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DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
A alimentação do campo principal com corrente<<strong>br</strong> />
contínua po<strong>de</strong> ser feita diretamente através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
escovas e anéis coletores (excitação com escovas)<<strong>br</strong> />
ou sem escovas (excitação <strong>br</strong>ushless).<<strong>br</strong> />
O método para se obter torque <strong>de</strong> partida consiste<<strong>br</strong> />
na utilização <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e, latão ou alumínio<<strong>br</strong> />
nas sapatas polares, que são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />
extremida<strong>de</strong>s por meio <strong>de</strong> anéis, formando uma<<strong>br</strong> />
gaiola como se fosse a <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> indução<<strong>br</strong> />
assíncrono.<<strong>br</strong> />
A fig. 5.5.1.a mostra o perfil <strong>de</strong> chapa rotórica para<<strong>br</strong> />
um motor síncrono quatro pólos, on<strong>de</strong> localizam-se<<strong>br</strong> />
as barras e a região on<strong>de</strong> são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />
sapatas polares.<<strong>br</strong> />
A gaiola <strong>de</strong> partida também é chamada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
enrolamento amortecedor, pois além <strong>de</strong> fornecer o<<strong>br</strong> />
conjugado <strong>de</strong> partida, amortece oscilações<<strong>br</strong> />
causadas pelas variações <strong>de</strong> carga, estabilizando a<<strong>br</strong> />
rotação do motor.<<strong>br</strong> />
A partida do motor síncrono sem escovas<<strong>br</strong> />
(<strong>br</strong>ushless) é feita com enrolamento <strong>de</strong> campo<<strong>br</strong> />
(excitação) curto-circuitado e com o induzido<<strong>br</strong> />
(armadura) conectado à re<strong>de</strong>. Curto-circuita-se o<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo com o objetivo <strong>de</strong> evitar a<<strong>br</strong> />
indução <strong>de</strong> tensões muito altas em suas espiras, o<<strong>br</strong> />
que provocaria a perfuração do isolamento.<<strong>br</strong> />
Conecta-se a armadura a uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
alternada, quando manifesta-se então o conjugado<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> motor assíncrono. O rotor acelera até próximo à<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> síncrona, sem contudo atingí-la. Quando<<strong>br</strong> />
a velocida<strong>de</strong> do rotor é cerca <strong>de</strong> 95% da velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
síncrona, o enrolamento <strong>de</strong> campo é alimentado<<strong>br</strong> />
com corrente contínua. O campo magnético criado<<strong>br</strong> />
pelo enrolamento <strong>de</strong> campo entrelaça-se com o<<strong>br</strong> />
campo magnético girante da armadura,<<strong>br</strong> />
manifestando o conjugado <strong>de</strong> sincronismo e<<strong>br</strong> />
fazendo com que o rotor acompanhe o campo<<strong>br</strong> />
girante <strong>de</strong> armadura (estator), movimentando-se à<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> síncrona.<<strong>br</strong> />
Este fenômeno transitório é chamado<<strong>br</strong> />
"sincronização".<<strong>br</strong> />
Uma das aplicações para os motores síncronos é a<<strong>br</strong> />
utilização como compensadores síncronos para<<strong>br</strong> />
correção do fator <strong>de</strong> potência nas instalações on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
estão conectados. A vantagem é a facilida<strong>de</strong> no<<strong>br</strong> />
ajuste e a possibilida<strong>de</strong> da manutenção contínua do<<strong>br</strong> />
valor do fator <strong>de</strong> potência pré-ajustado. O motor<<strong>br</strong> />
síncrono, ao mesmo tempo em que aciona uma<<strong>br</strong> />
carga no eixo (mecânica), po<strong>de</strong> funcionar como<<strong>br</strong> />
compensador síncrono.<<strong>br</strong> />
A partir <strong>de</strong> um certo tamanho e potência, e em<<strong>br</strong> />
aplicações específicas, o motor síncrono operando<<strong>br</strong> />
com fator <strong>de</strong> potência unitário po<strong>de</strong> ser uma<<strong>br</strong> />
vantagem em relação ao assíncrono <strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />
apresentar maior rendimento. Com fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência unitário a parcela <strong>de</strong> potência reativa é<<strong>br</strong> />
inexistente e com isso a corrente é menor. Sendo a<<strong>br</strong> />
corrente menor e circulando nos enrolamentos, as<<strong>br</strong> />
perdas são menores.<<strong>br</strong> />
Fig. 5.5.1.a - Perfil da Chapa do Campo.<<strong>br</strong> />
A figura 5.5.1.b mostra um diagrama esquemático<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> um motor síncrono <strong>br</strong>ushless, <strong>de</strong>stacando os<<strong>br</strong> />
componentes fixos (montados na carcaça) e os<<strong>br</strong> />
girantes (montados no rotor). Na seqüência<<strong>br</strong> />
apresentamos um item referente ao sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação <strong>br</strong>ushless com <strong>de</strong>scrição do seu<<strong>br</strong> />
funcionamento.<<strong>br</strong> />
1 - Regulador <strong>de</strong> Excitação – Fixo<<strong>br</strong> />
2 - Estator da máquina principal (armadura) - Fixo<<strong>br</strong> />
3 - Rotor da máquina principal (campo) - Girante<<strong>br</strong> />
4 - Estator da excitatriz - Fixo<<strong>br</strong> />
5 - Rotor da excitatriz - Girante<<strong>br</strong> />
6 - Circuito retificador - Girante<<strong>br</strong> />
7 - Circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo - Girante<<strong>br</strong> />
Fig. 5.5.1.b - Diagrama Esquemático para Motor<<strong>br</strong> />
Síncrono Brushless.<<strong>br</strong> />
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