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Jornal Paraná Julho 2016

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FEIRA<br />

Energia de biomassa é destaque na Fenasucro<br />

A bioenergia representa em<br />

capacidade instalada 10% da<br />

matriz energética nacional, atrás<br />

só das fontes hídrica e fóssil,<br />

e 80% são derivadas da cana<br />

DA EQUIPE DE REDAÇÃO<br />

Apontada por especialistas<br />

como uma das<br />

mais viáveis soluções<br />

para diminuir os<br />

custos da produção e do fornecimento<br />

da energia gerada<br />

pelas hidroelétricas e de combustíveis<br />

fósseis, a bioenergia<br />

gerada a partir da cana-deaçúcar<br />

tem apresentado um<br />

crescimento significativo nos<br />

últimos anos, aquecendo o<br />

mercado. No primeiro trimestre<br />

de <strong>2016</strong> as usinas produziram<br />

722,6 megawatts, um<br />

aumento de 10,5% em relação<br />

ao mesmo período de 2015, é<br />

o que afirma a Câmara de Comercialização<br />

de Energia Elétrica<br />

(CCEE).<br />

De acordo com dados da<br />

associação International Renewable<br />

Energy (IRENA), o Brasil<br />

desde 2014 já era o país com<br />

maior capacidade instalada de<br />

geração por meio de biomassa<br />

com 15,3% do total mundial, à<br />

frente de países desenvolvidos<br />

como o EUA, com 13,6%, China<br />

com 11,6%, Índia – 6,2% e<br />

Japão que representa 5% do<br />

montante.<br />

As boas notícias não param<br />

por ai, em 2015 a oferta de<br />

energia obtida por meio da biomassa<br />

teve um crescimento de<br />

cerca de 7%, com um total de<br />

mais 22 TWh, esse número<br />

equivale ao abastecimento de<br />

11 milhões de residências durante<br />

um ano inteiro. A bioenergia<br />

representa em capacidade<br />

instalada aproximadamente<br />

10% da matriz energética nacional,<br />

atrás apenas de fontes<br />

hídrica e fóssil, e 80% são derivadas<br />

da cana-de-açúcar,<br />

afirma a Agência Nacional de<br />

Energia Elétrica (ANEEL).<br />

Por entender a importância<br />

dessa matriz energética para o<br />

Organizadores estão otimistas<br />

A retomada no setor neste<br />

ano é um dos pontos que a Fenasucro<br />

& Agrocana aposta<br />

para <strong>2016</strong>. O otimismo está<br />

relacionado, principalmente,<br />

ao fato do mercado sucroenergético<br />

estar aquecido com<br />

a alta na demanda por açúcar<br />

(para exportação, principalmente)<br />

e etanol (consumo interno),<br />

o que faz com que as<br />

usinas procurem soluções para<br />

auxiliar a produtividade.<br />

“A Fenasucro & Agrocana<br />

acontece em um período em<br />

que o setor está se preparando<br />

para a manutenção<br />

das plantas industriais o<br />

que, consequentemente, impulsiona<br />

os negócios realizados<br />

durante o evento e a<br />

procura por novas tecnologias.”,<br />

destaca o Gerente<br />

Geral Paulo Montabone.<br />

As perspectivas positivas<br />

também foram ressaltadas pelo<br />

Presidente do CEISE Br, Paulo<br />

Gallo. “A Fenasucro & Agrocana,<br />

esse ano em especial, irá<br />

servir como o ponto de virada<br />

no setor sucroenergético, demarcando<br />

o fim de um ciclo<br />

péssimo em nossa economia<br />

em geral, e em particular nos<br />

mercados ligados à cadeia produtiva<br />

do etanol, do açúcar e da<br />

bioeletricidade.”, afirma Gallo.<br />

A feira reúne os líderes do<br />

mercado e seus principais<br />

compradores vindos de todo<br />

o Brasil e de mais de 40 outros<br />

países. Neste ano, a expectativa<br />

é receber mais de 30<br />

mil visitantes/compradores e<br />

