Revista Penha | dezembro 2016
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
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entrevista<br />
José Pedro Leitão<br />
Contrabaixista<br />
dos Deolinda<br />
‘Tocar na Paiva<br />
Couceiro tem um<br />
significado especial’<br />
Que significado tem tocar<br />
com os Deolinda na Praça<br />
Paiva Couceiro?<br />
Tem um significado especial porque<br />
quando vim morar para Lisboa, o<br />
primeiro sítio onde morei foi na Av.<br />
Mouzinho de Albuquerque, mesmo<br />
ao lado da Praça Paiva Couceiro.<br />
Todos os dias atravessava a Praça a<br />
caminho das aulas ou do metro.<br />
Quando e por quantos anos<br />
viveu na <strong>Penha</strong> de França?<br />
Vim estudar para o Instituto Superior<br />
Técnico e ao mesmo tempo para<br />
a Escola de Jazz do Hot Clube de<br />
Portugal em 1999, nesse mesmo<br />
ano, em Setembro fui morar para a<br />
Av. Mouzinho de Albuquerque. Morei<br />
na <strong>Penha</strong> de França durante 3 anos,<br />
até 2002. Ainda hoje em dia passo<br />
muitas vezes de carro ou de bicicleta<br />
na Praça Paiva Couceiro.<br />
Quais são as suas<br />
recordações mais marcantes<br />
da Freguesia?<br />
Lembro-me da praça sempre cheia<br />
de gente, de grupos de pessoas a<br />
jogarem às cartas, a Morais Soares<br />
sempre com muito movimento<br />
a subir e a descer. Às vezes ia<br />
passear ao miradouro da <strong>Penha</strong><br />
de França que tem uma vista<br />
fantástica. Na praça havia uma<br />
bomba de gasolina e a Esquadra<br />
da Polícia que, entretanto,<br />
desapareceram. Ia ensaiar com<br />
colegas do Hot Clube a um estúdio<br />
que existia numa praceta na Av.<br />
Mouzinho de Albuquerque.<br />
Formou-se em Engenharia<br />
Civil. Como acabou por ser a<br />
música a vencer?<br />
Desde o final da adolescência que<br />
a música começou a entrar na<br />
minha vida de uma forma mais<br />
a sério. Ao mesmo tempo que<br />
estudava no Técnico, estudava<br />
também música. Quando acabei o<br />
curso de Engenharia Civil em 2005<br />
a música não me permitia viver<br />
autonomamente, fui trabalhar com<br />
Engenheiro Civil. Ao mesmo tempo<br />
ia tendo bandas e tocando com<br />
muitos grupos de jazz. Em fevereiro<br />
de 2009, já depois do lançamento<br />
do primeiro álbum dos Deolinda,<br />
pude abandonar a Engenharia e<br />
dedicar-me só à música.<br />
O que podemos esperar<br />
deste concerto na Praça<br />
Paiva Couceiro? Músicas do<br />
álbum que lançaram este<br />
ano, Outras Histórias, ou um<br />
concerto com ‘velhos’ êxitos?<br />
O concerto vai ter essas 2 vertentes.<br />
Estamos a apresentar o nosso<br />
último disco, e muitos dos<br />
temas vão ser desse disco, mas<br />
sem esquecer as musicas mais<br />
emblemáticas dos nossos outros<br />
3 discos. Vai ser uma viagem ao<br />
longo dos 4 discos da Deolinda.<br />
Outras Histórias segue a<br />
linha dos anteriores álbuns<br />
dos Deolinda, mas tem um<br />
‘mais’. Numa frase, o que é<br />
esse ‘mais’?<br />
Tem mais vivências, dez anos<br />
de estrada e contacto com o<br />
mundo tornam este disco o mais<br />
diversificado musicalmente de<br />
todos os discos da Deolinda.<br />
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