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Geologia E Recursos Minerais<br />
Mapeamento Geoquímico Regional por Sedimentos de Corrente<br />
entre o limite da Faixa Brasília e o Cráton do São Francisco:<br />
Integração do Projeto Vazante-Paracatu 1 e 2.<br />
Geologia E Recursos Minerais<br />
Variações sazonais da qualidade da água na Bacia<br />
do Rio São João, Região dos Lagos, Rio de Janeiro:<br />
abordagem por modelagem hidrogeoquímica<br />
Autores: Marques, E.D. 1 ; Pinho, J.M.M. 1 ; Santos, E.A.M. 1<br />
1<br />
CPRM - Serviço Geológico do Brasil<br />
Autores: Marques, E.D. 1 ; Silva-Filho, E.V. 2 ; Souza, G.V. 2 ; Gomes, O.V.O. 1,2<br />
1<br />
CPRM - Superintendência Regional de Belo Horizonte. 2 Universidade Federal Fluminense<br />
Este levantamento geoquímico se deu em função do mapeamento geológico do Projeto Vazante-Paracatu, o qual contemplou<br />
a área entre o limite da Faixa Brasília e o Cráton do São Francisco. O principal objetivo deste mapeamento é fornecer<br />
informações sobre indícios de recursos minerais, além de gerar informações para o mapeamento geológico, através do tratamento<br />
estatístico robusto dos dados gerados por análises químicas de amostras de sedimentos de corrente. A distribuição das<br />
estações de amostragem obedeceu aos critérios determinados pela metodologia de mapeamento geoquímico dos levantamentos<br />
geológicos regionais, obtendo-se uma densidade de amostragem de 1 amostra/10 km2 para sedimentos de corrente (?<br />
amostras). Tais distribuições visaram, dentro de um padrão regular, abranger a maior quantidade de território possível, ou seja,<br />
área estimada de 36.000 km2 , na escala 1:100000. Em laboratório, as amostras de sedimentos de corrente foram secadas a 60°C<br />
em estufas (para evitar a perda por evaporação de certos elementos,<br />
tais quais Hg e As), seguidas de quarteamento e, posteriormente, peneiradas<br />
em malhas com abertura < 80 mesh (< 0,175 mm). Após o<br />
tratamento físico, as polpas peneiradas < 80 mesh de cada amostra é<br />
submetida a pulverização e digestão com água régia e analisadas por<br />
ICP-OES (elementos maiores) e ICP-MS (elementos traços).<br />
Os elementos analisados são, então, tratados por estatística univariada,<br />
através de histogramas, gráficos box-plot e curvas de probabilidade<br />
normal, além do sumário estatístico com os dados log-transformados;<br />
a estatística bivariada através da correlação de Spearman para<br />
informar o grau de afinidade entre os elementos; e a estatística multivariada<br />
(análise fatorial) para definir as principais associações geoquímicas<br />
da área de estudo. Para tanto, os dados foram transformados<br />
para CLR (Centred Log Ratio). A análise fatorial gerou 7 fatores, que<br />
contabilizam por 74,17% da variância dos sistema. O Fator 1 (30,80%<br />
da variância do sistema), apresenta correlações positivas para Mn-<br />
Co-Mg-Ca-Sr, que representa a atividade hidrotermal em áreas com<br />
carbonatos e rochas máficas/ultramáficas (rochas reativas ao processo<br />
hidrotermal), enquanto que correlações negativas deste fator para Ga<br />
-Al-Sc-In-V-Cs representam superfícies sob processos de laterização. O<br />
Fator 2 (12,50%) apresenta correlações positivas para tanto ocorrência<br />
de minerais primários, como k-feldspato e micas, quanto processos<br />
hidrotermais. O Fator 3 (9,37%) mostra correlações positivas com<br />
As-Fe, representando o principal mineral das mineralizações auríferas,<br />
a arsenopirita. O Fator 4 (6,20%) apresenta correlações significativas<br />
para ETR Leves-Th-U, o que pode representar a presença de minerais pesados resistatos pesados. O Fator 5 (5,54%) apresenta<br />
correlações positivas para Cd-Zn-Pb associação geoquímica das mineralizações de Zn de Vazante, e correlaçoes negativas para<br />
