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FEIRA<br />
Energia de biomassa é destaque na Fenasucro<br />
A bioenergia representa em<br />
capacidade instalada 10% da<br />
matriz energética nacional, atrás<br />
só das fontes hídrica e fóssil,<br />
e 80% são derivadas da cana<br />
DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />
Apontada por especialistas<br />
como uma das<br />
mais viáveis soluções<br />
para diminuir os<br />
custos da produção e do fornecimento<br />
da energia gerada<br />
pelas hidroelétricas e de combustíveis<br />
fósseis, a bioenergia<br />
gerada a partir da cana-deaçúcar<br />
tem apresentado um<br />
crescimento significativo nos<br />
últimos anos, aquecendo o<br />
mercado. No primeiro trimestre<br />
de <strong>2016</strong> as usinas produziram<br />
722,6 megawatts, um<br />
aumento de 10,5% em relação<br />
ao mesmo período de 2015, é<br />
o que afirma a Câmara de Comercialização<br />
de Energia Elétrica<br />
(CCEE).<br />
De acordo com dados da<br />
associação International Renewable<br />
Energy (IRENA), o Brasil<br />
desde 2014 já era o país com<br />
maior capacidade instalada de<br />
geração por meio de biomassa<br />
com 15,3% do total mundial, à<br />
frente de países desenvolvidos<br />
como o EUA, com 13,6%, China<br />
com 11,6%, Índia – 6,2% e<br />
Japão que representa 5% do<br />
montante.<br />
As boas notícias não param<br />
por ai, em 2015 a oferta de<br />
energia obtida por meio da biomassa<br />
teve um crescimento de<br />
cerca de 7%, com um total de<br />
mais 22 TWh, esse número<br />
equivale ao abastecimento de<br />
11 milhões de residências durante<br />
um ano inteiro. A bioenergia<br />
representa em capacidade<br />
instalada aproximadamente<br />
10% da matriz energética nacional,<br />
atrás apenas de fontes<br />
hídrica e fóssil, e 80% são derivadas<br />
da cana-de-açúcar,<br />
afirma a Agência Nacional de<br />
Energia Elétrica (ANEEL).<br />
Por entender a importância<br />
dessa matriz energética para o<br />
Organizadores estão otimistas<br />
A retomada no setor neste<br />
ano é um dos pontos que a Fenasucro<br />
& Agrocana aposta<br />
para <strong>2016</strong>. O otimismo está<br />
relacionado, principalmente,<br />
ao fato do mercado sucroenergético<br />
estar aquecido com<br />
a alta na demanda por açúcar<br />
(para exportação, principalmente)<br />
e etanol (consumo interno),<br />
o que faz com que as<br />
usinas procurem soluções para<br />
auxiliar a produtividade.<br />
“A Fenasucro & Agrocana<br />
acontece em um período em<br />
que o setor está se preparando<br />
para a manutenção<br />
das plantas industriais o<br />
que, consequentemente, impulsiona<br />
os negócios realizados<br />
durante o evento e a<br />
procura por novas tecnologias.”,<br />
destaca o Gerente<br />
Geral Paulo Montabone.<br />
As perspectivas positivas<br />
também foram ressaltadas pelo<br />
Presidente do CEISE Br, Paulo<br />
Gallo. “A Fenasucro & Agrocana,<br />
esse ano em especial, irá<br />
servir como o ponto de virada<br />
no setor sucroenergético, demarcando<br />
o fim de um ciclo<br />
péssimo em nossa economia<br />
em geral, e em particular nos<br />
mercados ligados à cadeia produtiva<br />
do etanol, do açúcar e da<br />
bioeletricidade.”, afirma Gallo.<br />
A feira reúne os líderes do<br />
mercado e seus principais<br />
compradores vindos de todo<br />
o Brasil e de mais de 40 outros<br />
países. Neste ano, a expectativa<br />
é receber mais de 30<br />
