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volume1_2016_NIDE

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vendo diariamente atividades com os idosos que nesta estrutura residem. As<br />

suas ações procuram promover, essencialmente, uma postura mais ativa, o<br />

combate à solidão, ao tédio e ao desânimo, a valorização das tradições e cultura<br />

destas pessoas e, ainda, a preservação das suas competências, nomeadamente a<br />

criatividade e os relacionamentos interpessoais. O recurso às artes é uma opção<br />

frequente, dado que se acredita que a criatividade é um potencial que faz parte<br />

das necessidades humanas (Ostrower, 1993).<br />

Neste sentido, ao apoio prestado junto do trabalho que era já realizado,<br />

acrescentaram-se mais atividades de estimulação cognitiva, nomeadamente<br />

destinadas a trabalhar a memória, concentração e atenção. Por exemplo, foi<br />

dinamizada uma atividade de estimulação sensorial, através do cheiro e do tato,<br />

e outra, em comemoração do Dia da Fotografia, em que os utentes tiveram a<br />

possibilidade de fotografarem por si próprios.<br />

Muitas das atividades envolveram membros da comunidade, que se deslocaram<br />

ao edifício do lar, como sendo o Dia da Música, em que dois músicos<br />

profissionais vieram tocar para e com os idosos, uma outra atividade de uso e<br />

familiarização com meios multimédia e outra, ainda, de trabalhar o barro. Mais<br />

recentemente, foi festejado o Dia da Dança, com atividades de dança conjuntas<br />

entre os utentes de lar e os dos Centros de Convívio mais próximos, com almoço<br />

convívio e onde os técnicos, desta feita, ensaiaram uma coreografia para apresentar,<br />

ao invés do contrário como é habitual. A música a as artes parecem, de<br />

facto, desempenhar um importantíssimo papel na vida de pessoas idosas, seja<br />

pela comunicação, pelos momentos de convívio, pela ocupação dos tempos livres<br />

ou por questões de estimulação cognitiva, contribuindo para a sensação de<br />

bem-estar (Milhano, 2014) do ser humano em geral e, em particular, da pessoa<br />

idosa que aprecia ver ou ouvir e, também, fazer ou cantar.<br />

Por outro lado, esta complementaridade potenciou uma maior frequência<br />

de atividades no exterior, como por exemplo, piqueniques e pequenos passeios<br />

à praia. Este tipo de saídas evidenciou ser o aspeto com que os clientes<br />

mais se identificam, distraindo-se bastante e apreciando a quebra das habituais<br />

rotinas.<br />

Alguns dos eventos realizados aconteceram em conjunto com utentes do<br />

Centro de Convívio da Associação e um outro, próximo da localidade, por<br />

potenciarem momentos mais duradouros e mais alargados de convívio, nomeadamente,<br />

a comemoração do Dia do Idoso, o Dia de S. Martinho e o Dia<br />

32 | Cadernos Intervenção Cultural e Educação Artística

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