Cr-V, indicando presença de magnetita ou processos de laterização. O Fator 6 (5,44%) mostra boas correlações para Cu-Ni-Zn,<br />
representando a presença abundante destes metais na composição dos filitos carbonosos da Formação Serra do Garrote. O Fator<br />
7 (4,32%) mostra boas correlações com P-Sr, representando as principais ocorrências de fosfato na área estudada.<br />
PALAVRAS-CHAVE:<br />
SEDIMENTOS DE CORRENTE; MAPEAMENTO GEOQUÍMICO; GEOESTATÍSTIC<br />
A bacia de drenagem do Rio São João possui grande importância<br />
estratégica para a região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro,<br />
uma das mais populares regiões turísticas do Brasil. Entretanto,<br />
o rápido crescimento econômico, com subsequente crescimento de<br />
população, fez com que aumentasse a produção rejeitos das diversas<br />
atividades antropogênicas, o que inclui a entrada de metais pesados<br />
nos corpos d’água de superfície. Este estudo tem por objetivo relatar<br />
o comportamento de íons maiores e metais traços nos três principais<br />
compartimentos fluviais da Bacia do Rio São João, a saber, 1) compartimento<br />
dos rios, formado pelas estações de amostragem nos rios São<br />
João, Capivari e Bacaxá; 2) compartimento do reservatório de Juturnaíba<br />
(a qual possui papel crucial para o fornecimento de água para<br />
a região dos Lagos), com pontos de amostragem próximos a desembocadura<br />
dos rios; 3) compartimento de saída do Reservatório de Juturnaíba,<br />
com uma estação de amostragem. Os dados revelaram que<br />
o regime pluviométrico é o principal pelas variações dos parâmetros<br />
físico-químicos e os íons dissolvidos na água.<br />
As contribuições geológicas e antropogênicas, as quais são as<br />
principais fontes dos constituintes dissolvidos das águas fluviais, foram<br />
analisados pelo Índice de Química Inorgânica (IQI). Os dados corroboram<br />
a grande influência do regime de chuvas e revela grande contribuição<br />
antropogênica nas estações de amostragem do reservatório de<br />
Juturnaíba. Além disso, os valores de IQI para as estações amostradas<br />
revelaram que o principal litotipo de influência das aguas fluviais são<br />
rochas silicáticas (gnaisses e granitos do Complexo- Paraíba do Sul). A<br />
modelagem hidrogeoquímica foi utilizada para informar as principais<br />
formas dissolvidas dos metais traços presentes nas aguas pluviais. Os<br />
produtos de reações de hidrólise foram as formas mais abundantes para<br />
Al, Cr e Sb (Al(OH)2 + ; Cr(OH)2 + e SbO3 - , respectivamente), enquanto que para Zn, Cu, Pb, Cd e Ni, as formas não complexas são<br />
as predominantes (Zn2+, Cu2+, Pb2+, Cd2+ e Ni2+), tanto no período seco quanto no período chuvoso. As espécies dissolvidas de<br />
cada metal traço tem sua predominância segundo pH das águas, fato este corroborado por gráficos do índice de saturação (IS) de<br />
possíveis minerais a serem formados contra os valores de pH nos períodos seco e chuvoso. Para Al, a espécie Gibbsita se mostra<br />
predominante em ambos os períodos, com altos valores de IS, que pode estar ligado aos relativos altos teores de Al nestas águas,<br />
devido ao despejo de rejeitos de empresas de tratamento de água para a população.Assim como o Al, Cu, Cr e Ni apresentam as<br />
formas de óxidos/hidróxidos com maiores valores de IS em ambos os períodos. Já Cd e Pb possuem seus maiores valores de IS para<br />
espécies carbonáticas também em ambos os períodos, enquanto Zn apresenta óxidos/hidróxidos como predominantes no período<br />
de seca e espécies carbonáticas no período chuvoso.<br />
PALAVRAS-CHAVE:<br />
Variações sazonais da qualidade da água na Bacia do Rio<br />
São João, Região dos Lagos, Rio de Janeiro: abordagem por<br />
modelagem hidrogeoquímica<br />
HIDROGEOQUÍMICA; QUALIDADE DA ÁGUA; METAIS TRAÇO<br />
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