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volume1_2016_NIDE

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crescentes nas organizações socioeconómicas do mundo moderno (Carvalho,<br />

2014; Gama, Teodoro & Simões, 2014; José & Teixeira, 2014), espelhando êxito<br />

e, simultaneamente, novos desafios (Jacob, 2007; Lima, 2012).<br />

Num país em situação económica altamente fragilizada (Carvalho, 2014),<br />

tem sido generalizadamente aceite que as recentes evidências demográficas<br />

e o respetivo envelhecimento progressivo da população impõem alterações<br />

significativas nos serviços e redes de apoio existentes no mundo dito desenvolvido<br />

(Antunes & Pereira, 2014; Gama, Teodoro & Simões, 2014; Maurício,<br />

2010; Osorio, 2008; Rebelo, 2007). Segundo o Instituto Nacional de Estatística<br />

(2014) 1 , a previsão é de que o índice de envelhecimento 2 aumentará de 131,<br />

em 2012, para 307 idosos por cada 100 jovens em 2060. O próprio índice de<br />

sustentabilidade potencial passará de 340 para 149 pessoas em idade ativa por<br />

cada 100 idosos, ilustrando as novas preocupações emergentes.<br />

Sequencialmente, não só se têm exigido alterações económico-políticas<br />

como as próprias estruturas dedicadas especialmente ao apoio à população<br />

idosa, também elas, têm vindo a adaptar-se a esta nova realidade<br />

(Gama, Teodoro & Simões, 2014). O foco deixou de se centrar exclusivamente<br />

na prestação de cuidados básicos, como sendo a alimentação, a<br />

higiene e a saúde, para passar a englobar igualmente a promoção de uma<br />

melhor qualidade de vida e bem-estar (Antunes & Pereira, 2014; Jacob,<br />

2007; Rebelo, 2007), incentivando-se o envelhecimento saudável, ativo e,<br />

preferencialmente, mais participativo, com especial atenção recorrente<br />

sobre a saúde mental, e com uma maior apreciação desta fase da vida enquanto<br />

uma oportunidade.<br />

Para cada vez mais pessoas, esta fase representa cerca de um terço da<br />

totalidade do tempo da sua vida (Rebelo, 2007). Neste processo, a animação<br />

sociocultural tem vindo obviamente a certificar o seu lugar de destaque nesta<br />

jornada (Antunes & Pereira, 2014; Dias, Campos, Saraiva & Lima, 2011; Osorio,<br />

2008; Sousa, 2014), fortalecendo as estratégias favorecedoras ao desenvolvimento<br />

de melhores condições de suporte à pessoa idosa, nomeadamente em<br />

centros de dia e de convívio bem como em universidades seniores e, especialmente,<br />

em estruturas residenciais para pessoas idosas.<br />

1 Estudo do INE “Projeções de população residente 2012-2060” disponível em http://<br />

www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_<br />

boui=208819970&DESTAQUESmodo=2<br />

2 Relação existente entre o número de idosos e a população jovem.<br />

22 | Cadernos Intervenção Cultural e Educação Artística

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