Guia de Generos e Tipos textuais

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL – Gênero Literatura de Cordel
Professor, estas instruções devem ser utilizadas apenas por vocês.
No Brasil, a literatura de cordel é um tipo de poesia popular que é impressa e divulgada
em folhetos. Suas imagens são feitas através da xilogravura. Trata-se de um gênero literário
popular, que existe também em outros países. O nome literatura de cordel tem origem na forma
como esses folhetos são vendidos, pois eles normalmente são pendurados em barbantes, cordas
ou cordéis.
Estes folhetos eram vendidos nas feiras tradicionais, onde o cordelista recitava os seus
poemas, o aspecto da oralidade é, então, inerente a este gênero textual. Atualmente o cordel é
ressaltado em diversas feiras literárias e há até mesmo livros em modelo de cordel.
A forma da narrativa do cordel é alcançada através de poemas longos, fazendo uso de
vários formatos de estrofes, versos e rimas. Quanto à métrica, o formato das estrofes varia entre
as quadras, as sextas, as sétimas, as oitavas, as décimas e o martelo agalopado. O mais comum é
um cordel ter até 32 estrofes. Mas isso não é uma regra. Se o tema é mais abrangente o folheto
pode ter 12, 16, 20, 32 páginas ou mais; e, nesse caso, passa a se chamar romance.
Há características básicas que auxiliam no momento da escrita de um poema em cordel,
são elas:
1. Rima perfeita, ou seja, rima na sonoridade e na forma escrita. Exemplo: degradação e
colonização; verdade, humanidade, etc.;
2. A estrofe transmite uma mensagem clara e direta;
3. Métrica: quadras, sextas, sétimas, oitavas, décimas e martelo agalopado;
4. Traços da oralidade, é uma escrita que é idealizada para a recitação oral;
5. Xilogravuras ilustram o folheto/cordel;
6. Temas e formatos variados do cordel 1 :
Romances - são histórias de amor não correspondido, poemas narrativos, que podem ter
final trágico ou feliz;
Anti-heróis - nordestinos que vencem pela esperteza e não pela força;
Ciclo mágico-maravilhoso, com criaturas do folclore;
Ciclos do cangaço e religioso - apresentam o imaginário nordestino;
Noticiosos - se assemelham à crônica, por seu caráter jornalístico e literário, abordam um
acontecimento da atualidade de maneira crítica;
Histórias de valentia - personagens regionais lendários;
Humorísticos e picarescos - os mais populares;
Exemplos morais - tem caráter pedagógico, buscam ensinar a partir do exemplo da
história;
Pelejas - relatos fictícios de "duelos" de repentistas;
Folhetos de discussão - apresentam duas perspectivas sobre uma mesma questão;
Folhetos de conselhos - apresentam defesas de ideias para um bem comum, e abordam a
ecologia, a educação, etc.
Fontes: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/45469
http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=266
http://www.estudopratico.com.br/literatura-de-cordel/
http://www.versoencantado.com.br/cordel/literatura-de-cordel-a-verdade-sobre-o-que-e-e-o-que-nao-e/
http://slideplayer.com.br/slide/13476/
http://pt.slideshare.net/fazendonovasamizades/cordel-8-ano
1 Retirado e adaptado do site http://pt.slideshare.net/fazendonovasamizades/cordel-8-ano. 66