chegar a uma geração de negócios<br />

de cerca de R$ 2,8 bilhões,<br />

concluídos até seis meses<br />

após o evento.<br />

Entre as novidades na programação<br />

da 24ª edição da<br />

feira está a ampliação da grade<br />

de eventos de conteúdo<br />

que terá mais de 200 horas -<br />

o dobro da edição do ano passado<br />

- com o objetivo de levar<br />

para o visitante/comprador informações<br />

e promover a capacitação<br />

dos profissionais<br />

que atuam no setor canavieiro.<br />

Para Montabone, a feira deve<br />

ser também uma oportunidade<br />

para adquirir conhecimento.<br />

“Nosso diferencial nos<br />

eventos de conteúdo está em<br />

fomentar a educação e pontuar<br />

a feira como um norte<br />

para a capacitação técnica, e<br />

com isso, colaborar com o<br />

desenvolvimento completo do<br />

setor”. É realizada pelo CEISE<br />

Br e organizada pela Reed Exhibitions<br />

Alcântara Machado.<br />

São esperados mais de 30 mil visitantes de 40 países<br />

e uma geração de negócios de R$ 2,8 bilhões<br />

setor, a Fenasucro & Agrocana<br />

– maior feira do mundo do setor<br />

sucroenergético que acontece<br />

de 23 a 26 de agosto, nos<br />

pavilhões do Centro de Eventos<br />

Zanini, em Sertãozinho (SP) -,<br />

reservou um de seus setores<br />

para tecnologias e soluções<br />

para a cadeia energética. Presente<br />

na feira desde a edição de<br />

2014, o espaço vem ganhando<br />

cada vez mais destaque entre<br />

os expositores e visitantes.<br />

Além de produtos e tecnologias<br />

apresentados nos estandes, a<br />

Segundo Elizabeth Farina,<br />

presidente da Unica (União da<br />

Indústria de Cana de Açúcar),<br />

até 2024 o Brasil é capaz de aumentar<br />

em mais de oito vezes o<br />

volume oferecido à rede pela<br />

bioeletricidade, caso haja investimento<br />

na modernização das<br />

unidades fabris e melhor aproveitamento<br />

da biomassa.<br />

“Hoje, o setor já tem papel<br />

fundamental no fornecimento<br />

de eletricidade pelas fontes de<br />

energias renováveis e sustentáveis,<br />

mas há um potencial gigantesco<br />

como o da<br />

bioeletricidade, o que reforça a<br />

importância cada vez maior de<br />

uma matriz energética diversificada<br />

e um olhar dedicado para<br />

Feira reúne ainda especialistas e<br />

entidades renomadas para abordarem<br />

o tema em sua grade de<br />

eventos de conteúdo. Para essa<br />

24ª edição já estão confirmadas<br />

as presenças da Abraceel<br />

(Associação Brasileira<br />

dos Comercializadores de Energia),<br />

a Biosul (Associação dos<br />

Produtores da Bioenergia de<br />

Mato Grosso do Sul), a Cogen<br />

(Associação da Indústria de Cogeração<br />

de Energia) e a Udop<br />

(União dos Produtores de Bioenergia).<br />

Potencial gigantesco<br />

cada uma destas fontes”, completa<br />

Farina.<br />

De acordo com o gerente<br />

Geral da Fenasucro & Agrocana,<br />

Paulo Montabone a bionergia<br />

gerada a partir da<br />

cana-de-açúcar tem sido nos<br />

últimos anos uma das principais<br />

formas de alavancar o<br />

setor. “Usinas que geram energia,<br />

seja para uso próprio ou<br />

para comércio, fecharam as<br />

duas últimas safras com as<br />

contas positivas. É por isso que<br />

precisamos disseminar e buscar<br />

formas de incentivo para<br />

que as usinas busquem cada<br />

vez mais produzir a energia<br />

limpa da cana-de-açúcar”,<br />

afirma Montabone.<br />

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<strong>Julho</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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