mil visitantes/compradores e<br />
chegar a uma geração de negócios<br />
de cerca de R$ 2,8 bilhões,<br />
concluídos até seis meses<br />
após o evento.<br />
Entre as novidades na programação<br />
da 24ª edição da<br />
feira está a ampliação da grade<br />
de eventos de conteúdo<br />
que terá mais de 200 horas -<br />
o dobro da edição do ano passado<br />
- com o objetivo de levar<br />
para o visitante/comprador informações<br />
e promover a capacitação<br />
dos profissionais<br />
que atuam no setor canavieiro.<br />
Para Montabone, a feira deve<br />
ser também uma oportunidade<br />
para adquirir conhecimento.<br />
“Nosso diferencial nos<br />
eventos de conteúdo está em<br />
fomentar a educação e pontuar<br />
a feira como um norte<br />
para a capacitação técnica, e<br />
com isso, colaborar com o<br />
desenvolvimento completo do<br />
setor”. É realizada pelo CEISE<br />
Br e organizada pela Reed Exhibitions<br />
Alcântara Machado.<br />
São esperados mais de 30 mil visitantes de 40 países<br />
e uma geração de negócios de R$ 2,8 bilhões<br />
setor, a Fenasucro & Agrocana<br />
– maior feira do mundo do setor<br />
sucroenergético que acontece<br />
de 23 a 26 de agosto, nos<br />
pavilhões do Centro de Eventos<br />
Zanini, em Sertãozinho (SP) -,<br />
reservou um de seus setores<br />
para tecnologias e soluções<br />
para a cadeia energética. Presente<br />
na feira desde a edição de<br />
2014, o espaço vem ganhando<br />
cada vez mais destaque entre<br />
os expositores e visitantes.<br />
Além de produtos e tecnologias<br />
apresentados nos estandes, a<br />
Segundo Elizabeth Farina,<br />
presidente da Unica (União da<br />
Indústria de Cana de Açúcar),<br />
até 2024 o Brasil é capaz de aumentar<br />
em mais de oito vezes o<br />
volume oferecido à rede pela<br />
bioeletricidade, caso haja investimento<br />
na modernização das<br />
unidades fabris e melhor aproveitamento<br />
da biomassa.<br />
“Hoje, o setor já tem papel<br />
fundamental no fornecimento<br />
de eletricidade pelas fontes de<br />
energias renováveis e sustentáveis,<br />
mas há um potencial gigantesco<br />
como o da<br />
bioeletricidade, o que reforça a<br />
importância cada vez maior de<br />
uma matriz energética diversificada<br />
e um olhar dedicado para<br />
Feira reúne ainda especialistas e<br />
entidades renomadas para abordarem<br />
o tema em sua grade de<br />
eventos de conteúdo. Para essa<br />
24ª edição já estão confirmadas<br />
as presenças da Abraceel<br />
(Associação Brasileira<br />
dos Comercializadores de Energia),<br />
a Biosul (Associação dos<br />
Produtores da Bioenergia de<br />
Mato Grosso do Sul), a Cogen<br />
(Associação da Indústria de Cogeração<br />
de Energia) e a Udop<br />
(União dos Produtores de Bioenergia).<br />
Potencial gigantesco<br />
cada uma destas fontes”, completa<br />
Farina.<br />
De acordo com o gerente<br />
Geral da Fenasucro & Agrocana,<br />
Paulo Montabone a bionergia<br />
gerada a partir da<br />
cana-de-açúcar tem sido nos<br />
últimos anos uma das principais<br />
formas de alavancar o<br />
setor. “Usinas que geram energia,<br />
seja para uso próprio ou<br />
para comércio, fecharam as<br />
duas últimas safras com as<br />
contas positivas. É por isso que<br />
precisamos disseminar e buscar<br />
formas de incentivo para<br />
que as usinas busquem cada<br />
vez mais produzir a energia<br />
limpa da cana-de-açúcar”,<br />
afirma Montabone.<br />
6<br />
<strong>Julho</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>