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Jornal Paraná Julho 2016

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A produção e o consumo<br />

de biodiesel devem<br />

aumentar em 5% neste<br />

ano na comparação<br />

com 2015, segundo a<br />

Aprobio. Caso se<br />

concretize, o volume<br />

a mais representará<br />

um acréscimo de<br />

220 mil litros em<br />

relação ao ano<br />

passado. Em<br />

março, as<br />

perspectivas<br />

mais otimistas<br />

da entidade<br />

apontavam<br />

que a<br />

Biodiesel<br />

produção neste ano iria<br />

repetir a de 2015, de 3,94<br />

bilhões de litros – em um<br />

cenário pessimista,<br />

haveria uma queda de<br />

1%. O setor depende<br />

do consumo do<br />

diesel comum, que<br />

está diretamente ligado<br />

ao aquecimento<br />

da economia.<br />

Como as<br />

p e r s p e c t i v a s<br />

para o semestre<br />

são melhores,<br />

os números<br />

foram<br />

revisados.<br />

Endividamento<br />

Pesquisa<br />

A alta internacional dos<br />

preços do açúcar melhora o<br />

caixa das usinas no Brasil no<br />

médio prazo, mas o efeito<br />

sobre o endividamento - e no<br />

perfil de crédito - tende a ser<br />

limitado, segundo a Fitch Ratings.<br />

A grave crise enfrentada<br />

pelo setor nos últimos<br />

anos "torna o cenário de recuperação<br />

mais desafiador".<br />

A estratégia para tirar proveito<br />

dos ganhos do açúcar<br />

varia de indústria para indústria.<br />

As mais estruturadas já<br />

detinham de 50% a 70% de<br />

sua produção com preços fixados<br />

antes do início da temporada,<br />

em abril, quando o<br />

hedge chegava a R$ 1.200<br />

por tonelada. Com as cotações<br />

de hoje, podem obter<br />

até R$ 1.400 por tonelada.<br />

Estas devem direcionar seu<br />

mix de produção para o açúcar<br />

e canalizar suas receitas<br />

para pagar dívidas e iniciar<br />

um processo de desalavancagem.<br />

Já as empresas em<br />

situação financeira delicada<br />

tendem a continuar produzindo<br />

mais etanol, dada a geração<br />

de caixa mais rápida.<br />

Dessa forma, teriam benefícios<br />

limitados por parte do<br />

açúcar.<br />

Uma investigação feita<br />

nos Estados Unidos, pela<br />

empresa Xylome e o Great<br />

Lakes Bioenergy Research<br />

Center, promete revolucionar<br />

a produção de etanol e<br />

torná-la mais barata que os<br />

combustíveis fósseis e menos<br />

poluente. Descobriram<br />

uma bactéria - Spathaspora<br />

passalidarum - que existe<br />

nos intestinos do escaravelho<br />

e é supereficiente na<br />

transformação de xilose,<br />

açúcar vegetal, em energia.<br />

E, com um pouco de engenho,<br />

conseguiram tornála<br />

ainda mais eficiente, conforme<br />

publicação na Business<br />

Insider. Podem utilizar<br />

milho, diferentes tipos<br />

de gramíneas, desperdícios<br />

de madeira e partes não comestíveis<br />

de plantas, o que<br />

significa que não vai concorrer<br />

com a alimentação<br />

humana. As fábricas atuais<br />

vão poder ser adaptadas<br />

para a nova produção de<br />

etanol, o que dispensa a<br />

construção de novas instalações.<br />

Lenha<br />

Estudantes de engenharia<br />

da Esamc, de Santos, no litoral<br />

de São Paulo, desenvolveram<br />

um projeto que tem<br />

como objetivo transformar o<br />

bagaço de cana em lenha<br />

ecológica, que poderá ser<br />

utilizada em empresas portuárias.<br />

Pretendem reutilizar o<br />

material que seria descartado<br />

Nova rota<br />

para também gerar renda extra<br />

para a empresa que resolver<br />

aplicar o projeto. O tema<br />

foi escolhido pelo foco em<br />

sustentabilidade. Os estudantes<br />

analisaram questões estratégicas<br />

para o mercado e<br />

questões práticas operacionais<br />

e agora aguardam uma<br />

resposta da empresa.<br />

Grupo de pesquisa do Laboratório<br />

Nacional de Ciência<br />

e Tecnologia do Bioetanol<br />

(CTBE) propõe uma nova<br />

rota tecnológica para a produção<br />

de biocombustíveis<br />

oxigenados (álcool alifático<br />

de cadeia maior que o etanol)<br />

a partir da biomassa da<br />

cana. Segundo os estudos<br />

preliminares, o processo permite<br />

o alongamento da cadeia<br />

carbônica do álcool e<br />

permite a mistura em até<br />

20% desse combustível no<br />

óleo diesel, apresentando<br />

maior sinergia com os combustíveis<br />

derivados do petróleo.<br />

Projeto chamado Eureka<br />

vem apresentando bons resultados<br />

preliminares com<br />

impactos diretos positivos<br />

como aumento de rendimento<br />

de conversão de carboidratos<br />

em biocombustível<br />

e aumento do poder calorífico<br />

deste. O grupo finalizou<br />

a prova de conceito dessa<br />

rota e procura parceiros para<br />

o desenvolvimento completo<br />

do produto. Outro potencial é<br />

o barateamento de custos da<br />

produção já que o rendimento<br />

é o dobro do rendimento<br />

verificado na produção<br />

do etanol.<br />

Célula de combustível<br />

A Nissan Motor está desenvolvendo<br />

um veículo movido<br />

à célula de combustível que<br />

usará tecnologia baseada em<br />

etanol como fonte de hidrogênio,<br />

que é convertido em eletricidade.<br />

Esta pode ser uma<br />

tecnologia mais barata que as<br />

desenvolvidas pelas rivais Toyota,<br />

Honda e Hyundai. A tecnologia<br />

deve estar pronta para<br />

uso em veículos em 2020 e<br />

poderá ser aplicada para ampliar<br />

a quilometragem dos veículos<br />

grandes elétricos como<br />

vans de entrega. A meta é alcançar<br />

autonomia de 800 quilômetros<br />

por tanque, mais do<br />

que os cerca de 600 quilômetros<br />

de veículos a gasolina.<br />

“O <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> tem sido o principal veículo de<br />

divulgação escrita do setor de bioenergia do Estado<br />

do <strong>Paraná</strong>, com reportagens jornalísticas de altíssimo<br />

nível, destacando, em especial, a evolução das<br />

empresas na responsabilidade socioambiental.<br />

Parabenizo aos editores e jornalistas pela bela<br />

história que está sendo editada ao longo<br />

de todos esses anos.”<br />

Paulo Meneguetti, diretor financeiro e de<br />

suprimentos da Usina Santa Terezinha,<br />

diretor presidente da Pasa (<strong>Paraná</strong> Operações<br />

Portuárias S/A), da Álcool do <strong>Paraná</strong><br />

Terminal Portuário S/A e da CPL Log.<br />

<strong>Julho</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 19

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