>ar</strong>ante a renda das famílias, sendo extremamenterelevante p<strong>ar</strong>a a permanência dos agricultores no campo. Os circuitos curtos destacam-se como aforma mais direta de comercialização, sendo também a principal estratégia de geração de renda,liquidez imediata e a g<strong>ar</strong>antia da reprodução famili<strong>ar</strong>.Neste sentido, as ações dos agentes de Extensão Rural e das prefeituras municipais são defundamental importância p<strong>ar</strong>a o desenvolvimento dos circuitos curtos, onde estes atuam diretamentena <strong>org</strong>anização das feiras de circuitos curtos, bem como também diretamente nas propriedadesrurais, estimulando uso de técnicas de produção sustentáveis. Além disso, atuam nos aspectossociais e culturais dos produtores, através do resgate das c<strong>ar</strong>acterísticas históricas dos alimentostípicos de uma região, através de cursos profissionalizantes, palestras, reuniões, na <strong>org</strong>anização dosprodutores e buscando recursos de apoio a agricultura famili<strong>ar</strong>. Enfim são muitas as formas de açãodireta e indireta dos agentes de Extensão Rural em prol da comercialização dos produtos oriundos daagricultura famili<strong>ar</strong> nas diversas formas de circuitos curtos.Buscando compreender melhor a questão da agricultura famili<strong>ar</strong>, o papel da extensão rural econstrução de mercados de circuito curtos, este trabalho tem por objetivo, a p<strong>ar</strong>tir de uma abordagemde natureza qualitativa, analis<strong>ar</strong> as estratégias e os significados das feiras livres, a p<strong>ar</strong>tir dasespecificidades apresentadas nas existentes nos municípios pertencentes à região de abrangência doInstituto Federal F<strong>ar</strong>roupilha Campus São Vicente do Sul.2. REVISÃO DA LITERATURA2.1 C<strong>ar</strong>acterização da agricultura famili<strong>ar</strong>:P<strong>ar</strong>a fal<strong>ar</strong> sobre agricultura famili<strong>ar</strong> e sua importância, econômica, cultural e social, énecessário escl<strong>ar</strong>ecer através de uma breve revisão a noção de campesinidade e quais osagricultores eram classificado como camponeses, <strong>ar</strong>rendatários, posseiros, entre muitas outrasformas como eram reconhecidos esta classe de agricultores. Atualmente muitos trabalhosacadêmicos de diversas áreas dedicam-se a diferenci<strong>ar</strong> e conceitu<strong>ar</strong> o agricultor camponês doagricultor famili<strong>ar</strong>.O trabalhador camponês segundo Felício (2005) era sinônimo de passado, do atraso, e dorudiment<strong>ar</strong>, enquanto o Agricultor famili<strong>ar</strong> representava o progresso, o novo e o moderno. P<strong>ar</strong><strong>ar</strong>eforç<strong>ar</strong> tal <strong>ar</strong>gumento, o autor escl<strong>ar</strong>ece:[...] “ambos são os mesmos sujeitos vivendo em condições diferenciadas.São componentes do campesinato e resistem ao avanço capitalista por viasdistintas, realidade que persiste em desafi<strong>ar</strong> a ciência a encontr<strong>ar</strong> o papel eo lug<strong>ar</strong> dos camponeses na sociedade capitalista (FELÍCIO, 2005, pg. 205).”

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